quarta-feira, 4 de março de 2015

BREVE RETORNO AO BRASIL CIVILIZADO DE MÉDICI

Aileda de Mattos Oliveira (1/3/2015)

É indispensável que nos reabasteçamos de oxigênio para a decisão de despejarmos os antibrasileiros da casa que nunca foi deles: o Brasil.

Assim, neste mês em que se comemoram os cinquenta e um anos da Contrarrevolução de 1964, fazer um breve retorno à época civilizada do País, é uma maneira de nos fortificarmos, ao rever o trabalho de um Presidente que se voltou, inteiramente, às necessidades de sua gente.

Aqueles que vieram, cheios de “cidadania”, de “diretas”, após “os anos das trevas”, não deram continuidade à volumosa obra dos governos militares.

Benditos “anos de chumbo”, benditos “golpistas”, bendita “ditadura”, que puseram o Brasil em franco desenvolvimento, inclusive, social.

Não ganha jogo quem grita mais alto, mas quem faz o gol.

Médici, o grande presidente castor, fez “golaços” com o seu projeto PROTERRA. Deteve-se no problema de colonização de regiões com vazios demográficos, abrindo possibilidades à exploração agroindustrial, e que viria permitir a migração de contingentes populacionais, como realmente ocorreu, em Rondônia e Roraima.

Essa ocupação da terra brasileira por brasileiros de várias regiões tinha o objetivo de fazer “com que o Brasil cresça dentro de seus próprios limites”, conforme palavras do próprio Presidente. Havia uma certeza de integração e de unidade nacional. Havia uma certeza de que era bom ser brasileiro.

Mas, para a consolidação desse trabalho, era imperativo que obras paralelas fossem postas em execução, e a construção de rodovias era imprescindível, a fim de facilitar a mobilidade, os deslocamentos desses contingentes, alguns saídos do Sul e do Sudeste para o extremo Norte.

As obras saltavam do papel e iam se transformando em realidade, não se limitavam a motes de pronunciamentos irresponsáveis, como os que transformaram o rio São Francisco, o “Velho Chico” da unidade nacional, num canteiro de obras, num monte de destroços. Ficaram satisfeitos os sádicos de esquerda ao destruírem mais uma mítica instituição brasileira.

Médici tinha objetivos sólidos. Ao incrementar a pesquisa no terreno técnico-científico, visava ao desenvolvimento dos estudos no campo da genética, da silvicultura e, mais ainda, o aumento da produtividade agrícola, pelo incentivo à pesquisa referente ao emprego da energia nuclear na agricultura.

Esses estudos, em nível universitário, puseram em grande atividade intelectual, docentes e discentes da Escola Superior de Agricultura “Luís de Queiroz”, em Piracicaba.

Não pensem que o desenvolvimento do solo ficou restrito às regiões citadas. No Rio Grande do Sul, os gaúchos puseram os instrumentos na terra, arregaçaram mangas e bombachas, e a produção de soja e de trigo foi uma beleza de se ver e de se contar.

Porém, concordamos com a esquerda, quando afirma que houve uma revolução dos militares. É verdade, houve sim, uma grande revolução.

Houve uma revolução no modo de governar, nos programas de governo destinados às soluções dos problemas nacionais, os agrários, a ocupação territorial, nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste, os exclusivamente sociais como PIS, PASEP, FGTS. No âmbito da educação superior, CNPq, CAPES eram os institutos de pesquisas que abriram as portas ao mestrado e ao doutorado.

O crescimento do Brasil, certamente, causaria apreensão aos países do entorno, já que é mais fácil invejar do que trabalhar para atingir o mesmo patamar de desenvolvimento. Assim, as visitas que Médici fez ao Paraguai (hoje, dando lições de democracia ao Brasil) para a inauguração da ponte internacional sobre o rio Apa, em Bela vista (7/7/1971) e à Colômbia (7/8/1971), contribuíram para eliminar qualquer possibilidade de inquietação por parte dos governos dos dois países.

Ao Presidente Misael Pastrana Borrero, da Colômbia, reafirmou o interesse do Brasil em que todos os seus vizinhos, limítrofes ou não, fossem “prósperos”, porque, “Longe de nós está, portanto, a ideia de conquistar, pelo empenho que colocamos em promover o desenvolvimento nacional, qualquer tipo de hegemonia.” As relações internacionais fundamentavam-se no respeito mútuo.

Estes são alguns dados do Brasil civilizado, de ontem, pois as muitas realizações do operoso Presidente estão no livro “Médici, a verdadeira história”, porém, as aqui citadas, encontram-se registradas, pelo próprio Presidente nas páginas de sua pequena obra “O povo não está só”.

O doloroso é termos que voltar à realidade deste, hoje, envergonhado País, ora destruído por uma criatura incapacitada, até mesmo, de dirigir a própria vida doméstica.

São treze anos de dilapidação do dinheiro público, pelo governo petista. Médici, o presidente militar, não transformou os bens públicos em particulares, apenas desenvolveu projetos, tendo em vista o bem comum, o bem-estar do brasileiro, o desenvolvimento do Brasil.

Conclusão: nada melhor do que uma “ditadura” militar.

(Dr.ª em Língua Portuguesa. Vice-Presidente da Academia Brasileira de Defesa)

 

 

METÁFORAS, APELAÇÃO E HISTÓRIA

São Paulo, 02 de Março de 2015 às 12:54

por Sérgio Paulo Muniz Costa

Lula e o PT cometem um desatino ao transformarem o MST em "exército" para atacarem as instituições democráticas

A despeito de alguns artigos publicados na imprensa, da reação do Presidente do Clube Militar e da representação protocolada pelo deputado Jair Bolsonaro na Procuradoria Regional da República no Distrito Federal, até agora nada aconteceu ao sr. Luís Inácio Lula da Silva por suas irresponsáveis palavras lançadas no último dia 24 de fevereiro na sede da ABI no Rio de Janeiro, quando anunciou o alinhamento do “exército do Stédile “à “briga” que os militantes do PT, segundo ele, sabem brigar.

Em qualquer país democrático com instituições sólidas, tal desatino seria repudiado por manifestações oficiais e enfrentado com providências legais, cobrando-se a retratação e a explicação que o sr. Luís Inácio já deve à sociedade brasileira.

Mas a julgar pelo silêncio das maiores autoridades da República, o sr. Luís Inácio pensa que pode continuar fazendo o que quer e bem entende, sem responder por tanto, restando evidente que isso produzirá consequências.

Não se pretende aqui cansar o leitor, lembrando a impressionante coincidência da prática em que o sr. Luís Inácio é useiro e vezeiro com o que um certo cabo na Alemanha dos anos 20 e 30 fazia nos seus discursos de cervejaria, depois consolidados no bric-à-brac de uma pseudocultura de cadeia que o tornou rico (Minha Luta).

O que acontece aqui no Brasil tem causas e características próprias, decorrentes, em particular, de uma tradição de leniência com a transgressão, e não se precisa recorrer a exemplos históricos distantes para concluir que há algo de muito errado acontecendo nesta República, onde agora se apela a uma retórica militarista para abordar a crise política que se instalou no País, também, pela omissão dos responsáveis pela coisa pública.

E antes que o delírio persecutório petista tente fazer de seu líder vítima de preconceito, discriminação ou prevenção, reitere-se que foi ele próprio, deliberada e espontaneamente, quem apelou a uma inoportuna e inconveniente metáfora que agora faz escola, tal a recorrência verbal a exércitos, tropas, comandantes e guerras, em peças apócrifas ou não, como se não houvesse na sociedade brasileira constituição, política, democracia, deveres e direitos pelos quais se devam encaminhar as soluções para os grandes problemas e questões nacionais.

É totalmente despropositada qualquer previsão de uma intervenção militar na atual crise política brasileira, e, para que isto fique bem entendido, é necessário reiterar alguns pontos.

Em primeiro lugar, que há poucas coisas mais ridículas no mundo do que forças armadas indisciplinadas, o que positivamente está longe de ser o caso no Brasil, onde os militares constituem a mais antiga e sólida carreira de Estado e se atêm rigorosamente ao cumprimento de suas missões constitucionais.

Em segundo lugar, que não existem militares de esquerda no Brasil, nem na ativa e nem na reserva, sendo os pouquíssimos a serviço do PT inexpressivos, não havendo, portanto, risco de guerra civil no país, algo que só acontece quando as forças armadas se dividem.

Em terceiro, que não existe poder militar dentro do país e no seu entorno regional que se atreva a intervir na normalidade institucional brasileira. Por essas e muitas outras razões, que não cabem neste espaço, está mais do que em tempo de cessarem as metáforas militares e a apelação golpista, voltando a predominar o discurso da lei e do direito que a História já nos ensinou. ##

 

 

 

 

 

 

 

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