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Blocos do Rio participam de campanha da ONU de respeito às mulheres
Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar
Dois blocos carnavalescos do Rio de Janeiro vão aproveitar a concentração de foliões nas ruas da cidade para divulgar a campanha “Neste carnaval, perca a vergonha, não perca o respeito”, da Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo é conscientizar o público de que as mulheres precisam ser respeitadas durante as "cantadas".
Nos desfiles dos blocos das Carmelitas, amanhã (17) de manhã, e das Mulheres Rodadas, na quarta-feira (18), serão distribuídas ventarolas que fazem três perguntas às mulheres: se ela foi paquerada, se a abordagem foi agressiva e se ela se sentiu constrangida. Caso a resposta seja não, a ventarola sugere a mensagem “Bloco que segue”, indicando que não houve nenhum problema.
O objetivo é conscientizar o público de que as mulheres precisam ser respeitadas durante as "cantadas"Divulgação/Secretaria de Políticas para Mulheres
Caso a resposta para as três perguntas seja sim, a campanha aconselha a mulher a ligar para o Disque 180, Disque-Denúncia da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, que também apoia a campanha da ONU.
A campanha também está sendo feita na Marquês de Sapucaí e em anúncios por várias cidades brasileiras.
Incêndio destrói parte de shopping na zona norte do Rio
Akemi Nitahara - Repórter da Agência Brasil Edição: Aécio Amado
Durou cerca de quatro horas o incêndio que destruiu parte do Shopping Nova América, em Del Castilho, zona norte do Rio de Janeiro, na tarde de hoje (16). De acordo com o secretário de estado de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, coronel Sérgio Simões, o fogo começou por volta do meio-dia e foi controlado às 15h40. Não houve vítimas, e as causas do incêndio ainda serão investigadas.
Incêndio de grandes proporções atinge lojas do shopping Nova América, em Del Castilho, na zona norte do RioFernando Frazão/Agência Brasil
“O fogo está absolutamente sob controle, nós podemos perceber que o fogo propagou pelo telhado, ao que parece um telhado de madeira, o que facilitou essa propagação. Eu imagino que seja o terceiro andar do prédio. No andar de lojas não houve fogo, está com muita água nos corredores. Não sei se houve danos nas lojas, essa avaliação ainda vai ser feita. Há um longo trabalho ainda de rescaldo, em razão dos escombros e dessa característica peculiar que é o fogo incubado, que se deixar de ser combatido ele reacende”, explicou.
Simões disse ainda que o Corpo de Bombeiros deve permanecer no trabalho de rescaldo por pelo menos 48 horas. Ele ressaltou que o fogo começou na fachada frontal, na intercessão do prédio novo com o antigo, propagou lateralmente e, depois, longitudinalmente no lado antigo. A operação de combate ao incêndio contou com cerca de 150 homens, entre 30 e 40 viaturas e o apoio de dois helicópteros.
Bombeiros tabalham no combate ao incêndio do Shopping Nova América, em Del Castilho, na zona norte do RioFernando Frazão/Agência Brasil
O prefeito Eduardo Paes e o governador Luiz Fernando Pezão estiveram no local. Eles se reuniram com o pessoal da Defesa Civil. Após a reunião, Pezão disse que, caso seja necessário, os lojistas terão ajuda do governo. “Já tentei falar com a AGRio, a nossa agência de crédito, para ver se a gente faz uma linha de crédito especial para esses lojistas, como a gente já fez em outras oportunidades, colocando esse crédito à disposição. A gente vai ajudar, no que for possível nós vamos apoia-los.”
Eduardo Paes manifestou sua preocupação com os comerciantes e funcionários e colocou a prefeitura à disposição dos lojistas. “A gente torce para que seja logo [o retorno do funcionamento]. Este shopping tem um papel fundamental, em uma região improtante da cidade, cumpre o papel de requalificação desta região. O que a gente puder a gente vai fazer para ajudar na aceleração desse processo e, obviamente, tem uma série de comerciantes, que são o que mais preocupa, que vão ficar sem trabalho, então a gente tem que ver isso rapidamente”.
Durante toda a tarde, muitos comerciantes e trabalhadores acompanharam ansiosos e aflitos o combate às chamas no entorno do shopping. Dono de uma perfumaria no primeiro andar, Marcelo Lago, buscava informação. “Não estou sabendo de nada, estou querendo saber, mas oshopping não informa. O rapaz da segurança foi lá, mas não deu para ver nada, está tudo escuro. A minha loja fica nessa lateral [do lado do metrô], mais ou menos onde estava o fogo, não é do lado de lá onde queimou tudo. Eu quero saber se pegou [fogo] ou não. Não tenho seguro”.
O superintendente do shopping, Carlos Martins, disse que ainda não sabe quantas lojas foram atingidas, mas esclareceu que o fogo não chegou à praça de alimentação. De acordo com ele, a prioridade é garantir a segurança para os bombeiros que trabalham no combate às chamas, para depois avaliar a dimensão do incêndio a fim de ter uma previsão de quando o shoppingpoderá ser reaberto.
“A dimensão disso eu ainda não sei dizer. Ainda não sabemos em quanto tempo teremos segurança para reabrir. O shopping tem um seguro completo contra incêndio, e já acionamos a seguradora. A gente tem uma área na fachada que desmoronou, mas não temos como precisar o que foi atingido ainda. Algumas lojas do segundo andar foram atingidas, em um corredor importante, mas não sabemos quais ainda”.
Pessoas observam o incêndio que atingiu grande parte do shopping Nova América, em Del Castilho, na zona norte do RioFernando Frazão/Agência Brasil
Segundo Martins, os lojistas terão todo o apoio necessário. “Temos que retomar as atividades o mais rápido possível e indenizá-los no que for necessário. Estamos formando um comitê de atendimento para eles, a fim de que essa informação comece a fluir. E, quando tivermos noção melhor dos prazos, passamos para eles”.
Maracatus e caboclinhos tomam conta do carnaval de Olinda
Luciano Nascimento - Enviado especial da Agência Brasil/EBC Edição: Stênio Ribeiro
Enquanto as ladeiras do Centro Histórico de Olinda fervem com o desfile dos blocos de rua, na Casa da Rabeca, na Cidade Tabajara, um encontro de maracatus celebra a tradição dessa brincadeira da Zona da Mata pernambucana. Evolução que se expandiu por outras regiões do Nordeste e é, na verdade, uma fusão de elementos do pastoril, com cavalo marinho, bumba meu boi, reisado e caboclinho.
Patrimônio imaterial brasileiro, o maracatu tem forte tradição na Zona da Mata de Pernambuco e em parte do Nordeste Antonio Cruz/Agência Brasil
Desde o início da manhã desta segunda-feira (16) de carnaval, os maracatus rurais, também chamados maracatus de baque solto, desfilam suas alegorias. Ao som de batuques, caboclos de lança e porta estandartes dançam compondo uma cena típica do carnaval pernambucano.
Com indumentárias de cores fortes e sinos instalados nas fantasias, os caboclos de lança impressionam quem assiste as apresentações. Como a estudante Gabriela Cruz que pela primeira vez acompanhou um maracatu rural de perto. “É muito forte a sensação que eles passam, as cores, os sons, é muito bonito de se ver. O bom é que a gente pode conhecer um pouco mais da cultura do estado”, disse.
O encontro, que chega à sua 25ª edição, foi criado por um dos mais conhecidos mestres de maracatu - Manoel Salustiano (1945-2008), o mestre Salu - como forma de reunir os brincantes e também preservar essa manifestação ligada à cultura dos trabalhadores rurais dos engenhos de cana-de-açúcar no estado.
“Este encontro foi uma ideia do mestre Salu, que sentiu a necessidade de unir o povo do baque solto, que estava em extinção na época. Em 1989, ele reuniu nove maracatus, criou a associação e, no ano seguinte, surgiu o encontro”, explica o presidente da Associação de Maracatus de Baque Solto de Pernambuco e filho do mestre Salu, Manoel Salustiano Filho.
A dança do maracatu tem elementos de outros folguedos como bumba-meu-boi, cavalo marinho, pastoril e caboclinhos, típicos do final do Século 19 Antonio Cruz/Agência Brasil
Cerca de 30 grupos de maracatu e 15 blocos de caboclinhos participam do encontro em Olinda, durante todo o dia, e mais 60 grupos de maracatus e caboclinhos se apresentam no município de Aliança, na Zona da Mata pernambucana.
Desde 2014 o maracatu de baque solto é considerado Patrimônio Imaterial Brasileiro. Reconhecimento que os brincantes devolvem mostrando sua devoção. “Saio há nove anos no maracatu, para mim hoje é a minha vida, sem maracatu pode acabar todas as festas, o carnaval, o São João, pode acabar tudo", disse o caboclo de lança Luiz Nunes, integrante do Maracatu Cambindinha, de Araçoiaba.
“A gente cantando, o povo batendo palma, é uma emoção para gente", arrematou o mestre Dino, cantador do Maracatu Leão da Cordilheira, de Araçoiaba, para logo em seguida puxar uma toada de improviso. “No dia 16 de fevereiro é dia do carnaval, do maracatu rural, é isso que eu quero ver. Olha, eu canto com prazer nesta minha brincadeira. Do domingo a terça-feira, faço sempre a caminhada, o maracatu faz parte da cultura brasileira”, improvisou o mestre que há 18 anos faz parte da brincadeira.
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Avenida Presidente Vargas vira moradia temporária para vendedores ambulantes
Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil Edição: Aécio Amado
A Avenida Presidente Vargas, uma das principais vias do centro da cidade do Rio de Janeiro, transformou-se em moradia temporária para dezenas de vendedores ambulantes neste carnaval. Grande parte da avenida é usada como área de armação e concentração das escolas de samba que desfilam no Sambódromo, portanto concentra os integrantes das agremiações e atrai visitantes em busca de uma visão dos carros alegóricos que ficam estacionados ao longo da via até a hora do desfile.
Vendedores ambulantes acampam próximo ao Sambódromo para os desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí Fernando Frazão/Agência Brasil
Para garantir uma renda extra, os ambulantes montaram seus pontos de vendas na sexta-feira de carnaval (13), dia do primeiro desfile das escolas da Série A, no Sambódromo, onde oferecem bebidas e petiscos. E, como muitos moram longe do centro da cidade, o jeito foi também transformar o local em moradia temporária, montando abrigos com lonas e pedaços de plástico.
Jorge dos Santos, de 43 anos, divide uma tenda com o filho de 12 anos e mais dez pessoas. Todos vendedores ambulantes, moradores da Baixada Fluminense e da zona oeste da cidade. Eles trabalham na Presidente Vargas há muitos carnavais. “Eu tenho um emprego fixo, mas preciso ganhar dinheiro. Larguei o meu trabalho cedo e já vim para cá. Muitos dependem disso. Trabalho aqui desde os 16 anos”, disse.
Para Jorge e os seus colegas ambulantes, não é só a chuva que atrapalha a vida dos vendedores. Muitos deles, como não têm autorização da prefeitura, correm o risco de ter suas mercadorias apreendidas. Thiago de Souza, que está em seu sétimo carnaval, é um dos que tiveram prejuízo com uma apreensão. Ao lado da tenda onde dormia a irmã, o morador de Cosmos, na zona oeste da cidade, tentava vender suas bebidas.
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“Na sexta-feira, perdi R$ 1.200 em mercadorias. Eles passam e levam tudo. Nem adianta argumentar. Isso revolta a gente”, disse o ambulante, destacando que, mesmo com o risco, vale a pena vender na Avenida Presidente Vargas.
Nilton Ferreira está acampado na avenida com a mulher. “No sábado, eles apreenderam mercadoria de um monte de gente. Minha esposa teve que sair correndo para a gente não perder a nossa”, disse Nilton, enquanto almoçava uma quentinha, comprada a R$ 10 de Jairo Correa.
Jairo, vendedor de quentinhas, já está em seu sexto carnaval na Avenida Presidente Vargas, é “fornecedor oficial” de almoço e jantar nessa “cidade” improvisada. Há um ano, ele montou uma pensão em Queimados, na Baixada Fluminense, mas mesmo assim não abriu mão de vender suas refeições para os ambulantes.
“Isso aqui vira a casa desse pessoal por quatro dias”, disse. “Eu vou e volto para casa, mas quase não dá tempo de parar. Quando eu chego, já tenho que voltar para vender a janta. Nesta época, durmo cerca de duas horas por dia”.
Rosane Barbosa é uma das moradoras mais recentes da cidade. Ela chegou hoje, com seu isopor de bebidas. Seu negócio envolve até um banheiro improvisado, para o uso ela cobra R$ 1. O “sanitário” é um quadrado isolado do mundo exterior por uma lona. Ela transformou um galão em um vaso.
Vendedores ambulantes acampam proxímo ao Sambódromo, improvisam sanitário e cobram pelo uso Fernando Frazão/Agência Brasil
Quando o galão enche, ela despeja o conteúdo em um bueiro ao lado de sua tenda. “A gente percebeu que as pessoas ficam na rua bebendo e os banheiros químicos não davam vazão. No desfile do Cordão da Bola Preta, deu muito movimento”, ressaltou Rosane.
A Secretaria Municipal de Ordem Pública informou que vendedores ambulantes que não têm autorização da prefeitura estão exercendo uma atividade ilegal e, portanto, podem ter suas mercadorias apreendidas.
Moradores do asfalto têm visão preconceituosa de favelas, mostra pesquisa
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto
Levantamento mostra que 47% dos cidadãos do asfalto nunca contratariam, para trabalhar em sua casa, uma pessoa que morasse em favela Tomaz Silva/Agência Brasil
Pesquisa do Instituto Data Popular mostra que ainda é preconceituosa a visão dos moradores do asfalto em relação aos de favelas. A pesquisa consultou 3.050 pessoas em 150 cidades de todo o país entre os dias 15 e 19 de janeiro. De acordo com o levantamento, 47% dos cidadãos do asfalto nunca contratariam, para trabalhar em sua casa, uma pessoa que morasse em favela.
O presidente do Data Popular, Renato Meirelles, destacou que o Rio de Janeiro é exceção, porque um terço da mão de obra feminina das favelas é formada por empregadas domésticas. “E o Rio de Janeiro tem um fenômeno que não ocorre em outras regiões metropolitanas, que é uma presença maior de favelas nas áreas nobres da cidade”, destacou. Isso explica a maior interação entre moradores do asfalto e de favelas no Rio de Janeiro.
Meirelles chamou a atenção para outro fato significativo nessa relação: “No Rio, encontramos muita gente que não disse explicitamente que morava em favela a seu patrão. É muito comum a gente encontrar casos de pessoas que dão uma enroladinha sobre o local onde realmente moram”.
A pesquisa constata a existência de preconceito relacionado à violência: 69% dos entrevistados do asfalto disseram que têm medo quando passam em frente a uma favela e 51% afirmaram que as primeiras palavras que lhes vêm à mente quando ouvem falar de favela são droga e violência. “Eles têm medo de que, ao contratar um morador de favela, se tornem mais uma vítima de roubos ou assaltos, como se os moradores de favela fossem efetivamente ladrões quando, na verdade, a gente sabe que a criminalidade é a menor parte da favela”, analisou Meirelles.
Para ele, criou-se um estigma no país, relacionado à favela, de associar esse território à criminalidade. “[Isso] vem da origem da favela, que foi fruto da ocupação e da ausência do Estado”. A consequência foi o tráfico se colocar como poder paralelo, observou. Meirelles pondera, no entanto, que a violência está presente, hoje em dia, tanto no asfalto quanto na favela.
Segundo o presidente do Data Popular, a associação da favela com droga e violência é uma visão estereotipada que, muitas vezes, se alimenta de um conjunto de noticiários negativos vinculados às comunidades. Segundo ele, o retrato que os moradores do asfalto têm dos moradores de favelas mostra um aspecto cultural.
Meirelles comentou, que embora esses dados sejam alarmantes, eles seriam piores há dez anos. “Porque de dez anos para cá, você teve o processo de pacificação das favelas, teve novelas que passaram em favelas ou nas periferias, mostrando outro lado além da violência”. O livro Um País Chamado Favela, lançado no ano passado pelo instituto, colocou a favela no centro do debate eleitoral.
Há hoje uma discussão mais aprofundada sobre a realidade da favela, na visão do presidente do Data Popular. “Isso é bom”. O empreendedorismo não para de crescer nas favelas – dois terços dos moradores que há dez anos pertenciam às classes sociais D e E, hoje, estão na classe C, acompanhando o processo de melhoria da economia. O preconceito ainda é, entretanto, uma barreira que os moradores da favela encontram para conseguir, na prática, superar dificuldades da ausência do Estado, da falta de acesso à educação nessas localidades.
Meirelles constata que inclusive conseguir um emprego é mais difícil para o morador da favela, pois a maioria desses moradores é negra. Além disso, há participação maior de mulheres como chefes de família e elas ganham menos do que os homens. Outro ponto é que a escolaridade na favela é menor que no asfalto. “Ou seja, na favela tem muito menos oportunidades do que no asfalto para conseguir abrir o seu negócio, para conseguir um emprego de boa qualidade ou melhorar economicamente.”
A pesquisa completa será divulgada no 2º Fórum Nova Favela Brasileira, que ocorrerá no próximo dia 3 de março no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. Durante o evento, será apresentada a íntegra de outra pesquisa inédita, feita com 2 mil moradores de favelas do Brasil em janeiro deste ano, que retrata a visão deles em relação aos moradores do asfalto, abrangendo ainda aspectos sobre como se divertem, o que consomem e o que compram no interior das favelas, entre outros dados.
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