Horário de verão tem proporcionado a diminuição do consumo de energia em quase 2 mil megawattsFábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Na véspera do fim do horário de verão, o Ministério de Minas e Energia estima que a redução da demanda de energia entre as 18h e as 21h tenha sido de até 1.970 megawatts (MW) no Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, equivalente ao dobro do consumo de Brasília em todo o período em que esteve em vigor. No Subsistema Sul, segundo o ministério, a redução foi 625 MW, correspondendo a um total de 4,5% de economia em ambos os sistemas.
A previsão de ganhos com a redução do consumo total de energia é de cerca de 195 MW médios no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que equivale ao consumo mensal da cidade de Brasília, e 55 MW médios no Subsistema Sul, equivalente ao consumo mensal de Florianópolis.
A redução total de 250 MW corresponde a um percentual estimado de 0,5%, nos dois subsistemas. Além disso, estima-se que ocorreu um ganho de armazenamento de energia nas hidrelétricas de 0,4% no Sistema Sudeste/Centro-Oeste e 1,1% no sistema Sul.
O governo pensou em prorrogar o horário de verão por causa da falta de chuvas, que prejudica os reservatóriosDivulgação/Sabesp
O horário de verão começou no dia 19 de outubro de 2014 para os estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e termina à 0h de domingo (22).
O principal objetivo do horário de verão é aproveitar melhor a luminosidade natural do dia, reduzindo o consumo de eletricidade no fim da tarde, quando é registrada maior demanda por energia. Recentemente, o pico de consumo tem ocorrido no início da tarde, principalmente por causa do aumento do uso de aparelhos de ar condicionado.
Este ano, o governo avaliou a prorrogação da vigência do horário de verão por causa da falta de chuvas, que prejudica os reservatórios das hidrelétricas, mas concluiu que o custo-benefício não valeria a pena.
Polícia paraense busca suspeitos de assassinato de família a golpes de foice
Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas
Com o apoio da Delegacia de Polícia Agrária do município de Redenção, a Policia Civil do Pará ainda busca, com auxílio de um helicóptero, três suspeitos de participação no assassinato de seis pessoas da mesma família, a golpes de foice – entre elas uma criança de 10 anos e três adolescentes com idade entre 13 e 15 anos –, na madrugada da terça-feira (17). A chacina foi em uma área rural, na divisa entre os municípios de Rendenção e Conceição do Araguaia, a cerca de 1,1 mil quilômetros da capital, Belém, e teria sido motivada por disputa de terra, segundo a Polícia Civil.
Depois de prender um suspeito de ter colaborado com os criminosos, os policiais mantêm as buscas na região, que é de mata e igarapés, na tentativa de cumprir os mandados de prisão expedidos contra Dinho Santos, ex-dono do terreno e apontado como mandante do crime, e os irmãos identificados como Tonho e Jonhe, suspeitos de ter executado a chacina.
De acordo com a polícia, o antigo proprietário não aceitava a perda do lote, localizado na Fazenda Estiva, que está em processo de desapropriação pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) desde 2012. Santos teria contratado dois capangas para retirar a família do local. A polícia não conseguiu esclarecer, entretanto, porque a família foi brutalmente assassinada em vez de ser expulsa do local.
Segundo as investigações, os suspeitos de executar a família viviam pela cidade e desapareceram logo após o crime. As vítimas da chacina moravam em um barraco de madeira há cerca de duas semanas. De acordo com as investigações, os suspeitos invadiram a casa, amarraram as seis pessoas da família e as levaram para a mata próxima a um igarapé, onde todos foram executados. Preliminarmente, apenas o agricultor Washington da Silva, de 40 anos, tinha marcas de tiro pelo corpo.
Os corpos foram encontrados na madrugada de terça-feira após agricultores da região informarem a Polícia Militar sobre o desaparecimento das seis pessoas. Os policiais foram ao lote e o encontraram abandonado. Ao iniciar as buscas, localizaram o corpo da agricultora Leidiane Soares, de 30 anos, com as mãos amarradas, na margem de um igarapé. Em seguida, com auxílio de bombeiros, os policiais localizaram os outros corpos.
Em nota, o ouvidor agrário nacional e presidente da Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo, Gercino José da Silva Filho, repudiou o ato de violência e convocou, para o dia 4 de março, reunião da comissão para tratar do assunto.
“A ouvidoria reitera que irá atuar em todas as instâncias necessárias para que os responsáveis pelo ato criminoso, hediondo, sejam punidos na forma da lei”, diz nota divulgada pelo órgão. A comissão é composta por representantes do Ministério Público Federal, da Polícia Federal, dos ministérios da Justiça, do Meio Ambiente e da Secretaria de Direitos Humanos, da Defensoria Pública da União, do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Incra.
De acordo com o Incra, a Fazenda Estiva, de propriedade de Ricardo Rocha Lima Paranhos, com área de 2.830 hectares, foi declarada de interesse social para fins de reforma agrária em 22 de dezembro de 2010. O valor da área, com as benfeitorias, foi calculado em R$ 5,6 milhões.
Em 17 de dezembro de 2012, o Incra protocolou ação de desapropriação na Justiça Federal da Subseção Judiciária do município de Redenção. Passados dois anos, ainda segundo o Incra, a Justiça estadual homologou acordo entre o Estado e o dono da área. No início de fevereiro, o processo voltou para a sede do Incra, em Brasília, para emissão do Título da Dívida Agrária (TDA), documento que estabelece como o Estado fará o pagamento ao proprietário da área.
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Justiça determina redução de preços da gasolina em postos do Maranhão
Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil Edição: Fábio Massalli
O juiz titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, Douglas de Melo Martins, determinou que postos de gasolina da capital maranhense reduzam os preços dos combustíveis. A Rede Estadual em Defesa do Consumidor (RedCon) entrou com uma ação civil pública contra 244 postos da cidade, que aumentaram os preços dos combustíveis acima do reajuste autorizado pelo governo federal.
O aumento esperado era, no máximo, de R$ 0,22 para a gasolina e R$ 0,15 para o diesel. Foram constatados, porém, aumentos acima de R$ 0,50. A determinação judicial menciona, ainda, o restabelecimento do preço do etanol e uma multa de R$ 20 mil por dia de descumprimento.
A RedCon, formada pelo Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria Pública do Estado, o Ministério Público do Estado e a Delegacia de Proteção do Consumidor, dentre outros órgãos, obteve informações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) de que o repasse não justificaria um aumento tão grande na bomba. Com isso, a entidade entrou com a ação, cuja decisão foi publicada no último dia 13.
“A decisão é uma grande vitória da população maranhense e demonstra que, a partir de agora, em nosso estado as leis serão respeitadas”, disse o diretor do Procon-MA, Duarte Júnior. Na opinião do defensor público Luís Otávio, a decisão mostra que os órgãos de defesa do consumidor, juntos, podem trabalhar pela garantia dos direitos da população.
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