segunda-feira, 30 de março de 2015

Lucro baixo e dívidas são sinais de que é o momento de fechar sua empresa

"É comum perceber que o ímpeto de abrir um negócio não ocorre na mesma intensidade quando se trata de desistir dele e encerrar as atividades", afirma Reinaldo Messias, consultor do Sebrae-SP.

Ele diz que caso uma empresa esteja passando por dificuldades severas mesmo depois de tomar medidas para aumentar as vendas e reduzir os custos, é hora de repensar seu modelo de negócios, procurar um sócio ou até mesmo fechar ou vender sua companhia. "Em uma pequena ou média empresa muitas vezes um prejuízo de R$ 5 mil ao mês, que soma R$ 60 mil ao ano, é mais do que foi investido", ele diz.

Para ajudar a identificar essa situação, Messias listou os principais sinais de que é o momento de tomar uma decisão sobre o futuro do seu negócio.

LUCRO BAIXO

Se seu plano era ter uma lucratividade de 20% e você está faturando 3% sem perspectiva de melhora, talvez não valha a pena insistir no negócio.

Há períodos do ano em que as vendas no comércio, por exemplo, são baixas em todos os segmentos. Mas se seus concorrentes venderam bem no Natal e sua empresa não, isso é uma má notícia.

MUITAS DÍVIDAS

Se você já fez vários empréstimos, até mesmo para saldar as parcelas de um crédito inicial, e está tendo dificuldade em pagá-los, não vale a pena esperar e se afundar ainda mais em dívidas, já que não há mais onde buscar dinheiro.

Outro sinal é quando os fornecedores não aceitam mais que você pague com prazo, mas exigem pagamento antecipado ou à vista. Isso prejudica a reposição de estoques.

CAIA FORA!

No caso de ter previsto recuperar o investimento em dois anos e, ao final do prazo, não estar nem sequer próximo disso, é hora de sair, principalmente se há dificuldades que afetam todo o seu segmento e nada pode ser feito para reverter o quadro.

SOCIEDADE

Em uma situação em que há um desentendimento entre os sócios sobre que rumo tomar, o negócio sofre as consequências.

Se não há mais compatibilidade e isso tende a se agravar, tente negociar a compra da participação de seu sócio ou vender a sua.

FAMÍLIA VEM PRIMEIRO

Quando um empresário está passando pelo dilema "até ganho dinheiro, mas não gosto do que faço", ou se o negócio está comprometendo sua vida familiar, procure algo mais compatível com seu estilo de vida.

Não vale a pena prejudicar sua saúde e suas relações pessoais e familiares por uma empresa.

Colaborou GABRIELA STOCCO, de São Paulo.
Fonte: Folha Online - 29/03/2015 e Endividado


Hospitais devem ter aumento de 25% nos custos com dólar alto

A Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp) –entidade que representa cerca de 60 grupos que juntos tiveram um faturamento de R$ 17,3 bilhões em 2013– estima um aumento de 25% nos custos hospitalares com o dólar acima dos R$ 3. Isso porque a maioria dos insumos e materiais médicos é importada.

Nos últimos dois anos, os hospitais ligados à Anahp viram seus custos sofrerem uma variação superior à da receita. Em 2013, a receita líquida aumentou 5,1%, enquanto os custos cresceram 6,1% em relação a 2012. O mercado hospitalar no Brasil movimenta cerca de R$ 70 bilhões.

O presidente da Anahp, Francisco Balestrin, pontua que a alta na moeda americana deve se refletir nos projetos de expansão dos hospitais.

"Até 2016, o setor precisará de 13,7 mil novos leitos, caso a população de beneficiários dos planos de saúde cresça apenas 2,1% ao ano. Ao custo de US$ 150 mil por leito, essa expansão exigiria US$ 1,9 bilhão. Certamente a alta do dólar é um dos grandes fatores que podem retardar esse investimento", disse Balestrin.
Fonte: Folha Online - 26/03/2015 e Endividado


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