A ideia é que um novo presidente e um novo diretor financeiro, vindos de fora dos quadros da empresa, poderiam completar a diretoria das áreas técnicas
Em meio ao escândalo da Operação Lava Jato, Graça Foster, presidente da Petrobras, propôs a Dilma Rousseff durante um encontro na quarta-feira - que não constou da agenda oficial de Dilma - que ela e os demais diretores da empresa fossem substituídos, segundo informações da GloboNews.
(Foto: EBC)
Durante o encontro, Graça afirmou que, independentemente das suspeitas, o desgaste chegou a tal ponto que a gestão da empresa está comprometida, chegando à conclusão de que somente uma nova diretoria poderá superar a atual crise da empresa, opinião compartilhada por outros diretores da companhia.
A ideia é que um novo presidente e um novo diretor financeiro, vindos de fora dos quadros da empresa e com liberdade para compor a equipe, poderiam completar a diretoria das áreas técnicas com quadros da própria Petrobras. No Palácio do Planalto, porém, interlocutores de Dilma afirmam que ela não deu nenhum sinal de que pretende trocar o comando da Petrobras.
Segundo informações do site G1, amigos de Graça Foster avaliam que a presidente da Petrobras pode estar no limite de sua resistência pessoal. Relatórios internos da Petrobras apontam indícios de que ex-diretores da estatal interferiam e faziam ajustes nas listas de empresas a serem convidadas para licitações, segundo informações divulgadas ontem pelo Jornal Nacional, da Rede Globo.
O relatório estudou 30 licitações e ouviu 71 pessoas. De acordo com o documento, mais da metade das licitações ficou com as empresas investigadas na Operação Lava Jato.
O relatório afirma que os ex-diretores Paulo Roberto Costa e Renato Duque acompanhavam passo a passo as licitações e que teriam interferido na escolha das empresas que iriam participar da construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e acabaram tomando decisões que tornaram mais elevados os custos da construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
Funcionária alertou Graça Foster
sobre desvios na Petrobras, diz jornal
(Foto: Divulgação)
Outra investigação interna da Petrobras, relacionada com as obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, cita o nome de Venina da Fonseca, ex-gerente da estatal, que trabalhava com Paulo Roberto Costa.
A matéria publicada sexta-feira pelo Valor Econômico relatava que Venina alertou Graça Foster, atual presidente da estatal, em mensagens eletrônicas, sobre várias irregularidades que estavam acontecendo.
Em nota divulgada na sexta-feira, a Petrobras afirmou que investigou todas as denúncias de Venina e a acusou de não ter revelado fatos que agora está trazendo ao conhecimento da imprensa. Ainda segundo a Petrobras, Venina “foi destituída depois que ameaçou seus superiores que iria divulgar supostas irregularidades, caso não fosse mantida na função gerencial”.
A Petrobras declarou que não comenta os relatórios da comissão interna de investigação sobre o Comperj e a refinaria Abreu e Lima. Venina deverá ser ouvida na próxima semana para prestar esclarecimentos sobre as denúncias feitas.
VÍDEO MOSTRA RUA CHEIA DE MANIFESTANTES EM DIA DE PROTESTO EM NY
SEQUÊNCIA FOI GRAVADA EM UM PRÉDIO COM VISTA PARA O CRUZAMENTO DA 6ª AVENIDA COM A RUA 29
FOTO: REPRODUÇÃO/ YOUTUBE)
Milhares de pessoas protestaram neste sábado (13/12) nas ruas de Nova York por conta da violência policial contra as comunidades negras dos Estados Unidos. A manifestação, batizada de "Millions March NYC", percorreu boa parte do centro de Manhattan antes de chegar à sede da Polícia, na zona sul da ilha.
Os organizadores falaram em 30 mil participantes, enquanto a polícia falou em 12 mil. Um vídeo colocado no YouTube mostra a multidão que ocupou a 6ª Avenida durante algumas horas. A gravação foi feita de um prédio que mostra a esquia com a Rua 29 e dá uma ideia de quão grande foi a marcha (confira abaixo).
Organizada através das redes sociais por duas jovens negras e com o apoio de várias organizações civis, a manifestação se uniu a protestos similares realizados em Washington e outros pontos do país.
Os manifestantes exibiam vários cartazes com lemas como "As vidas dos negros importam", "Nem um mais" e "Não posso respirar", em referência às últimas palavras pronunciadas por Eric Garner antes de morrer asfixiado por um agente em Nova York.
A decisão de um grande júri de não acusar o policial, Daniel Pantaleo, gerou desde o princípio deste mês uma onda de protestos na cidade, que continuaram as já iniciadas por ocasião de uma decisão similar no caso de Michael Brown, o jovem negro baleado por outro agente em Ferguson (Missouri).
Entre outras medidas, a organização da manifestação de Nova York exigiu hoje a demissão imediata de Pantaleo, a criação de uma Promotoria especial para tratar abusos policiais e a publicação dos nomes dos agentes envolvidos em tiroteios mortais 48 horas do incidente.
Dívida bruta da Petrobras cresce 7,8% no 3º trimestre – Radio … – Jornal da Imprensa
O material com informações condensadas publicado na noite desta sexta-feira, 12, pela Petrobras mostra que o nível de endividamento da estatal continuou a crescer no terceiro trimestre.
A dívida líquida, por sua vez, oscilou 8,3% no período e chegou a R$ 261,4 bilhões. A Petrobras não divulgou detalhes sobre os indicadores de alavancagem, uma vez que não publicou informações sobre o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês).
O volume de recursos em caixa da estatal ficou em R$ 70,3 bilhões no fechamento do terceiro trimestre, uma expansão de 5,9% sobre o fechamento do segundo trimestre.
A companhia também informou hoje que o fluxo de caixa líquido do terceiro trimestre ficou positivo em R$ 4,249 bilhões.
O número contrasta com os fluxos negativos de R$ 5,232 bilhões do terceiro trimestre de 2013 e de R$ 2,625 bilhões do segundo trimestre deste ano.
Marchas e protestos contra o racismo levam norte-americanos às ruas
Leandra Felipe – Correspondente da Agência Brasil/EBC Edição: Lílian Beraldo
Milhares de norte-americanos foram às ruas na noite de ontem (13) em manifestações em defesa da igualdade racial e contra o racismo. Moradores de Atlanta, Nova York, Boston, São Francisco e de Washington realizaram os protestos. Crianças, jovens e adultos, negros e brancos, participaram dos eventos motivados pela morte de afro-americanos por policiais, no estado de Missouri e em Nova York.
Em Nova York, onde mais de 30 mil pessoas foram às ruas, de acordo com as organizações que promoveram o protesto, a marcha foi chamada de Milhões Marcham em NYC e percorreu parte da zona sul da Ilha de Manhattan até chegar à sede da polícia na cidade. Com o protesto, organizado pelas redes sociais, a população pediu uma resposta contundente por parte do Estado e a punição dos envolvidos no assassinato dos afro-americanos.
Nas marchas, os manifestantes levavam cartazes com frases “Nenhum mais” e “As vidas dos negros importam”.
Dois casos emblemáticos vêm motivando os protestos nos Estados Unidos. O primeiro deles é uma decisão da Justiça, proferida no começo deste mês, de não “imputar crime” ao policial acusado de assassinar, em agosto, em Fergunson (Missouri), o jovem afro-americano Michael Brown. O segundo diz respeito à morte do afro-americano Eric Garner, assassinado em julho, em Nova York. Vídeos mostraram policiais espancando o afro-americano de 43 anos que morreu estrangulado. No caso de Garner, a Justiça também não levou o julgamento adiante sob a alegação de que não havia provas contundentes contra os envolvidos.
Familiares e defensores de direitos civis alegam que os dois estavam desarmados e que a ação da polícia foi violenta, motivada pelo racismo.
Após os episódios, o presidente Barack Obama tem repetido que é inadmissível que eventos como esses continuem ocorrendo. O discurso, entretanto, não agrada as entidades defensoras dos direitos civis e da luta pela igualdade racial nem analistas sociais do tema.
Para eles, a administração de Obama tem “discurso”, mas pouca ação efetiva na promoção da igualdade racial e da justiça para casos de abuso de autoridade cometidas contra pessoas afro-americanas.
Moradores protestam contra teleférico no Morro do Leme
Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas
Moradores do Leme protestam contra instalação de teleférico no Morro do Leme que se interligaria até o Pão de AçúcarArquivo Agência Brasil
Moradores do bairro do Leme, zona sul da cidade do Rio de Janeiro, protestaram hoje (14) contra a instalação de uma estação de teleférico no Morro do Leme. O espaço onde a concessionária Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar pretende instalar a nova estação é uma área de proteção ambiental que pertence ao Exército.
Pelo projeto da concessionária, a estação do Leme será ligada por um teleférico à estação do Morro da Urca, que, por sua vez, se liga à estação do Pão de Açúcar. A subida para todas as estações continuará sendo feita, exclusivamente, pela Praia Vermelha.
O morador Plínio Senna, que integra o Conselho Gestor das Áreas de Proteção Ambiental (Apas) dos Morros do Leme, da Babilônia e de São João, diz que a estação provocará danos ao meio ambiente e terá um impacto negativo na paisagem local.
“Queremos mostrar nossa inquietação com esse projeto que descaracteriza o sítio histórico do Forte Duque de Caxias e que impacta nas áreas de conservação ambiental, ao fazer duas estações de teleférico aqui em cima e ao trazer 7 mil pessoas por dia para cá. É um lugar onde já existe um ponto turístico sustentável e a população entra pagando R$ 4”, disse.
A assessoria de imprensa da concessionária informou que não haverá qualquer dano ao meio ambiente ou ao patrimônio do Exército já existente no local. A empresa disse que as pessoas continuarão podendo subir ao Morro do Leme, pela estrada hoje existente, sem precisar pagar o ingresso do teleférico.
Quanto ao número de visitantes, a empresa negou que são previstas 7 mil visitas diárias para o Morro do Leme. Ela destacou que ainda não há um cálculo sobre isso. Atualmente, segundo a concessionária, a média de visitantes do sistema de bondinhos do Pão de Açúcar é 3 mil pessoas por dia, na baixa temporada, e 6 mil pessoas na alta temporada.
Durante a manifestação, os moradores coletaram assinaturas para pedir ao Exército que se oponha ao projeto e para entregar ao Ministério Público. A discussão sobre a implantação da estação de teleférico no Morro do Leme segue na Câmara dos Vereadores.
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