terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Japão sofre forte tremor que gera um pequeno tsunami

Especialista Yasuhiro Yoshida fala em Tóquio sobre terremoto no fundo do mar que gerou pequeno tsunami no Norte do Japão - Crédito: Yoshikazu Tsuno / AFPINTERNACIONAL

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INTER

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      CARNAVAL 2015

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      Cantareira supera média histórica de chuvas antes do final do mês

       

      Camila Maciel - Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar

      reserva técnica do Sistema Cantareira

      O volume de chuvas do Sistema Cantareira chegou a 206,1 milímetros (mm), quando o esperado para todo o mês é 199,1 mm  Divulgação/Sabesp

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      Após 10 meses sem apresentar chuvas acima da média, o Sistema Cantareira registrou hoje (16) um acumulado que já supera a média histórica para fevereiro. O volume de chuvas chegou a 206,1 milímetros (mm), quando o esperado para todo o mês é 199,1 mm. Com isso, o nível do sistema subiu mais 0,5 ponto percentual, atingindo 7,8%. A última vez que o Cantareira teve chuvas acima da média foi em março do ano passado, quando o índice ficou em 193,3 mm. Os dados são divulgados diariamente pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

      De ontem (15) para hoje, o reservatório teve a maior precipitação com 42,6 mm. Apesar de ainda apresentar níveis críticos, o sistema está em elevação desde o dia 5 deste mês. 

      O Alto Tietê, que enfrenta baixas históricas, também já apresenta um acumulado de chuvas (197,3 mm) superior à média (192 mm). O reservatório chegou hoje a 14,6% da capacidade. As precipitações das últimas 24 horas, que marcaram 24,1 mm, ajudaram o sistema a alcançar o índice.

      Os demais sistemas que abastecem a região metropolitana de São Paulo também registraram acréscimos. O Guarapiranga subiu 0,2 ponto percentual, atingindo 55,2%. O Alto Cotia chegou a 34,5% e o Rio Claro tem 81,7%.

       

      Agência Brasil

       

      Hemocentro de Brasília bate recorde de doações neste carnaval

       

      Michèlle Canes - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas

      O gerente de doações do Hemocentro de Brasília, Rodolfo Duarte, disse hoje (16) que na semana anterior ao carnaval houve muita doação de sangue na unidade. Mesmo sem o balanço mensal fechado, Duarte conta que o período bateu recorde de atendimento. “Foi a semana pré-carnaval com maior procura de doadores na história do Hemocentro. A população de Brasília realmente atendeu ao chamado e compareceu para fazer as doações”. Ele destacou que a participação dos brasilienses trouxe tranquilidade ao hemocentro de ter um estoque satisfatório e fazer o atendimento de 100% das demandas.

      Doadores comparecem ao Hemocentro de Brasília durante o carnaval. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

      Doadores comparecem ao Hemocentro de Brasília durante o carnavalMarcelo Camargo/Agência Brasil

      Na manhã desta segunda-feira de carnaval, as pessoas acordaram cedo e foram doar sangue. Mesmo com o fluxo mais baixo que o normal, devido ao feriado, o Hemocentro de Brasília continuou recebendo doadores até o meio-dia e, segundo Rodolfo Duarte, a todo momento chegavam pessoas ao local.

      O açougueiro Rafael Santos passou por lá. “Para mim, segunda de carnaval significa ajudar o próximo. Não é só curtir, mas ajudar aquela pessoa que está precisando”. Ele destacou que a cada três meses faz uma doação. “É uma coisa necessária e tem muita gente que precisa.”

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      Adriana Calixto, que aproveita o carnaval para estudar, aguardava sua vez de coletar o sangue. “Nesta época, as pessoas abusam tanto [e por isso] têm um maior índice de acidentes. Acredito que os hospitais fiquem mais carentes em relação à doação de sangue. É uma forma de ajudar mesmo sem saber a quem”.

      A presença da população vai ajudar os hospitais de Brasília a manterem os estoques no feriado. Duarte afirma que nesses períodos de festas as pessoas ficam mais expostas ao “pegar as estradas”, por exemplo, e, por isso, é importante manter o fluxo de doadores. Com o aumento de conscientização dos brasilienses, a cidade não corre o risco de ficar desabastecida.

      “É bom lembrar que todos os tipos sanguíneos são bem-vindos. Especialmente aqueles doadores com tipagem negativa já que a saída e a usabilidade é maior. Temos pacientes que usam sangue diariamente nos hospitais e temos que distribuir esse sangue de forma ininterrupta”, ressaltou o gerente do hemocentro.

      Duarte lembra que todo o processo, desde a captação até a transfusão do sangue, é monitorado. O material usado pelos doadores é descartável e todo sangue coletado passa por diversos exames antes de ser levado para os pacientes. Quem pretende doar deve ficar atento aos critérios.

      No site do hemocentro são dadas todas as orientações. O auxiliar administrativo Werbeth Lima foi convidado por um grupo da igreja que frequenta. Mas como estava em jejum, acabou não doando. Mesmo assim, ele pretende voltar outro dia. “É muito importante doar. Pode salvar vidas”.

      O Hemocentro de Brasília fecha nesta terça-feira (17) e retoma a coleta na Quarta-feira de Cinzas (18), a partir das 14 horas. Na quinta-feira (15), o atendimento volta a ser regular, das 7h às 18h.

       

      Agência Brasil

       

       

      Fantasias de carnaval podem reproduzir preconceitos contra negros e homossexuais

       

      Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil Edição: Lílian Beraldo

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      A irreverência do carnaval em muitos casos pode trazer consigo preconceitos há muito enraizados na cultura brasileira. Fantasias como nêga maluca ou mesmo homens travestidos de mulheres acabam por reforçar o racismo e a homofobia, explica a integrante do coletivo de mulheres negras Pretas Candangas, Daniela Luciana. Segundo ela, isso é bastante comum nos blocos de rua. Ontem, no entanto, acabou ocorrendo também durante o desfile da Mangueira, no Rio de Janeiro, quando, em alguns momentos, integrantes da comissão de frente desfilaram com vestimentas que lembram personagens conhecidas como nêga maluca.

      “Sei que os carnavalescos têm autonomia para fazer isso e que, muitas vezes, a comunidade não tem poder de decisão para evitar coisas desse tipo. Mas, nesse caso, coreógrafo e diretoria acabaram por cometer esse erro [reforçar preconceitos por meio de estereótipos], o que ofuscou o brilho da escola”, disse a integrante do Pretas Candangas à Agência Brasil. “Mesmo que digam que não se trata da fantasia de nêga maluca, eles usaram de elementos que estereotipam o corpo da mulher negra, com seios e nádegas ampliadas. Não é homenagem. Não gostei”, acrescentou.

      A crítica de Daniela se estende também às pessoas que usam a fantasia nos blocos de rua. “Em Belo Horizonte, por exemplo, há um bloco onde todos integrantes saem de nêga maluca. Nós, negros, somos um quarto da população e repudiamos ser representados como malucos. Cabelo e pele de negro não é fantasia, até porque temos de usá-los o ano inteiro. Não é objeto de riso, mas a identidade de alguém. E muitas pessoas morrem pelo simples fato de serem negras”, disse a integrante do coletivo Pretas Candangas.

      Na avaliação dela, a pessoa pode até não saber que está sendo racista e se achando engraçada. “Mas quem diz se é racismo é o negro ou a negra. E, para mim, não existe exceção. É, sim, racismo”, completou, citando também, como exemplo, marchinhas como O Teu Cabelo não Nega, de Lamartine Babo.

      Outro tipo de fantasia que incomoda a integrante do Pretas Candangas está relacionada à homofobia. “Sou totalmente contra que homofóbicos se vistam de mulheres. Quando eles se vestem de mulher, estão ferindo quem é transexual. Às vezes, é uma pessoa que fala mal e discrimina o travesti o ano inteiro. Mas no carnaval se veste como um, por considerar tal fantasia como algo ridículo”, argumentou.

      A opinião de Daniela é corroborada pelo diretor da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) na Região Centro-Oeste, Evaldo Amorim. “Diante da cultura machista da sociedade brasileira, os preconceitos se apresentam na tendência de buscar risos e chacotas a partir das formas e vestes femininas. Assim, ridicularizam homossexuais, travestis, transexuais e a própria mulher, por colocar neles uma imagem ridícula, inferior, marginalizada e estereotipada. No caso dos homossexuais, apresentando-os como peças de humor e do ridículo, a exemplo do que é visto em programas de humor na televisão”, disse ele à Agência Brasil.

      Para Amorim, é preciso que o carnaval tenha um limite: “É o respeito. A cultura anterior não pode ser mantida no sentido de ridicularizar as pessoas”, disse o diretor da ABGLT. “Acredito que a maioria dos homofóbicos não participariam dessa brincadeira. Mas há, sim, casos que podem ser identificados pelo comportamento. Eles usam dessas fantasias para ridicularizar, inferiorizar o outro.”

      O que falta, na avaliação de Amorim e de Daniela, são campanhas educativas que mostrem às pessoas que, em atitudes desse tipo, elas podem estar reproduzindo diversas formas de preconceito. No entanto, o que se veicula na mídia, muitas vezes, é o oposto. “Vimos campanhas de uma cerveja dizendo às pessoas que, durante o carnaval, guardem o [termo] 'não' em casa. Isso é machismo, porque estimula homens a forçarem beijo nas mulheres. Acontece muito em Salvador. Lá os homens têm o hábito não só de roubar beijos, mas de passar a mão nas mulheres”, argumenta Daniela.

      O fisioterapeuta Terge Vasconcelos se fantasiou de nêga maluca no último sábado, quando foi entrevistado pela Agência Brasil. Ele discorda da opinião da representante do Pretas Candangas. “Trata-se apenas de uma fantasia para brincar o carnaval. Nunca fui tachado de racista por ninguém em toda a minha vida. Pulo carnaval cercado de pessoas de todas as raças, que fazem parte do meu círculo de amizade”, disse. Nesta segunda-feira de carnaval, Terge se fantasiou de “Barbicha”, uma sereia com barba no rosto, dentro de uma caixa de boneca no estilo da Barbie. “Cada dia brinco com uma situação diferente. É para isso que existe o carnaval”, acrescentou.

      Na opinião da integrante do coletivo de mulheres negras, a legislação brasileira, que proíbe, por exemplo, o uso de símbolos nazistas, deveria fazer o mesmo em situações como fantasias que incitem racismo ou homofobia. “Esses preconceitos estão no cotidiano do brasileiro, não apenas no carnaval. Portanto, no carnaval não seria diferente. Mesmo se usada como forma de ironia, com o objetivo de chamar a atenção para o racismo, é melhor não usar essas fantasias porque corre o risco de surtir o efeito oposto, tornando-se ofensivo a alguém. Se tem o risco de ser ofensivo, é melhor não usar”, destaca Daniela.

       

      Agência Brasil

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