Soldados nigerianos exibem tanque capturado do grupo Boko HaramAgência Lusa/EPA/Tony Nwosu
A União Africana pediu hoje (30) a criação de uma força regional de cinco países, com 7,5 mil integrantes, para combater o aumento de insurgentes do grupo extremista nigeriano Boko Haram.
“O Boko Haram está abusando da crueldade inqualificável, do total desrespeito pelas vidas humanas e da destruição gratuita de bens”, afirmou o comissário da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma. Ele falou após o encontro do Conselho de Paz e de Segurança. “Por isso, é recomendado que os países da região sejam autorizados a aumentar a Força Conjunta Multinacional para 7,5 mil homens”, acrescentou.
Para ele, o Boko Haram é uma ameaça que ultrapassa as fronteiras da Nigéria e a atual crise exige “resposta coletiva, eficaz e decisiva” por parte das nações africanas.
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“O terrorismo, em particular a brutalidade dos extremistas do Boko Haram contra o nosso povo, é uma ameaça à nossa segurança e desenvolvimento coletivos”, destacou Nkosazana Dlamini-Zuma, no discurso de abertura da Cúpula da União Africana, em Adis Abeba, na Etiópia.
O grupo Boko Haram quer instaurar um califado no Norte da Nigéria, majoritariamente muçulmano, ao contrário do Sul, de maioria cristã.
A República do Chade, que já apelou à formação de uma coligação de países da região contra o grupo extremista, enviou um contingente militar para os Camarões, país que faz fronteira com a Nigéria, para ajudar a combater os ataques do Boko Haram.
A violência do Boko Haram e sua repressão pelas Forças Armadas nigerianas já causaram mais de 13 mil mortes desde 2009 e cerca de 1,5 milhão de refugiados e deslocados.
Agência Lusa e Agência Brasil
Divulgação de balanço da Petrobras foi feita com "transparência", diz ministro
Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil Edição: José Romildo
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse hoje (30) que a divulgação do balanço financeiro do terceiro trimestre de 2014 da Petrobras, na última quarta-feira (28), foi feita com “transparência absoluta”. O ministro deu entrevista à imprensa, antes de se reunir com o conselho do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), no Rio de Janeiro.
“O que a Petrobras está fazendo é demonstrar não apenas a todos os seus acionistas controladores, ao povo brasileiro e à comunidade internacional a sua transparência contábil”, destacou o ministro. Ele disse, no entanto, que a estatal precisa “dar novos passos”, mantendo a orientação de agir com transparência e de ter uma governança cada vez mais eficiente.
Setor público consolidado teve déficit primário de R$ 32,5 bilhões em 2014
Mariana Branco - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas
O setor público consolidado – governos federal, estaduais, municipais e empresas estatais – apresentou déficit primário de R$ 32,536 bilhões em 2014. Em 2013, houve um superávit de R$ 91,306 bilhões. Os dados foram divulgados hoje (30), pelo Banco Central (BC). É a primeira vez desde o início da série histórica do BC, em dezembro de 2001, que o setor público encerra o ano com déficit.
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Em dezembro do ano passado o resultado do setor público consolidado também foi deficitário, em R$ 12,984 bilhões. O superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública e reduzir o endividamento do governo no médio e longo prazos.
A maior parte do déficit no ano foi do Governo Central – Tesouro, Banco Central e Previdência –, que registrou saldo negativo de R$ 20,472 bilhões. Os governos estaduais tiveram déficit de R$ 13,246 bilhões e os municipais, superávit de R$5,455 bilhões. Já as empresas estatais, excluídas Petrobras e Eletrobras, registraram déficit primário de R$ 4,274 bilhões.
Os gastos com os juros que incidem sobre a dívida chegaram a R$ 311,4 bilhões em 2014, 6,07% do Produto Interno Bruto (PIB) – soma dos bens e serviços produzidos em um país –, contra R$ 248,9 bilhões ou 5,14% do PIB em 2013. Com isso, o déficit nominal, formado pelo resultado primário mais as despesas com juros, ficou em R$ 343,9 bilhões no ano passado.
Japão continua à espera de notícias da Jordânia sobre reféns do Estado Islâmico
Refugiados sírios aguardam na fronteira com a Turquia para fugir dos ataques do Estado IslâmicoULS
O Japão continuava hoje (30) à espera de notícias da Jordânia sobre a situação do jornalista nipônico e do piloto jordaniano, feitos reféns pela organização Estado Islâmico, depois de ter expirado o prazo fixado pelo grupo jihadista para a sua execução.
“Estão sendo feitos todos os esforços possíveis para libertar Kenji Goto”, afirmou o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, referindo-se ao jornalista de 47 anos, sequestrado desde o fim de outubro.
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“Pedi ao ministro dos Negócios Estrangeiros [Fumio Kishida] que continue atento”, declarou Abe, ao ser perguntado pelos jornalistas sobre a forma como o governo está tratando o caso, em declarações citadas pela Agência Kyodo.
O Estado Islâmico fez, nessa quinta-feira, um novo ultimato que estabelecia como data limite “o pôr do sol, hora de Mossul” desse mesmo dia, ameaçando executar os dois reféns caso não fossem cumpridas as suas exigências. O prazo expirou.
O Estado Islâmico ameaçou matar o japonês Kenji Goto e o jordaniano Muaz Kasasbeh, caso Amã não libertasse a jihadista iraquiana presa e condenada à morte Sayida al Rishawi.
As últimas horas foram vividas em um ambiente de crescente tensão no Japão, depois de a troca ter sido aparentemente bloqueada, já que Amã pediu uma prova de vida do piloto antes de cumprir a exigência do grupo radical.
Tóquio mantém “total confiança” na gestão da crise por parte da Jordânia, disse o porta-voz do Executivo, Yoshihide Suga, em entrevista. Ele evitou comentar o atual ponto das negociações e o estado dos reféns.
Kenji Goto foi feito refém no fim de outubro, enquanto o piloto Maaz Al Kassasbeh foi capturado em 24 de dezembro, depois de seu avião, um F-16 da Força Aérea da Jordânia, ter caído na região de Raqqa, no Norte da Síria.
Agência Lusa e Agência Brasil
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