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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Fidel diz não ter confiança nos Estados Unidos, mas apoia solução pacífica

O ex-presidente cubano Fidel Castro afirmou “não ter confiança nos Estados Unidos”, em uma mensagem dirigida aos estudantes da Universidade de Havana, transmitida pela televisão estatal, apesar de apoiar “solução pacífica” e “negociada”.

“Não confio na política dos Estados Unidos nem troquei qualquer palavra com eles. Isso não significa – longe disso – a recusa de uma solução pacífica para os conflitos”, ressaltou o líder cubano, em carta lida pelo presidente da Federação Estudantil Universitária, Randy Perdomo.

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Essa é a primeira vez que Fidel Castro se pronuncia publicamente sobre a aproximação diplomática, considerada histórica, entre Cuba e Estados Unidos, com relações suspensas há mais de meio século, anunciada no dia 17 de dezembro pelos presidentes norte-americano e cubano, Barack Obama e Raúl Castro. Fidel não aparece em público há mais de um ano. A mensagem, divulgada ontem (26), foi publicada poucos dias depois da conclusão da primeira rodada de contatos oficiais entre Havana e Washington, realizada em Cuba, entre os dias 21 e 22.

O líder da Revolução Cubana, de 88 anos, que passou o poder ao seu irmão, Raúl, em 2006, por motivos de saúde, expressou apoio às políticas do seu sucessor. “O presidente de Cuba deu passos relevantes à luz das suas prerrogativas e das competências que lhe são concedidas pela Assembleia Nacional [Parlamento] e pelo Partido Comunista de Cuba”, informa na mensagem.

“Defender a paz é dever de todos. Qualquer solução pacífica e negociada para os problemas entre os Estados Unidos e os povos – ou qualquer povo da América Latina – que não implique o uso da força deverá ser tratada de acordo com os princípios e normas internacionais”, acrescentou.

A mensagem do ex-presidente cubano foi lida em cerimônia realizada nessa segunda-feira na aula magna da universidade da capital, às vésperas da celebração do 162º aniversário de nascimento do líder da independência cubana, José Martí.

 

Agência Lusa e Agência Brasil

 

Novo governo presta juramento na Grécia

 

Danilo Macedo - Repórter da Agência Brasil Edição: Beto Coura

O primeiro escalão do novo governo da Grécia, liderado pelo primeiro-ministro Alexis Tsipras, prestou juramento hoje (27), em cerimônia com a participação do chefe de Estado do país, o presidente Karolos Papoulias. Uma das novidades foi a redução de 18 para dez do número de ministérios. Entre os dez está incluido o Ministério de Luta Contra a Corrupção, criado pelo primeiro-ministro.

Dois dias após a vitória nas urnas, a maioria dos ministros prestou o juramento civil, a exemplo do que fez o premiê Tsipras, que é agnóstico. Ele é o primeiro chefe do governo grego a rejeitar o juramento religioso perante o arcebispo de Atenas, líder da Igreja Ortodoxa grega. Antes, o ministro da Defesa, Panos Kamenos, líder do partido aliado Gregos Independentes, e sete vice-ministros fizeram o juramento religioso.

Após sua vitória, Tsipras afirmou que “a Grécia deixou para trás a desastrosa austeridade" e que “o veredicto do povo grego significa o fim da troika", a estrutura de supervisão da economia da Grécia constituída pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional (FMI), que, desde 2010, avalia as medidas adotadas no país em troca de empréstimos de 240 bilhões de euros.

O vice-primeiro-ministro e responsável pela coordenação econômica no novo governo e negociação com a troika é o economista Yannis Dragasakis. Um dos autores do programa econômico do partido Syriza, Dragasakis é o único membro empossado que tem experiência anterior no governo grego. Panos Kammenos, líder do Gregos Independentes, que se coligou com o Syriza para formar a maioria no Legislativo, ficará com o Ministério da Defesa. Todos os demais ministros são do partido vitorioso.

 

Agência Lusa e Agência Brasil

 

 

Governo do Estado libera R$ 37 milhões para o IPE

Plano atende mais de 1 milhão de pessoas entre servidores públicos e dependentes

Plano atende mais de 1 milhão de pessoas entre servidores públicos e dependentes | Foto: Leandro Osório / Especial Palácio Piratini / Arquivo / CP

Plano atende mais de 1 milhão de pessoas entre servidores públicos e dependentes | Foto: Leandro Osório / Especial Palácio Piratini / Arquivo / CP

 

 

 

Ministro quer consolidar Mais Médicos e ampliar vagas em cursos de medicina

De acordo com Chioro, ideia é fortalecer e qualificar a rede de atenção básica de saúde

Chioro ressaltou a necessidade de um modelo de financiamento para saúde pública | Foto: José Cruz / Agência Brasil / Divulgação / CP

Chioro ressaltou a necessidade de um modelo de financiamento para saúde pública | Foto: José Cruz / Agência Brasil / Divulgação / CP

 

 

Sabesp pode adotar rodízio de cinco dias sem água por semana

 

Flávia Albuquerque Repórter da Agência Brasil Edição: José Romildo

O diretor metropolitano da Companhia Estadual de Saneamento Básico (Sabesp), Paulo Massato Yoshimoto, alertou hoje (27) que a empresa poderá adotar o sistema de rodízio de cinco dias por semana sem água, caso não aumente o volume de chuvas no Sistema Cantareira.

A decisão será tomada somente em situação extrema. “Se as chuvas insistirem em não cair teremos de fazer um rodízio muito pesado para ter uma economia necessária e não deixar que o nível continue caindo como está”, disse durante visita a Suzano, ao lado do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Massato afirmou que a engenharia da Sabesp está atenta: havia um planejamento feito em dezembro de 2013 para aguardar as chuvas do verão. Estas não aconteceram. Mesmo assim, o uso planejado evitou que a água acabasse no ano passado. “Nós nos preparamos para passar o outono e o inverno. Esperávamos que a partir de outubro, na primavera, ocorressem as precipitações mínimas históricas. Só que o ano hidrológico 2014-2015 está sendo mais crítico do que o anterior”.

Sobre a disponibilização de uma lista com horários e locais que apresentem diminuição da pressão na rede de abastecimento no site da empresa a partir da semana passada, Massato explicou que a manobra, que provoca falta de água em diferentes regiões da cidade - feita somente de madrugada -, passou a ser informada durante o dia. “Passamos a informar desde o momento em que a medida passou a ser adotada também à tarde. Está atingindo toda a região metropolitana de São Paulo. Se os órgãos reguladores chegarem à conclusão de que temos que retirar menos água do que estamos retirando teremos que adotar o rodízio”.

O governo do Estado entregou hoje a ampliação da transferência de água do córrego Guaratuba para o Sistema Alto Tietê. A obra foi executada em pouco mais de dois meses pela Sabesp e vai permitir o aumento do volume de água armazenado nesse sistema. O Alto Tietê abastece parte da zona leste e os municípios de Arujá, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Poá e Suzano, além de parte de Mauá, Mogi das Cruzes e Santo André. O córrego nasce na Serra do Mar e deságua em Bertioga, no litoral paulista. Atualmente são transferidos para a região metropolitana 500 litros por segundo e - com a obra - esse volume dobrará. A obra começou em 5 de novembro e foram investidos R$ 8 milhões.

“O Sistema Alto Tietê é central para nós porque precisa ter água, capacidade de tratar e de distribuir. Aqui, no Alto Tietê, [o volume equivalia a] 5 metros cúbicos por segundo, aumentamos para 15 metros cúbicos e estamos produzindo 10 metros por falta de água. Aí vem o grande trabalho que a Sabesp está fazendo que é trazer água do Sistema Billings para o Alto Tietê. Trouxemos 5 metros [cúbicos de fluxo] e agiremos nos dois sistemas mais preocupantes afetados pela seca: o Alto Tietê e o Cantareira”, ressaltou o governador Geraldo Alckmin.

Segundo ele, parte da Billings é enviada para o Guarapiranga e o Alto Tietê, onde é tratada e distribuída. “Estamos estudando trazer o Rio Grande ou o Rio Pequeno para cá [para aumentar a] capacidade de tratar e distribuir. Parecia mais viável o Rio Grande, hoje estamos avaliando também o Rio Pequeno”. Ele não deu prazos para que as medidas entrem em prática.

 

Agência Brasil

 

Vendas em supermercados aumentaram 2,24% em 2014

 

Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso

Supermercados

Embora com crescimento de 2,24%, vendas do setor  tiveram retração de 1,59% Marcelo Camargo/Agência Brasil

As vendas em supermercados cresceram 2,24% no ano passado em comparação com as de 2013, de acordo com balanço divulgado hoje (27) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Conforme os números, foi o desempenho mais fraco desde 2006, quando o setor enfrentou retração de 1,59%.

Em dezembro, as vendas tiveram alta de 2,94% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Na comparação com novembro, o movimento no último mês de 2014 registrou crescimento de 20,62%.

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Para o presidente da Abras, Fernando Yamada, o crescimento foi possível pelos baixos níveis de desemprego. O desempenho ficou um pouco abaixo das projeções iniciais da entidade, que esperava uma expansão de 3% no ano. “Embora tenha crescido menos que 2013, o resultado das vendas em 2014 foi positivo, principalmente pelo desempenho geral da economia brasileira”, analisou.

Para este ano, a Abras estima crescimento de 2%. Segundo Yamada, a estimativa é otimista e pode ser revista, caso haja queda significativa dos indicadores econômicos. “Pelos indicadores, o desemprego ainda vai se manter dentro da faixa que achamos positiva, de 5,7%. Se o nível de renda não cair mais, manteremos a perspectiva.”

A expectativa é que os supermercados continuem com resultados satisfatórios em segmentos como alimentos, bebidas, higiene e beleza. “Há um forte apelos para produtos que tragam satisfação pessoal”, destacou Fábio Gomes da Silva, diretor de Atendimento da Nielsen, empresa que presta serviços de consultoria à Abras.

Segundo ele, há uma tendência de parte da população em continuar comprando em supermercados como forma de compensar a redução de padrão em outras formas de consumo. “Em um momento em que as pessoas estão endividadas, existe pressão inflacionária e a taxa de juros é crescente, se elas têm de abrir mão de algumas coisas, cortam parte do consumo fora do lar. Isso leva o consumidor aos supermercados”.

Em 2013, o setor faturou R$ 272,2 bilhões. Os 84 mil supermercados brasileiros empregam aproximadamente 1,7 milhão de pessoas em todo o país.

 

Agência Brasil

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