O mercado financeiro voltou a elevar a previsão de inflação medida
pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2015, de 7,01%
para 7,15%. Para 2016, a expectativa é que a inflação feche em 5,6%.
Analistas estimam ainda que o país terá crescimento 0 do Produto Interno
Bruto (PIB, a soma dos bens e riquezas produzidos em um país) este ano.
As projeções estão no boletim Focus, divulgado hoje (9) pelo Banco Central (BC).
A previsão para o fechamento, em 2015, dos preços administrados – que são os regulados pelo governo, como gasolina e energia – também piorou, subindo de 9% para 9,48%. A projeção da taxa de câmbio foi mantida em R$ 2,80 para o fim deste ano.
Com relação à Selic, taxa básica de juros da economia, o Focus manteve a projeção de que ela encerrará o ano em 12,5% ao ano. Atualmente, a Selic está em 12,25% ao ano, patamar atingido após o Comitê de Política Monetária do BC anunciar a decisão de elevá-la em 0,5 ponto percentual, no último dia 21 de janeiro.
A dívida líquida do setor público foi estimada em 37,2% do PIB. No setor externo, o déficit em conta-corrente, o indicador que mede o desequilíbrio das contas externas, foi mantido em US$ 78 bilhões. O saldo estimado para a balança comercial segue em US$ 5 bilhões.
Os investimentos estrangeiros diretos previstos deverão permanecer em US$ 60 bilhões. Por fim, a previsão de crescimento da produção industrial recuou de 0,5%, na semana passada, para 0,44%. O Focus é uma pesquisa semanal do Banco Central. As estimativas divulgadas hoje são avaliações feitas por instituições financeiras na semana passada.
Agência Brasil
A informação foi divulgada quando ainda ocorre o Conselho de Estado convocado pelo presidente da República, Taur Matan Ruak, depois do pedido de demissão do primeiro-ministro, Xanana Gusmão, na sexta-feira (6).
Durante a tarde de hoje e a manhã de terça-feira (10), Taur Matan Ruak tem previstos encontros separados com os quatro partidos com representação parlamentar.
Hoje, haverá encontros com a Frente Mudança e com o Partido Democrático e na terça-feira, com o Congresso Nacional da Resistência Timorense e com a Fretilin.
O PRIMEIRO PASSO PARA ENFRENTAR A CRISE DO ESTADO DO RIO É RECONHECÊ-LA!
1. Uma máxima –redundante- nos princípios básicos de gestão é que o primeiro passo para enfrentar uma crise é reconhecê-la. Em seguida, diagnosticá-la. E depois equacionar as ações para iniciar o processo de superação.
2. Os indicadores estão aí –dia a dia- em todos os níveis. A ocupação da rede hoteleira no carnaval caiu de 78% para 60% entre 2014 e 2015. A curva de crescimento de roubos é ascendente há alguns anos. As estatísticas de balas perdidas e assassinatos de policiais já ocupam com destaque o noticiário.
3. A inflação de 12 meses, em janeiro-2015, medida pelo IPCA, no Rio, foi a maior entre todas as capitais. A ironia carioca usa a expressão surreal. Mas quem paga a conta são as famílias. A tarifa de ônibus subiu mais que a inflação. E por aí vai.
4. A crise nacional desaba especialmente sobre o Rio de Janeiro, por suas raízes de antiga capital e suas condições específicas e afeta as finanças públicas – estadual e municipal. A queda no preço do barril de petróleo, de mais de 50%, impacta diretamente pela redução proporcional da receita dos royalties.
5. Segundo o secretário de desenvolvimento econômico, 1/3 do PIB do Estado do Rio depende do petróleo e derivados. Sendo assim, o PIB do Rio em 2015 cairá uns 10%. A crise na indústria automobilística não é só paulista, pega em cheio o sul do Estado do Rio. A crise hídrica atinge o Rio, associado com S.Paulo na bacia do rio Paraíba do Sul. O atraso da Usina de Furnas 3 para 2019 expõe riscos específicos em relação à energia elétrica.
6. O Turismo já está sendo afetado, seja pela crise econômica nacional, seja pelo retorno com ainda maior força da percepção de insegurança. Arrastões voltaram às manchetes, como em 1992. Os JJOO-2016 exigirão uma ocupação semelhante à Rio-92. Durante a Copa do Mundo, os Roubos –REGISTRADOS- nas delegacias da capital entre junho e julho somaram 12.662. Em 2013, nestes dois meses, somaram 9.347, crescendo 35,4%.
7. Só no Comperj, em Itaboraí, desdobramento da crise da Petrobras, foram demitidos 10 mil trabalhadores. Tanto o Estado como os Municípios entraram em programas de demissão e redução de gratificações. Os atrasos a fornecedores aumentam. E a tendência é crescente. A venda –em 2014- de R$ 5 bilhões de bens do Estado não poderá se repetir. As operações de crédito novas não poderão ser aprovadas. E as parcerias com o governo federal serão mitigadas pela crise fiscal.
8. A reversão dos problemas observada nos últimos anos, gerando otimismo, está sendo re-revertida. Os meios de comunicação buscam maximizar as boas notícias e minimizar as notícias ruins. Isso não ajuda, pois impede o “primeiro passo” numa crise: reconhecer o problema. E, com isso, impede também o segundo: diagnosticá-la. Os problemas fiscais no caso do Estado do Rio –hoje- não são apenas de fluxo de caixa conjuntural. Contêm vetores estruturais que não terão solução em menos de 3 ou 4 anos.
9. Todas as forças políticas e sociais saberão se somar a este reconhecimento e esforço. Mas sem que as autoridades reconheçam a gravidade dos problemas e ainda procurem com lastro, na publicidade, minimizá-los, não há por que cobrar das forças políticas e sociais ações convergentes. A mídia minimiza os problemas e dificulta as convergências.
Ex-Blog do Cesar Maia
A previsão para o fechamento, em 2015, dos preços administrados – que são os regulados pelo governo, como gasolina e energia – também piorou, subindo de 9% para 9,48%. A projeção da taxa de câmbio foi mantida em R$ 2,80 para o fim deste ano.
Com relação à Selic, taxa básica de juros da economia, o Focus manteve a projeção de que ela encerrará o ano em 12,5% ao ano. Atualmente, a Selic está em 12,25% ao ano, patamar atingido após o Comitê de Política Monetária do BC anunciar a decisão de elevá-la em 0,5 ponto percentual, no último dia 21 de janeiro.
A dívida líquida do setor público foi estimada em 37,2% do PIB. No setor externo, o déficit em conta-corrente, o indicador que mede o desequilíbrio das contas externas, foi mantido em US$ 78 bilhões. O saldo estimado para a balança comercial segue em US$ 5 bilhões.
Os investimentos estrangeiros diretos previstos deverão permanecer em US$ 60 bilhões. Por fim, a previsão de crescimento da produção industrial recuou de 0,5%, na semana passada, para 0,44%. O Focus é uma pesquisa semanal do Banco Central. As estimativas divulgadas hoje são avaliações feitas por instituições financeiras na semana passada.
Agência Brasil
Presidência timorense confirma que novo governo toma posse na sexta-feira
A Presidência da República timorense confirmou hoje (9), por meio de um post no Facebook, que o novo governo tomará posse na sexta-feira (13).A informação foi divulgada quando ainda ocorre o Conselho de Estado convocado pelo presidente da República, Taur Matan Ruak, depois do pedido de demissão do primeiro-ministro, Xanana Gusmão, na sexta-feira (6).
Durante a tarde de hoje e a manhã de terça-feira (10), Taur Matan Ruak tem previstos encontros separados com os quatro partidos com representação parlamentar.
Hoje, haverá encontros com a Frente Mudança e com o Partido Democrático e na terça-feira, com o Congresso Nacional da Resistência Timorense e com a Fretilin.
Saiba Mais
- Xanana Gusmão foi o primeiro presidente da República Democrática do Timor Leste
- Xanana Gusmão renuncia e diz que deixar o cargo tornou-se obrigação moral
O PRIMEIRO PASSO PARA ENFRENTAR A CRISE DO ESTADO DO RIO É RECONHECÊ-LA!
1. Uma máxima –redundante- nos princípios básicos de gestão é que o primeiro passo para enfrentar uma crise é reconhecê-la. Em seguida, diagnosticá-la. E depois equacionar as ações para iniciar o processo de superação.
2. Os indicadores estão aí –dia a dia- em todos os níveis. A ocupação da rede hoteleira no carnaval caiu de 78% para 60% entre 2014 e 2015. A curva de crescimento de roubos é ascendente há alguns anos. As estatísticas de balas perdidas e assassinatos de policiais já ocupam com destaque o noticiário.
3. A inflação de 12 meses, em janeiro-2015, medida pelo IPCA, no Rio, foi a maior entre todas as capitais. A ironia carioca usa a expressão surreal. Mas quem paga a conta são as famílias. A tarifa de ônibus subiu mais que a inflação. E por aí vai.
4. A crise nacional desaba especialmente sobre o Rio de Janeiro, por suas raízes de antiga capital e suas condições específicas e afeta as finanças públicas – estadual e municipal. A queda no preço do barril de petróleo, de mais de 50%, impacta diretamente pela redução proporcional da receita dos royalties.
5. Segundo o secretário de desenvolvimento econômico, 1/3 do PIB do Estado do Rio depende do petróleo e derivados. Sendo assim, o PIB do Rio em 2015 cairá uns 10%. A crise na indústria automobilística não é só paulista, pega em cheio o sul do Estado do Rio. A crise hídrica atinge o Rio, associado com S.Paulo na bacia do rio Paraíba do Sul. O atraso da Usina de Furnas 3 para 2019 expõe riscos específicos em relação à energia elétrica.
6. O Turismo já está sendo afetado, seja pela crise econômica nacional, seja pelo retorno com ainda maior força da percepção de insegurança. Arrastões voltaram às manchetes, como em 1992. Os JJOO-2016 exigirão uma ocupação semelhante à Rio-92. Durante a Copa do Mundo, os Roubos –REGISTRADOS- nas delegacias da capital entre junho e julho somaram 12.662. Em 2013, nestes dois meses, somaram 9.347, crescendo 35,4%.
7. Só no Comperj, em Itaboraí, desdobramento da crise da Petrobras, foram demitidos 10 mil trabalhadores. Tanto o Estado como os Municípios entraram em programas de demissão e redução de gratificações. Os atrasos a fornecedores aumentam. E a tendência é crescente. A venda –em 2014- de R$ 5 bilhões de bens do Estado não poderá se repetir. As operações de crédito novas não poderão ser aprovadas. E as parcerias com o governo federal serão mitigadas pela crise fiscal.
8. A reversão dos problemas observada nos últimos anos, gerando otimismo, está sendo re-revertida. Os meios de comunicação buscam maximizar as boas notícias e minimizar as notícias ruins. Isso não ajuda, pois impede o “primeiro passo” numa crise: reconhecer o problema. E, com isso, impede também o segundo: diagnosticá-la. Os problemas fiscais no caso do Estado do Rio –hoje- não são apenas de fluxo de caixa conjuntural. Contêm vetores estruturais que não terão solução em menos de 3 ou 4 anos.
9. Todas as forças políticas e sociais saberão se somar a este reconhecimento e esforço. Mas sem que as autoridades reconheçam a gravidade dos problemas e ainda procurem com lastro, na publicidade, minimizá-los, não há por que cobrar das forças políticas e sociais ações convergentes. A mídia minimiza os problemas e dificulta as convergências.
Ex-Blog do Cesar Maia
Ucrânia: Putin culpa Estados Unidos e aliados pelo conflito
Em declarações ao diário egípcio Al Ahram,
O presidente russo, Vladimir Putin, culpou os Estados Unidos e os seus
aliados de terem provocado a crise na Ucrânia com as tentativas de
"impor a sua vontade em todos os lugares".
A crise ucraniana "é resultado das tentativas dos Estados Unidos e seus aliados ocidentais, que acreditam ser vencedores da Guerra Fria, de impor a sua vontade em todos os lugares", disse Putin, em entrevista na véspera da visita oficial ao Egito, que começa hoje (9).
"Em repetidas ocasiões, alertamos os Estados Unidos e os seus sócios ocidentais sobre as consequências nefastas da intromissão nos assuntos internos da Ucrânia", disse o chefe do Kremlin.
Putin insistiu que a condição fundamental para estabilizar a situação no Leste da Ucrânia é a suspensão imediata das hostilidades, em particular da "chamada operação antiterrorista [do Exército ucraniano], que não é mais que uma operação punitiva".
A entrevista ao Al Ahrman foi concedida antes de ser anunciada a realização de uma reunião de cúpula em Minsk (Bielorrússia), na quarta-feira (11), com a participação da Rússia, Ucrânia, Alemanha e França para discutir um pacote de medidas que combatam a violência na região.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas, mais de 5.300 pessoas, entre combatentes e civis, morreram nos quase dez meses de conflito armado nas regiões orientais da Ucrânia.
Agência Lusa e Agência Brasil
A crise ucraniana "é resultado das tentativas dos Estados Unidos e seus aliados ocidentais, que acreditam ser vencedores da Guerra Fria, de impor a sua vontade em todos os lugares", disse Putin, em entrevista na véspera da visita oficial ao Egito, que começa hoje (9).
"Em repetidas ocasiões, alertamos os Estados Unidos e os seus sócios ocidentais sobre as consequências nefastas da intromissão nos assuntos internos da Ucrânia", disse o chefe do Kremlin.
Putin insistiu que a condição fundamental para estabilizar a situação no Leste da Ucrânia é a suspensão imediata das hostilidades, em particular da "chamada operação antiterrorista [do Exército ucraniano], que não é mais que uma operação punitiva".
A entrevista ao Al Ahrman foi concedida antes de ser anunciada a realização de uma reunião de cúpula em Minsk (Bielorrússia), na quarta-feira (11), com a participação da Rússia, Ucrânia, Alemanha e França para discutir um pacote de medidas que combatam a violência na região.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas, mais de 5.300 pessoas, entre combatentes e civis, morreram nos quase dez meses de conflito armado nas regiões orientais da Ucrânia.
Agência Lusa e Agência Brasil
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