Dilma prepara medidas para diminuir a burocracia
MP suíço faz buscas no HSBC para investigar lavagem de dinheiro
Pedro Peduzzi* - Repórter da Agência Brasil Edição: Aécio Amado
O Ministério Público de Genebra, na Suíça, fez buscas hoje (18) nos escritórios do HSBC Holdings, após a Justiça do país abrir investigação criminal por suspeitas de que o banco esteja sendo usado para facilitar a prática de crimes de lavagem de dinheiro. O trabalho de busca foi coordenado pelo procurador-geral Olivier Jornot e pelo procurador Yves Bertossa.
As denúncias de sonegação fiscal foram feitas inicialmente pelo SwissLeaks, um consórcio internacional de jornalismo investigativo. De acordo com a entidade, a instituição ajudou clientes de mais de 200 países a sonegarem impostos. Estima-se que 104 bilhões de euros tenham sido sonegados com a ajuda do HSBC entre novembro de 2006 e março de 2007.
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Apesar de concentrada no HSBC Private Bank da Suíça, as investigações poderão ser direcionadas também a pessoas físicas, uma vez que, segundo a imprensa internacional, há uma lista com 106 mil contas bancárias, a chamada Lista Falciani. Nela estão nomes de empresas e pessoas supostamente envolvidas, como políticos, artistas, desportistas, empresários e até mesmo indivíduos acusados de atividades criminosas como terrorismo, tráfico de drogas, de armas e de diamantes.
Com a divulgação de parte das informações, foram abertas investigações criminais também na França, Bélgica, Argentina e nos Estados Unidos. No domingo (15), o HSBC divulgou nota pedindo desculpas aos clientes e investidores pelas práticas de sua subsidiária após alegações de que ajudou clientes a não cumprirem com as obrigações fiscais.
*Com informações da Telam
Escolas do Grupo Especial fazem planos para o ano que vem
Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro
As seis escolas mais bem classificadas no Grupo Especial vão voltar no sábado (21) para o Desfile das Campeãs, marcado para as 21h30. Pela ordem de entrada na Marquês de Sapucaí estarão na avenida a Imperatriz Leopoldinense, que ficou em sexto lugar, com 268,9 pontos; a Portela que, com 269 pontos, conseguiu o quinto lugar – mesmo total de pontos da Tijuca, em quarto lugar, e a Grande Rio, em terceiro. A classificação entre essas três escolas foi decidida pelo quesito evolução, que tinha sido sorteado, antes da apuração começar, como o que decidiria se houvesse empate nas notas. As últimas a desfilar serão a vice-campeã, Salgueiro, que obteve 269,5 pontos, e a campã, a Beija-Flor, que alcançou 269,9 pontos, levando para casa o 13º título de campeã.
O diretor da comissão de carnaval da Beija-Flor, Laíla, antes do começo da apuração disse que tinha as melhores expectativas em sair de lá campeão, porque a escola tinha cumprido com o dever de fazer um grande desfile. "Cumprimos religiosamente o que tínhamos dentro do enredo que falávamos da África, desde a época mais primitiva até o país mais desenvolvido da África hoje, e conseguimos o nosso objetivo. Estou tranquilão”.
Laíla lembrou que no ano passado deixou a apuração antes de terminar, irritado com as notas que considerou "uma covardia" com a Beija-Flor. Ele disse que esperava para este ano uma situação diferente. “Se for coerente, quatro escolas fizeram grandes carnavais, e a Beija Flor está inserida nessas quatro”, completou. Na confirmação das notas do último quesito, ele não conteve a emoção e chegou reclamar de falta de ar. Chorando muito, ajoelhou-se e disse que agradecia à comunidade de Nilópolis, na Baixada Fluminense, berço da agremiação.
Já o presidente da Unidos da Tijuca, Fernando Horta, destacou que o desfile agradou ao público e à comunidade da escola, mas não concordou com algumas notas dos jurados dadas à agremiação da zona norte. “O mais importante é que a Tijuca fez um grande carnaval e provou mais uma vez que não é uma pessoa que ganha um carnaval. O que ganha é uma equipe. Infelizmente, houve quesitos que os jurados não acharam que estávamos bem, mas o público ficou satisfeito, e a minha comunidade está satisfeita. Fizemos grande carnaval. A nota de mestre-sala e porta-bandeira é brincadeira”, analisou Fernando Horta, garantindo, que o casal Julinho e Rute, permanecerá na escola para o ano que vem, como também a atual comissão de carnaval. “A escola vai continuar com a mesma equipe. A gente tem um grande casal de mestre-sala e porta-bandeira, que é um dos melhores que tem aí. Os jurados não entenderam assim, mas não é por isso que a gente vai fazer a troca."
Na Mocidade Independente, escola da zona oeste, apesar de ter ficado em sétimo lugar, com 268,5 pontos, o patrono da agremiação avisou que não haverá mudanças. Tanto a rainha de bateria, a cantora Claudia Leitte, quanto o carnavalesco Paulo Barros permanecem na escola. “Claudia Leitte vai continuar – excelente, é uma pessoa, que tem uma autoestima muito boa, e fez com que a comunidade toda a adorasse. Paulo Barros o coração dele agora é verde e branco e permanece”, contou, ao acrescentar que o carnavalesco tem carta branca para idealizar o carnaval da escola. “O bacana é deixar o artista mostrar o trabalho dele. Não posso engessar um artista, o valor do artista é mostrar o que ele pode fazer. Ele é um excelente profissional.”
Apesar de a Portela ter ficado em quinto lugar, Tia Surica, uma das figuras de maior destaque da agremiação de Madureira, na zona norte, ficou satisfeita. “Ganha aquela que erra menos. Estou satisfeita. Vamos corrigir os erros e no ano que vem fazer um carnaval mais digno. Tenho certeza que fizemos um bom carnaval e um bom desfile, mas ganha quem erra menos”, contou.
O presidente da Imperatriz Leopoldinense, Luiz Pacheco Drummond, preferiu deixar a avaliação do resultado para depois que forem divulgadas as alegações dos jurados para as notas. “Meu samba enredo foi tido como o melhor, aí oito sambas marcam dez como ele. E na hora que tenho que perder ponto, perco. Não sei qual é o critério que as pessoas julgam. Tenho que ver as justificativas deles”, disse inconformado.
Para o presidente da Mangueira, Francisco de Carvalho, o Chiquinho da Mangueira, não adianta ficar discutindo as notas que a escola conseguiu, mas ele ponderou que se a Estação Primeira tivesse desfilado em condições normais a classificação em décimo lugar, com 267,1 pontos, não teria acontecido. “Se não tivesse sofrido o que ela sofreu, com quatro horas e meia de chuva, tanto na concentração como no desfile, certamente a Mangueira estaria no desfile das campeãs. Acho que o tempo sacrificou demais a escola. O espetáculo com chuva é uma coisa, sem chuva é outra. Infelizmente, nós e a Viradouro pagamos esse preço. A Viradouro acabou até sendo rebaixada.”
Chiquinho também vai manter a equipe de carnaval e o carnavalesco Cid Carvalho, mas adiantou que no ano que vem a Mangueira pode vir com um enredo patrocinado. “Nós vamos discutir muito isso. Já é o segundo ano que a gente faz enredos autorais. O problema não é o enredo autoral. O problema é a dívida que a escola tem de gestões anteriores, que comprometem muito o carnaval. Então, a gente vai pensar se faz uma mesclagem de patrocínio com enredo que não comprometa a identidade da Mangueira.”
A Vila Isabel, que este ano levou para a avenida um enredo em homenagem ao maestro Isaac Karabtchevsky, ficou em 11º lugar, com 266,2 pontos. A colocação foi uma decepção para os integrantes, que esperavam algo melhor, principalmente porque no ano passado a agremiação foi muito criticada por desfilar com alas faltando partes das fantasias e alegorias incompletas. A presidenta da Vila, Elizabeth Aquino, a Dona Beta, disse que independentemente da classificação, o desfile agradou à comunidade da terra de Noel Rosa. “Eles estavam entristecidos com o carnaval passado. A gente acredita que conseguiu restabelecer o orgulho deles. As mensagens que a gente recebeu da nossa comunidade, de simpatizantes e de torcedores foram muito gratificantes. Independentemente do resultado, eles estão muito felizes. O resultado é parte do processo, mas ter a consciência de que fez um bom carnaval dentro das possibilidades, tanto financeiras como estruturais, e nós fizemos, passamos com dignidade.”
A Viradouro, de Niterói, na região metropolitana do Rio, ficou em último lugar, e por isso voltará para a Série A, antigo grupo de acesso, de onde tinha saído no ano passado com a conquista do campeonato. No carvaval de 2016 quem vai ingressar no Grupo Especial será a Estácio de Sá, vencedora da Série A com 299,7 pontos. As escolas Unidos de Bangu (291,9), que se classificou em 14º lugar e a Em Cima da Hora (288,3), em 15º, foram rebaixadas para a Série B, e vão desfilar no ano que vem na Avenida Intendente Magalhães, no Campinho, zona norte da cidade.
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Acidente provoca incêndio em ônibus e deixa nove mortos em São Gonçalo
Vinicius Lisboa - Repórter da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro
A Polícia Civil aguarda a liberação médica de oito vítimas que sobreviveram ao acidente de ônibus em São Gonçalo para ouvir os depoimentos sobre a tragédia que, segundo a corporação, deixou nove mortos.
As investigações estão a cargo da 73ª Delegacia de Polícia, e os corpos das vítimas foram encaminhados ao Instituto Médico-Legal para identificação. Agentes já realizaram perícia no local e testemunhas estão sendo ouvidas.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o ônibus bateu na manhã de hoje (18) em um poste, na Rua Dr. Getúlio Vargas, no bairro de Santa Catarina, e um transformador caiu sobre o coletivo, ocasionando incêndio.
Os bombeiros informaram inicialmente oito mortos, mas, segundo a Polícia Civil, foram nove.
Dinamarca homenageia vítima de atentado a sinagoga em Copenhague
Giselle Garcia - Correspondente da Agência Brasil/EBC na Europa Edição: Stênio Ribeiro
Muitos dinamarqueses prestaram hoje (18) suas últimas homenagens a Dan Uzan, de 37 anos, uma das vítimas dos ataques que chocaram a Dinamarca neste fim de semana. Ele prestava serviço voluntário como segurança na principal sinagoga de Copenhague, em Kristalgade, quando o atentado ocorreu, nas primeiras horas de domingo (15).
O cemitério que recebeu o cortejo nesta Quarta-Feira de Cinzas, na capital dinamarquesa, teve a segurança reforçada, pois várias autoridades participaram do funeral. Entre elas, a primeira-ministra da Dinamarca, Helle Thorning Schmidt.
O rabino Jair Melchior pediu por mais tolerância. “Eu não tenho uma mensagem para a comunidade muçulmana, eu tenho uma mensagem para todas as pessoas. Temos que fazer diferença, temos que conversar uns com os outros, que conhecer as nossas diferenças. Não temos que ser todos iguais”, disse.
A polícia anunciou formalmente ontem (17), no fim da tarde, a identidade do suposto autor dos atentados, que já tinha sido revelada pela imprensa. Omar El Hussein, 22 anos, era nascido em Copenhague, de pais palestinos, e tinha acabado de deixar a prisão, onde cumpria pena por esfaqueamento.
Um relatório do sistema prisional dinamarquês, divulgado em setembro do ano passado, já indicava que o jovem tinha desenvolvido tendências extremistas na prisão. Mesmo assim, o serviço de inteligência disse que não tinha razões para acreditar que ele pudesse cometer atos terroristas. O atirador foi morto pela polícia no domingo (15), depois de uma perseguição em Norrebro, a noroeste da capital.
Líderes do Venstre, partido liberal de centro-direita da Dinamarca, querem uma investigação mais ampla para apurar se a polícia e o serviço de inteligência poderiam ter feito mais para impedir os ataques.
Na cafeteria onde ocorreu o primeiro atentado, um evento sobre liberdade de expressão reunia vários artistas, entre eles, o cartunista sueco Lars Vilks, que já tinha recebido várias ameaças de morte pela autoria de uma caricatura de Maomé, publicada em 2007. Vilks estava acompanhado de sua guarda pessoal e não foi ferido, mas o cineasta dinamarquês Finn Norgaard, de 55 anos, morreu, e três policiais ficaram feridos.
Ontem (17), em entrevista à imprensa, Vilks disse que os serviços de segurança da Dinamarca subestimaram a escalada da ameaça terrorista desde o atentado ao jornal Charlie Hebdo, de Paris, em janeiro. Ressaltou, ainda, que a polícia poderia estar melhor armada durante os atentados.
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