quarta-feira, 11 de março de 2015

Dilma diz que espera recuperação da economia brasileira até o fim do ano

A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (10) que espera que a economia brasileira supere a crise até o fim do ano. “Nós vamos fazer todo o esforço ao nosso alcance para que, até o final deste ano, os sinais de recuperação já comecem a aparecer”, declarou ao discursar na abertura do 21º Salão Internacional da Construção (Feicon-Batimat), na zona norte da capital paulista. Dilma admitiu, no entanto, que o momento é delicado. “Eu não ignoro a desaceleração do setor e da economia vivenciada no momento atual. Eu tenho trabalhado de forma sistemática para superar ainda este ano essa desaceleração”, disse logo no início de sua fala.
Antes da cerimônia, a presidenta foi recebida com vaias pelos funcionários responsáveis pela montagem dos boxes de exposição. Dilma visitava o pavilhão que passava por ajustes antes de ser aberto ao público. Ela estava acompanhada do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, e de representantes empresariais do setor da indústria e comércio de materiais de construção. A feira reúne 2 mil marcas nacionais e internacionais e espera receber 120 mil visitantes até sábado (14).
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Walter Cover, defendeu o processo democrático no país, durante o evento de abertura, para uma plateia de executivos. “O empresário, em sua grande maioria, mesmo com esse momento difícil, tem mantido o equilíbrio, quer a governabilidade e a permanência do processo democrático. Está fazendo a crítica precisa, não aquela simplista e generalista”, declarou. Ontem (9), a presidenta Dilma também destacou a importância da democracia ao comentar os panelaços ocorridos contra o governo, no último domingo (8), em algumas regiões do país.
Apesar de assumir que o país passa por um momento de dificuldades, Dilma disse que alguns setores da sociedade vêm exagerando na proporção dos problemas. “Nem de longe, nós estamos vivendo uma crise nas dimensões que alguns dizem que nós estamos vivendo. Nós passamos por problemas estritamente conjunturais, porque nossos fundamentos, hoje, são sólidos”, ressaltou.
Para superar a crise, a presidenta voltou a defender a necessidade de medidas de ajuste fiscal. “Nós temos que fazer correções e ajustes. Justamente para isso, nós estamos tomando medidas que ajustam as contas públicas. Porque nós absorvemos, no orçamento do governo federal, uma parte importante da crise”, disse, em referência às turbulências enfrentadas pela economia mundial desde 2009. “Isso é o que impede que, sem fazer alguns ajustes, mantenhamos o ritmo anterior de desoneração e subsídio”, acrescentou, para justificar o fim das medidas de incentivo.
A presidenta destacou, entretanto, que os ajustes têm como objetivo permitir que o Brasil volte a crescer. “Mas essas correções e ajustes têm propósitos muito claros. Eles reforçam ainda mais os fundamentos econômicos do país. E constroem novas condições para retomada tanto do crescimento quanto do emprego”, destacou.

Agência Brasil

STF notifica ministro da Educação sobre interpelação do deputado Raul Jungmann



Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil Edição: Aécio Amado
O ministro da Educação, Cid Gomes, foi notificado pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que responda, no prazo de dez dias, à interpelação judicial apresentada pelo deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE).
No documento, Jungmann pede esclarecimentos sobre declarações atribuídas a Cid Gomes e divulgadas no blog do jornalista Josias de Souza, sob o título Câmara tem uns 400, 300 deputados achacadores. Para o parlamentar pernambucano, as afirmações podem configurar crime de injúria, previsto no Artigo 140 do Código Penal, por se tratar de acusação genérica, sem explicar quem são os deputados em questão.
Ao analisar a interpelação, Celso de Mello diz que a decisão de determinar a notificação não veicula, nem transmite qualquer ordem ao ministro Cid Gomes. “O notificando não pode ser compelido a comparecer em juízo nem constrangido a prestar esclarecimentos, ou a exibir documentos, ou, ainda, a fazer, deixar de fazer ou tolerar que se faça alguma coisa.”
Celso de Melo acentuou ainda que restam ao destinatário da interpelação penal quatro possibilidades: “Poderá, querendo, responder ao pedido formulado; igualmente, ao seu exclusivo critério, abster-se de responder à notificação; em atenção ao Poder Judiciário, comunicar-lhe, de modo formal, as razões pelas quais entende não ter o que responder ao interpelante; e, finalmente, prestar as explicações solicitadas”.
Na quarta-feira (4), a Câmara dos Deputados havia aprovado a convocação de Cid Gomes para esclarecer críticas a deputados e à Casa. As declarações do ministro foram feitas no fim de fevereiro, na Universidade Federal do Pará, durante reunião com professores e reitores de universidades federais.
De acordo com o requerimento, Cid Gomes disse que a Câmara “tem lá uns 300, 400 deputados [para quem] quanto pior, melhor para eles. Eles querem é que o governo esteja frágil, porque é a forma de achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais dele, aprovarem as emendas impositivas”.
Após a aprovação do requerimento, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), determinou que a Secretaria-Geral da Mesa tomasse as providências necessárias para que o ministro da Educação compareça à Casa e preste esclarecimentos sobre suas declarações.

Agência Brasil












Central de Fukushima ainda representa riscos, diz autoridade de regulação


Da Agência Lusa Edição: Graça Adjuto
O presidente da Autoridade de Regulação Nuclear do Japão (NRA), Shunichi Tanaka, disse hoje, quando se completam quatro anos do acidente nuclear em Fukushima, causado pelo sismo seguido de tsunami, que a central ainda representa inúmeros riscos.
“Foram registrados, no último ano, acidentes e problemas e temos que admitir que isso gera ansiedade nas pessoas daquela área”, disse Tanaka, em reunião do órgão realizada para marcar a passagem dos quatro anos da tragédia.
Em 11 de março de 2011, um terremoto de magnitude 9, seguido de tsunami, devastou o Nordeste do Japão, deixando mais de 18 mil mortos e desaparecidos e desencadeando grave crise nuclear.
“Existem inúmeros riscos de acidentes e problemas na central”, reconheceu o presidente do órgão regulador, que pediu à operadora da central – a Tokyo Electric Power (Tepco) – a ampliar esforços para melhorar a segurança em Fukushima. Há duas semanas, a Tepco informou a existência de novo vazamento de água radioativa para o mar.
Além disso, o número de acidentes em que têm sido envolvidos funcionários da central aumentou nos últimos meses, à medida que vão se complicando as operações de desmonte da central, tarefa que, segundo as estimativas, irá demorar de 30 a 40 anos para ser concluída.
O mais recente acidente ocorreu em janeiro, quando um técnico morreu ao cair em um tanque de armazenamento de água.

Agência Lusa e Agência Brasil


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