Em dezembro, o número de consumidores com contas em atraso cresceu 3,45% na comparação com o mesmo período de 2013. Os dados são do Indicador de Inadimplência calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Eles representam aproximadamente 54,5 milhões de consumidores, 38% da população brasileira, que terminaram o ano com restrições no Cadastro de Pessoa Física.
Apesar do aumento, os números divulgados hoje (13) indicam que esse foi o crescimento mais fraco dos meses de dezembro desde 2011. Conforme o SPC Brasil, o aumento na inadimplência em ritmo menor tem como causa peculiaridades da economia em 2014 e maior seletividade na concessão de crédito. "As vendas de itens essencialmente ligados a crédito, como móveis, eletrodomésticos, veículos e materiais de construção têm apresentado franca desaceleração", afirmou Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.
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Os dados ressaltam que, comparado a dezembro de 2013, pessoas entre 85 e 94 anos foram as que tiveram maior aumento na participação da quantidade de dívidas, com acréscimo superior a 10%. Na outra ponta, as dívidas ligadas aos mais jovens cresceram menos, chegando a variar negativamente em 8,19%. Conforme os cálculos, pessoas entre 30 a 39 anos são as que mais se endividam no país.
Especialistas do SPC avaliam que a situação deve-se ao fato de que os jovens estão cada vez menos comprometidos com a emancipação financeira, o que os leva a "necessitarem menos de aquisição de itens pagos a longo prazo, ao contrário dos mais idosos", salientou Marcela.
De acordo com o indicador do SPC Brasil, cinco em cada dez dívidas pendentes de pessoas físicas (46%) têm como credor bancos ou instituições financeiras. A segunda maior representatividade é do comércio, que concentra 21% das dívidas atrasadas, seguido do setor de comunicação (16%), que engloba serviços de internet, televisão e telefonia. Apesar da menor representatividade nas dívidas em atraso em dezembro, foram os setores de comunicação e de água e luz que apresentaram o maior crescimento na variação anual.
"Isto porque elas estão inseridas no grupo de dívidas mais novas, até 90 dias. É uma tendência crescente entre as concessionárias de negativar o consumidor indimplente. É uma forma de receber o débito mais rápido, antes da suspensão do serviço", avaliou Marcela.
Comparada mensalmente, a inadimplência também recuou 0,94%. O total de dívidas pendentes apresentou retração ainda mais intensa, chegando a 1,62% na comparação com novembro. Segundo os dados, os recuos ocorrem anualmente em dezembro por conta da injeção do décimo terceiro salário na economia durante o período de Natal. Para a economista, uma boa maneira de evitar o aperto financeiro é "tentar fazer as compras à vista".
Produção industrial cai em sete locais pesquisados pelo IBGE
Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto
Sete dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tiveram queda na produção industrial Wilson Dias/Agência Brasil
Sete dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tiveram queda na produção industrial na passagem de outubro para novembro de 2014. A maior queda foi observada no Amazonas (-4%), segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados hoje (13).
Houve quedas também em Minas Gerais (-2,6%), Santa Catarina (-1,9%), no Ceará (-1,2%), Rio Grande do Sul (-0,9%) e em Goiás (-0,1%). Principal polo industrial do Brasil, o estado de São Paulo também teve redução na produção: -2,3%. A queda média nacional foi 0,7%.
Por outro lado, sete locais tiveram alta na produção nesse tipo de comparação: Pernambuco (5,3%), o Rio de Janeiro (2,5%), Espírito Santo (1,7%), a Região Nordeste (1,0%), Paraná (0,9%), o Pará (0,8%) e a Bahia (0,6%).
Nos outros tipos de comparação, o IBGE também analisa o desempenho do estado de Mato Grosso. Na comparação de novembro deste ano com o mesmo período do ano passado, em 11 dos 15 locais pesquisados houve recuo na produção. A principal queda foi observada no Amazonas (-16,9%). Houve avanço em quatro locais, com destaque para o Espírito Santo (11,7%).
No acumulado do ano, a produção caiu em dez dos 15 locais pesquisados, com destaque para o Paraná (-6,2%). Na Região Nordeste, houve estabilidade. Em quatro locais, houve alta, entre eles o Pará, com crescimento de 8,8%.
No acumulado de 12 meses, a produção recuou em dez dos 15 locais. As maiores quedas foram em São Paulo e no Paraná, ambos com 5,9%. Em cinco locais, houve alta, com destaque para o Pará (8,6%).
INFLAÇÃO NA AMÉRICA DO SUL!
1. Na América do Sul, os únicos países com inflação muito elevada foram em 2014 a Venezuela e a Argentina, com taxas de 63,6% e 24,4% respectivamente. Os restantes se mantiveram com inflações de um dígito, em geral abaixo dos 5%. Ademais, Venezuela e Argentina foram os únicos que demoram a revelar suas estatísticas de crescimento dos preços.
2. O caso da Venezuela é ainda mais grave, pois a ascensão dos preços está combinada com recessão, queda nos preços do petróleo e receitas ortodoxas - como o endividamento para substituir a emissão de pesos. Quanto à Argentina, há enormes discrepâncias entre os dados oficiais e os calculados por entidades privadas.
3. O quadro é muito diferente no Peru, que fechou o ano passado com um aumento de preços acumulada de 3,22%, o que torna o país com a menor inflação na América do Sul, pouco atrás da Colômbia (3,66%), Equador (3,67%) e Paraguai (3,7 por cento). No caso do Chile, a inflação atingiu o nível mais alto em seis anos, apesar de 4,6% de 2014. A imagem não parece muito preocupante no Uruguai (8,26%) e no Brasil (6,4%), como em 2013, ocupam o terceiro e quarto lugar, respectivamente, no ranking regional da inflação, mas a uma distância considerável dos líderes.
Ex-Blog do Cesar Maia
Acionistas minoritários brasileiros decidem ir à Justiça contra Petrobras
por RUBENS VALENTE
Um grupo de acionistas minoritários brasileiros da Petrobras deverá entrar na Justiça nos próximos dias com um processo pedindo indenização financeira para reparar perdas acumuladas com a queda do preço das ações da companhia após o escândalo da Operação Lava Jato.
Nos EUA, um grupo de acionistas anunciou em dezembro passado a abertura de um processo semelhante contra a empresa estatal.
A ação será movida pelo advogado de Porto Alegre Francisco Antônio Stockinger, que representa "cinco ou seis" acionistas, contra a União e a Petrobras.
Conforme o advogado, seus clientes pagaram, em 2008, cerca de R$ 48,00 por ação. O mesmo papel foi cotado nesta segunda-feira (12) a R$ 8,91 –queda de 85%.
Segundo ele, a perda do Ibovespa (principal índice da Bolsa brasileira) no mesmo período foi de cerca de 25%.
Editoria de arte/Folhapress
O advogado pediu ao juiz federal de Curitiba (PR) Sergio Moro cópia das declarações prestadas na Lava Jato pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
O advogado quer demonstrar, com os depoimentos, que a escolha dos diretores da estatal "estava vinculada a partidos políticos como contrapartida ao apoio político no Congresso Nacional".
Nos depoimentos, Youssef e Costa disseram que para cada contrato fechado em três diretorias da Petrobras havia uma comissão destinada a partidos políticos, como o PT, o PP e o PMDB.
"A União loteou a diretoria e permitiu que houvesse os desvios", disse Stockinger, para quem "a má gestão da Petrobras levou à queda do patrimônio".
O advogado, que é filho do artista plástico Francisco Stockinger (1919-2009), afirmou que nunca trabalhou com partidos políticos nem exerce militância política.
Procurada, a assessoria de imprensa da Petrobras informou que a empresa "desconhece a existência de qualquer ação judicial movida por acionistas minoritários no Rio Grande do Sul que verse sobre queda no preço das ações da companhia".
ILUSÃO
Uma das acionistas que vai processar a União é a arquiteta Maria Cristina Moura, que disse ter adquirido ações em 2008, com recursos de herança de seu pai, por "acreditar na propaganda do governo, que dizia que a Petrobras era uma empresa gigantesca".
Ela encarou as aquisições "como uma espécie de poupança" para a aposentadoria.
Com a queda do valor das ações e o escândalo da Lava Jato, ela disse que se sentiu "iludida". "Me deu uma sensação de ter sido quase que roubada, no mínimo enganada", disse. "Hoje não posso nem olhar o valor das ações."
Fonte: Folha Online - 13/01/2015 e Endividado
Segurados com mais que salário mínimo terão reajuste de 6,23%
Os segurados da Previdência Social que recebem acima do salário mínimo terão o benefício reajustado em 6,23%. O índice foi divulgado em portaria conjunta dos ministérios da Previdência Social e da Fazenda, publicada nesta segunda-feira (12) no Diário Oficial da União (DOU) e é válido para pagamentos feitos desde 1º de janeiro.
Vale destacar que o percentual é proporcional à data de início do benefício. Assim, quem começou a receber em janeiro de 2014 tem direito ao reajuste integral. E o valor diminui até 0,62% para quem teve o benefício iniciado em dezembro de 2014. O reajuste proporcional é aplicado a todos que começaram a receber o benefício até o último dia útil de dezembro do ano passado.
Em 2014, quase 10 milhões de segurados tinham benefícios acima do piso previdenciário. Com o reajuste publicado hoje, 177.270 benefícios que se encontravam na faixa entre R$ 724,00 e R$ 741,79 passarão a ter valor igual ao salário mínimo.
O teto do benefício passa de R$ 4.390,24 para R$ 4.663,75 -ou seja, quem se aposentar hoje não ganhará mais que esse valor.
A portaria também estabeleceu as novas faixas de contribuição do INSS dos assalariados. As alíquotas são de 8% para aqueles que ganham até R$ 1.399,12, de 9% para quem ganha entre R$ 1.399,13 e R$ 2.331,88 e de 11% para os que ganham entre R$ 2.331,89 e R$ 4.663,75 -valor máximo considerado no cálculo da contribuição mensal.
O valor mínimo dos benefícios pagos pelo INSS - aposentadorias, auxílio-doença, auxílio-reclusão e pensão por morte -, das aposentadorias dos aeronautas e das pensões especiais pagas às vítimas da síndrome da talidomida, será de R$ 788,00.
O mesmo piso vale também para os benefícios da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) para idosos e portadores de deficiência, para a renda mensal vitalícia e para as pensões especiais pagas aos dependentes das vítimas de hemodiálise da cidade de Caruaru (PE). Já o benefício pago aos seringueiros e seus dependentes, com base na Lei nº 7.986/89, terá valor de R$ 1.576,00.
A cota do salário-família passa a ser de R$ 37,18 para o segurado com remuneração mensal não superior a R$ 725,02 e de R$ 26,20 para o segurado com remuneração mensal superior a R$ 725,02 e igual ou inferior a R$ 1.089,72.
Já o auxílio-reclusão será devido aos dependentes do segurado cujo salário de contribuição seja igual ou inferior a R$ 1.089,72.
Os recolhimentos a serem efetuados em janeiro -relativos aos salários de dezembro - ainda seguem a tabela anterior. Nesse caso as alíquotas são de 8% para aqueles que ganham até R$ 1.317,07; de 9% para quem ganha entre R$ 1.317,08 e R$ 2.195,12 e de 11% para os que ganham entre R$ 2.195,13 e R$ 4.390,24.
VEJA AS ALÍQUOTAS CONFORME SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO
Até R$ 1.399,12: 8%
De R$ 1.399,13 a R$ 2.331,88: 9%
De R$ 2.331,89 a R$ 4.663,75: 11%
Fonte: Folha Online - 12/01/2015 e Endividado
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