domingo, 8 de fevereiro de 2015

Pensionistas da Aerus recebem benefícios atrasados

Os aposentados e pensionistas das extintas companhias aéreas Transbrasil, Varig e Cruzeiro participantes do fundo de pensão Aerus receberam na semana passada o benefício de janeiro de 2015 e os atrasados desde 19 de setembro de 2014. O pagamento foi determinado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
Pela decisão, mediante a transferência da União, os aposentados e pensionistas receberão o valor que cabe a cada mês, até que haja uma decisão definitiva do caso que se estende desde 2006, com a liquidação do fundo.

Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac), cerca de 20 mil beneficiários foram prejudicados com a liquidação do fundo em abril de 2006. Mais de 1,2 mil morreram desde abril de 2012. Os herdeiros ainda não receberam os recursos.
Esta é a terceira vez que a Justiça concede a antecipação de tutela – a primeira foi em 2006 e a segunda, em 2012. Elas foram suspensas e não chegaram a ser cumpridas. No dia 19 de setembro, o desembargador Daniel Paes Ribeiro, do TRF-1, concedeu a antecipação de tutela para que os pagamentos voltem a ser feitos pela União e pelo Instituto Aerus.
"Conseguimos cumprir a parte mais importante que era a antecipação de tutela e a partir de agora trabalhar para uma decisão definitiva", diz publicação no Facebook na página Aposentados e Pensionistas Aerus.

Agência Brasil


PF apreendeu R$ 3,1 milhões em empresa investigada na Lava Jato

A Polícia Federal apreendeu R$ 3,1 milhões na nona fase da Operacão Lava Jato, deflagrada na quinta-feira (5). A quantia foi encontrada na sede da empresa Arxo Indutrial, em Santa Catarina, durante o cumprimento dos mandados de buscas e apreensões autorizados pelo juiz federal Sérgio Moro.
De acordo com balanço divulgado hoje (7), os agentes também encontraram notas de dólares e euros, além de 500 relógios de luxo. Os valores foram depositados em uma conta judicial na Caixa Econômica Federal.
Segundo o advogado dos sócios da empresa, Leonardo Pereima, os valores encontrados eram para o pagamento de funcionários e de pró-labore de um dos sócios da empresa.
Para o Ministério Público Federal, Gilson João Pereira e João Gualberto Pereira, sócios da Arxo, e Sergio Ambrosio Marçaneiro, diretor-financeiro, pagavam propina para obter contratos com a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Todos estão presos na Superintendência da Policia Federal em Curitiba.
No dia 16 de janeiro, Cíntia Provesi Francisco, ex-funcionária do departamento financeiro, procurou o Ministério Público Federal (MPF) voluntariamente para denunciar os executivos. Aos investigadores, ela relatou que a empresa pagava propina de 5% a 10% nos contratos com a BR Aviation, divisão da Petrobras que atua no abastecimento de aeronaves.
Segundo Pereima, os sócios da empresa nunca pagaram propina para a Petrobras e não tiveram contato com o ex-gerente da estatal Pedro Barusco e nem com o ex-diretor de Serviços Renato Duque. Para a defesa, as acusações decorrem apenas de vingança da ex-funcionária, demitida por desviar cerca de R$ 1 milhão, segundo ele.

Agência Brasil

Livro aborda influência da cultura africana no vestuário do brasileiro

Resultado de uma herança que remonta à época colonial, a influência da cultura africana está presente nas cores e nos desenhos estampados no vestuário dos brasileiros. O tema é abordado, de forma inédita, no livro O africano que existe em nós, brasileiros, de autoria da designer de moda Julia Vidal, lançado nesta semana, no Rio de Janeiro. A obra tem coedição da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), em parceria com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) da Presidência da República.
Descendente de africanos, indígenas e europeus, Julia Vidal, graduada em comunicação visual pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), buscou no livro documentar a origem estética da identidade brasileira e mostrar como ela se materializou na moda.  “Busquei identificar formas e ritos que fazem parte do nosso cotidiano, a fim de identificar sua origem, se africana, indígena ou portuguesa. O resultado dessa mistura é uno, é brasileiro”, conta Julia
Segundo ela, a história da moda no Brasil, como um todo, ainda é pouco registrada em livros, e a contribuição africana menos ainda. “Tive dificuldades de encontrar fontes bibliográficas. Pesquisei em livros sobre simbologia, máscaras, ourivesaria”, admite a autora, que começou a atuar na moda em 2005, quando criou a grife afro-brasileira Balaco.
Enquanto fazia as pesquisas para o livro, Julia concebeu dez coleções, retratadas na obra, em que ela destaca a contribuição das diferentes etnias africanas que vieram para o Brasil na condição de escravos.
“Os africanos começaram a produzir sua própria roupa, a partir de matérias-primas locais, e com o tempo essa passa a ser a roupa não só do escravo, mas também a do colono”, explica. Ela ressalta, porém, que os trajes que constituem a identidade da moda afro-brasileira variam de acordo com a região.
“Isto está relacionado com a origem étnica dos africanos trazidos para o Brasil. Na Bahia, por exemplo, a maior força da cultura iorubá se tornou a grande referência no vestuário, mas as nossas roupas são muito diferentes das africanas da mesma etnia. Aqui não temos aquelas mangas volumosas, as formas de amarrar os turbantes são diferentes”, explica a autora.
Embora focado na moda, O africano que existe em nós, brasileiros aborda também as heranças étnicas na música, na culinária e na arte. As religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda, também são tema da publicação.

Agência Brasil


 




 


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