por Samy Dana
Uma casa maior, um carro mais bacana, um emprego mais prestigioso. Todos querem subir na vida.
Nada mais natural, não? Existe até uma sensação de que esse desejo de continuar crescendo faz sentido em termos evolutivos: a nossa eterna insatisfação pode ser um motor para nos ajudar a lutar por condições sempre melhores, que garantam não apenas a nossa sobrevivência, mas também a nossa felicidade e a de nossa família.
No entanto, esse desejo de andar para frente nada mais é do que o outro lado de um sentimento mais primitivo nosso: o medo de andar para trás. Afinal, maior apenas do que a vontade de progredir é o medo de perder o que já conquistamos.
De acordo com a teoria econômica comportamental, a ideia de trocar o seu carro do ano por um modelo usado é sentida como uma perda - e nós temos uma aversão profunda a perdas. Nós reagimos com maior intensidade a perdas do que a ganhos, o que significa que a alegria de ganhar R$ 500 é menor do que o tristeza de perder o mesmo valor.
Em períodos de crise econômica, por exemplo, nos retraímos, preocupados com o futuro. Para a maioria, não é hora de pensar em como ganhar mais, e sim em como proteger o que conquistamos. São poucos aqueles que conseguem perceber que em toda crise existe uma oportunidade - e agir de acordo.
"Retroceder a uma casa menor, por exemplo, é considerado uma perda, é psicologicamente doloroso e estamos dispostos a todos os tipos de sacrifícios para evitá-la, mesmo que, neste caso, as prestações do financiamento afundem o nosso navio", alerta o economista Dan Ariely.
Como lidar então com o medo de andar para trás? Uma alternativa é passar a calcular melhor os passos que damos, como a compra da casa maior, a troca do carro, o aumento de salário que passa a bancar todo um novo estilo de vida. Com mais cautela, podemos deixar mais dinheiro rendendo nas suas aplicações e você garante que só dá esses novos passos quando estiver certo de que consegue bancar tudo.
Se esta é uma opção muito frugal para você, existe uma alternativa mais zen.
Ariely, por exemplo, recomenda "tentar encarar todas as transações (principalmente as grandes) como se eu não fosse proprietário, pondo alguma distância entre mim e o objeto de interesse". Ou seja: toda posse é transitória. Se você compreender isso, poderá aproveitar a fase das "vacas gordas" sem sofrer demais se tiver que cortar o padrão de vida depois.
Fonte: Folha Online - 05/03/2015 e Endividado
IDC (INTERNACIONAL DEMOCRATA DE CENTRO) REUNIU SUA COMISSÃO EXECUTIVA EM BRUXELAS, DIA 01/03!
1. Os temas debatidos foram sobre a questão do Estado Islâmico, sobre a crise Ucrânia-Rússia, sobre a situação do novo governo da Grécia e sobre a crise política e econômica na Venezuela.
2. Esteve presente o Vice-Presidente da IDC, Cesar Maia, em representação do Democratas.
3. Resoluções adotadas. Links 1, 2, 3 e 4.
Ex-Blog do Cesar Maia
EUA DEVERIAM ABRAÇAR O ENGAJAMENTO CRESCENTE E POSITIVO DA TURQUIA NO ORIENTE MÉDIO!
(M. Hakan Yavuz, professor de ciência política da Universidade de Utah e autor de "Secularism and Muslim Democracy in Turkey" - Mujeeb R. Khan, doutorando em ciência política na Universidade da Califórnia, em Berkeley. International New York Times/ UOL, 12)
1. Por décadas, a Turquia foi um aliado atencioso e em grande parte seguiu a liderança americana. Mas desde a reeleição do Partido Justiça e Desenvolvimento, em 2007, ela adotou uma política externa mais independente no Oriente Médio, que frequentemente a coloca em atrito com Washington.
2. A crise em andamento no Oriente Médio apenas ressaltou a posição geoestratégica chave da Turquia: não causa surpresa que o papa Francisco, o presidente russo Vladimir Putin e o primeiro-ministro britânico David Cameron tenham visitado Ancara nos últimos meses. E os detratores da Turquia, em parte por não entenderem as fontes de sua nova assertividade, não conseguem ver que sua transformação na verdade atende aos interesses de longo prazo dos Estados Unidos.
3. A nova política externa da Turquia tem suas raízes nas reformas políticas e econômicas do primeiro-ministro Turgut Ozal nos anos 80, que aceleraram a democratização do país e a ascensão da classe média muçulmana no interior turco. Após a fundação da República Turca em 1923, um pequeno establishment secular e autoritário afastou o país de sua magnífica herança islâmica. No final do século 20, entretanto, muitos turcos olhavam para trás com nostalgia, para a unidade e liderança proporcionadas pelo Império Otomano. Hoje, eles não mais simplesmente aceitam as políticas problemáticas do Ocidente na região, como seu apoio ao golpe que levou o general Abdel Fattah el-Sisi ao poder no Egito.
4. A Turquia continua sendo bem mais democrática que seus vizinhos. Suas eleições são livres e limpas, ela não elimina seus oponentes políticos e nem persegue minorias étnicas e religiosas. A Turquia também está tentando remover a região do ciclo de despotismo, conflito e intervenção externa que a atormenta desde o fim da era otomana. Depois da primeira visita do presidente Bashar al-Assad à Turquia em 2004, a liderança do AKP abraçou as promessas do jovem presidente de reforma e as relações com a Síria melhoraram. Foi apenas depois que Assad ignorou os apelos do governo turco por reforma e realizou assassinatos em massa de civis sírios é que Ancara exigiu sua remoção.
5. Após a eleição do partido de Erdogan em 2002, ele fortaleceu os laços com Israel, sinalizando que a Turquia trataria o país como um parceiro legítimo em sua tentativa de mediar uma paz abrangente na região. Mas após centenas de civis palestinos terem sido mortos na Guerra de Gaza de 2008-2009 e de forças israelenses terem atacado o navio turco desarmado Mavi Marmara, em 2010, é que a Turquia decidiu não mais ser indulgente com as fantasias beligerante do Likud, o partido do governo de Israel.
6. O AKP também fez mais do que qualquer outra liderança turca para encerrar o conflito curdo. A Turquia conta com mais de 1,6 milhão de refugiados sírios, incluindo 200 mil curdos, cristãos e yazidis fugindo do Estado Islâmico. Ancara forneceu ajuda militar aos pesh merga curdos que combatem os radicais sunitas na Síria. E o Governo Regional do Curdistão, no Iraque, se tornou um dos principais parceiros estratégicos e econômicos da Turquia.
7. Para evitar mais dessas calamidades, os autores de políticas em Washington, e em outras capitais ocidentais, deveriam abandonar sua abordagem contraproducente: eles deveriam abraçar o engajamento crescente e positivo da Turquia no Oriente Médio.
Ex-Blog do Cesar Maia
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