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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Para Petrobras, corrupção começou em 2004 e parou com saída de diretor

por SAMANTHA LIMA

Para avaliar os efeitos do esquema de corrupção descoberto pela Operação Lava Jato, a Petrobras considerou que as irregularidades ocorreram entre 1º de janeiro de 2004 e 30 de abril de 2012.
A empresa alega, para delimitar esse período, ter usado os depoimentos à Justiça do ex-diretor Paulo Roberto Costa, preso na operação que confessou ser um dos operadores do esquema, e do doleiro Alberto Yousseff. Foram analisados também os conteúdos das delações premiadas de Julio de Camargo, do Grupo Toyo, e de Augusto Mendonça, do Grupo Setal.
Costa, ex-funcionário de carreira da Petrobras, assumiu a diretoria de Abastecimento em 2004, tendo deixado-a no fim de abril de 2012.
Segundo as notas explicativas anexadas ao balanço do terceiro trimestre, contratos assinados nesse período com as empreiteiras citadas pelos depoentes "são passíveis de conter valores relacionados a atos ilícitos perpetrados por empresas fornecedoras, agentes políticos, funcionários da Petrobras e outras pessoas".
SUSPENSÃO DE CONTRATOS
Em dezembro, a Petrobras anunciou que suspenderia a assinatura de contratos e licitações em andamento com a participação de 23 empreiteiras citadas pelos delatores.
Para a estatal, "até o momento" não há evidências de que outros contratos assinados naquele período e fora dele "estejam em situação similar.
A Petrobras diz entender a necessidade de rever os valores dos ativos para descontar o que foi pago indevidamente, mas considerou que a tarefa apresenta "severas dificuldades", classificando-a de "impraticável".
Entre os motivos alegados para a "impraticabilidade", lista que parte dos valores pagos indevidamente por "corrupção, sobrepreço e outras formas de má conduta" foram feitos por terceiros, não estando disponíveis nos registros da Petrobras.
NOVOS EPISÓDIOS
Outro motivo é que, como já havia indicado a presidente da Petrobras, Graça Foster em dezembro, as investigações podem levar anos, e novos episódios e detalhes da corrupção na empresa podem ser revelados.
A análise, feita pela empresa, mas descartada, apontou inicialmente uma necessidade de subtrair R$ 88,6 bilhões de seus ativos, em valores atribuídos à corrupção.
Foram revistos valores de 52 ativos, e encontrada necessidade de dar baixa em 31 deles.
Diante das alegações da auditoria independente, a PwC, de que o valor contemplava variáveis indevidas, na reunião que avaliou as contas do terceiro trimestre, nesta terça-feira, o cálculo foi abandonado. A empresa diz estar buscando, inclusive junto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e a SEC (Securities and Exchange Commission, equivalente à CVM nos EUA), orientação sobre alternativas para dar baixa da corrupção.
Fonte: Folha Online - 28/01/2015 e Endividado

 

Anatel monitora Oi, em crise, desde agosto

por JULIO WIZIACK

Enfrentando uma das piores crises de sua história, a Oi se prepara para sair de um regime de monitoramento da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) que já dura quase seis meses.
Após receber uma nota abaixo da média da gerência de competição da Anatel, a Oi entrou em "recuperação" em agosto e aguarda a "prova final", quando o conselheiro Igor de Freitas enviará seu relatório sobre a companhia para apreciação do conselho diretor da agência.
Segundo os técnicos, as notas de qualidade do serviço fixo e móvel da Oi em 2013 ficaram abaixo da média do setor. O índice de descumprimento das metas foi de 36,5%.
Na parte financeira, 75% do capital próprio da operadora estava comprometido em empréstimos com terceiros e o endividamento total fechou em R$ 34 bilhões.
Em 2014, a dívida saltou para R$ 47,7 bilhões, com a descoberta de um suposto investimento de € 897 milhões (R$ 2,6 bilhões, na cotação atual) feito pela Portugal Telecom (PT) na compra de papéis da Rio Forte –empresa do Grupo Espírito Santo, um dos sócios da operadora.
A Oi e a PT estão em processo de fusão, e o "investimento" teria sido feito à revelia dos sócios brasileiros e alguns dos portugueses.
A Rio Forte entrou em falência, e o calote deteriorou não só a saúde financeira da Oi como a relação entre os acionistas. A Oi aceitou incorporar a "dívida surpresa" reduzindo a participação dos sócios portugueses para que a fusão fosse concluída no primeiro trimestre deste ano.
Mesmo assim, os técnicos da Anatel levantaram dúvidas sobre a saúde da Oi e recomendaram um "acompanhamento imediato".
O caso foi parar nas mãos do conselheiro Igor de Freitas, que, em agosto de 2014, abriu processo. Desde então, ocorrem reuniões mensais entre a Oi, o conselheiro e o superintendente do cumprimento de obrigações da Anatel, Roberto Pinto Martins.
O objetivo é garantir o enquadramento da companhia aos requisitos mínimos de qualidade dos serviços de telefonia fixa e móvel e a obtenção de garantias de que a reestruturação financeira da empresa será concluída.
Só então, segundo apurou a Folha, a situação da Oi será apresentada ao conselho diretor da Anatel, que poderá decidir sobre medidas pontuais a serem adotadas.

Editoria de arte/Folhapress

SAÍDA
Antecipando-se, a Oi está informando o conselheiro de cada passo do processo de redução de sua dívida para a retomada do fôlego de investimento. Na próxima semana, fará uma apresentação sobre a venda da PT para a francesa Altice por € 7,4 bilhões.
Havia dúvidas de que a transação seria efetivada após questionamentos das autoridades regulatórias em Portugal e trocas de acusações entre ex-executivos da PT e os sócios brasileiros.
Com a aprovação pela assembleia de acionistas, na semana passada, a venda da PT também destravou a negociação entre a Oi e seus credores, entre eles o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Cláusulas contratuais previam que, caso a dívida da operadora ultrapassasse a relação de quatro vezes seu Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), a dívida deveria ser paga à vista e antecipadamente –o que comprometeria mais o caixa.
Com a venda da PT, a Oi espera conseguir que esse índice passe para 4,5 vezes o Ebitda até que a transferência da PT à Altice seja efetivada.
O acordo com os credores deve ter um desfecho em fevereiro próximo, quando o conselheiro deverá, ainda segundo apurou a reportagem, enviar seu relatório para o conselho diretor da Anatel.
CONSOLIDAÇÃO
Essa movimentação é delicada para a Oi, que pode ser engolida pela Telecom Italia, dona da TIM. Nos planos da operadora brasileira está a redução de sua dívida para poder fazer uma oferta de compra da TIM junto com Vivo e Claro. A tele seria fatiada.
Mas, nesta quinta (29), o presidente da Telecom Italia, Marco Patuano, tem encontro marcado com o ministro Ricardo Berzoini (Comunicações) para defender o contrário. A Folha apurou que a tele está disposta a uma fusão com a Oi, desde que mantenha o controle –algo semelhante ao que ocorreu na fusão entre TAM e LAN.
A Oi e a TIM não se manifestaram sobre o tema. O conselheiro Igor de Freitas disse, por meio de assessoria, que o monitoramento é padrão.
Fonte: Folha Online - 28/01/2015 e Endividado

 

 

Ex-candidato diz que mensagem é de perfil falso na rede social (viaPolitica Estadão)

Filho de Lula questiona Eduardo Jorge na Justiça por tuíte sobre frigorífico

POLITICA.ESTADAO.COM.BR

 

Veja os destaques da ZH desta quinta

Perdas da Petrobras ficam fora de balanço e ações despencamhttp://zhora.co/1tt3Xz4
Lembra das obras da Copa? Cinco delas devem ficar prontas até outubro, segundo a prefeitura de Porto Alegre http://zhora.co/1K91CMc

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O famoso pastel de queijo colonial da RS-020, em São Francisco de Paula. Tem também sanduíche caseiro e cuca feita na hora. Confira a dica do ‪#‎RoteirodaSara‬: http://ow.ly/I8pQY

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Dívidas, seca e dengue cancelam Carnaval em 15 cidades do interior de SP http://bit.ly/1ttoqnj

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Dívida pública cresce 8,15% em 2014 e encerra o ano em R$ 2,3 trilhões

A dívida pública federal, que inclui os endividamentos interno e externo do governo, avançou 8,15% no ano passado, para R$ 2,295 trilhões, segundo divulgou nesta quarta-feira (28) o Tesouro Nacional.
O endividamento público ficou dentro do previsto pelo Tesouro, que projetava uma dívida entre R$ 2,12 trilhões e R$ 2,32 trilhões para 2014.
Essa conta representa a soma das dívidas contraídas pelo Tesouro para financiar os deficits no Orçamento - quando as despesas são maiores que as receitas. Essas dívidas são bancadas principalmente pela emissão de títulos públicos.
Do total da dívida brasileira, R$ 2,184 trilhões são negociados em real (dívida interna), e R$ 112,3 bilhões em moedas estrangeiras, principalmente dólar americano, no mercado internacional (dívida externa).
Houve aumento no prazo médio de vencimento da dívida, que saiu de 4,18 anos em dezembro de 2013 para 4,42 anos em dezembro de 2014.
DETENTORES
As instituições financeiras continuam as maiores detentoras de títulos da dívida pública brasileira. Ao longo de 2014, elas reduziram de 30,23% para 29,77% % sua participação na dívida brasileira.
Em seguida, estão os fundos de investimento, que detêm 20,28% da dívida pública brasileira. Em dezembro de 2013, sua participação era de 21,69%.
Credores estrangeiros aumentaram significativamente sua participação na dívida brasileira. Passaram de 16,1% em dezembro de 2013 para 18,64% em dezembro de 2014.
Fonte: Folha Online - 28/01/2015 e Endividado

 

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