quinta-feira, 26 de março de 2015

Entidades pedem retomada do julgamento sobre doações de empresas para partidos



Movimentos da Coalizão pela Reforma Política Democrática, realizam uma vigília cívica na Praça dos Três Poderes, em frente ao STF (Valter Campanato/Agência Brasil)
Em defesa da reforma política, entidades fazem vigília na Praça dos Três Poderes Valter Campanato/Agência Brasi
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pediram hoje (25) a retomada do julgamento sobre a proibição de doações de empresas privadas para campanhas políticas. Os representantes das entidades reuniram-se com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.
O julgamento foi interrompido em abril do ano passado, por um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes, quando o placar estava em 6 votos a 1 pelo fim de doações de empresas para candidatos e partidos políticos. Após a reunião, Lewandowski enviou o pedido das entidades para Mendes.
Segundo o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcos Vinícius Furtado Coêlho, o atual sistema político, com prevalência do poder econômico, não pode continuar.
"Entendemos que é importante para o Brasil uma definição da matéria para que possamos todos ter, após essa definição, adoção dos caminhos necessários ao Brasil, disse ele. Para Furtado, é  preciso “construir consensos e aprovar reforma política que melhore o sistema político".
O secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, disse que as entidades vão fazer uma vigília, hoje à noite, em frente ao Supremo. Serão acesas 365 velas para lembrar um ano do pedido de vista do ministro Gilmar Mendes.
"Estamos vendo a realidade nua e crua da influência do financiamento das empresas. Estamos todo dia no noticiário e gostaríamos de ver resolvida essa questão. Creio que o Supremo poderá nos dar luz e ajudar a sociedade.", disse Steiner.
Participaram também do encontro representantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, da União Nacional dos Estudantes e de outras entidades.
Na semana passada, os deputados federais Jorge Solla (PT-BA) e Henrique Fontana (PT-RS) entraram com representação contra Gilmar Mendes no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os parlamentares alegam que Mendes deve responder a processo administrativo pela demora na conclusão do voto.

Agência Brasil



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