Presidente dos EUA assumiu papel de apresentador de Talk Show
Presidente dos EUA lidou com bom humor em todos os momentos | Foto: Nicholas Kamm / AFP / CP
O presidente americano, Barack Obama, assumiu o papel de apresentador de Talk Show nessa segunda-feira, zombando de si mesmo durante uma entrevista no programa de Stephen Colbert. "O cara é tão arrogante, aposto que ele fala sobre si mesmo na terceira pessoa", disse um sorridente Obama ao assumir o papel de Colbert no programa de canal a cabo Comedy Central.
Obama lidou com bom humor em todos os momentos do programa. Em um trecho, quando Colbert, com seu estilo irônico elogiou os bons números de desemprego no país, o presidente lançou uma longa resposta sobre a necessidade de aumentar o salário mínimo. "Você empregou um monte de gente, principalmente como secretário de Defesa", disse Colbert, em alusão à nomeação recente de um novo chefe do Pentágono, o quarto em seis anos de governo. "Bem, isso impulsionou um pouco os nossos números", rebateu o presidente, que permitiu que Colbert inclusive perguntasse detalhes de sua vida cotidiana.
Quando o apresentador questionou se, ao fim do dia, o presidente deixa suas meias jogadas no chão como qualquer mortal, Obama assentiu. "Faço isso", admitiu. "E gosta do seu trabalho?", perguntou o apresentador. "Adoro o meu trabalho. É um privilégio incrível", disse o presidente. "Mas quando penso nisso, não penso em termos de título. Você pensa em como faz para dedicar-se ao povo americano, e depois, quando volto para casa... Michelle, Malia, Sasha me dão momentos difíceis e ali não há trombetas, elas me provocam sem piedade", acrescentou o presidente.
Colbert, cujo Talk Show completa 10 anos, se tornou uma das figuras mais relevantes dos programas de humor político, cada vez mais frequentes e populares na televisão americana.
Assista ao início do Talk Show:
AFP e Correio do Povo
Anistia Internacional denuncia violência contra ativistas na América Latina
A Anistia Internacional (AI) denunciou hoje (9) o aumento da violência contra ativistas de direitos humanos na América Latina e exigiu dos governos que tomem medidas para garantir a sua proteção.
No relatório Defender os Direitos Humanos nas Américas: Necessário, Legítimo e Perigoso, a organização registra ataques, repressão e intimidação dos ativistas, "que são constantemente perseguidos e atacados em represália ao seu trabalho", segundo a diretora da AI para o Continente Americano, Erika Guevara.
"Em vários países temos visto um aumento preocupante e vergonhoso da violência e repressão pelo mero ato de defender os direitos humanos e a justiça", declarou Guevara.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU) citados pela AI, a Colômbia é um dos países com o índice mais alto de homicídios, com 40 mortos nos primeiros nove meses deste ano. Entre setembro e outubro, uma centena de ativistas foi ameaçada por grupos paramilitares.
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A pesquisadora da Anistia Internacional Nancy Tapias Torrado observou que muitos desses homicídios poderiam ter sido evitados "se as autoridades tivessem tratado de forma adequada as denúncias e investigado as ameaças e os atos de intimidação de que essas pessoas foram vítimas".
Participantes de campanhas, advogados, jornalistas, líderes de comunidades e sindicalistas são objeto de agressões em sua luta para defender os direitos e denunciar as injustiças, diz a Anistia, que pede aos chefes de governo da América Latina e do Caribe que "façam mais para proteger e apoiar os defensores dos direitos humanos".
O relatório documenta casos de violência contra pessoas que defendem o direito a recursos naturais, os direitos das mulheres, dos homossexuais, das lésbicas, dos transexuais e bissexuais, os direitos dos imigrantes e dos trabalhadores.
O estudo abrange a Argentina, Bolívia, o Brasil, a Colômbia, Cuba, Equador, El Salvador, a Guatemala, o Haiti, Honduras, a Jamaica, o México, a Nicarágua, o Panamá, Paraguai, Peru, a República Dominicana e Venezuela.
Em Honduras, a AI lembra o assassinato, em 27 de agosto, de Margarita Murillo, que dedicou mais de 40 anos à defesa dos direitos dos camponeses.
Em El Salvador, a organização denuncia a frequente intimidação às atividades de defesa dos direitos da mulher e ao aborto, enquanto no Caribe há clara perseguição aos defensores dos direitos dos homossexuais, bissexuais e transexuais.
Agência Brasil e Agência Lusa
OMS: casos de malária caíram 47% em todo o mundo
Da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas
OMS comemora queda nos casos de malária, especialmente na ÁfricaAhmed Jallanzo/EPA/Agência Lusa/ Direitos Reservados
O número de pessoas mortas pela malária (paludismo) caiu quase a metade entre 2000 e 2013, informou hoje (9) a Organização Mundial da Saúde (OMS), no momento em que se enfrenta o maior surto do vírus ebola na África Ocidental.
Entre 2000 e 2013, a taxa de mortalidade relacionada como o paludismo diminuiu 47% em todo o mundo e 54% na África, segundo o relatório anual da OMS, o que permitiu salvar o equivalente a 4,3 milhões de vidas.
“Esses são os melhores resultados que já tivemos e é uma notícia maravilhosa em termos de saúde pública”, disse, em Genebra, o diretor do Programa da OMS contra a Malária.
Globalmente, ocorreram 198 milhões de casos de malária e 584 mil mortes no ano passado - respectivamente 4,3% e 6,9% menos que em 2012 -, com 90% das mortes na África. As crianças com menos de 5 anos constituem 78% dessas vítimas.
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A queda dos casos na África é explicada principalmente pelas medidas de prevenção mais bem aplicadas, sendo que cerca da metade da população em risco, em 2013, teve acesso a mosquiteiros impregnados de inseticida. Em 2004, somente 3% dessa população tinha acesso a essa medida de prevenção.
O aumento dos exames de diagnóstico permitiu a identificação de 62% dos pacientes suspeitos de terem paludismo, com 128 milhões de testes distribuídos na África, em 2013, pela OMS.
A organização conseguiu US$ 2,7 bilhões por meio de financiamentos nacionais e internacionais, pouco mais da metade do que necessitava para as metas fixadas. Muitas pessoas ainda não se beneficiaram da assistência da OMS.
“Estimamos que 278 milhões de pessoas na África vivem em casas com mosquiteiros impregnados com o inseticida e quase 15 milhões de grávidas não têm acesso ao tratamento preventivo”, disse Margaret Chang, diretora-geral da OMS.
No relatório, a organização informa que a pobreza e o baixo nível de educação são fatores determinantes para que falte o acesso aos serviços básicos.
A entidade está preocupada, igualmente, com a propagação do vírus ebola, um forte desestabilizador dos sistemas de saúde, sobretudo na Guiné-Conacri, em Serra Leoa e na Libéria, que ficam privados de certos tratamentos, como a malária, por estarem sobrecarregados devido ao ebola. A malária mata 100 vezes mais que o ebola, que já provocou a morte de 6.331 pessoas, segundo o último balanço da OMS, em 6 de dezembro.
Para a diretora-geral da organização, “reforçar os sistemas de saúde desestabilizados beneficiará a saúde pública mundial, devendo-se concentrar os esforços no controle e na eliminação do paludismo”.
O relatório de 2014 sobre a malária no mundo resume as informações de 97 países onde a doença ainda prevalece.
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