por Alexandro Martello
Aumento de 0,5 ponto leva taxa ao maior patamar em três anos e meio.
Na 3ª alta seguida, BC confirma expectativa da maior parte do mercado.
selic (Foto: G1) Após o governo anunciar nesta semana aumento de tributos sobre combustíveis, importados e operações de crédito, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar nesta quarta-feira (21) os juros básicos da economia de 11,75% para 12,25% ao ano.
Com a decisão de aumentar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, os juros sobem ao maior patamar desde meados de 2011, ou seja, em três anos e meio. Com taxas mais altas, a instituição tenta controlar o crédito e o consumo e, assim, segurar a inflação.
O terceiro aumento consecutivo na taxa acontece em um momento de fraca atividade econômica, com economistas não descartando a possibilidade de nova recessão em 2015, mas com a inflação em patamares ainda elevados. No ano passado, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) somou 6,41%.
A elevação dos juros confirma a previsão da maior parte dos analistas dos bancos, que estimavam justamente uma alta de 0,5 ponto percentual - a mesma intensidade do aumento promovido em dezembro do ano passado. O Banco Central vem subindo a taxa Selic, de forma ininterrupta, desde outubro de 2014.
Após a reunião do Copom, o BC divulgou o seguinte comunicado: "Avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,50 p.p., para 12,25% a.a., sem viés".
Metas de inflação
Pelo sistema de metas de inflação vigente na economia brasileira, o BC tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. Para 2015 e 2016, a meta central de inflação é de 4,5%, mas o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de referência, pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Nos últimos cinco anos, porém, a inflação ficou bem distante da meta central de 4,5%, e mais próxima do teto de 6,5% do sistema de metas brasileiro. Em 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014, respectivamente, a inflação somou 5,91%, 6,50%, 5,84%, 5,91% e 6,41%.
Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, informou, no fim do ano passado, que a inflação deve retomar a trajetória de convergência para a meta central "ao longo de 2015". Segundo ele, o "horizonte de convergência" com o qual o BC trabalha "se estende até o final de 2016". O objetivo do BC, portanto, é entregar a inflação na meta central de 4,5% somente no ano que vem. Antes de retomar a trajetória de convergência para a meta durante 2015, a inflação acumulada em 12 meses tende a "permanecer elevada", informou ele em dezembro.
O mercado financeiro, porém, segue incrédulo. De acordo com estimativas coletadas pelo próprio Banco Central na semana passada, com mais de 100 instituições financeiras, a inflação deve somar 6,67% neste ano (acima do teto de 6,5% do sistema de metas brasileiro), 5,7% em 2016, 5,5% em 2017 e 5,2% em 2018 – não atingindo, portanto, a meta central de 4,5% até o fim do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
Cenário para a inflação
Mesmo com o baixo nível de atividade e com a queda dos preços das "commodities" (produtos básicos com cotação internacional), fatores que atuam para conter a inflação, a alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros), continuam pressionando os preços. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, segue elevada.
Desde o início deste ano, intensificaram-se alguns fatores que pressionam a inflação no curto prazo. O governo, para reorganizar as contas públicas, informou que não fará mais repasses para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) neste ano, antes estimados em R$ 9 bilhões. Com isso, a alta da energia elétrica neste ano pode chegar a até 40% em 2015.
Ao mesmo tempo, também anunciou o aumento da tributação sobre os combustíveis - o que pode gerar um aumento de mais de 8% na gasolina e de 6,5% no diesel nas próximas semanas. Com isso, os chamados "preços administrados", segundo o mercado, devem subir 8,2% em 2015, o maior aumento em dez anos. O peso dos preços administrados no IPCA é de cerca de 25%.
Outro fator que gera inflação é a alta do dólar. A expectativa do mercado financeiro é de que, apóssubir 12,78% em 2014, a moeda norte-americana tenha aumento de 5,3% em 2015. O dólar fechou 2014 em R$ 2,65 e a previsão dos analistas é de que a moeda norte-americana termine este ano em R$ 2,80. Se os Estados Unidos subirem os juros, o aumento da moeda norte-americana poderá ser maior ainda. Dólar alto eleva os preços de produtos e insumos importados no Brasil - pressionando a inflação.
Ajuste nas contas públicas
Por outro lado, o governo se movimenta para diminuir os gastos públicos e para retirar recursos da economia, por meio da alta de tributos, o que, embora alimente a inflação em um primeiro momento, tende a diminuir ainda mais a demanda agregada no médio prazo - atuando, assim, para conter as pressões inflacionárias no futuro.
No processo de ajuste das contas públicas, o governo já anunciou limitação de benefícios previdenciários e trabalhistas, contenção de gastos no orçamento e alta de tributos sobre combustíveis, importados, operações de crédito e automóveis.
O objetivo é elevar o chamado "superávit primário" - a economia para pagar juros da dívida pública - para 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015. De janeiro a novembro do ano passado (último dado disponível), as contas do setor público registraram um déficit primário de R$ 19,64 bilhões, segundo números divulgados pelo BC.
O próprio presidente do BC, Alexandre Tombini, já observou que, para a autoridade monetária, quanto mais "fiscal" (superávit primário), melhor em termos de controle da inflação.
Analistas, observam, entretanto, que o receituário do governo para conter a inflação e tentar recolocar as contas públicas em ordem - para aumentar a confiança na economia brasileira - pode ter efeito recessivo.
"A política fiscalista que eles estão fazendo, eu não sou a favor deste ponto. Vai afundar de vez a economia brasileira. Estou prevendo contração de 0,3% para o PIB de 2015. Não adianta nada ter contas fiscais em ordem e demanda no lugar errado. Os empresários investem porque tem demanda na economia", avaliou o economista André Perfeito, da Gradual Investimentos.
Fonte: G1 notícias - 21/01/2015 e Endividado
MAGNICÍDIOS: MELHOR PREVENIR QUE LASTIMAR! O CASO DO JUIZ SÉRGIO MORO!
1. As análises relativas às ações da polícia francesa e os serviços de inteligência sobre as razões "técnicas" dos assassinatos dos cartunistas de Charlie Hebdo mostram que houve um relaxamento, nos últimos meses, no acompanhamento dos dois terroristas envolvidos, apesar do detalhado prontuário.
2. A decisão pessoal de Lula dar asilo ao terrorista italiano Cesare Battisti, responsável direto por vários assassinatos, provocou, segundo áreas de inteligência, externas e internas, um fluxo aumentado de migrações vindas de regiões -digamos- problemáticas, aumentando os riscos de abrigo informal para terroristas ainda não incluídos em listas internacionais.
3. O assassinato, dias atrás, do Promotor argentino Alberto Nisman, que investigava os atentados terroristas na Argentina contra a embaixada de Israel (ocorrido em 1992 e que deixou 29 mortos) e a associação judia AMIA -de 1994, com 85 mortos-, apesar de estar com escolta pessoal e residencial, mostrou a fragilidade das mesmas, ao não avaliar os riscos em relação a moradores vizinhos, etc., hoje alvos de investigação. Um revólver 22 ao lado do corpo do promotor só aumenta as suspeitas sobre o suposto suicídio, já que o promotor, por sua condição, tinha posse de armas de muito maior impacto.
4. Fatos como esses, ocorridos em países latinos, devem levar a Polícia Federal do Brasil a garantir a segurança e a vida do JUIZ SÉRGIO MORO, que investiga a mega-corrupção na Petrobras, e fazê-lo muito além dos padrões normais de segurança pessoal, de escolta pessoal e residencial.
5. Deve inclusive -se já não o fez- contatar a polícia argentina responsável pela segurança do Promotor Nisman para trabalhar as hipóteses de assassinato, ultrapassando o sistema de segurança aplicado na Argentina.
6. São casos de magnicídio que exigem, numa situação de tamanha amplitude e relevância como o caso da Petrobras, um sistema de segurança que cubra todas as hipóteses conhecidas, em base a experiência internacional.
Ex-Blog do Cesar Maia
Menino baleado no Rio morre depois de três dias internado
Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil* Edição: Graça Adjuto
O menino Asafe William Costa Ibraim, atingido por uma bala perdida no último domingo (18) no Rio, morreu na tarde de ontem (21), segundo informação da Secretaria Estadual de Saúde. O garoto, de 9 anos, estava internado no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e teve morte encefálica por volta das 14h.
A bala atingiu a cabeça de Asafe William quando ele estava na área recreativa do Sesi de Honório Gurgel, na zona norte do Rio, e ficou alojada perto do olho direito.
Também no domingo, uma criança morreu depois de ser atingida por uma bala perdida. Larissa de Carvalho, de 4 anos, saía de um restaurante em Bangu, na zona oeste da cidade, quando foi baleada. Após a reconstituição, a Polícia Civil informou que o disparo veio do alto. A Delegacia de Homicídios, que investiga o caso, busca o responsável pelo tiro.
ESTRATÉGICAS ELEIÇÕES NA GRÉCIA ESTE DOMINGO!
(El Pais, 20) 1. Está sendo chamada "pesquisa das pesquisas", e consiste na média dos últimos dados recolhidos por 12 institutos de pesquisa e de um estudo de uma universidade local, e oferecia domingo os seguintes resultados: a sete dias das eleições gerais gregas, Syriza, o partido esquerdista que há meses lidera todas as pesquisas, se distancia (com 34,7% de apoio) do segundo partido nas intenções de voto, o conservador Nova Democracia (ND), com 30,2%, e se aproxima da maioria absoluta; a diferença entre os dois é agora de 4,5 pontos, em comparação aos 3 pontos, mantido nas últimas semanas, de acordo com dados divulgados no último domingo pelo jornal conservador Kathimerini.
2. A maioria absoluta é exatamente o objetivo de Alexis Tsipras, líder do Syriza; a ideia repetida em reuniões e comícios é necessária para, diz, poder negociar com a troika "sem ter as mãos atadas" por um sócio do governo. Mas se isso não acontecer, a questão principal reside em descobrir quem fará esse papel – o de terceiro partido mais votado, uma posição disputada pelo centrista To Potami (O Rio) e pelo neonazista Aurora Dourada, mas também desejada pelos socialistas do Pasok, que estão mais atrás, com um pano de fundo de 11% de indecisos.
Ex-Blog do Cesar Maia
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