segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

REPUDIO DOS HIDRÓGRAFOS 'A LISTA DA COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE‏

Nós, Hidrógrafos, que conhecemos, admiramos e temos no Almirante Maximiano um modelo a ser seguido, repudiamos a inclusão de seu nome na lista elaborada pela Comissão Nacional da Verdade (CNV). Democrata, defensor das “Diretas já”, pioneiro da presença feminina nas Forças-Armadas ao criar o Corpo Auxiliar Feminino da Reserva da Marinha, dentre outros feitos, viabilizou a presença brasileira na Antártica. O Almirante Maximiano foi um dos mais destacados Hidrógrafos e Ministros da Marinha da nossa História.
Repudiamos, também, a inclusão do Almirante Ernesto de Mello Baptista, nosso ex-Diretor e Ministro da Marinha de 20 de abril de 1964 a 15 de janeiro de 1965, época anterior ao AI-2. Não havia censura à Imprensa, estava em vigor a Constituição de 1946, o Poder Judiciário era independente e não há registro de violações dos direitos humanos por parte do Estado. Houve eleições livres para Governador, tendo sido eleitos cinco Governadores da oposição dentre os quais Negrão de Lima, na Guanabara e Israel Pinheiro, em Minas Gerais. O Almirante Mello Baptista, numa demonstração de desapego ao Poder, renunciou ao cargo de Ministro da Marinha por discordar de posição assumida pelo Presidente Castelo Branco relativa à Aviação Naval. Renunciou por uma questão de consciência, como o fez o Almirante Joaquim Marques Baptista de Leão, em 1912, ao recusar-se a cumprir a ordem de Hermes da Fonseca, Presidente da República, de enviar navios da esquadra para bombardear a cidade de Salvador a fim de forçar o cumprimento de uma ordem judicial.
A CNV descumpriu a lei que a criou. Ao alterar de "motu proprio" sua missão, podemos afirmar, sem necessidade de nos debruçarmos sobre seu relatório, que a CNV não cumpriu seu papel.
A História mostrará sua parcialidade e leviandade.

"A VERDADE é filha do TEMPO e não da AUTORIDADE".
(Galileu Galilei)

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