Plano de SaúdeArquivo/Agência Brasil
A partir de hoje (19), 70 planos de saúde de 11 operadoras estão suspensos por determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O anúncio foi feito na semana passada diante de reclamações de usuários sobre questões como descumprimento de prazo de atendimento e negativa indevida de cobertura.
Dessas 11 operadoras, oito já tinham planos em suspensão no ciclo de monitoramento anterior; três não constam na última lista de suspensões e uma tem plano suspenso pela primeira vez. A suspensão, de acordo com a ANS, é preventiva e perdura por três meses. A estimativa é que a medida proteja cerca de 580 mil beneficiários.
Ao mesmo tempo, a ANS anunciou a reativação de 43 planos de saúde que estavam com a comercialização suspensa, pois houve comprovada melhora no atendimento ao cidadão nos últimos três meses.
Dados da agência indicam que há hoje no país 50,8 milhões de consumidores com planos de assistência médica e 21,4 milhões com planos exclusivamente odontológicos. Desde o início do programa de monitoramento, 1.043 planos de 143 operadoras já tiveram as vendas suspensas e 890 voltaram ao mercado após comprovar melhorias no atendimento.
Em Salvador, blocos chamam a atenção para o combate ao racismo
Sayonara Moreno* - Repórter do Radiojornalismo Edição: Graça Adjuto
As bandas e os artistas que se apresentaram durante o carnaval de Salvador aproveitaram o espaço dos blocos e a visibilidade da festa para chamar a atenção dos foliões para temas voltados aos direitos humanos e à violência. Este ano, as denúncias foram sobre o racismo. A cidade atrai pessoas de diferentes partes do país e do mundo e, apesar de ter a maioria da população formada por negros, ainda enfrenta casos de discriminação.
Um deles ocorreu com o advogado e compositor do Olodum Leandro Oliveira. O texto que expressa o desabafo foi publicado em uma rede social pelo presidente do grupo, João Jorge Rodrigues. Segundo o texto, Oliveira teve dificuldades de entrar em um camarote, no circuito Barra-Ondina, apesar de estar vestido com a camisa do evento. O compositor relatou que os seguranças do local exigiram dele a apresentação do ingresso, enquanto a mesma abordagem não era feita a pessoas de pele clara. O radiojornalismo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) tentou entrar em contato com a equipe do camarote, mas não obteve resposta.
“Isso não tem o menor cabimento. Acho que é inconcebível hoje, na cidade mais importante de matrizes africanas nas Américas, acontecer esse tipo de coisa. Nós lamentamos profundamente que isso tenha ocorrido. Com certeza, a gente repudia veementemente qualquer tipo de ação discriminatória”, disse o vice-coordenador do carnaval de Salvador, Isaac Edington.
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Durante as apresentações em um dos palcos, um bloco de raízes africanas, o Cortejo Afro fez um protesto. Representantes do grupo deitaram na avenida para lembrar o caso dos jovens mortos pela Polícia Militar no bairro do Cabula, no início do mês. Diante das manifestações, o secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, disse que a Polícia Militar deve ser enérgica, já que houve troca de tiros entre os homens e a polícia. Segundo o secretário, os mortos eram suspeitos de planejar um assalto a banco.
O editor-chefe do blog Mídia Periférica, Enderson Araújo, criticou os oficiais e sofreu ameaças tendo, inclusive, que deixar Salvador. “Ele [o policial militar] parou e falou que era melhor eu parar de criticar quem realmente fazia a segurança na comunidade, senão eu iria ficar sem segurança. Foi isso que me deixou muito assustado”, disse em entrevista à equipe de radiojornalismo da EBC.
Segundo o blogueiro, o carnaval em Salvador é desigual. Por ser da periferia e não ter dinheiro para participar dos blocos, a juventude negra vai para a chamada pipoca, o lado de fora das cordas. “Na pipoca é que acontece tudo de ruim. Cordeiro que briga com folião, aí vem um policial – em sua maioria negros – e acaba batendo muitas vezes em pessoas inocentes.”
O caso do bairro do Cabula está sendo investigado pelo Ministério Público. Testemunhas afirmam que se trata de uma execução, já que os jovens estavam rendidos e desarmados no momento em que morreram. Para a vice-presidente do Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra de Salvador, Vilma Reis, a população brasileira precisa se unir para combater esse tipo de ação. “Eu gostaria de pedir a todo o país que se encarregue de não deixar que essa seja uma luta exclusivamente do movimento negro, das organizações negras.”
Sobe para seis o número de mortos em plataforma no ES
Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar
As buscas pelos três desaparecidos continuam, segundo nota da empresa BW Offshore Divulgação Petrobras
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O corpo de um dos quatro funcionários brasileiros que desapareceram depois da explosão no navio-plataforma Cidade de São Mateus foi encontrado ontem (17). A informação foi divulgada em nota nesta terça-feira a noite pela empresa BW Offshore, que opera a plataforma a serviço da Petrobras. Com isso, sobe para seis o número de mortos no acidente.
As buscas pelos três desaparecidos continuam. Cinco pessoas continuam internadas em hospitais da região metropolitana de Vitória, em situação estável.
O presidente da BW Offshore, Carl Arnet, reuniu-se ontem com famílias das vítimas e dos desaparecidos no acidente e com membros da tripulação do navio-plataforma Cidade de São Mateus. Hoje (18), representantes da empresa se encontram com o Conselho Regional de Engenharia do Espírito Santo para esclarecer dúvidas acerca do registro na entidade. Ainda segundo a nota da empresa, o navio-plataforma está estável, com o casco íntegro.
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Ferido em explosão de navio-plataforma recebe alta no Espírito Santo
Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto
Mais uma vítima da explosão do navio-plataforma Cidade de São Mateus teve alta do hospital ontem (18), segundo informações da BW Offshore, que operava a unidade a serviço da Petrobras na Bacia do Espírito Santo. Quatro funcionários da plataforma continuam internados em hospitais da região metropolitana de Vitória, em situação estável.
Ao todo, seis pessoas morreram no acidente, ocorrido na sala de bombas da embarcação, no último dia 11. A empresa informou que continuam as buscas pelos três funcionários brasileiros desaparecidos desde o acidente.
De acordo com a BW Offshore, a plataforma está estável com o casco íntegro, sem entrada de água. Representantes da empresa se reúnem hoje (19) com o Conselho Regional de Engenharia do Espírito Santo (Crea-ES) para discutir a ausência de registro da BW Offshore no órgão fiscalizador.
Beija-Flor ganha o carnaval do Rio com um enredo sobre a Guiné Equatorial
Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil Edição: Aécio Amado
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Com o enredo “Um Griô Conta a História: um Olhar sobre a África e o Despontar da Guiné Equatorial. Caminhemos sobre a Trilha de Nossa Felicidade", a Beija-Flor é a grande campeã do carnaval do Rio em uma disputa ponto a ponto com o Salgueiro, conseguindo somar 269,9 pontos.
A escola de samba de Nilópolis, na Baixada Fluminense, foi a terceira a desfilar no Sambódromo, já na madrugada de terça-feira (17). A Beija-Flor esbanjou sua tradicional riqueza de detalhes em um desfile sobre a Guiné Equatorial, lançando um olhar mais específico sobre a África.
Uma série de símbolos da cultura do país africano foi mostrada na Marquês de Sapucaí, como os griôs, anciãos da África Ocidental que tinham a responsabilidade de estudar e reproduzir os saberes do povo. A colonização europeia e a escravidão foram outros temas abordados pela escola, que encerrou o desfile destacando os laços culturais entre a Guiné Equatorial e o Brasil.
O diretor de Carnaval da escola, Laíla, ficou muito emocionado quanto a nota no quesito Evolução, que confirmou o campeonato, foi lida e caiu de joelhos na Praça da Apoteose, agradecendo à comunidade da Baixada Fluminense pela vitória. "Obrigado a minha bateria, obrigado meu povo. Eu amo o carnaval e amo o que faço", disse, chorando.
Supremo autoriza João Paulo Cunha a cumprir pena em prisão domiciliar
Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro
O ex-deputado federal João Paulo Cunha, condenado a seis anos e quatro meses de prisão no processo do mensalão, poderá cumprir o restante da pena em casa. O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou hoje (18) a progressão do regime.
Desde fevereiro do ano passado, João Paulo Cunha estava no regime semiaberto, que permite ao detento trabalhar durante o dia e passar as noites num centro de ressocialização. Condenado a pagar cerca de R$ 536,4 mil por reparação de danos provocados pelo desvio de verbas publicitárias quando presidia a Câmara dos Deputados, entre 2003 e 2005, Cunha era o último integrante do núcleo político do mensalão que ainda não cumpria prisão domiciliar.
Por ter trabalhado na cadeia e cumprido um sexto da pena, Cunha pediu a migração para a prisão domiciliar. Para autorizar a progressão de regime, no entanto, Barroso exigiu o pagamento da multa por entender que o benefício só poderia ser concedido após o ressarcimento dos valores desviados.
Após a rejeição do pedido, no início de dezembro, Cunha chegou a pagar R$ 5 mil e propôs acordo com a Advocacia-Geral da União. A proposta foi recusada por Barroso. No início deste mês, a defesa do ex-deputado apresentou ao STF a Guia de Recolhimento da União que comprovava o depósito do valor restante: R$ 531.440,55.
“Os valores até aqui recolhidos, R$ 536.440,55, correspondem ao valor mínimo fixado pelo acórdão exequendo (em execução) para a reparação do dano causado pelo sentenciado, em decorrência do delito de peculato”, escreveu Barroso na decisão.
Ao todo, Cunha pagou R$ 909,9 mil à Justiça. Em fevereiro de 2014, o ex-deputado havia desembolsado R$ 373,5 mil da multa da condenação. Ele tentava derrubar, no Supremo, a ordem para pagar os R$ 536,4 mil referentes à reparação de danos.
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