Winston ChurchillImagem de Divulgação/Agência Lusa
O mundo lembra hoje (24) os 50 anos da morte do ex-primeiro ministro britânico Winston Churchill. Um dos personagens mais importantes do século 20, pessoa-chave no período da Segunda Guerra Mundial, ele era considerado um estadista no país.
Churchill, descende do duque de Marlborough, nasceu em 1847, no Palácio de Blenheim, perto de Oxford, e tinha antepassados mais remotos do que a maior parte da realeza britânica, apesar de a mãe ser americana.
Apesar de ter frequentado a escola privada de Harrow, como a maior parte dos filhos dos aristocratas da época, Churchill não foi um estudante brilhante tendo aprofundado os conhecimentos e um estilo de escrita eloquente por meio da leitura de obras clássicas durante os anos em que serviu como militar na Índia colonial.
Por necessidades financeiras, Churchill comentava e publicava frequentemente os fatos da própria vida, quer nos livros – A minha Juventude e Memórias da Primeira Guerra Mundial – quer nos textos jornalísticos e conferências sobre a Guerra dos Boers, na África do Sul, na qual tomou parte e foi feito prisioneiro, ou a guerra de independência de Cuba que testemunhou.
Como militar, em vez de aceitar tornar-se oficial de um regimento de elite, optou por ser um simples atirador de cavalaria, “alistando-se a tempo de participar na última carga de cavalaria do exército britânico, na Batalha de Omdurman”, no Sudão em 1898, destaca o historiador Tony Judt no livro “Pensar o Século XX”.
Judt refere que a carreira política de Churchill viu-o alternar em três ocasiões diferentes entre os partidos conservador e liberal, no decurso das quais ascendeu a altos postos do governo: ministro da Administração Interna, Finanças e da Marinha, em cujas funções foi responsável pela catástrofe militar de Gallipoli, na Turquia, (1915) durante a Primeira Grande Guerra. “Até 1940, a sua carreira fora a do intruso demasiado talentoso: bom de mais para ser ignorado, mas demasiado original e ‘pouco fiável’ para ser nomeado para o mais elevado dos cargos”, escreve Tony Judt.
Winston Churchill tinha 65 anos quando tomou posse como chefe do Executivo britânico, em maio de 1940, sem “nada mais para oferecer a não ser, sangue, suor e lágrimas” tendo sido capaz de mobilizar imediatamente o país na operação de retirada das Forças Expedicionárias que se encontravam encurraladas em Dunquerque, no norte de França.
No contexto da guerra aproximou-se dos Estados Unidos, tendo conseguido empréstimos para financiar as forças armadas e montando uma máquina de guerra contra a Alemanha, a Itália e o Japão, com elevados custos impostos pela austeridade que se prolongaram até meados dos anos 1950.
Apesar dos feitos militares e da condução política nacional e internacional fechou os olhos, tal como Roosevelt nos Estados Unidos, à questão do extermínio dos judeus pela Alemanha nazistas; não conseguiu evitar a anexação da Polónia pela União Soviética no final da guerra e autorizou o bombardeamento desnecessário de cidades alemãs, como Dresden, vitimando milhares de civis.
Apesar de ter vencido a guerra perde as eleições no Reino Unido para os Trabalhistas liderados por Clement Atlee em 1945 mas volta a candidatar-se e vence as legislativas de 1951, numa altura de declínio do Império, depois da perda da Índia, e com uma crise no Quénia e a guerra na Malásia.
Em 1953 ele recebeu o Prémio Nobel da Literatura, sobretudo pelos seis volumes de memórias da Segunda Guerra Mundial e em 1956, por motivos de saúde, abandona o cargo de primeiro-ministro.
Em 10 de janeiro de 1965, Winston Churchill sofreu um acidente vascular cerebral e morreu duas semanas depois, no dia 24, com 90 anos de idade. Churchill está sepultado no local onde nasceu, o Palácio de Blenheim, junto aos pais e ao irmão.
* Com informações da Agência Lusa
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Estado Islâmico diz ter executado refém japonês
Da Agência Brasil* Edição: Denise Griesinger
O governo do Japão informou hoje (24) que está verificando um vídeo postado na internet que mostra a suposta execução pelo Estado Islâmico de um dos reféns japoneses sequestrado no ano passado.
O grupo extremista publicou na internet uma gravação em que um dos refém japoneses, Kenji Goto, aparece dizendo que seu companheiro de cativeiro, Haruna Yukawa, foi executado.
“Um novo vídeo que mostra, supostamente, Kenji Goto, foi publicado na internet”, disse o porta-voz do governo de Tóquio, Yoshihide Suga aos jornalistas.
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O porta-voz acrescentou que o governo está, neste momento, verificando a autenticidade da gravação que faz o anúncio da execução.
Num vídeo divulgado esta semana, o Estado Islâmico ameaçou matar dois japoneses - o empresário Haruna Yukawa e o jornalista Kenji Goto - se o governo nipônico não pagasse US$ 200 milhões de dólares no prazo de 72 horas.
Haruna Yukawa, 42 anos, foi sequestrado em meados de agosto do ano passado, quando supostamente dava apoio logístico a um grupo rebelde envolvido rival do Estado Islâmico na guerra civil síria.
Kenji Goto, 47 anos, estava em território sírio controlado pelos extremistas no início de outubro com a intenção de cobrir o conflito na região e deveria ter voltado ao Japão no dia 29 do mesmo mês.
*Com informações da Agência Lusa
Mortes provocadas pela polícia aumentam 40% no Rio
Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil* Edição: Marcos Chagas
Mortes provocadas pela polícia aumentam 40% no Rio entre 2013 e 2014Tomaz Silva/Agência Brasil
As mortes provocadas pela polícia do Rio de Janeiro cresceram 40% entre 2013 e 2014, segundo dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Segurança. Em 2013, os policiais mataram 416 pessoas. Já no ano passado, esse número subiu para 582.
Segundo a coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec) da Universidade Candido Mendes, Silvia Ramos, as mortes são resultado de uma polícia que atira mais. Ela disse que a polícia fluminense deveria planejar melhor suas ações, para diminuir os confrontos com criminosos.
“Policial atirando nunca é bom. Policial só tem que atirar em último caso, para proteger sua própria vida. Muitas vezes o policial tem que atirar porque entrou no meio dos bandidos. Vale a pena entrar no meio de bandidos, no horário de escola, num sábado à noite, quando a rua está cheia? Não. Seria melhor planejar a operação, de forma que não resultasse nos bandidos tendo que atirar na polícia e a polícia tendo que atirar nos bandidos para se defender? De que adiantam essas operações? São milhares de operações. Na Vila Aliança [em Bangu] tem operação todo dia. E adianta de quê?”, questiona.
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Silvia Ramos disse que quando a polícia atira mais, há não só um aumento das mortes provocadas pelos próprios policiais como, também, uma intensificação da violência no estado e efeitos colaterais, como as balas perdidas.
Para especialista da Universidade Candido Mendes planejamento de ações diminuiria confrontos com criminosos e, por consequência, a morte de inocentesTomaz Silva/Agência Brasil
“Quando a polícia aperta mais o gatilho, você tem mais tiroteio, mais gente morrendo, mais arma circulando, mais confronto. Só nos últimos dias, tivemos seis ou sete casos de pessoas totalmente desligadas do mundo do crime sendo atingidas por balas perdidas”, disse a professora.
Segundo os dados do ISP, a taxa de letalidade violenta no Rio de Janeiro (dado que inclui assassinatos, latrocínios e as mortes cometidas por policiais) cresceu 6,8% entre 2013 e 2014.
Procurada pela Agência Brasil, a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Segurança informou que não poderia comentar o assunto hoje.
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