sábado, 7 de fevereiro de 2015

Crise hídrica pode ser fator para aumento de 57% nos casos de dengue, diz Chioro

dengue

O Brasil teve 40.916 casos de dengue nas quatro primeiras semanas do ano  Arquivo Agência Brasil

O número de casos de dengue nas quatro primeiras semanas do ano aumentou 57,2% entre 2014 e 2015, saltando de 26.017 para 40.916 em todo o Brasil. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, coloca, entre os motivos do aumento, a crise hídrica, que faz com que muitas pessoas estoquem água em casa.

“É inquestionável que a crise hídrica e a seca apresentam uma situação de risco maior para a proliferação do Aedes aegypt, na medida em que as pessoas tendem a armazenar água sem proteção. Não há problema em fazer armazenamento, mas qualquer processo de armazenamento de água deve respeitar a proteção,pois a água limpa parada, mesmo que seja de chuva, de bica, vai aumentar o risco de proliferação das larvas. O acondicionamento correto, tapar esses recipientes, é fundamental”, avaliou o ministro.

Chioro disse que o governo vai fazer um estudo para ver a relação entre a falta de água e o número de casos de dengue e vai alertar para que a população guarde água com segurança. O ministro ressaltou que há uma grande preocupação com a doença, pois o aumento aconteceu em período anterior aos meses de maior incidência, que são março e abril.

“Aumentou o número de casos de dengue em um período que não era para aumentar”, disse o ministro. Ele destaca que cada lugar tem um motivo diferente para o aumento da ocorrência do mosquito e que cada família deve estar atenta aos pontos de acúmulo de água em suas casas.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, apresenta a Campanha Nacional de Prevenção da dengue e Febre Chikungunya (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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O Ministério da Saúde promove hoje (7) o Dia D contra dengue e chikungunyaArquivo Agência Brasil

Segundo Chioro, uma das situações mais preocupantes é a do município de Cruzeiro do Sul, no Acre. A cidade, que tem cerca de 80 mil habitantes, teve apenas sete casos em janeiro do ano passado, enquanto em janeiro de 2015 teve 2.305 casos.

Com esta “explosão” da doença no Acre, o estado ficou com a maior incidência, com 338,3 pessoas doentes para cada 100 mil habitantes. Goiás veio em seguida com 97,9, por 100 mil. Mato Grosso do Sul ficou em terceiro, com 42,9,

A boa notícia é que os casos graves da doença cairam 71%, de 49 para 14 no primeiro mês de 2014 para 2015. As mortes também caíram no mesmo período, de 37 para 6. Para o diretor do Departamento de Dengue e Chikungunya do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, esses números apontam uma melhora no sistema de saúde para tratar os pacientes.

Segundo Chioro, certamente o número de pacientes com dengue é subnotificado, pois muitas vezes os sintomas são leves e, por isso, o paciente não procura atendimento médico.

O Ministério da Saúde está promovendo hoje (7) o Dia D contra dengue e chikungunya, doença transmitida pelo mesmo mosquito da dengue, com sintomas parecidos, mas que provoca maiores dores nas articulações e diferentemente da dengue, não tem a forma hemorrágica.

Nas primeiras quatro semanas de 2014 foram contabilizados 23 casos de chikungunya, sendo 22 na Bahia e um em Goiás. Ano passado foram registradas as primeiras transmissões da doença no país. Ao todo, em 2014 foram 2.847 casos. O Ministério da Saúde está acompanhando pacientes em Oiapoque, no Acre, onde houve a maior concentração da doença, para avaliar a evolução dos casos mais graves.

 

 

Agência Brasil

 

Governo estuda ampliar horário de verão em um mês

 

Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar

Horário de verão

A princípio, o horário de verão acabaria no dia 22 de fevereiroArquivo/Agência Brasil

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A ampliação do horário de verão por mais um mês é uma das alternativas que estão sendo estudadas pelo governo para diminuir o consumo de energia neste ano. Segundo o Ministério de Minas e Energia, uma reunião na próxima quinta-feira (12), com a presença de representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica e da Empresa de Pesquisa Energética, vai discutir se o prazo do horário diferenciado deverá ou não ser ampliado.

O horário de verão começou no dia 19 de outubro para os estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e, a princípio, acabaria no dia 22 de fevereiro. O principal objetivo da medida é reduzir o consumo de energia no horário de pico, registrado a partir das 18h, aproveitando melhor a luminosidade natural.

Um dos argumentos que será debatido pelos técnicos é o deslocamento que vem sendo verificado neste horário de maior consumo de energia, que ultimamente tem sido registrado por volta das 14h. Neste caso, a prorrogação do horário de verão não seria necessária.

Segundo o ministério, não há, em princípio, uma predisposição do governo em ampliar o período de vigência do horário de verão, esta é apenas uma das alternativas que estão em estudo, mas não há nada definido. No início do horário de verão deste ano, a estimativa do governo era uma economia de R$ 278 milhões, com geração de energia térmica no horário de pico. Na edição anterior, a economia foi R$ 405 milhões. 

 

Agência Brasil

 

 

Duas mulheres tiveram lesões graves após o veículo tombar na ERS 343 - Crédito: Clovis Ravizoni / Informativo Regional de Sananduva / Especial / CP

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          OAB cria Comissão Nacional da Verdade sobre a Escravidão

           

          Karine Melo – Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger

          A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), Ideli Salvatti, participa da cerimônia de posse da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra (Elza Fiúza/Agência Brasil)

          Ccerimônia de posse da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão NegraElza Fiúza/Agência Brasil

          Resgatar a história da população negra no Brasil, inclusive as atrocidades cometidas à época da escravatura, para fazer sugestões de políticas públicas e ações afirmativas para construir uma igualdade plena no pais – este é o objetivo da Comissão Nacional da Verdade sobre a Escravidão Negra criada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados Brasil (OAB).

          Inspirado na Comissão Nacional da Verdade, que investigou o período da ditadura militar no Brasil, o grupo, composto por 57 membros – dez advogados, 35 consultores e 15 convidados do Judiciário e do Ministério Público – terá prazo de dois anos para concluir o trabalho. A expectativa é que um relatório parcial das atividades seja divulgado no final deste ano, já o documento final está previsto para dezembro de 2016.

          “Queremos buscar todas aquelas ações da escravidão que persistem até hoje e fazem do país um campeão da luta contra a desigualdade, da discriminação e do racismo. É preciso que investiguemos a fundo os fatos da escravidão, assim como a Comissão Nacional da Verdade investigou fatos da ditadura e da tortura que persistem até hoje, a nossa comissão também pretende abolir, encerrar, banir os fatos que existem na escravidão até hoje”, destacou o presidente do colegiado, que tomou posse hoje, Humberto Adami.

          Para a realização dos trabalhos, a ministra de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, disse que o governo federal estará à disposição para ajudar no que for necessário. A comissão também terá parcerias com entidades como a Fundação Zumbi dos Palmares, o Instituto de Pesquisa e Estudos Afro-Brasileiros (Ipeafro) e o Instituto Nzinga Mulher Negra, além de universidades brasileiras.

          Apesar do esforço no âmbito da OAB, o presidente da entidade, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, cobrou do governo federal uma comissão nos moldes da que foi empossada hoje pela Ordem. “Somos um só Brasil. Queremos uma nação de iguais. O fim do racismo e do preconceito, não admitindo a intolerância e a discriminação, são fundamentais para a construção de uma sociedade justa, solidária e fraterna.”

          A cerimônia de posse da comissão teve a apresentação da banda mirim do Olodum, de Salvador; da cantora Martinha do Coco e do grupo Tambores do Paranoá, do Distrito Federal. Quilombolas de Paracatu, em Minas Gerais, também se apresentaram no evento.

          A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), Ideli Salvatti, participa da cerimônia de posse da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra (Elza Fiúza/Agência Brasil)

                   A  banda  mirim  do  Olodum  tocou  na  cerimônia  de  posse  da  comissão       Elza  Fiúza/Agência  Brasil

           

          Agência Brasil

           

          Aneel pode arrecadar até R$ 17 bilhões com novo valor das bandeiras tarifárias

           

          Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso

          Os novos valores das bandeiras tarifárias poderão representar aumento de quase R$ 6,5 bilhões na arrecadação prevista pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). De acordo com Tiago de Barros Correia, diretor da agência, a previsão era, no pior cenário, obter montante máximo de R$ 10,6 bilhões. Com o acréscimo, o montante pode atingir R$ 17 bilhões.

          O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, informou que a bandeira não representa necessariamente aumento de custo. Segundo ele, a bandeira apenas antecipa custos que teriam de ser repassados em outro momento, mas sem a incidência de juros.

          Brasília - O diretor da Aneel, Romeu Rufino, explica as medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para o setor elétrico (José Cruz/Agência Brasil)

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          Bandeira aprimora forma de repassar custo já existente ao consumidor, diz o diretor-geral da Aneel, Romeu RufinoJosé Cruz/Agência Brasil

          “A bandeira aprimora a forma de repassar o custo já existente ao consumidor. Na prática, não é aumento, porque o custo seria repassado posteriormente, com acumulado do ano e remuneração pela Selic. Portanto [no formato antigo], o consumidor, além de pagar o custo com defasagem, pagava com remuneração. Com a bandeira, ele não paga o custo financeiro”, disse Rufino.

          Tiago Correia lembrou que a bandeira tarifária é também um instrumento de comunicação das distribuidoras e da Aneel com o consumidor. “Se o consumidor aproveitar o sinal de preço para consumo mais consciente, ajudará a reduzir o preço da conta de luz. Estudos da Aneel mostram que 66% do consumo se concentram basicamente em ar-condicionado, chuveiro e geladeira.”

          Ele acrescentou que são três itens aos quais o consumidor tem de ficar atento, porque uma redução no consumo permitirá que a bandeira vermelha não permaneça ao longo de todo o ano.

          Sobre a possibilidade de o Ministério de Minas e Energia prorrogar por um mês o horário de verão, Rufino afirmou que a questão não passa pela Aneel. "A nós cabe apenas contribuir e subsidiar autoridades por meio de simulações. Estudos já estão sendo feitos, mas só a conclusão nos mostrará se vale a pena diminuir o prazo”, concluiu Rufino.

           

          Agência Brasil

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