domingo, 1 de fevereiro de 2015

Câmara terá 198 deputados que tomam posse pela primeira vez

Sessão solene do Congresso Nacional em homenagem à visita oficial do presidente da China,  Xi Jinping (Valter Campanato/Agência Brasil)

Os futuros deputados foram eleitos por 28 partidos políticos e representam a população dos 26 estados e do Distrito Federal no Congresso Nacional Arquivo Agência Brasil

Dos 513 deputados federais que tomam posse neste domingo (1º), às 10 h, 198 assumem o mandato pela primeira vez. Dos outros 315 que estarão tomando posse, 289 foram reeleitos e 26 foram deputados em outras legislaturas, sem ser a que se encerrou ontem (31). A sessão de posse dos deputados será feita no Plenário Ulysses Guimarães da Câmara e será presidida pelo deputado Miro Teixeira (PROS-RJ), por ser ele o mais velho dentre os de maior número de legislaturas. Miro foi eleito para o seu 11º mandato parlamentar.

Os deputados federais estão sendo empossados para um mandato de quatro anos, que vai até o dia 31 de janeiro de 2019. Os futuros deputados foram eleitos por 28 partidos políticos e representam a população dos 26 estados e do Distrito Federal no Congresso Nacional.

A grande maioria dos futuros deputados é do sexo masculino (462), enquanto que o número de mulheres no Parlamento será 51 (10% da Casa). A maioria dos eleitos tem curso superior completo (410) e tem entre 51 e 60 anos de idade (187). A posse dos deputados é acompanhada por parentes, amigos e convidados. Desde quinta-feira (29), as dependências da Câmara passaram a ser frequentadas e visitadas pelos parentes e amigos dos novos parlamentares, que estarão no Parlamento para prestigiar as posses dos 513 deputados federais.

Após a cerimônia de posse, os partidos terão até as 13h30 para registrarem na Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara a formação dos blocos partidários. Esses blocos servirão de base para a composição da Mesa Diretora da Câmara e das comissões técnicas da Casa.

Formados os blocos partidários, será feita, às 14h30, a primeira reunião de líderes partidários e dos blocos para definirem quais partidos ou blocos terão direito de ocupar cargos na Mesa Diretora da Casa, que é composta de presidente, dois vices, quatro secretários e igual número de suplentes, com mandato de dois anos.  

 

 

Agência Brasil

 

Cantareira tem janeiro com chuvas abaixo da média e inicia fevereiro em queda

 

Camila Maciel - Repórter da Agência Brasil Edição: Fábio Massalli

Sistema Cantareira

O Sistema Cantareira ficou entre os dias 24 e 29 com um volume estável em 5,1%Divulgação/Sabesp

Após sete dias em estabilidade, o nível do Sistema Cantareira iniciou fevereiro em queda. Hoje (1º), o maior reservatório de água da região metropolitana de São Paulo, que abastece cerca de 6 milhões de pessoas, está com 5% da capacidade. Um volume maior de chuvas entre os dias 25 e 29 contribuíram para que o sistema mantivesse o volume armazenado de 5,1%. Nos dias 30 e 31, praticamente não choveu (0,4 milímetros no dia 31). Os dados são atualizados diariamente pela Companhia Estadual de Saneamento Básico (Sabesp).

O Cantareira fechou o primeiro mês do ano com chuvas 45% abaixo da média, que é 271,1 milímetros (mm). A pluviometria acumulada nas represas que formam o sistema chegou a 148,2 mm em janeiro. No mesmo período do ano passado, choveu ainda menos (87,8 mm). O volume armazenado no sistema naquela época, no entanto, estava em 22,2%.

Entre os outros cinco sistemas que abastecem a região metropolitana, três apresentaram elevação neste domingo. O Alto Tietê subiu de 10,8% para 11%. O acumulado de chuvas, no entanto, ficou abaixo da média em janeiro. Foram 103,8 mm neste ano ante 251,5 da média histórica. Apenas o Guarapiranga teve precipitações acima da média. Foram 248 mm, enquanto a média é 229,3 mm. O nível do sistema, localizado no sul da região metropolitana de São Paulo, caiu neste domingo, ficando em 47,9%, uma redução de 0,2 ponto percentual.

O Alto Cotia também baixou de 28,4% para 28%, com um acumulado de chuvas de 80 mm em janeiro. O Rio Grande é o reservatório com maior percentual de água armazenada, com 75% do volume total. Ontem, ele registrava 74,7%. Em relação às chuvas, o índice pluviométrico (245,2) ficou próximo à média (251,5 mm). O mesmo ocorreu com o volume de chuvas no Rio Claro (252,5 mm), que tem uma média histórica de (298,9 mm). O nível de armazenamento aumentou hoje, passando de 28,3% pra 28,8%.

Nesta semana, o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato Yoshimoto, alertou que a empresa poderá adotar o sistema de rodízio de cinco dias por semana sem água, caso não aumente o volume de chuvas no Cantareira. A decisão poderá ser tomada em situação extrema. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse na última sexta-feira (30) que a adoção do sistema de rodízio ainda não está definido e não se sabe qual esquema seria implantado. Segundo ele, por enquanto, o governo trabalha com a redução da pressão de água à noite e com a oferta de bônus para quem consume menos água.

 

Agência Brasil

 

Empresas brasileiras querem ampliar mercado no Golfo Pérsico

 

Mariana Branco - Repórter da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro

Empresários brasileiros embarcam, no próximo fim de semana, para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para participarem da Gulfood - feira anual de bebidas e alimentos. De acordo com a Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex), que coordena a viagem, em 2014 foram fechados US$ 653 milhões em negócios. Para este ano, a expectativa é superar o volume em cerca de 10%. A feira começa no próximo domingo (8).

De acordo com o gerente executivo de Imagem e Acesso a Mercados da Apex, Rafael Prado, em função das especificidades do mercado de alimentos e bebidas no Oriente Médio, a agência de fomento procura selecionar para a feira empresas que já têm algum preparo para atuação na região do Golfo Pérsico. “É um mercado que requer certificação halal”, explica. O termo em árabe pode ser traduzido para lícito. Na prática, significa tratar os alimentos de acordo com as regras da religião muçulmana.

Uma das normas diz respeito ao abate de bovinos, por exemplo, que devem ser degolados ainda vivos e com o corpo voltado para a cidade de Meca. Rafael explica que outro cuidado das empresas deve ser a tradução das embalagens para o árabe e não só para o inglês. Ele informa, ainda, que no Oriente Médio há bastante receptividade aos doces brasileiros. “O mundo árabe consome muito doce, e o nosso paladar é bem apropriado [ao gosto deles]. Não é preciso adaptar a fórmula”, diz.

Um total de 72 empresas brasileiras participam da Gulfood, que vai até o dia 12. Uma delas é a mineira Maricota, produtora de pão de queijo e comida congelada no Brasil. Marília Espalaor, analista de comércio exterior da empresa, conta que, para Dubai, a Maricota exporta pão de queijo tradicional, recheado com requeijão e três queijos, além de chipa - biscoito à base de mandioca. De acordo com ela, a fabricação dos produtos é em conformidade com o halal.

“Todos os ingradientes utilizados têm que ser comprados de fornecedores certificados pela Câmara Árabe. Não é difícil [a adaptação], porque a gente possui linhas de produção diferentes. Toda vez que tem uma produção halal na empresa, a gente tem que parar, e tudo tem que ser higienizado para fazer só o lote deles. [O esforço] compensa, porque os Emirados têm ótimos clientes, são ótimos consumidores”, diz ela. Marília informa que a Maricota está em negociação para conquistar um novo cliente no Catar e mais um em Dubai, onde atualmente existe um representante da empresa.

Em 2014 o Brasil exportou US$ 68,13 bilhões em alimentos e bebidas, o equivalente a 70% do total de exportações do agronegócio. Desse montante, US$ 4 bilhões foram para países do Conselho de Cooperação do Golfo, que inclui os Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Kwait, Catar, Bahrein e Omã. O Brasil é, ainda, o maior fornecedor de carne de frango para os Emirados Árabes Unidos.

Além da Apex, participam da organização da viagem a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), Associação Nacional das Indústrias de Biscoitos (Anib), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e a Câmara de Comércio Árabe Brasileira (CCAB).

 

Agência Brasil

 

Odisseia e Ilíada: os primeiros clássicos da tradição literária

 

Publicado em 1 de fev de 2015

O “Clube do Livro” recebe o filósofo e colaborador de VEJA Eduardo Wolf. Ele se junta aos jornalistas Jerônimo Teixeira e Carlos Graieb para debater dois grandes clássicos da literatura mundial 'A Odisseia' e 'Ilíada' e a formação histórica da Grécia. Será que esses clássicos vão para o sebo? Participe do programa por meio da #clubedolivro.

 

 

Falta de água faz cidades mineiras cancelarem o carnaval 2015

 

Da Agência Brasil Edição: Jorge Wamburg

A crise hídrica que atinge algumas regiões de Minas Gerais e o receio de uma “invasão” de foliões, além do corte de verbas, fizeram pelo menos 20 cidades do interior mineiro cancelarem o carnaval deste ano. O medo de algumas prefeituras é que o consumo de água aumente muito durante a festa e o sistema de distribuição de água não dê conta da demanda.

A maioria dos municípios nessa situação fica na região centro-oeste de Minas, como Itapecerica, que, de acordo com a prefeitura, recebe 10 mil foliões por noite, A cidade precisou cancelar o carnaval porque o aumento significativo de pessoas no período poderá desencadear uma séria crise de abastecimento de água.

Para o comerciante Hilton Valério Pereira, morador da cidade, a decisão foi acertada. “Garantir que a população tenha água é mais importante que carnaval. Nestes dias, melhorou o abastecimento de água porque choveu, mas já sofremos muito na cidade por causa da seca”, disse.

A cidade de Oliveira, que recebe entre 30 mil e 40 mil foliões durante o carnaval, segundo a prefeitura, também decidiu cancelar a festa. O secretário de Cultura e Turismo do município, Cassio Silva, explicou que a seca e problemas financeiros levaram à decisão.

“A prefeitura se reuniu com os comerciantes, a Justiça, as forças de segurança e todos concordaram que foi melhor cancelar o carnaval. Alguns bairros chegaram a ficar até 12 dias sem água. Assim, manter a realização de tal festividade, não seria, no mínimo, prudente”, disse o secretário.

O cancelamento do carnaval deste ano em alguns municípios provocou um efeito cascata, e mesmo as cidades que não estão enfrentando problemas com a falta d'água suspenderam a festa. Foi o que ocorreu em Lagoa da Prata.

O secretário de Cultura e Turismo da cidade, Júnior Nogueira, explica que a decisão foi tomada depois que cidades próximas cancelaram a festa. “Ficamos preocupados, pois concluímos que boa parte destes foliões poderia vir para a cidade e não teríamos a segurança necessária nem para os visitantes nem para a população”, informou.

Cidades históricas de Minas, como Diamantina e Ouro Preto, mantiveram o carnaval. As prefeituras garantem que não vai faltar água e que os municípios estão preparados para receber mais visitantes do que em anos anteriores.

A Superintendência de Eventos de Ouro Preto estima que a cidade receberá de 60 mil a 80 mil visitantes durante as festas e está organizando campanhas de conscientização para não sofrer com a falta d'água.

Diamantina, segundo a prefeitura, deve receber 30 mil turistas no carnaval e está reforçando o sistema de abastecimento para garantir que não falte água durante a folia.

 

Agência Brasil

 

 

Idiomas sem Fronteira vai oferecer cursos de espanhol e mandarim

 

Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil Edição: Fernando Fraga

Os cursos de espanhol e mandarim poderão ser os próximos oferecidos pelo Programa Idiomas sem Fronteiras. A documentação de ambos está mais adiantada, segundo a coordenadora do programa do Ministério da Educação (MEC), Denise Lima. Além desses, italiano, japonês e alemão estão nos trâmites finais. Ainda não há data para que isso ocorra.

A proposta do Idiomas sem Fronteiras é complementar o Ciência sem Fronteiras e as demais políticas públicas de internacionalização do ensino. O programa prevê a aplicação de testes de proficiência e de nivelamento, cursos online e presenciais. O programa foi lançado em novembro do ano passado com a promessa de oferecer a formação em inglês, francês, espanhol, italiano, japonês, mandarim, alemão e português para estrangeiros que tenham interesse no nosso idioma. O inglês é ofertado desde 2013, pelo Programa Inglês sem Fronteiras, e o francês desde o ano passado. Todos os demais idiomas, segundo Denise, passarão a ser ofertados neste ano.

“Os idiomas são todos necessários. A oferta depende do andamento da documentação e da logística interna”, explica a coordenadora. “O programa conseguiu um grande alcance com o inglês. Conseguimos cadastrar todos as universidades federais e quase a totalidade dos institutos federais. O francês também tem tido uma repercussão boa na comunidade universitária e tem auxiliado no processo de mobilidade estudantil”, acrescenta.

O Idiomas sem Fronteiras, de acordo com a coordenadora, vai além do objetivo de formar os intercambistas. A iniciativa estende-se a professores, técnicos e alunos de graduação, mestrado e doutorado das instituições de educação superior, públicas e particulares, além de professores de idiomas da rede pública da educação básica.

O impacto no Ciência sem Fronteiras foi reduzir o tempo que os estudantes passam em outros países recebendo e apenas aprendendo o idioma. O prazo, que podia ser de até de um ano, foi restrito ao limite máximo de dez semanas antes do início das aulas, segundo Denise. "Quando se manda o aluno para o exterior, pode até garantir que ele vá aprender esse idioma, mas investe-se no aluno o que poderia estar investindo em muitos alunos. Muito mais barato estudar aqui, apesar de o processo ser mais lento que uma imersão no idioma", analisa.

O Ciência sem Fronteiras oferece bolsas, prioritariamente, nas áreas de ciências exatas, matemática, química e biologia, engenharias, áreas tecnológicas e da saúde. O programa deve oferecer 100 mil bolsas em instituições de ensino estrangeiras de 2015 a 2018.

 

Agência Brasil

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