O governo da Indonésia protestou contra o gesto da presidenta Dilma Rousseff, que não recebeu as credenciais de seu novo embaixador designado para servir no Brasil, Toto Riyanto, em cerimônia realizada na manhã de hoje (20) no Palácio do Planalto. Além de publicar uma nota de repúdio em seu site oficial, o Ministério das Relações Exteriores da Indonésia convocou o embaixador brasileiro em Jacarta para “transmitir os termos mais fortes possíveis de protesto para o ato hostil do governo do Brasil” e também chamou Riyanto de volta ao país.
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“A maneira pela qual o ministro das Relações Exteriores do Brasil [Mauro Vieira], de repente, informou o adiamento da apresentação de credenciais pelo embaixador da Indonésia designado para o Brasil, quando o embaixador já estava no palácio, é inaceitável para a Indonésia”, informou a chancelaria indonésia, acrescentando que Riyanto havia sido convidado formalmente para apresentar suas credenciais na cerimônia.
O embaixador brasileiro em Jacarta, Paulo Soares, foi convocado pelo ministério indonésio às 22h (13h em Brasília) para uma conversa dura, na qual foi demonstrada toda a insatisfação do governo local com o constrangimento vivenciado por seu representante no Brasil. Soares também recebeu uma nota oficial de protesto.
“Como um Estado democrático soberano, com seu próprio soberano, sistema de Justiça independente e imparcial, nenhum país estrangeiro, nem partido, pode e deve interferir na implementação das leis vigentes da Indonésia dentro de sua jurisdição, inclusive na aplicação de leis para lidar com o tráfico de drogas”, ressaltou o governo indonésio por meio de nota.
Segundo o ministério da Indonésia, o embaixador Toto Riyanto, chamado de volta para Jacarta, voltará ao Brasil somente quando o governo brasileiro confirmar uma nova data para a apresentação de suas credenciais. As relações entre os dois países deterioraram-se depois da execução de Marco Archer, condenado à pena de morte por tráfico de drogas, fuzilado em 17 de janeiro. Atualmente, outro brasileiro, Rodrigo Gularte, condenado à morte pelo mesmo crime, aguarda o cumprimento da sentença.
Anfavea quer prorrogação de acordo automotivo com México por cinco anos
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso
Moan espera fechar acordo em encontro no próximo dia 27, na Cidade do MéxicoElza Fiúza/Agência Brasil
Os fabricantes nacionais de automóveis querem a prorrogação do acordo automotivo com o México pelos próximos cinco anos, afirmou hoje (20) o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan.
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Ele participou da primeira rodada de reunião entre representantes do Brasil e do México no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
“Estamos satisfeitos com o andamento das negociações. A primeira reunião foi para cada um dos lados apresentar intenções. Esperamos fechar o acordo no próximo encontro”, disse Moan. No próximo dia 27, os dois países voltam a discutir, na Cidade do México, a renovação do acordo.
Assinado há três anos para conter a entrada de automóveis mexicanos no Brasil, o acordo vigora até 18 de março. Pelo acordo, o México pode vender até US$ 1,64 bilhão por ano em veículos leves para o Brasil com isenção de tarifas. Acima desse montante, as importações são taxadas em 35%.
O acordo também estabelece que os veículos precisam ter pelo menos 35% de conteúdo local. No caso do Brasil, a exigência vale para peças produzidas no Mercosul. Na época da assinatura do documento, a regra tinha como objetivo estimular o comércio de autopeças entre os dois países.
Originalmente, o acordo previa o aumento da cota de componentes regionais para 40% a partir de 2016. Moan, no entanto, afirmou que a Anfavea deseja a manutenção do índice em 35%. “A manutenção do acordo nos termos atuais traz estabilidade para o setor automotivo, que perdeu competitividade nos últimos anos”, justificou.
O México defende o livre comércio de veículos com o Brasil, com isenção de tarifas para todas as vendas para o mercado brasileiro. O resultado das negociações será anunciado no fim do mês, após as reuniões na capital mexicana.
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Anac vai investigar uso de drones e pouso de paraquedistas no Sambódromo
Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) abriu dois processos administrativos para investigar o uso não autorizado de veículos aéreos não tripulados (vants) e o pouso de paraquedistas durante o desfile da Escola de Samba Portela, no Sambódromo, na noite de segunda-feira (16). O vant (também conhecido como drone), no formato de uma grande águia, voou à frente da escola durante o desfile.
Com a ajuda de um veículo aéreo não tripulado, águia da Portela "voa" no Sambódromo Tânia Rêgo/Agência Brasil
Segundo a Anac, outros 400 pequenos vants foram operados pela Portela, que se apresentou no Sambódromo no segundo dia de desfiles. A agência informa que a operação desses equipamentos em áreas densamente povoadas e sem o certificado de autorização de voo experimental é proibida.
A Anac informou que, antes do desfile, a Portela chegou a pedir informações sobre a operação dos vants, mas não teve autorização para usá-los. Os responsáveis pela operação dos equipamentos estão sujeitos a ações civis e penais, de acordo com o Código Brasileiro de Aeronáutica.
Outro procedimento administrativo apurará o lançamento de paraquedistas na passarela durante o desfile. O objetivo é saber se os envolvidos têm as habilitações requeridas. A assessoria de imprensa da Portela foi procurada pela Agência Brasil, mas, até o momento de publicação desta matéria, não se manifestou sobre o assunto.
Receita de serviços teve queda real de 2,5% em 2014
Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil Edição: José Romildo
A receita brasileira de serviços teve queda real de 2,5% de janeiro a dezembro de 2014, em comparação ao mesmo período de 2013, informou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Serviços, de acordo com conceito empregado pela CNC, são as atividades prestadas por empresa ou pessoa física para atender à demanda de clientes. Não estão incluídas nesse conceito atividades nas áreas de educação, de saúde e do sistema financeiro.
A receita real de serviços é obtida por meio de dois dados. O primeiro é a inflação de serviços. Em 2014, a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-Serviços), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), correspondeu a 8,5%. O segundo é a receita bruta do setor de serviços, que cresceu 6,0%, em 2014, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (20) pelo IBGE.
O resultado da receita real de serviços do ano passado foi o pior desde o início da pesquisa da PMS, ficando atrás das variações verificadas em 2012 e 2013. Em 2012, a receita real de serviços cresceu 10,0%. Em 2013, o crescimento dessa receita foi 8,5%
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