Números divulgados nesta segunda-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que Santa Catarina vem obtendo os menores índices de mortalidade infantil e as maiores taxas de esperança de vida ao nascer
Fabricio Escandiuzzi
Direto de Florianópolis
A região da grande Florianópolis tem média de 77,6 anos de expectativa de vida, ainda mais alta que no Estado
Foto: Daniel Wiedemann/Shutterstock
Com uma população de 6,7 milhões de pessoas, o Estado de Santa Catarina traz números favoráveis para aqueles que buscam longevidade e qualidade de vida. A esperança de vida média é de 78,3 anos. Para as mulheres, a expectativa é de 81,4 anos, número que se aproxima, por exemplo, dos índices registrados no Japão. Além de Santa Catarina, apenas Distrito Federal, Espírito Santo, São Paulo e Rio Grande do Sul superaram a casa dos 80 anos de esperança de vida.
Os números do IBGE mostram que a população do Estado mantinha uma expectativa de vida em torno dos 66 anos em 1980 (63,8 anos para os homens e 69,6 anos para as mulheres). Três décadas depois, o Estado registrou um acréscimo de 11,5 anos.
De acordo com dados da Secretaria Estadual da Saúde, ainda referentes a 2012, as regiões da Grande Florianópolis e oeste são as que apresentam resultados mais expressivos. A primeira aponta média de 77,6 anos e a segunda, 76 anos.
Com relação à taxa de mortalidade infantil, Santa Catarina registrou números bem menores do que a média nacional, que é de 15 óbitos para cada mil nascidos vivos. O IBGE apontou que entre os catarinenses essa relação é de 10,1 por mil. O Maranhão tem o pior desempenho (28,2 por mil).
Adesão de 100% ao Saúde da Família
O “segredo” catarinense, segundo a secretária de Estado da Saúde, Tânia Eberhardt, é a alta adesão a programas como a Saúde da Família e o Rede Cegonha. “Todos os 295 municípios de Santa Catarina participam do Saúde da Família. Atendemos de forma diferenciada as crianças, as gestantes, os idosos, diabéticos e hipertensos”, afirmou. Sobre a Rede Cegonha, criada pelo governo federal para proporcionar maior atenção às gestantes, ela diz que “Santa Catarina realiza sete exames no teste do pezinho, quando a recomendação era de cinco tipos de exames”.
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“Comunidades são criadas dentro dos postos de saúde para a prática de exercícios e das atividades terapêuticas das mais variadas. Também contamos com uma grande rede de procedimetos de alta complexidade, o que favorece na conquista desses números. Por isso Santa Catarina é um Estado onde se nasce bem e se vive bastante”, finalizou a secretária.
Moradora de Florianópolis há 77 anos, Elisabete Zanela Clemente, hoje com 93 anos, é um dos raros exemplos de longevidade registrados no Estado. Ela afirma nunca ter tido problemas de saúde além de "tonterias" desde que se casou e mudou para a capital catarinense. Morando com uma filha e uma neta, ela é atendida na rede pública de saúde. "Elas vivem tendo problema e indo ao médico. Eu só tive uma tonteria ano passado, mas acho que foi pelo calor, pois os exames mostraram que estou ótima", disse. "Lógico que não faço o que fazia há 20 ou 30 anos, mas como de tudo. Vou parar de comer carne com 93 anos para quê?".
Especial para Terra
Senador Armando Monteiro é nomeado ministro do Desenvolvimento
Indicação dá sequência à montagem do 1º escalão do governo; ele terá a tarefa de melhorar relação com empresários
Divulgação
O senador Armando Monteiro (PTB-PE) é escolhido como novo ministro do Desenvolvimento
A presidente Dilma Rousseff anunciou a indicação do senador Armando Monteiro (PTB-PE) para comandar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, hoje sob comando de Mauro Borges.
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Ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria, Monteiro é tido como uma aposta do Planalto para melhorar a relação com setores estratégicos do empresariado, principalmente diante do impacto das medidas que devem ser tomadas pela nova equipe econômica para reduzir o aperto fiscal.
A nota oficial, Dilma agradeceu “a dedicação e lealdade” de Mauro Borges e confirmou que, assim como fez com as demais pastas cujos novos titulares foram definidos, ficará no governo até que seja concluído o processo de transição.
Conheça a história do novo ministro do Desenvolvimento
Ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) chega ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior com a experiência de ter comandado a principal entidade empresarial do País e de dois mandatos como deputado e um como senador, que ainda exerce.
Também leva o PTB, partido que não estava na aliança que reelegeu a presidente Dilma Rousseff em outubro, e assume o posto depois de sofrer uma grande virada e ser derrotado, ainda no primeiro turno, em sua tentativa de tornar-se governador de Pernambuco.
Monteiro, de 62 anos, foi presidente da CNI de 2002 até 2010 e sua chegada à Esplanada dos Ministérios pode sinalizar a intenção de Dilma de ter uma maior interlocução com o empresariado em seu segundo mandato, especialmente num cenário de fragilidade da atividade industrial.
“A minha vivência de todo o trabalho que fizemos juntos de vários temas extremamente complexos, seja da CNI ou mesmo do Congresso, do Senado, ele escuta, analisa e consegue conceituar de alguma forma objetiva, simples, que faz com que os temas tenham resoluções extremamente construtivas”, disse o presidente da Gerdau, Jorge Gerdau, em depoimento gravado para a campanha de Monteiro ao governo pernambucano.
Além do comando da CNI, Monteiro também dirigiu a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco e, formando em Administração de Empresas e Direito, é filiado ao PTB desde 2003.
Filho de Armando Monteiro Filho, ministro da Agricultura do ex-presidente João Goulart, deposto pelo golpe militar de 1964 que deu início a 21 anos de regime militar, Monteiro disputou a eleição para governador de Pernambuco neste ano com o apoio do PT.
Liderou as pesquisas de intenção de voto por boa parte da campanha, inclusive com os levantamentos apontando vitória no primeiro turno.
Foi, no entanto, atropelado por Paulo Câmara (PSB) que, empurrado pela boa avaliação do governo de Eduardo Campos, pela comoção provocado pelo trágico falecimento do ex-governador em um acidente aéreo quando fazia campanha à Presidência e pelo apoio maciço da família Campos à sua candidatura, venceu a disputa já no primeiro turno. Câmara obteve 68 por cento dos votos válidos, contra 31 por cento de Monteiro.
Derrotado nas urnas, Monteiro vai agora para o Ministério do Desenvolvimento. Ele chega à pasta como possível segunda opção de Dilma. O mais cotado para assumir era o empresário Josué Gomes da Silva, candidato derrotado ao Senado por Minas Gerais e filho do falecido ex-vice-presidente José Alencar.
* Com informações da Reuters
Governo espera déficit para a balança em 2014
Exportações: diretor relativizou o déficit da balança comercial de janeiro a novembro desse ano
Victor Martins e Renata Veríssimo, doEstadão Conteúdo
Brasília - O diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do MDIC, Roberto Dantas, afirmou nesta segunda-feira, 01, que o governo não trabalha mais com a perspectiva de superávit na balança comercial de 2014.
Ele explicou que diante do déficit acumulado de US$ 4,221 bilhões até novembro, mesmo que dezembro seja positivo, não será suficiente para transformar o resultado em superávit.
"Embora o número de dezembro seja tradicionalmente superavitário, ainda assim, não deverá superar o déficit que está no acumulado do ano", disse.
"Houve essa mudança nas expectativas", observou Dantas. Apesar de afirmar que houve a mudança na projeção, ele não divulgou o tamanho do déficit previsto pelo Ministério do Desenvolvimento.
Ele explicou que fatores que poderiam ter ajudado na manutenção de um superávit não se realizaram, como a recuperação do preço do minério de ferro.
Dantas ainda destacou que houve redução nas exportações de carne em novembro, o que afetou o desempenho.
"Teve queda de exportações para Venezuela de carne bovina e de frango; para a Arábia Saudita, de frango", justificou.
"Houve queda de 10% em volume de carne. Isso afetou o desempenho de novembro", frisou.
Déficit "marginal"
Dantas relativizou o déficit da balança comercial de janeiro a novembro desse ano.
Segundo ele, é um déficit "marginal" porque representa apenas 2% das exportações no período. "É importante relativarmos o déficit em relação ao que ocorreu em relação a outros anos", disse.
Dantas comparou com os dados de 1998, até então o pior resultado da balança para os 11 meses do ano. Em 1998, o déficit da balança foi de US$ 6,1 bilhões, 13% do volume exportado de janeiro a novembro daquele ano.
"O déficit desse ano é seis vezes menor, em termos relativos, do que o déficit computado em 98", comparou. "Em termos de magnitude, o déficit de 1998 foi mais importante do que o de agora", continuou.
Minério de ferro
De acordo com os dados do MDIC, as exportações de minério de ferro em novembro atingiram 25,956 milhões de toneladas, queda de 16% na relação com igual mês do ano passado. Na comparação com outubro as exportações de minério de ferro cederam 18,3%.
O preço médio das exportações do insumo (FOB) foi de US$ 60,9 por tonelada no mês passado, recuo de 37,4% na relação anual. Ante outubro houve um leve aumento de 2,3%.
Brasil terá centro estratégico para pré-sal
Sede do Centro de Nanotecnologia de Materiais de Carbono será construída a partir de janeiro em Belo Horizonte. Produtos fabricados no local serão usados em extração de petróleo.
Agência Brasil
Rio de Janeiro - A sede definitiva do Centro de Nanotecnologia de Materiais de Carbono (CTNanotubos), começa a ser construída em janeiro de 2015, no Parque Tecnológico de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Ela terá função estratégica para o setor de petróleo e gás nacional e a sua conclusão está prevista para 2017.
O coordenador do centro, Marcos Pimenta, disse que a unidade será responsável pela fabricação de nanotubos de carbono. “Vamos incrementar nanotubos de carbono em alguns tipos de plástico e de cimento para melhorar a propriedade desses produtos para o processo de extração do pré-sal”, ressaltou. O CTNanotubos já está funcionando em um espaço provisório, onde produz 50 gramas de nanotubos de carbono por dia. Quando o reator definitivo estiver pronto, permitirá ao centro elevar a produção “para vários quilogramas por dia de nanotubos de carbono”, disse Pimenta.
O centro desenvolverá pesquisas em nanotecnologia e dará ênfase ao desenvolvimento de nanomateriais à base de carbono, em especial nanotubos de carbono. Segundo Pimenta, o que se pretende é melhorar o desempenho dos materiais. O trabalho é inédito no Brasil.
Agência de Notícias Brasil-Árabe
Tirar a carteira de motorista custa mais a partir de hoje
A partir desta segunda-feira, 1° dezembro, tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ficará mais caro.
Essa mudança vai acontecer por conta da publicação da resolução n° 493 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que aumenta a carga horária das aulas práticas da primeira habilitação na categoria B (para carros) de 20h para 25h.
Com a resolução, além da ampliação da carga horária, serão utilizados também simulados à noite, porém sem obrigatoriedade. A nova resolução exige um mínimo de 25 horas/aula, das quais 5 horas/aulas terão que ser, obrigatoriamente, no período noturno para quem vai tirar pela primeira vez a CNH.
Já quem vai fazer adição para a categoria B, a nova resolução diz que é necessário ter 20 horas/aula, das quais quatro devem ser à noite. No caso da moto (categoria A), é exigida 20 horas/aula, sendo que quatro dessas devem ser pela noite.
Para adição da categoria na carteira são exigidas 15 horas-aula, três no período noturno. As pessoas que desejam retirar a carteira ainda com as normas atuais devem comprar o laudo até o próximo sábado (29).
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