Definição dos presidentes e vices das 12 comissões permanentes e um debate sobre reforma política devem movimentar o SenadoArquivo/Agência Brasil
Depois de mais de 20 dias sem votação, o Senado retomará as atividades normais esta semana, com a definição dos presidentes e vices das 12 comissões permanentes e um debate sobre reforma política, que devem movimentar a Casa.
Nas comissões, o problema é que os partidos de oposição - PSDB, PSB e DEM - não estão confiantes em relação ao processo. Querem que, ao contrário do que aconteceu na eleição da Mesa Diretora, quando só siglas governistas preencheram as vagas, desta vez o critério da proporcionalidade dos partidos seja respeitado. Por causa da falta de acordo, a votação de propostas importantes está paralisada.
Responsável pelas negociações, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) acredita em um entendimento entre os partido durante reunião de líderes na terça-feira (24). Caso isso ocorra, a posse dos novos presidentes e vice-presidentes das comissões e a retomada dos trabalhos serão marcadas para o dia seguinte.
Enquanto o comando das comissões não se define, o presidente do Senado, Renan Calheiros, convocou também para terça-feira uma sessão temática para debater a reforma política. Essa não será a primeira vez que a Casa vai discutir o tema em uma sessão especial. O primeiro debate nesses moldes foi realizado em agosto de 2013, motivado pelas manifestações populares de junho do mesmo ano.
Nesse tipo de sessão, especialistas no assunto são convidados para debater e tirar dúvidas de parlamentares. À época, a convidada foi a então presidenta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Carmem Lúcia.
Apesar de o tema também ter sido anunciado como prioritário em 2014, os pontos mais polêmicos da proposta ainda não saíram do papel. Desta vez, além do debate, segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB- AL), propostas que mudam as regras eleitorais começarão a ser votadas em março. Pelo menos dez estão prontas para ir à votação em plenário.
Uma delas é o projeto de lei do Senado (PLS) 268/2011 que institui o financiamento público exclusivo das campanhas eleitorais. Considerado um dos pontos principais e polêmicos da reforma política, ele tramita em conjunto com o PLS 373/2008, que trata de doações a campanhas, feitas por meio de cartões de pagamento, de débito e de crédito. O primeiro foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e o segundo foi considerado prejudicado.
Também estão na lista a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 73/2011 e a PEC 48/2012, que exigem desincompatibilização de presidente, governador e prefeito que queiram se reeleger. A PEC 73/2011 determina que o candidato à reeleição deve renunciar ao mandato até seis meses antes do pleito. A PEC 48/2012 exige a licença a partir do primeiro dia útil após a homologação da candidatura, de acordo com emenda aprovada na CCJ.
Hoje, são obrigados a deixar os cargos antes do pleito ministros de Estado, secretários, chefes de órgãos de assessoramento direto, civil e militar da Presidência da República; magistrados; presidentes, diretores e superintendentes de autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas e as mantidas pelo Poder Público que pretendam entrar na disputa eleitoral.
A PEC 40/2011, que permite coligações partidárias somente em eleições majoritárias - presidente, governador, senador e prefeito é outra que aguarda entrar na ordem do dia. Pela proposta, elas ficam proibidas nas disputas para os cargos de deputados federal e estadual e vereador.
Outros projetos prontos para votação em plenário tratam de voto facultativo (PEC 55/2012), da proibição de doações de pessoas jurídicas a campanhas eleitorais (PLS 60/2012), do aumento do percentual de vagas para mulheres nas eleições proporcionais (PLS 295/2011), de mudança de data da posse e duração do mandato de governadores, prefeitos e presidente da República (PEC 38/2011), da divulgação na Internet de relatórios periódicos sobre recursos da campanha eleitoral (PLS 601/2011) e de mudança de critérios para criação de partidos políticos (PEC 58/2013).
Birdman recebe Oscar de melhor filme
Da Agência Lusa Edição: Graça Adjuto
A comédia Birdman recebeu o Oscar de melhor filme, juntamente com três prêmios: o de melhor realizador, melhor argumento original e melhor fotografia. A 87ª festa de entrega do Oscar ocorreu ontem (22) à noite no Dolby Theatre, em Los Angeles.
O filme foi escolhido entre sete concorrentes: Sniper Americano, Boyhood, Grand Budapest Hotel, O Jogo da Imitação, Selma, A Teoria de Tudo e Whiplash.
"Quero dedicar este prêmio aos meus compatriotas mexicanos. Aos que vivem no México, rezo para que possamos construir um governo que esteja à altura e aos que vivem aqui [nos Estados Unidos] e que espero que sejam tratados com a mesma dignidade e respeito que aqueles que constroem esta incrível nação de imigrantes", disse o realizador Alejandro González Iñárritu, ao receber a estatueta.
O filme Grand Budapest Hotel obteve também quatro prêmios de categorias mais técnicas, enquanto o drama musical Whiplash conquistou três, incluindo o de melhor ator secundário para J.K. Simmons.
O prêmio de melhor ator foi para o britânico Eddie Redmayne por sua interpretação em A teoria de tudo, enquanto Julianne Moore conquistou a estatueta de melhor atriz pelo seu papel em O meu nome é Alice.
Alejandro González Iñárritu foi o segundo mexicano a conseguir o Oscar de melhor realizador - depois de Alfonso Cuaron, com Gravity no ano passado.
Apesar de favorito, Boyhood, um filme feito ao longo de 11 anos e que acompanha o crescimento da personagem principal da infância até a idade adulta, só conquistou um dos seis prêmios para os quais estava cotado - o de melhor atriz coadjuvante para Patricia Arquette.
Agência Lusa e Agência Brasil
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entretenimento.r7.com
Vazamento de água radioativa é detectado na Central de Fukushima
Da Agência Lusa Edição: Graça Adjuto
Um novo vazamento de água altamente radioativa para o mar foi detectada hoje (22) na Central de Fukushima, no Japão, anunciou a empresa Tokyo Eletric Power (Tepco).
Segundo a agência de notícias France Presse, com base nas declarações de um porta-voz da empresa, a situação foi observada por meio de sensores ligados a um tubo de drenagem de águas pluviais e subterrâneas, que mediram níveis de radioatividade até 70 vezes maiores do que outros valores já registrados no local.
Esses valores foram baixando gradualmente com o passar do tempo mas, mesmo assim, continuam alarmantes. A linha de drenagem que faz a ligação com uma porta adjacente à costa do Pacífico foi fechada.
A Tepco informou que uma inspeção feita pela empresa não mostrou nenhuma anomalia nos tanques de armazenamento de água contaminada e assegurou “não ter nenhuma razão para pensar que os reservatórios tenham um vazamento”.
A Agência Internacional de Energia Atômica disse, na semana passada, estar preocupada com a quantidade crescente de água contaminada armazenada nesses tanques.
A água vem dos reatores - onde é utilizada para resfriamento - , bem como de fluxos de água subterrânea. É bombeada e armazenada em milhares de reservatórios gigantes, que aumentam à medida que a Tepco constrói outras dezenas por mês para absorver o fluxo.
O desmantelamento dos quatro reatores mais danificados, entre os seis que fazem parte da Central de Fukushima, deverá demorar entre três e quatro décadas.
Agência Lusa e Agência Brasil
Exposição apresenta releitura contemporânea da obra de Mário Lago
Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto
O Museu Brasileiro da Escultura (Mube) abre espaço para um olhar contemporâneo sobre a vida e a obra de Mário Lago. O ator, compositor e militante político teve poesias transformadas em músicas por diversos artistas, em versões que poderão ser vistas no período de 26 de fevereiro a 22 de março. “Peguei uma série de compositores contemporâneos que ele admirava, conversei com eles e mandei poemas de Mário Lago”, conta o curador da mostra, Mário Lago Filho, sobre as parcerias com músicos como Lenine, Arnaldo Antures, Frejat, Isabela Galeano e Pedro Luís.
A exposição faz ainda uma imersão na vida de Lago e sua relação com a cidade de São Paulo, mesmo nos períodos em que viveu no Rio de Janeiro. “Papai ia a São Paulo desde garoto, pelo menos uma ou duas vezes. Uma viagem de maria-fumaça. Passava uma semana em pensões. Era uma lembrança muito gostosa que ele tinha”, lembra o filho. Mário enfatiza que a capital paulista faz parte das origens da família, descendente de italianos.
Na década de 1950, o ator morou na Praça Benedito Calixto, no bairro de Pinheiros, em uma casa que hoje é um restaurante. “Quando ele trabalhou na Rádio Bandeirantes”, explica o curador. Como filho, lembra também de predileção por um restaurante árabe no centro paulistano, região por onde gostava de vagar pelos bares e conversar com as pessoas. “Ele adorava o Almanara, nunca deixava de ir. Quando a gente ia a São Paulo, passava sempre por lá”.
Foi na capital paulista que Lago viu um dos primeiros shows do grupo Secos e Molhados. “Ele, que teoricamente era uma pessoa conservadora, ficou fascinado por aquela coisa arrebatadora do Ney Matogrosso com um crocodilo nas costas”, relata o filho sobre aquela noite no Teatro Ruth Escobar, no bairro do Bixiga, região de tradição italiana.
O curador explica que devido à personalidade do pai foi difícil encontrar registros desses momentos. “Ele não gostava de guardar pessoas em imagens. Ele guardava na memória, quando contava as histórias. Então, mais ou menos, o que a gente tenta fazer é contar a história”, diz. “Da Rádio Panamericana e da Bandeirantes não existe um registro de áudio dele da época”, acrescenta.
Por isso, a história do artista é contada a partir das poucas imagens que se pode achar, registros dos trabalhos na televisão e das poesias, como os versos musicados por Frejat: “Somei noites e mais noites olhando a lua. Decorei cada estrela que brilhava. Morri mais de uma vez em cada rua. E sempre em cada vez ressuscitava”.
O Mube fica na Avenida Europa, zona oeste paulistana.
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