quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Programas sociais elevaram renda dos mais pobres, diz IBGE

Síntese de indicadores sociais mostra efeito crescente do Bolsa Família e de outras iniciativas na camada de baixa renda

 

IBGE: programas sociais elevaram renda dos mais pobres

 

IBGE: programas sociais elevaram renda dos mais pobres
Foto: Paulo Whitaker/Reuters

RIO - Dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) divulgados nesta quarta-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram o peso crescente do Bolsa Família e outros programas sociais no conjunto da renda dos mais pobres. Enquanto em 2013 o trabalho era responsável por 77,2% da renda da população total, nas famílias com renda per capita de até um quarto do salário mínimo o peso dos salários era bem menor, de 57%. Na outra ponta, as "outras fontes" (programas sociais, aluguéis, investimentos) representavam apenas 4,5% no rendimento do total da população e chegaram a 37,5% entre os muito pobres. Em 2004, as "outras fontes" representavam 20,3% do total de rendimentos das famílias de menor renda, ou seja, o peso quase dobrou em nove anos (aumento de 85%).

Como na população pobre praticamente não há renda oriunda de aluguéis e aplicações financeiras, os programas sociais são os responsáveis pelas "outras fontes". Aposentadorias e pensões representavam, em 2013, 18,3% da renda do total de famílias brasileiras e apenas 5,5% dos extremamente pobres.

Os benefícios governamentais foram tema de duros embates na campanha presidencial. A situação acusava os adversários de planejarem o fim dos programas, e a oposição dizia que o governo se "contenta" com a transferência direta de dinheiro aos pobres. O período pesquisado pelo IBGE vai do segundo ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2004) ao terceiro ano do governo Dilma Rousseff (2013), quando os programas sociais foram aprimorados e estendidos.

Embora os números mostrem o alto grau de dependência das famílias muito pobres dos programas sociais, técnicos do IBGE destacam que o aumento do peso dos benefícios no conjunto da renda das famílias pobres não significou abandono de emprego. "Houve uma reorganização das fontes de rendimento. A redução da participação do rendimento do trabalho não significa aumento da taxa de desocupação, tanto que os níveis de ocupação são crescentes no País. A ideia da transferência de renda é prevenir a situação da pobreza e ter oportunidade de, por exemplo, recusar trabalhos degradantes. A ideia da proteção social é que o bem-estar da família não seja dependente apenas do mercado de trabalho. Mas é claro que a renda do trabalho é bem maior e é muito melhor receber um salário do que o benefício da transferência de renda", diz a pesquisadora do IBGE Barbara Cobo.

O maior peso dos programas sociais está no Nordeste, região que concentra maior proporção de pobres. No Piauí, os benefícios já são mais da metade (53,2%) do conjunto da renda das famílias em que cada pessoa recebe até um quarto do salário mínimo (R$ 169,50 mensais em 2013). O trabalho tem peso de 45,5% na renda da população pobre do Estado. Aposentadorias e pensões representam 1,3%.

Ricos versus pobres

A SIS mostra que, apesar da redução da desigualdade, o abismo entre ricos e pobres diminui muito lentamente no Brasil. Os 10% mais ricos detêm 41,7% do total da renda do País, enquanto os 10% mais pobres se apropriam de apenas 1,2% do conjunto de rendimentos. Em um cenário totalmente igualitário, cada grupo teria 10% da renda total. Em 2004, as proporções eram de 45,3% para os mais ricos e 1% para os mais pobres.

Em 2013, os 20% mais ricos tinham renda média familiar de R$ 3.215 mensais por pessoa, 15,7 vezes maior que os R$ 204 mensais que cabiam aos 20% mais pobres. Ou seja: se poupassem toda a renda, os mais pobres levariam um ano e três meses para atingirem o ganho de um mês dos mais ricos.

A distância brutal se repete no acesso a bens. Enquanto apenas 19,6% dos mais pobres vivem em domicílios com computadores, a proporção chega a 81,6% entre os mais ricos. Menos de um quarto (23,9%) dos pobres vivem em residências com máquina de lavar, proporção que sobe para 86,6% entre os mais ricos. Fogão, geladeira e televisão são os bens duráveis mais "democráticos", presentes nas casas de mais de 90% da população, independentemente da renda.

 

 

DCI e Estadão Conteúdo

 

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O Paquistão acordou hoje (17) de luto, com bandeiras a meio-mastro, escolas fechadas e com o início dos funerais, após o massacre cometido pelos talibãs em uma escola de Peshawar, no Noroeste do país. A ação deixou 141 mortos, a maioria crianças.

Vigílias com velas e orações em mesquitas, em homenagem às vítimas, foram feitas durante a noite em diferentes cidades paquistanesas, enquanto em Peshawar começaram as cerimônias fúnebres, que ocorrem sob fortes medidas de segurança.

Em Peshawar, capital da província de Khyber, próximo a zonas tribais redutos dos talibãs e local frequente de atentados, todas as escolas e centros educativos fecharam as portas.

Saiba Mais

Em Islamabad, todas as instituições governamentais também estavam fechadas, de acordo com meios de comunicação locais.

O governo reúne-se hoje com os principais partidos políticos para discutir a situação após o ataque, qualificado pelo primeiro-ministro Nawaz Sharif de “tragédia nacional”, que levou a três dias de luto.

O líder do partido da oposição Pakistan Tehreek-e-Insaf, Imran Khan, que comandou protestos e mobilizações nas ruas contra o governo, estará presente no encontro.

O ataque ocorreu ontem (16) de manhã, quando rebeldes, vestidos com uniformes do Exército, entraram em uma escola pública militar em Peshawar, iniciando o terror que durou oito horas até as forças de segurança tomarem o controle do complexo educativo.
Segundo testemunhas e fontes oficiais, os talibãs dispararam e lançaram granadas de sala em sala contra professores e estudantes. No total, morreram 132 alunos e nove funcionários da escola. Houve também 122 feridos. Sete talibãs foram mortos dentro da escola.

O mais sangrento ataque terrorista da história do Paquistão foi reivindicado pelo principal comando talibã do país, o Movimento dos Talibãs do Paquistão.

O movimento declarou ter feito o ataque em represália à operação militar lançada em junho e ainda em curso contra seus esconderijos e os dos aliados da Al Qaeda no Waziristão do Norte, zona tribal no Noroeste, na fronteira afegã.

 

Agência Lusa e Agência Brasil

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