Mulher vendia drogas com bebê no colo em frente à escola
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Governo lança textos para regulamentar marco civil
Manifestação das centrais sindicais bloqueia Avenida Paulista
Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar
Uma manifestação das centrais sindicais na capital paulista interdita, neste momento, o sentido Consolação da Avenida Paulista, uma das principais da cidade. O ato é contra as medidas provisórias 664 e 665, anunciadas no final do ano passado pelo governo federal, que alteram regras para benefícios sociais como pensão, auxílio-doença e seguro-desemprego.
Segundo balanço da Polícia Militar divulgado às 10h30, mil pessoas participariam do ato. Representantes das centrais sindicais estimam que 10 mil pessoas estejam presentes. O protesto começou às 9h no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo, e os manifestantes permanecem no local. Agentes de trânsito bloquearam, por volta das 10h30, o trecho da Avenida Paulista em frente ao museu. Os manifestantes pretendem seguir em passeata até o prédio da Petrobras e depois para o Ministério da Fazenda, com o objetivo de entregar um documento com críticas às medidas do governo.
O protesto é organizado pela Central Única dos Trabalhadores, Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros, a Nova Central e movimentos sociais.
De acordo com João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força Sindical, os sindicatos defendem que o governo adote fórmulas para melhorar a arrecadação e evitar a retirada de benefícios trabalhistas. Entre as ações, estão o combate à fraude, à evasão de pagamento dos direitos e o aumento da fiscalização.
“As medidas provisórias retiram, na nossa opinião, os diretos dos trabalhadores. Já estamos em negociação com o governo, então, esta manifestação é uma maneira de demonstrar a insatisfação dos trabalhadores, dos movimentos sociais com essas medidas neoliberais”, disse Juruna.
Na opinião do sindicalista, as medidas provisórias prejudicam classes de trabalhadores mais fragilizadas. “Não basta diminuir o seguro-desemprego, não basta cortar o abono, porque essas medidas acabam prejudicando principalmente aqueles que conseguem empregos de pequena duração e os jovens que estão pegando empregos de muita rotatividade no nosso país”, declarou.
Luiz Carlos Mota, presidente da UGT em São Paulo, reclama que o movimento sindical foi pego de surpresa pelas medidas provisórias, pois o assunto não foi discutido com os representantes dos trabalhadores. “Este é o momento em que os trabalhadores estão mostrando para a presidenta Dilma que não podemos retroceder nos direitos trabalhistas, temos que avançar”, disse ele.
Além das medidas provisórias, outra questão levantada por Mota é a pauta trabalhista. “A redução da jornada de trabalho, o fim do fator previdenciário, a correção da tabela do Imposto de Renda são questões que estão afetando o bolso do trabalhador. São reivindicações que temos feito com as centrais sindicais há vários anos. Nunca se mexeu em nada da pauta trabalhista. E agora vem querer mexer na questão do seguro-desemprego, abono, auxílio-doença. Nós não vamos admitir isso não”, declarou.
Os manifestantes saíram em caminhada por volta das 11h15 em direção à sede da Petrobras, na Avenida Paulista. Eles enterditam, neste momento, os dois sentidos da Avenida.
Caixa e operações não serão afetados pela Operação Lava Jato, diz Graça Foster
Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas
Graça Foster destacou que a companhia tem implementado ações que permitem afirmar que não será necessário recorrer a novas dívidas no ano de 2015 em função dos fatores que favorecem o fluxo de caixaTomaz Silva/Agência Brasil
O caixa e a capacidade de geração operacional da Petrobras não serão afetados por ajustes decorrentes da Operação Lava Jato ou de qualquer outro relacionado ao valor dos seus ativos. A afirmação é da presidenta da empresa, Maria das Graças Foster, em nota aos acionistas e investidores, nesta madrugada, quando ocorreu a publicação das demonstrações contábeis do terceiro trimestre de 2014, não revisadas pelos auditores independentes.
Graça Foster destacou que a companhia tem implementado ações que permitem afirmar que não será necessário recorrer a novas dívidas no ano de 2015 em função dos fatores que favorecem o fluxo de caixa.
A presidenta disse ainda que preservará a manutenção da política de preços do diesel e da gasolina de não repassar a volatilidade do mercado internacional, o que, na situação atual, favorece o caixa da empresa. “Nosso patamar atual de produção de petróleo e derivados nos assegura o mesmo patamar de geração operacional, mesmo com o preço do barril de petróleo Brent variando entre US$ 50 bbl [por barril] e US$ 70 bbl”, justifica Foster.
As demonstrações contábeis da Petrobras indicam que no terceiro trimestre do ano passado o lucro líquido totalizou R$ 3,1 bilhões, resultado 38% abaixo dos R$ 5 bilhões registrados no segundo trimestre, refletindo o menor lucro operacional que foi R$ 4,6 bilhões. Isso significa um lucro operacional 48% abaixo do registrado no 2º trimestre (R$ 8,8 bilhões).
Essa redução é explicada, principalmente, por gastos com o Acordo Coletivo de Trabalho (R$ 1 bilhão), pelo pagamento do acordo com a Bolívia para importação do gás natural (R$ 900 milhões) e pelas baixas no ativo referente aos Projetos Premium 1 e 2 (R$ 2,7 bilhões).
Maior produção de petróleo e a consequente exportação agregaram R$ 2,4 bilhões ao resultado operacional do terceiro trimestre de 2014, diz Graça FosterDivulgação/Petrobras
Segundo a Petrobras, a maior produção de petróleo e a consequente exportação agregaram R$ 2,4 bilhões ao resultado operacional do terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior.
No balanço, a estatal projeta um crescimento da produção da ordem de 4,5%. “O fato é que 2015 dá sequência aos eventos de 2014, quando adicionamos quatro novas plataformas que agora estão em curva de ramp-up [linha de tendência de evolução] e aumentamos nossa frota de PLSV de 11 para 19 navios. Assim, a produção será sustentada pela interligação de 69 poços produtores e injetores e pela entrada em operação da P-61/TAD [Papa-Terra] no primeiro trimestre e do FPSO Cidade de Itaguaí [Campo de Iracema Norte] no quarto trimestre deste ano”, informa Graça Foster.
Presidenta da Petrobras espera uma geração operacional enre U$ 28 bilhões e US$ 32 bilhões em 2015Arquivo/Agência Brasil
Ela ressaltou que a empresa espera ter uma geração operacional – incluindo o pagamento de impostos antes dos juros, dividendos e amortizações – entre US$ 28 bilhões e US$ 32 bilhões em 2015, considerando patamares de Brent entre US$ 50 bbl e US$ 70 bbl (por barril) e taxa de câmbio entre R$ 2,60 e R$ 2,80 o valor do real em relação ao dólar.“Consideramos que teremos à disposição garantias da União Federal para os recebíveis do setor elétrico, que permitirão a negociação desses créditos no mercado bancário”, destacou Graça Foster.
Cálculo não usado por Petrobras apontou perda de 88,6 bilhões por corrupção
Número ficou fora do balanço porque metodologia não foi considerada adequada
Petrobras não usou cálculo que apontou perda com corrupção | Foto: Yasuyoshi Chiba / AFP / CP
Dívida Pública Federal aumentou 8,1% em 2014
Valor de R$ 2,296 trilhões foi impulsionado pelas emissões ao BNDES. As informações são do Correio do Povo.
Derrotar Boko Haram requer esforço internacional, diz chefe militar dos EUA
O comandante das forças militares norte-americanas na África, general David Rodriguez, considerou, nessa terça-feira (27), em Washington, que vai ser preciso “um grande esforço internacional” para lutar contra o grupo terrorista nigeriano Boko Haram.
“Penso que vai ser preciso um grande esforço internacional e multinacional para mudar uma situação, que continua a evoluir para uma direção ruim”, afirmou o general Rodriguez, mencionando em particular o número crescente de pessoas deslocadas.
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“O governo da Nigéria e os militares nigerianos vão ter de melhorar verdadeiramente suas capacidades para responder [ao Boko Haram] e vão precisar de ajuda”, acrescentou o chefe militar. “Espero que nos deixem ajudá-los cada vez mais.”
Desde o fim de 2014, as relações entre norte-americanos e nigerianos se deterioraram. Em dezembro, a Nigéria interrompeu a formação pelos Estados Unidos de um batalhão para combater o Boko Haram.
A Embaixada da Nigéria nos Estados Unidos criticou recentemente a recusa dos norte-americanos em vender armas ao seu país. A resposta dos militares nigerianos à crise “não funcionou muito eficazmente” e em alguns casos “agravou” mesmo a situação, disse Rodriguez.
Os Estados Unidos trabalham com a Nigéria para ajudar na construção de uma estratégia “completa, não apenas militar”, que inclua também “a economia, a educação, os cuidados médicos”, acrescentou.
Agência Lusa e Agência Brasil
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