Nós,
Hidrógrafos, que conhecemos, admiramos e temos no Almirante Maximiano
um modelo a ser seguido, repudiamos a inclusão de seu nome na lista
elaborada pela Comissão Nacional da Verdade (CNV). Democrata, defensor
das “Diretas já”, pioneiro da presença feminina nas Forças-Armadas ao
criar o Corpo Auxiliar Feminino da Reserva da Marinha, dentre outros
feitos, viabilizou a presença brasileira na Antártica. O Almirante
Maximiano foi um dos mais destacados Hidrógrafos e Ministros da Marinha
da nossa História.
Repudiamos,
também, a inclusão do Almirante Ernesto de Mello Baptista, nosso
ex-Diretor e Ministro da Marinha de 20 de abril de 1964 a 15 de janeiro
de 1965, época anterior ao AI-2. Não havia censura à Imprensa, estava em
vigor a Constituição de 1946, o Poder Judiciário era independente e não
há registro de violações dos direitos humanos por parte do Estado.
Houve eleições livres para Governador, tendo sido eleitos cinco
Governadores da oposição dentre os quais Negrão de Lima, na Guanabara e
Israel Pinheiro, em Minas Gerais. O Almirante Mello Baptista, numa
demonstração de desapego ao Poder, renunciou ao cargo de Ministro da
Marinha por discordar de posição assumida pelo Presidente Castelo Branco
relativa à Aviação Naval. Renunciou por uma questão de consciência,
como o fez o Almirante Joaquim Marques Baptista de Leão, em 1912, ao
recusar-se a cumprir a ordem de Hermes da Fonseca, Presidente da
República, de enviar navios da esquadra para bombardear a cidade de
Salvador a fim de forçar o cumprimento de uma ordem judicial.
A
CNV descumpriu a lei que a criou. Ao alterar de "motu proprio" sua
missão, podemos afirmar, sem necessidade de nos debruçarmos sobre seu
relatório, que a CNV não cumpriu seu papel.
A História mostrará sua parcialidade e leviandade.
"A VERDADE é filha do TEMPO e não da AUTORIDADE".
(Galileu Galilei)
(Galileu Galilei)
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