O
PT de antigamente perdeu duas das suas mais importantes conquistas: a
luta pelos direitos dos trabalhadores e a ética na política. O vermelho
vibrante deu lugar ao cinza que é o que restou do velho discurso.
Recentemente, o ministro Almir Pazzianotto, profundo conhecedor da origem do Partido dos Trabalhadores, escreveu e publicou no Correio Braziliense texto intitulado " Gangsterização do Petismo". Pazzianotto foi advogado do sindicato nascedouro do PT e descreve com riqueza de detalhes a ascensão e queda do pretensioso reich que deseja nos submeter a longo período de domínio, tal qual governos que guilhotinam o povo de alguns dos nossos vizinhos.
Diz o experiente escriba: "É cruel acompanhar a catástrofe petista que, como tragédia grega, já se sabe como acabará, mas não há com o evitá-la. Aos 35 anos de vida, em plena maturidade, o partido que um dia se arvorou ser imaculado vive o drama da desmoralização provocada por escândalos e desmandos em série, cujos protagonistas estão entre fundadores e dirigentes.
Quem se recorda dos primeiros anos da legenda, quando atraia o interesse de intelectuais, jornalistas, estudantes, e desiludidos de outras agremiações, com propostas de moralização, justiça social, erradicação da pobreza, não compreende o que aconteceu com pessoas antes respeitadas, hoje condenadas ou alvos de investigações e ações criminais por crimes infamantes."
Depoimentos como este, diariamente, são publicados na imprensa e nas redes sociais e são contestados por articulistas remunerados com dinheiro desviado, sabe-se lá de onde.
São partícipes da fundação do até então partido dos sonhos de qualquer nação que saem a público, desmitificando os líderes para apontá-los como responsáveis pelo maior roubo do erário nunca visto antes em qualquer país civilizado.
O vermelho vibrante se transformou em verde e amarelo para, depois, com a descoberta da ponta do iceberg apelidada de "Mensalão", se transformar no cinza que hoje predomina nos seus governos. A incapacidade administrativa dos companheiros e a sede em transformar tudo em ouro - mesmo o negro do petróleo - os levou a causar a ruína da nossa maior empresa, além de desvios ainda não apurados em outras empresas públicas.
Os brasileiros e brasileiras, ainda tolerantes com o assalto ao dinheiro público, neste Carnaval, saíram às ruas, pacificamente, para desmoralizar o governo central e os outros que seguem o pior exemplo. Nos blocos, a alegria de voltar a se divertir sem ajuda oficial serviu de válvula de escape para colocar pra fora a frustração de ganhar e perder.
Agora, as cores do partido estão mais para o preto e branco dos uniformes listrados usados pelos presidiários de antigamente. A impressão que se tem é que os administradores das penitenciárias usam a cor "laranja"em homenagem aos intermediários das falcatruas, por falta de coragem de usarem o "vermelho".
O mais simbólico fato desses dias momescos é a projeção do filme "50 tons de cinza" que chegou às salas de cinema com perspectivas de recorde de público. O filme, segundo as notícias, é a historia de um psicopata milionário que seduz uma jovem e, com o consentimento dela, a submete à prática de sadomasoquismo; mais ou menos como estamos nós , brasileirinhos e brasileirinhas, pois foi com o consentimento de escassa maioria, que temos os olhos cobertos, somos algemados e submetidos a todo tipo de sofrimento.
Não assisti ao filme e não sei o final, mas pego a frase de Pazzianotto para concluir sobre a nossa tragicomédia: "É cruel acompanhar a catástrofe petista que, como tragédia grega, já se sabe como acabará, mas não há como evitá-la."
Brasília, 18 de fevereiro de 2015.
Paulo Castelo Branco.
Publicado no Diário do Poder de 18.02.2015 – www.diariodopoder.com.br - Autorizada a publicação com indicação da fonte www. blogpaulocastelobranco.com.br
Paulo Castelo Branco
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Recentemente, o ministro Almir Pazzianotto, profundo conhecedor da origem do Partido dos Trabalhadores, escreveu e publicou no Correio Braziliense texto intitulado " Gangsterização do Petismo". Pazzianotto foi advogado do sindicato nascedouro do PT e descreve com riqueza de detalhes a ascensão e queda do pretensioso reich que deseja nos submeter a longo período de domínio, tal qual governos que guilhotinam o povo de alguns dos nossos vizinhos.
Diz o experiente escriba: "É cruel acompanhar a catástrofe petista que, como tragédia grega, já se sabe como acabará, mas não há com o evitá-la. Aos 35 anos de vida, em plena maturidade, o partido que um dia se arvorou ser imaculado vive o drama da desmoralização provocada por escândalos e desmandos em série, cujos protagonistas estão entre fundadores e dirigentes.
Quem se recorda dos primeiros anos da legenda, quando atraia o interesse de intelectuais, jornalistas, estudantes, e desiludidos de outras agremiações, com propostas de moralização, justiça social, erradicação da pobreza, não compreende o que aconteceu com pessoas antes respeitadas, hoje condenadas ou alvos de investigações e ações criminais por crimes infamantes."
Depoimentos como este, diariamente, são publicados na imprensa e nas redes sociais e são contestados por articulistas remunerados com dinheiro desviado, sabe-se lá de onde.
São partícipes da fundação do até então partido dos sonhos de qualquer nação que saem a público, desmitificando os líderes para apontá-los como responsáveis pelo maior roubo do erário nunca visto antes em qualquer país civilizado.
O vermelho vibrante se transformou em verde e amarelo para, depois, com a descoberta da ponta do iceberg apelidada de "Mensalão", se transformar no cinza que hoje predomina nos seus governos. A incapacidade administrativa dos companheiros e a sede em transformar tudo em ouro - mesmo o negro do petróleo - os levou a causar a ruína da nossa maior empresa, além de desvios ainda não apurados em outras empresas públicas.
Os brasileiros e brasileiras, ainda tolerantes com o assalto ao dinheiro público, neste Carnaval, saíram às ruas, pacificamente, para desmoralizar o governo central e os outros que seguem o pior exemplo. Nos blocos, a alegria de voltar a se divertir sem ajuda oficial serviu de válvula de escape para colocar pra fora a frustração de ganhar e perder.
Agora, as cores do partido estão mais para o preto e branco dos uniformes listrados usados pelos presidiários de antigamente. A impressão que se tem é que os administradores das penitenciárias usam a cor "laranja"em homenagem aos intermediários das falcatruas, por falta de coragem de usarem o "vermelho".
O mais simbólico fato desses dias momescos é a projeção do filme "50 tons de cinza" que chegou às salas de cinema com perspectivas de recorde de público. O filme, segundo as notícias, é a historia de um psicopata milionário que seduz uma jovem e, com o consentimento dela, a submete à prática de sadomasoquismo; mais ou menos como estamos nós , brasileirinhos e brasileirinhas, pois foi com o consentimento de escassa maioria, que temos os olhos cobertos, somos algemados e submetidos a todo tipo de sofrimento.
Não assisti ao filme e não sei o final, mas pego a frase de Pazzianotto para concluir sobre a nossa tragicomédia: "É cruel acompanhar a catástrofe petista que, como tragédia grega, já se sabe como acabará, mas não há como evitá-la."
Brasília, 18 de fevereiro de 2015.
Paulo Castelo Branco.
Publicado no Diário do Poder de 18.02.2015 – www.diariodopoder.com.br - Autorizada a publicação com indicação da fonte www. blogpaulocastelobranco.com.br
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