(Andrés Oppenheimer - La Nacion, 13) 1. Um ano depois que o Uruguai se tornou o primeiro país do mundo a aprovar a legalização da maconha, mediante o qual o governo irá produzir e vender a droga, existem crescentes dúvidas sobre se o presidente eleito, Tabaré Vázquez, irá cumprir essa lei em sua totalidade. Vazquez, que assumirá em março, expressou publicamente seu ceticismo sobre algumas partes da lei, como o plano para permitir que as farmácias uruguaias vendam a maconha distribuída pelo governo.
2. Vazquez, que pertence à mesma coalizão de centro-esquerda do ex-presidente José Mujica, é um médico que durante seu mandato anterior, entre 2005 e 2010, liderou uma cruzada contra o consumo de tabaco. Muitos uruguaios se perguntam se poderá um presidente com uma longa história de antitabagismo tornar-se um defensor da maconha. Ele aplicará a lei contra seus próprios princípios?
3. "Não há dúvida de que Vazquez não gosta da lei de maconha", disse o ex-presidente Julio María Sanguinetti. "Ele não vai acabar com ela, porque não pode ir contra o bloco majoritário do seu partido no Congresso, mas é mais provável que tente diluí-la no processo de execução."
Ex-Blog do Cesar Maia
Kofi Annan defende enfrentamento à "insurgência bárbara" do Boko Haram
Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas
O ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) Kofi Annan defendeu hoje (14) o enfrentamento da violência do grupo radical islâmico Boko Haram para que valores como a tolerância e o pluralismo sejam protegidos da “insurgência bárbara” que atinge a Nigéria e ameaça outros países africanos.
Kofi Annan defende reação "à insurgência bárbara" do Boko Haram na Nigéria Arquivo/Agência Brasil
“Não parece haver nenhum limite para o que esse grupo está pronto a fazer para incutir o medo e intimidar toda a população. Ele não pode ter sucesso. Deve-se pôr fim à insurgência bárbara do Boko Haram”, disse Annan ao participar, em Abuja, capital da Nigéria, de uma conferência sobre as próximas eleições presidenciais no país, previstas para o próximo mês.
Saiba Mais
- Governo brasileiro condena ataques do Boko Haram na Nigéria
- Mais de 3,2 mil nigerianos abandonaram cidade atacada pelo Boko Haram
Atualmente, Annan preside a Comissão Global sobre Eleições, Democracia e Segurança, formada por ex-líderes e especialistas políticos. Convidado por entidades civis que organizaram o evento, Annan disse que a Nigéria abriga metade da população da África Ocidental, é o oitavo maior exportador de petróleo do mundo, um importante produtor de alimentos e tem um dos maiores Produtos Internos Brutos – soma de todas as riquezas produzidas pelo país – do continente, para lembrar que “o que acontece na Nigéria tem enormes consequências não só para o povo nigeriano, mas também para toda a região e para o Continente Africano”.
Os violentos ataques do Boko Haram a cidades, vilas e aldeias do Nordeste do país já deixaram milhares de mortos e feridos e obrigaram um grande número de nigerianos a abandonar suas terras e buscar proteção em um dos 11 acampamentos montados na região para receber os refugiados. Autoridades nigerianas e a imprensa local falam em pelo menos 2 mil mortos apenas nos ataques à cidade de Baga, no estado de Borno, nos últimos sete dias, número mencionado inclusive pelo Itamaraty em nota divulgada hoje (14).
Na nota, o governo brasileiro condena os atos de “terrorismo” e manifesta solidariedade ao povo nigeriano. Ontem (13), a ONU condenou a violência do Boko Haram, classificando como “moralmente repugnante” o sequestro de crianças e adolescentes usados em atentados suicidas.
No último sábado (10), ao menos 20 pessoas morreram e 18 ficaram feridas quando uma bomba presa ao corpo de uma menina de 10 anos explodiu em um mercado de Maiduguri, na Nigéria. A explosão ocorreu quando o mercado estava cheio. Além disso, na véspera do Ano-Novo, 40 crianças e adolescentes do sexo masculino foram levados de uma aldeia do estado de Borno.
Segundo a Agência Nacional de Gestão de Emergência (Nema) da Nigéria, mais de 3,2 mil pessoas já abandonaram Baga, fugindo dos recentes ataques. A ONU, no entanto, afirma que recebeu informações de que 150 mil pessoas podem ter fugido das áreas controladas pelo Boko Haram. Há ainda alguns jornais nigerianos que mencionam que, somados todos os deslocados dos últimos anos, o total pode ultrapassar 800 mil pessoas.
O medo e o crescente poderio do Boko Haram ameaça as próximas eleições. Segundo a Agência Lusa, de Portugal, o presidente da Comissão Eleitoral Nacional Independente (Inec), Attahiru Jega, admitiu que há pouca expectativa quanto à realização do pleito em áreas ocupadas pelo grupo radical. “Há áreas ocupadas por insurgentes e, obviamente, é lógico que as eleições não são suscetíveis de ocorrer nessas áreas”, disse Jega.
Ao comentar a importância das eleições para o futuro da Nigéria, Kofi Annan lembrou que o país abriga metade da população de toda a África Ocidental, é o oitavo maior exportador mundial de petróleo e um importante exportador de alimentos. “O que acontece na Nigéria tem consequências enormes para o povo nigeriano mas, também para toda a região e para o continente”.
Conselho Federal de Medicina apoia mudança de status do canabidiol
Medida facilitará importação, o que melhorará o acesso para uso medicinal e também para pesquisa científica. As informações são do Correio do Povo.
Mega-Sena acumula e pode pagar R$ 20 milhões no sábado
Quina teve 54 ganhadores, que vão receber R$ R$ 39.170,42 cada. As informações são do Correio do Povo.
Juiz do Rio decreta prisão de PMs envolvidos na morte de jovem
Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil Edição: Fábio Massalli
O juiz Glauber Bitencourt Soares da Costa, da 1ª Vara Criminal de Nilópolis, Baixada Fluminense, decretou hoje (14) a prisão, para imediato cumprimento, dos policiais militares Márcio José Watterlor Alves e Delviro Anderson Moreira Ferreira, envolvidos na morte da estudante Haissa Vargas Motta, em agosto do ano passado, naquela cidade. Na decisão o juiz informou que, apesar de os PMs terem sido afastados pela corporação das funções de policiamento ostensivo, ele considerou a medida insuficiente para assegurar a livre colheita de provas.
“Na espécie, somente a prisão cautelar é que poderá afastar qualquer temor por parte das testemunhas arroladas pelo órgão acusador. Também por garantia da ordem pública, a prisão preventiva fez-se necessária, acautelando-se o meio social”, definiu o magistrado. Com a decisão, o juiz aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). “Defiro integralmente as diligências requeridas pelo Ministério Público”, disse o juiz.
Para Costa, as imagens do que ocorreu naquela madrugada de agosto de 2014 estarreceram o país. “As imagens, em juízo preliminar de valor, denotam que inúmeros disparos de arma de grosso calibre foram efetuados na direção de um veículo com cinco jovens, conduta que ceifou a vida da jovem Haissa Vargas Motta e enlutou uma família inteira.”
As imagens descritas pelo magistrado foram gravadas pelo equipamento instalado no veículo da Polícia Militar, usado pelos policiais acusados no momento do crime e mostram toda a ação deles na abordagem aos ocupantes do carro onde estava a jovem. Os veículos de policiamento ostensivo da PM contam com equipamentos semelhantes.
Ainda na decisão, o juiz determinou que os acusados deverão responder à acusação por escrito, no prazo de dez dias, podendo arguir preliminares e alegar tudo o que interessa às suas defesas. “Oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. Deverá o oficial de Justiça certificar se os réus têm advogado. Em caso negativo, deverão os autos ser encaminhados à Defensoria Pública para os fins do Artigo 396, do Código de Processo Penal", completou.
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