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Política
Manifestações contra impeachment reúnem milhares
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Termina de forma pacífica manifestação pela democracia em São Paulo
Elaine Patricia Cruz e Camila Boehm - Repórteres da Agência Brasil Edição: Talita Cavalcante
Manifestantes que participaram da passeata do Dia Nacional de Lutas em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores, da Democracia, da Petrobras e pela Reforma Política encerraram o ato, início da noite, na Praça da República, região central da capital paulista. Sob muita chuva, que não dispersou a manifestação, os ativistas gritavam “Não vai ter impeachment, não” e “Fica, Dilma”.
De acordo com os organizadores, cerca de 100 mil pessoas participaram da passeata. Segundo a Polícia Militar (PM), foram 12 mil. Não houve ocorrências graves. O ato reuniu, na maioria, integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da União Nacional dos Estudantes (UNE) e de outros movimentos sociais e sindicais.
Gilmar Mauro, da direção do MST, destacou as bandeiras que unificam os atos de hoje. “Estamos na rua não é contra, nem a favor do governo; estamos aqui por quatro pontos: a reforma política, evidentemente, no nosso caso, a reforma agrária, a reforma urbana, e ´para evitar os cortes [no Orçamento]. É preciso fazer com que haja investimentos sociais e é um direito do povo brasileiro se manifestar em defesa da Petrobras que é um patrimônio público.”
Mauro acredita que a reforma política pode contribuir para combater os processos de corrupção no país. Segundo Mauro, a reforma política pode contribuir para combater o processo de corrupção que se instalou no país. "É uma bandeira de esquerda anticorrupção. Somos favoráveis à punição de todos os corruptos, mas para evitar isso é preciso criar leis que impeçam o financiamento privado de campanha.”
No início do ato, os ativistas se concentraram em frente ao prédio da Petrobras, na Avenida Paulista. Eles se juntaram aos professores que fizeram assembleia no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e seguiram em marcha pela Rua da Consolação até a Praça da República.
Manifestações em defesa da Petrobras ocorreram também no Norte e Nordeste
Marcelo Brandão e Michèlle Canes - Repórteres da Agência Brasil* Edição: Aécio Amado
As manifestações do Dia Nacional de Lutas em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores, da Democracia, da Petrobras e pela Reforma Política ocorreram também em estados das regiões Norte e Nordeste, onde foram organizadas pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e tiveram participação de entidades como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Em Salvador, o ato ocorreu na parte da manhã e teve a presença do ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli. Em discurso, assim como tinha feito ao depor ontem (12) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, Gabrielli voltou a dizer que os desvios de recursos da empresa, investigados pela Operação Lava Jato, não tinham como ser detectados. “A Petrobras é uma empresa séria, que tem um sistema de controle. Portanto, não poderia capturar nos seus mecanismos de controle o comportamento criminal de alguns, que fizeram conluio e os comportamentos inadequados fora da companhia.”
Em Fortaleza, a manifestação ocorreu na Praça da Imprensa, no bairro Aldeota. Os participantes seguiram em passeata pela Avenida Desembargador Moreira e pediram também reforma política. Segundo a Polícia Militar, cerca de 500 pessoas participaram do ato. Representantes da CUT, que organizou a manifestação, estimaram que aproximadamente 3 mil pessoas estiveram presentes.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, as manifestações foram pacíficas e não houve registro de incidentes. Os policiais acompanharam os manifestantes, que seguiram da Praça da Imprensa até a Assembleia Legislativa do Estado do Ceará.
Em Alagoas, 5 mil pessoas, segundo a CUT local, e 1.800, de acordo com a Polícia Militar, participaram de uma passeata pelas principais ruas de Maceió. A manifestação teve a presença de caravanas do interior do estado. O ato teve início às 9h e terminou às 13h30. Segundo a polícia, não foram registradas ocorrências.
No Acre, por causa da enchente que atinge parte da capital em função do transbordamento do Rio Acre, a manifestação ficou restrita aos locais de grande circulação de pessoas, como áreas comerciais e o Terminal Urbano de Rio Branco. De acordo com a representação da CUT no estado, 50 pessoas participaram do ato.
No Amapá, a forte chuva que atingiu pela manhã a capital, Macapá, obrigou a organização do movimento a alterar a programação. Em vez de percorrer algumas ruas da cidade, os manifestantes se concentraram, das 8h às 12h, na Praça da Bandeira. O evento reuniu cerca de 300 pessoas, segundo a CUT.
Em Belo Horizonte, a CUT informou que a manifestação começou por volta das 16h, saido da Praça Afonso Arinos rumo à Praça Sete. Além da CUT e de outras centrais de trabalhadores, o MST e outros movimentos sociais e estudantis participaram do ato. A CUT estima que cerca de 5 mil pessoas tenham participado da mobilização.
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