Para assimilar de vez as regras da gramática, é preciso ir além da TV e reservar um tempo, todo dia, a usar o idioma em atividades como ler artigos e garimpar palavras.
Não é preciso gastar horas nessas tarefas: uma janela de 15 minutos por dia é uma boa média. "O importante é ativar o cérebro com mais frequência", afirma Paulo Abreu, 47, diretor da escola Britannia.
De vez em quando, o conteúdo visto em aula deve ser revisitado. "Essa repetição é importante para o conhecimento da memória de curto prazo ser transferido para a de longo prazo", diz Abreu.
Para ampliar o vocabulário, um exercício básico é escolher um tema de que se goste, como moda ou futebol, e ver programas de TV ou na internet -sempre com um objetivo em mente, como listar o nome das cores das peças ou dos fundamentos do jogo, como "impedimento".
O passo seguinte é descobrir mais termos lendo blogs e notícias para aprender um grupo específico de palavras. "Quando se restringe o número de novos termos, é mais fácil se lembrar deles", explica Sérgio Luís Monteiro da Silva, 35, gerente do CNA.
Para quem prefere ler um livro, é bom começar por textos curtos, de autores conservadores no uso da linguagem. Assim, não há risco de se frustrar com palavras inventadas por escritores mais criativos, como James Joyce.
Veja abaixo 10 dicas para agilizar o aprendizado de línguas estrangeiras:
1. Exorcize o medo de falar em público criando diálogos mentais, o que prepara o cérebro para a conversa real, ou entre num grupo de teatro. "O aluno ganha naturalidade", diz Laerte Mello, 50, gerente da Cultura Inglesa.
2. Cantar é outra boa atividade para se sentir mais à vontade e começar a falar. Além de afinar a entonação e a pronúncia, a música, por ser ritmada, ajuda a memorizar frases e expressões coloquiais de modo mais duradouro.
3. Grave trechos de textos para treinar a maneira certa de marcar as sílabas tônicas, que contam mais do que a pronúncia para um estrangeiro compreender o que você diz. Para ajudar, grife no papel as sílabas tônicas antes de ler em voz alta.
4. Quando for preciso, no trabalho, ligar para outro país ou se apresentar numa reunião, prepare-se. Faça um roteiro do que vai falar e treine. Para antecipar reações a perguntas e prever como respondê-las, ensaie com um colega do escritório.
5. Reveja filmes e seriados sem legenda para se acostumar com a pronúncia e a entonação. Se você já conhece o contexto, fica fácil entender o que é dito. Desencane da legenda em outro idioma: não é bom para treinar leitura.
6. Ouvir rádios de outros países ajuda a acostumar o ouvido à sonoridade de uma outra língua. Alguns aplicativos, como o TuneIn (www.tunein.com), reúnem emissoras e podcasts em vários idiomas.
7. Quer saber a pronúncia de uma palavra (ou descobrir a de novas)? Tradutores online como o Forvo (www.forvo.com) e o RhinoSpike (www.rhinospike.com) "falam" textos gravados por nativos, bem melhor que o Google Translator.
8. Leia textos e assista a programas sobre temas que domina. "O aprendizado é potencializado quando se ativa uma base de conhecimento e ela é conectada ao novo", diz Sandra Durazzo, consultora da Target Idiomas.
9. Estudar sempre ajuda a fixar a gramática de outra língua na memória de longo prazo. "Revisitar o que aprendeu é essencial. É preciso achar uma palavra sete vezes, em contextos diferentes, para ela ser assimilada", diz Paulo Abreu, diretor acadêmico da escola de idiomas Britannia.
10. Para decorar regras, pode-se recorrer ao método mnemônico, que usa frases ou siglas divertidas, difíceis de esquecer. Não sabe soletrar a palavra necessary? Uma dica: tem one collar (letra "c") e two socks (letra "S").
Fonte: Folha Online - 05/02/2015 e Endividado
Sem correção da tabela, contribuintes estão pagando mais IR do que devem
por MARCOS CÉZARI
Os contribuintes estão pagando mais Imposto de Renda do que devem. Há dois motivos para isso: nos últimos anos, a tabela de desconto na fonte vem sendo corrigida por índices abaixo da inflação; neste ano, especificamente, a tabela ainda não foi corrigida.
A falta de correção da tabela ocorreu porque em agosto do ano passado a medida provisória nº 644, que corrigia os valores em 4,5%, perdeu validade por decurso de prazo.
No final do ano, o Congresso aprovou a correção da tabela em 6,5%, mas a presidente Dilma Rousseff vetou o reajuste no início deste ano sob o argumento de que "a medida traria perda de R$ 7 bilhões aos cofres da Receita".
O governo prometeu que vai enviar uma nova MP ao Congresso corrigindo a tabela em 4,5% (centro da meta de inflação). Se isso ocorrer, o limite de isenção subirá dos atuais R$ 1.787,77 para R$ 1.868,22.
Enquanto a correção não é feita, os contribuintes estão pagando mais, num verdadeiro confisco tributário. "Corrigir a tabela abaixo da inflação é uma forma de aumentar a carga tributária das pessoas físicas", diz o advogado César Moreno, do escritório Braga & Moreno Consultores e Advogados.
Estudo feito pelo Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) mostra que a defasagem na correção da tabela está em 64,3% nos últimos 19 anos (entre 1996 e 2014, a tabela foi corrigida em 98,6%, enquanto o IPCA, o índice oficial de inflação no país, subiu 226,3%). Para zerar essa defasagem, o limite de isenção teria de ser de R$ 2.937,30.
Mas não é apenas a falta de correção da tabela que leva os contribuintes a pagar mais do que devem.
Segundo Moreno, outra forma consiste em manter baixos os limites das despesas dedutíveis da base de cálculo do IR, mais especificamente das despesas com educação e com dependentes.
"Os limites anuais de dedução dos gastos com educação e dependentes [R$ 3.375,83 e R$ 2.156,52, respectivamente] são absolutamente incompatíveis com os valores praticados na vida real. E o efeito disso é muito simples: mais imposto a pagar", diz Moreno.
Dessa forma, "ainda que o contribuinte gaste -e certamente gasta- mais com educação e dependentes, não poderá deduzir da base de cálculo além dos limites estabelecidos", diz o advogado.
Um exemplo: um contribuinte que ainda estude em escola particular, ou que tenha filhos estudando, gasta pelos menos R$ 20 mil por ano (para cada um). Resultado: esse contribuinte deveria poder abater os R$ 20 mil (por pessoa), mas a legislação só permite a dedução de R$ 3.375,83. Assim, R$ 16.624,17 (para cada um) não deveriam ser tributados. Como são, esse contribuinte paga mais do que deveria.
NOVA TABELA
Se o governo decidir corrigir a tabela nos próximos meses, mas não adotar efeito retroativo (ou seja, se a tabela não valer desde janeiro deste ano), o imposto pago a mais nos meses em que não houver a correção não será devolvido aos contribuintes.
Essa "devolução" poderia ser feita de duas formas. A primeira, com as empresas compensando o que foi retido a mais na fonte nos meses em que não houve a correção (o valor a mais seria descontado dos pagamentos futuros). A segunda, na declaração do IR a ser entregue em 2016. Nesse caso, a tabela anual teria de ser feita considerando 12 meses com o novo limite de isenção.
Em números, o limite de isenção seria, por exemplo, 12 vezes R$ 1.868,22 (ou R$ 22.418,64). Supondo que a tabela para 2015 seja corrigida apenas para nove meses do ano, teríamos R$ 16.813,98 (nove vezes R$ 1.868,22) mais R$ 5.363,31 (três vezes R$ 1.787,77), o que resultaria em R$ 22.177,29.
Fonte: Folha Online - 04/02/2015 e Endividado
Amigos para siempre...
Família de general processa Comissão da Verdade
A família do general Floriano Aguilar Chagas, incluído na lista das 377 pessoas mencionadas por violações de direitos humanos pela Comissão Nacional da Verdade, ajuizou ação de indenização por danos morais contra a União Federal.
Floriano - que morreu em 2011 - é mencionado em um trecho do relatório que aborda o sequestro em Buenos Aires de dois brasileiros que desapareceram nos anos de 1970. Na época, o general era adido do Exército na Embaixada do Brasil na Argentina.
A Comissão da Verdade investigou durante dois anos os crimes da ditadura militar (1964-1985) e entregou suas conclusões em dezembro de 2014. Estão responsabilizadas no relatório 181 pessoas que já morreram, incluindo os cinco presidentes do período.
Na petição inicial da ação indenizatória ajuizada contra a União, o advogado Amadeu de Almeida Weinmann – em nome dos familiares de Floriano – sustenta que a citação do nome do general é "caluniosa" e que a comissão não apresentou provas de crimes. A ação foi ajuizada na Justiça Federal de Porto Alegre.
Os cinco filhos do militar - incluindo um outro general do Exército - afirmam na ação que a menção ao pai no relatório lhes causou "estresse" e perturbações psicológicas. Também acusam a comissão "de remexer em um caso passado sepultado pela Lei da Anistia”, além de ter havido desrespeito à memória do militar falecido.
Para a família, houve apenas contatos do pai com agentes da inteligência argentina, citados no relatório. Esses contatos seriam apenas parte da rotina de trabalho dele em Buenos Aires e não confirmam nem configuram nenhum crime.
Os familiares pedem indenização em valor a ser estipulado judicialmente. Requerem também que o nome do general Floriano seja excluído do relatório.
Em dezembro, logo após a divulgação do relatório, o Clube Militar divulgou um comunicado em que pedia aos militares e/ou seus familiares medidas judiciais contra a comissão.
Fonte: Espaço Vital - www.espacovital.com.br - 03/02/2015 e Endividado
Dólar fecha no maior valor desde 2005 após renúncia de Graça Foster
A moeda norte-americana avançou 1,78%, cotada a R$ 2,7420.
Dados sobre os EUA e queda do petróleo também influenciaram o mercado
O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (4), anulando as perdas da véspera. O mercado reage à renúncia de Graça Foster da presidência da estatal, anunciada mais cedo. Além disso, dados de emprego nos Estados Unidos alimentaram expectativas de aperto monetário no país.
A moeda norte-americana avançou 1,78%, cotada a R$ 2,7420. Veja a cotação. Com isso, o dólar voltou a atingir o maior valor desde 2005. Segundo dados do Banco Central, no dia 17 de março daquele ano, a moeda fechou a R$ 2,7522 na venda.
A última vez que a moeda havia atingido a máxima desde 2005 foi no dia 16 de dezembro de 2014, quando fechou cotada a 2,7355, o maior valor do ano. A cotação daquela data foi a maior desde 28 de março de 2005, quando a divisa fechou a R$ 2,7385, segundo dados do BC.
Um dos fatores que influenciou o mercado foi a notícia sobre a saída de Graça da estatal. A renúncia é vista como um bom sinal, mas ao mesmo tempo amplia as incertezas com o futuro da empresa.
"A história da Petrobras ainda vai ter desdobramentos, e é isso que o mercado está esperando antes de mudar posições", disse à Reuters o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo. "Se a nova diretoria tiver de fato um perfil mais técnico, será mais um sinal de que o governo está buscando recuperar a confiança do mercado."
O impacto da Petrobras sobre as expectativas para o câmbio se dá especialmente pelo fato de a estatal ser uma das principais emissoras de dívida no mercado internacional, o que mexe diretamente com as perspectivas de entrada de capital.
Além disso, cálculos indicam que o impacto financeiro direto e indireto dos investimentos da estatal equivale a cerca de 10% do PIB, o que ressalta o peso da Petrobras na economia e a influência negativa da crise na estatal sobre a atividade como um todo.
Fatores externos
A perspectiva de que os juros dos EUA subam em breve foi reforçada nesta sessão por dados sobre o mercado de trabalho do país. O setor privado norte-americano criou 213 mil postos de trabalho em janeiro, levemente abaixo das expectativas de economistas, mas o resultado foi compensado pela revisão para cima do dado de janeiro, que subiu 12 mil, a 253 mil. A persistente queda dos preços do petróleo também contribuiu para o avanço.
"O número de janeiro (de emprego dos EUA) é neutro, mas a revisão de dezembro foi forte. Mais uma vez, isso faz o mercado ficar preocupado com o aperto monetário nos Estados Unidos", disse à Reuters o economista da 4Cast, Pedro Tuesta.
Mais cedo, o banco central da China cortou a taxa de compulsório dos bancos para estimular o crescimento econômico, injetando mais liquidez na segunda maior economia do mundo.
"A impressão que eu tenho é que o dólar estava baixo demais e a alta dos últimos dias serviu para corrigir esse desequilíbrio", disse à Reuters o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca.
Vários analistas vêm estimando que o "valor justo" do dólar em relação ao real deveria ser mais alto do que o atual, devido à deterioração de fundamentos macroeconômicos do Brasil. Na pesquisa Focus do Banco Central, economistas de instituições financeiras esperam que a divisa norte-americana acabe 2015 a R$ 2,80, refletindo ainda a expectativa de alta dos juros norte-americanos.
Neste ano, a moeda norte-americana acumula alta de mais de 3,3% sobre o real. Estes ganhos também foram impulsionados por declaração do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que afirmou na sexta-feira passada não haver a intenção de manter o câmbio sobrevalorizado.
Programa cambial
Nesta manhã, o BC deu continuidade às intervenções diárias, vendendo a oferta total de até 2 mil swaps cambiais. Foram vendidos 800 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.200 contratos para 1º de fevereiro de 2016, com volume correspondente a US$ 98 milhões de dólares.
O BC também vendeu a oferta integral de até 13 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de março, equivalentes a US$ 10,438 bilhões. Ao todo, já rolou cerca de 18% do lote total.
Fonte: G1 notícias - 04/02/2015 e Endividado
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