Avião sai da pista durante pouso e deixa 23 feridos no Canadá
Um avião da Air Canada sofreu esta madrugada um pouso conturbado no
Aeroporto Internacional de Halifax, no Canadá, durante uma tempestade de
neve, deixando 23 feridos entre os ocupantes do voo, informou hoje (29)
a companhia aérea.
A aeronave, que fazia um voo doméstico, saiu
de Toronto com 133 passageiros e cinco tripulantes a bordo. O avião, um
Airbus A320, saiu da pista no momento do pouso, quando nevava e havia
pouca visibilidade, de acordo com a imprensa local. Avião da Air Canada levava 133 passageiros e cinco tripulantes a bordoDivulgação/Agência Lusa/Direitos Reservados "Todos
os passageiros e tripulantes desembarcaram do avião", informou a Air
Canadá, que confirmou que 23 pessoas ficaram feridas sem gravidade e
foram transportadas para hospitais locais "para serem objeto de
observação e para receberem tratamento". Dezoito feridos já receberam
alta médica.
O incidente gerou um apagão no terminal do Aeroporto Internacional de Halifax, que acabou sendo fechado para todos os voos.
Mariana Branco - Repórter da Agência BrasilEdição: José Romildo
O
dólar valorizado pressiona os preços no mercado interno, aumentando a
inflação, e é ruim para quem vai viajar. Mas, em um ano em que é
prevista retração do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e
serviços produzidos no país), o fortalecimento da moeda norte-americana
pode dar algum fôlego às exportações e, por tabela, à própria atividade
econômica. O dólar tem fechado acima dos R$ 3, e a previsão dos
investidores ouvidos no boletim Focus, do Banco Central (BC), é de que a moeda encerre 2015 cotada em torno de R$ 3,15.
A
consequência disso, segundo o presidente da Associação de Comércio
Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, será as empresas
focarem nas exportações. “Com o ajuste fiscal, forte retração no mercado
interno, vai ter que buscar o externo”, avalia Castro, prevendo aumento
das vendas principalmente para os Estados Unidos. “As importações de
todos os países da América da Sul [que compram do Brasil] estão caindo,
pois suas exportações de commodities [produtos básicos com
cotação internacional] estão recuando, em função da queda de preços”,
explica. Pelas projeções feitas por ele, as vendas para os EUA crescerão
de 15% a 20%.
Castro destaca que o mercado norte-americano é o
mais promissor, no momento. Na Europa, a recuperação econômica é lenta. A
China deve ter desaceleração do crescimento. “O único mercado
consistente hoje são os Estados Unidos. Estão tendo recuperação da
crise, e o Brasil está redescobrindo o mercado. Para a América do Sul,
as exportações vão continuar caindo, qualquer que seja a taxa de câmbio.
Para a Venezuela, houve queda de 47% nos dois primeiros meses do ano”,
diz. Ministro Armando Monteiro faz reaproximação comercial com os Estados Unidos para fortalecer mercado externo José Cruz/Agência Brasil A
própria equipe econômica do governo adota o discurso de que as vendas
externas, com destaque para os Estados Unidos, são a alternativa diante
da perspectiva de uma atividade interna fraca em 2015. Ao assumir o
cargo, em janeiro, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, Armando Monteiro, prometeu reaproximação comercial com os EUA e
disse que o dólar mais alto estimularia as exportações. O ministro foi
aos Estados Unidos em visita oficial, em fevereiro. Os dois países têm
dialogado e já assinaram acordos com o compromisso de estreitar as
relações comerciais bilaterais.
Na mesma linha, na última semana,
o presidente do BC, Alexandre Tombini, disse na Comissão de Assuntos
Econômicos do Senado que o setor externo deve contribuir para a economia
em 2015, já que o dólar em alta favorece as exportações. Ele previu que
a balança comercial fechará superavitária este ano, apesar da queda nos
preços das commodities. Segundo o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado na última quinta-feira (26), a autoridade monetária projeta fechamento positivo em US$ 4 bilhões para a balança.
O
dólar alto deixa os produtos brasileiros com preços mais atraentes no
exterior. Na teoria, se forem fechados mais negócios de exportação, a
indústria nacional vai produzir e empregar mais. Mas o movimento pode
ser uma faca de dois gumes, já que muitos insumos usados pelas empresas
são importados, e estão mais caros com a alta da moeda norte-americana.
Tiago
Henrique Kuhn é gerente de exportações da Pak, empresa que cuida das
operações de comércio exterior da fábrica paranaense de biscoitos
Nutrisul S.A. Ele explica que o custo de produção dos biscoitos
aumentou, porque a farinha de trigo, matéria-prima do produto, é
importada. Os preços dos biscoitos tiveram de ser ajustados no mercado
interno, mas, no exterior, o dólar em alta tem ajudado a pelo menos
segurar os valores atuais.
“No patamar que está, a gente consegue
manter as condições que tinha e, em um ou outro caso, até negociar”,
destaca. Segundo ele, a ordem é investir nas exportações. O gerente
conta que, no início do ano, a empresa participou de uma feira de
alimentos em Dubai, com o objetivo de ampliar o leque de compradores
para os biscoitos no exterior. “Com a participação, já estamos em
negociação com pelo menos mais três mercados: Arábia Saudita, Moçambique
e Mauritânia”, informa.
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