O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, qualificou hoje (16) de “terrorismo” o sequestro, nessa segunda-feira (15), em um café de Sydney, que terminou com três mortos. Ele ressalvou que seria errado relacioná-lo com grupos extremistas.
Em entrevista coletiva, Abbott disse que o sequestrador, identificado como Man Haron Monis, é “um doente mental, com longo histórico de crimes”, e criticou as referências ao grupo jihadista Estado Islâmico no caso do sequestro.
Katrina Dawson, uma advogada de 38 anos e mãe de três crianças, e Tori Johnson, gerente do estabelecimento, de 34 anos, morreram depois de terem sido feitos reféns, com mais 15 pessoas, por um homem armado no Lindt Chocolate Cafe. Ele foi morto durante intervenção da polícia, ao fim de quase 17 horas.
Mais cinco reféns e um agente ficaram feridos, três deles na sequência de disparos.
O primeiro-ministro australiano elogiou a coragem de “pessoas decentes e inocentes”, feitas reféns durante “a fantasia doente de um indivíduo profundamente perturbado". "Não somos imunes à violência com motivações políticas que tem perseguido outros países”, disse o chefe de governo australiano.
Abbott também elogiou a atuação “profissional” da polícia. “A Austrália será sempre uma nação livre, aberta e generosa que abrirá o coração a todas as comunidades sem exceção”, disse.
De acordo com a imprensa australiana, que cita fontes policiais, Man Haron Monis, de 49 anos, era um refugiado iraniano que se apresentava como pregador do Estado Islâmico.
O jornal The Australian informou que ele enviou cartas de ódio às famílias de soldados australianos mortos em conflitos no exterior e que estava em liberdade condicional, depois de ter sido acusado de cumplicidade no homicídio da ex-mulher.
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