segunda-feira, 23 de março de 2015

Consumidores de sites de compras coletivas estão mais exigentes, diz SPC

internet

Consumidor está mais exigente na hora de adquirir pacotes em sites de compras coletivasArquivo/Agência Brasil

A queda nas intenções de adquirir produtos ou serviços por sites de compras coletivas reflete a maior consciência do consumidor. O perfil deixou de ser a compra por impulso e , agora, esses consumidores observam melhor as condições de uso oferecidas. A avaliação é do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), que divulgou essa semana uma pesquisa sobre hábitos de compra pela internet.

A pesquisa foi feita em todas as capitais do país, de 5 a 8 de janeiro deste ano, e respondida pela internet por 662 pessoas maiores de idade de ambos os sexos e todas as classes sociais. Os dados mostram que 47% dos consumidores de compras coletivas diminuíram a frequência de consumo pelos sites, 42% adquiriram produtos e serviços e 61% fizeram ao menos uma compra a cada seis meses.

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a cautela ocorre porque o consumidor está mais atento às condições de compra. “Isso veio como um boom (crescimento acelerado) e a impressão que dá é que as pessoas foram com muita sede ao pote". Ela explicou que é necessário verificar "com muito cuidado" o contrato de compra e verificar as condições de vendas impostas pelos sites.

No caso das refeições em restaurantes, por exemplo, existe o dia certo para usar o vale de compra. Marcela Kawauti alerta, ainda, para o fato de que, em época de temporada, não se pode utilizar o vale adquirido para pousadas. "Então, as pessoas começaram a aprender a usar, por isso que teve esse recuo”, ressaltou.

A pesquisa mostra que cerca de um terço dos cupons não foi utilizado, sendo que 58% dos consumidores disseram que o prazo expirou, 16% responderam que o local para usufruir o produto era muito longe e 15% admitiram que não leram com atenção o regulamento e perceberam, depois da compra, que o regulamento não o atendia.

Marcela disse que houve insatisfação dos consumidores quando começou o boom das compras coletivas, em 2010 e 2011. “Das pessoas que se disseram insatisfeitas, para quem usou o cupom, 21% disseram que teve qualidade de serviço muito ruim, para 20% o atendimento deixou a desejar e 14% disseram que era muito difícil conseguir um dia e horário para usufruir o produto, o que é muito comum também”.

Para o publicitário Daniel Araújo, de 28 anos, morador de Cuiabá (MT), o interesse pelos nos sites de compra coletiva diminuiu, também, porque deixou de ser novidade. “Foi um boom. Ficava todo mundo comprando, todo mundo olhando, eram poucos sites e a gente queria aproveitar o máximo que conseguisse, o que aparecesse de oferta eu comprava, porque era tentador. Mas aí aumentou a quantidade de sites, além dos nacionais foram surgindo mais sites locais, com promoções da nossa cidade, mas acabou que tudo foi virando mais do mesmo”.

Ele acrescentou que, com o passar do tempo, os atrativos diminuíram e os descontos não eram tão incentivadores. “Eu realmente comprava muito, aproveitava de peça de teatro a reparo de carro, comida, procedimento estético, que tinha bastante. Depois parei, comprava só algumas coisas de jantar, promoção para casal, para grupo. Depois nunca mais, ficou sem atrativo. Hoje em dia eu ainda entro, dou uma olhada para ver o que tem de novo, de diferente. E não tem nada, são sempre as mesmas coisas e geralmente eu não compro”.

Computador

Pesquisa mostra que 46% do público que compra pacotes em sites coletivos são jovens de 18 a 34 anosArquivo/Agência Brasil

A estudante de Brasília Camila Inará, de 23 anos, disse que foi desmotivada a comprar porque sentia diferença no tratamento dos clientes de compra coletiva e dos demais e teve problemas com o serviço adquirido. “Eu comprei uma festa completa de aniversário infantil e era golpe. Estava tudo acertado, eu tinha marcado com muita antecedência, mas eu voltei lá para ver se estava tudo certo e descobri que a moça tinha sumido. Cheguei a fazer o boletim de ocorrência mas não deu em nada. Pelo menos o site me devolveu o dinheiro”.

O SPC Brasil mostra que 46% do público dos sites de compras coletivas são jovens entre 18 e 34 anos, 46% são das classes A e B, 49% têm ensino superior e 56% fazem compras com frequência pela internet.

Os sites de compra coletiva Peixe Urbano e Groupon foram procurados pela reportagem para se posicionar sobre a pesquisa, mas não responderam até o fechamento da matéria.

 

 

Agência Brasil

 

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          CNA e Senar querem proteger mil nascentes em áreas rurais até o fim do ano

           

          Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas

          nascentes devem ser protegidas

          CNA quer proteger mil nascentes de água até o fim de 2015Fábio Pozzebom/Agência Brasil

          A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) lançaram hoje (22) o Programa Especial Proteção de Nascentes. A ideia é proteger, inicialmente, mil nascentes localizadas em áreas rurais do país até o fim deste ano.

          A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lança o Programa Nacional de Proteção de Nascentes. A iniciativa faz parte das celebrações do Dia Mundial da Água (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

          A CNA lança o Programa Nacional de Proteção de NascentesFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

          O evento ocorreu no Parque Olhos D’água, usado por moradores da Asa Norte para caminhadas, corridas e ciclismo, e localizado a poucos quilômetros da Esplanada dos Ministérios. Os técnicos aproveitaram para mostrar às pessoas a importância da conservação das nascentes.

          De acordo com o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, a primeira nascente do projeto foi protegida neste domingo – Dia Mundial da Água –, em uma região rural do Distrito Federal. Segundo ele, o processo é simples e inclui cinco passos: identificar a nascente, já que elas podem ser perenes ou temporárias, para que seja definido o melhor caminho para a sua proteção; cercar a nascente para impedir danos causados por animais, homens ou veículos; limpar a área, retirando materiais que possam contaminar ou obstruir o curso natural da água, como plástico, garrafas, restos de comida e plantas invasoras; controlar a erosão, impedindo que enxurradas soterrem a nascente ou que a exagerada compactação do solo impeça a infiltração da água; e replantar espécies nativas para garantir o sucesso da recuperação da área da nascente.

          “A água é um insumo básico na produção de alimentos e, portanto, o projeto tem como foco os produtores”, explicou. “Mas a responsabilidade de proteger nascentes é de todos, não só dos produtores”, destacou Bruno Lucchi.

          Para o assessor técnico da CNA, Nelson Ananias Filho, a iniciativa resgata a obrigação de toda a população de conservar o berço das águas de forma orientada. Ele lembrou que as nascentes são protegidas por lei e são necessárias para garantir a sustentabilidade da atividade rural no Brasil.

          Brasília - No Dia Mundial da Água, frequentadores fazem um abraço simbólico no Lago Paranoá, buscando o uso racional do local e de suas águas(Fábio Pozzebom/Agência Brasil)

          O Lago Paranoá foi palco de uma série de eventos como um abraço simbólico para o uso racional do local e de suas águasFábio Pozzebom/Agência Brasil

          “As nascentes têm um peso especial dentro das propriedades rurais, mas é preciso conscientizar e mostrar para as pessoas que elas não existem apenas na zona rural. Existem nascentes nas cidades, nas áreas urbanas, que também precisam ser protegidas”, destacou Nelson Ananias.
          O Dia Mundial da Água foi marcado por uma série de eventos no Distrito Federal neste fim de semana, como coletas de lixo jogados em área pública e um abraço simbólico no Lago Paranoá.

           

          Agência Brasil

           

           

          Exposição usa esculturas de botos para homenagear os 450 anos do Rio

           

          Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil Edição: Fábio Massalli

          Exposição Memórias do Boto que decora, com 45 obras do símbolo da cidade, o campus Fundão da UFRJ, confeccionadas por alunos, professores da Escola de Belas Artes e artistas convidados (Fernando Frazão/Agência Brasil)

          Exposição Memórias do Boto integra o calendário oficial de comemoração dos 450 anos do RioFernando Frazão/Agência Brasil

          A exposição Memórias do Boto, organizada pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EBA-UFRJ), comemora os 450 anos do Rio de Janeiro usando o animal símbolo da cidade e que aparece na bandeira da capital do estado, o boto. A mostra, feita em conjunto com o Parque Tecnológico, terá esculturas do mamífero aquático feitas de fibra de vidro e, a partir da próxima terça-feira (24), as peças começarão a ser distribuídas pela Cidade Universitária, na Iha do Fundão.

          Na inauguração, no próximo dia 28, haverá o “abraço ao boto”, quando as pessoas serão convidadas a abraçar a escultura que mais gostarem. A exposição ficará aberta à visitação gratuita de 28 de março a 30 de maio. A mostra integra o calendário oficial de comemoração dos 450 anos do Rio.

          A Escola de Belas Artes promoveu um concurso entre os estudantes, que selecionou 23 projetos para representar diferentes marcos da cidade, desde sua fundação até hoje. Atualmente, as peças estão sendo finalizadas no Polo Náutico da Cidade Universitária. Para completar os 45 botos previstos, foram convidados 16 professores da EBA e seis artistas, entre os quais a carnavalesca Rosa Magalhães e o artista plástico Marcelo Jácome.

          O aluno Gabriel Barros trabalha sua obras para a exposição Memórias do Boto que decora, com 45 obras do símbolo da cidade, o campus Fundão da UFRJ (Fernando Frazão/Agência Brasil)

          As peças estão sendo finalizadas no Polo Náutico da Cidade UniversitáriaFernando Frazão/Agência Brasil

          Os protótipos dos botos, bem como as formas do animal, foram feitos pelo estudante de escultura da EBA, Gabriel Barros. As peças têm 2,1 metros de altura, incluindo a base. Elas sofreram interferência de cada artista e apresentam diversas texturas e técnicas. “Tem pintura, tem mosaico, tem colagem. São diversas formas de materiais utilizados, como tecido, espelho, pedra, madeira”, informou o diretor da EBA e porta-voz do projeto, Carlos Terra.

          A Escola de Belas Artes está negociando com o Comitê Rio450 a possibilidade de levar a exposição, já apelidada de “Boto 'Parade'”, para a orla de Copacabana. “A gente traz para a comunidade um pouco dessa integração de cultura, arte e tecnologia, para mostrar que também está à frente disso, dando essa obra de arte para o povo”, acentuou Carlos Terra.

          Aproveitando que a EBA-UFRJ completará 200 anos em 2016, todo o trabalho de criação dos botos será transformado em livro, com informações sobre as obras e dados históricos que serviram de inspiração para os artistas. A obra tem lançamento programado para o dia 12 de agosto deste ano, data de aniversário da escola.

          Terra disse que será colocado à disposição dos visitantes um ônibus que sairá às 10h do prédio da reitoria às segundas, quartas e sextas-feiras. As visitas deverão ser agendadas na página do Parque Tecnológico. “Teremos seis monitores de história da arte da escola que assessorarão as pessoas”. As terças e quintas-feiras, no período de 10h às 12h, serão reservadas às escolas da rede pública de ensino, que deverão também fazer agendamento prévio.

          O público terá uma interação com algumas das esculturas de botos, dentre elas a do Boto Poste, que traz colagens normalmente encontradas pelos cariocas nos postes da cidade, com cartazes do tipo “Trago o seu amor em sete dias” ou “Leio a sua mão”. A obra não recebeu verniz para ver se alguém dará a sua contribuição, colando algum recado no boto.

          Outra dessas esculturas é o Boto dos Espelhos, “customizada” por uma professora da EBA, de forma que o visitante veja sua imagem refletida na escultura. “Tem boto com luz, com música, tem um que mistura funk com elementos de som dos botos. É uma diversão”, conta Carlos Terra.

           

          Agência Brasil

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