Exceto
alguns contundentes protestos, e até um processo judicial, lemos muitas
lamúrias de militares da reserva e de alguns civis sobre o relatório da
Comissão da Verdade.
Um
General de Exército e da Ativa divulgou sua nota defendendo o seu
falecido pai, listado com os demais (377), como um dos algozes dos
comunistas nacionais.
As
injustiças e as acusações do rancoroso relatório, certamente já deveriam
estar enfiadas em nossos crânios muito antes de seu término.
Portanto,
com surpresa, verificamos tantas queixas apontando incoerências e
incorreções da Comissão, e ficaríamos boquiabertos se na sua apoteose, a
famigerada agisse com mínimo de equilíbrio.
Infelizmente, dizem que somos pessimistas, ao que rebatemos, “somos realistas”.
Lamentavelmente,
a Comissão que deveria ser alertada pelos comandantes militares sobre o
que poderia acontecer, caso, não atuasse com dignidade, nunca o foi.
Sem
freios, a Comissão chutou a paciência dos militares dignos e ofendeu
personalidades como Presidentes e Ministros, os quais além do alto cargo
no executivo foram ícones para os militares.
A
Comissão usou e abusou, ofendeu, acusou e perjurou, não apenas militares
de altíssimo escopo, mas as próprias Instituições Militares,
inclusive a Força Aérea Brasileira, na pessoa de seu ínclito Patrono, o Brigadeiro Eduardo Gomes.
Alguém esperava algo diferente?
Infelizmente,
apesar da magnitude do revanchismo, ao qual cabia uma resposta ou
interferência nos anos da nefasta e orientada pesquisa da Comissão,
nenhum chefe militar reagiu e o desgoverno
só prestigiou o revanchismo.
Quando
estudamos nas Escolares Militares a figura do líder ou do chefe
militar, lembramos de Gastón Courtois e cultuamos os ícones da nossa
Identidade, desde Caxias, Osório, Sampaio e tantos
outros, cuja vida é narrada em inúmeros livros, com passagens da maior
grandeza, quando em decisão corajosa os lídimos chefes deram um basta no
que maculava a sua Instituição Militar e a própria Pátria.
Aqueles baluartes são respeitados como um exemplo. Para o desconhecido universo da caserna de hoje, não?
Quantas epopeias de
sua estória são lembradas com admiração? Mesmo quando eles provocaram prejuízos para si, mas nunca em sua dignidade?
Ah! Velhos tempos, quando os Valores e as Virtudes Militares faziam parte de nós.
Hoje,
parece que os princípios mudaram, e esperamos que em breve não seja
institucionalizada outra Comissão. Bastou a das polpudas indenizações, e
pela atual cúpula das Forças Armadas, o
silêncio da submissão deverá perdurar.
Até quando? Não sabemos.
Alguns
afirmam que pior do que está não poderá ficar; discordamos, a Pátria
afunda econômica e moralmente, nomes de ruas de militares são
substituídos por “heróis”
comunistas, o mesmo ocorre com as estátuas que são derrubadas por decisão de velhacos criminosos.
Temos
acompanhado o dia a dia da Nação, mais greves, mais assaltos, mais
assassinatos, mais corrupções, mais drogas, mais mordomias e altos
salários para os camaleônicos parlamentares.
A Nação está no fundo do poço, e nada visualizamos que poderá modificar este terrível cenário.
Por vezes, miramos a decadente Argentina, e muitos dizem que seremos aquele País amanhã, entretanto, lá vai firme a sua “presidanta”,
como a nossa, e lá como aqui, nada é feito para mandar as duas para o quinto dos infernos.
Com
pesar, concluímos que esta M... não tem solução. Não vemos nenhum
segmento, classe, grupo, ou indivíduo que possa modificar o nefando rumo
que seguimos.
Outros,
desiludidos como nós, esperavam que as Forças Armadas pudessem atuar,
pelo menos como um poder moderador, mas a nossa realidade é de total
descrença, o comunismo - sócio - lulo - petista
- sindicalista, pelas beiradas e por vezes com as fuças no meio do pote,
segue lépido e sem oposição.
É triste, mas é a pura e desagradável verdade.
A Pátria não merece, mas o nosso povinho, sim.
Brasília, DF, 20 de dezembro de 2014
Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira
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