O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, fechou novembro com taxa de 0,56%. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o indicador acumula taxas de inflação de 5,56% no ano e de 6,15% nos últimos 12 meses.
A taxa de novembro é superior à registrada pelo IPC-C1 em outubro (0,46%), mas inferior à inflação para todas as faixas de renda, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que foi 0,65% no mês e que acumula aumento de preços de 6,81% no período de 12 meses.
O avanço da taxa de outubro para novembro foi puxada por quatro classes de despesas, entre elas, alimentação, cuja inflação subiu de 0,43% em outubro para 0,76% em novembro. Foram destaque nessa classe de despesas as hortaliças e legumes, que tiveram alta de preços de 13,04% em novembro.
Outras classes com alta na taxa são habitação (de 0,55% para 0,76%), educação, leitura e recreação (de 0,38% para 1%) e despesas diversas (de 0,13% para 0,2%).
Venda do comércio varejista cresce 1% em outubro
Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas
Comércio varejista cresce nos últimos 12 meses Tânia Rego/Agência Brasil
O comércio varejista teve um crescimento de 1% no volume de vendas na passagem de setembro para outubro deste ano. A taxa é superior à observada de agosto para setembro (0,4%). Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve um crescimento de 1,3% na receita nominal.
O volume de vendas cresceu 1,8% na comparação com outubro do ano passado, 2,5% no acumulado do ano e 3,1% no período de 12 meses. Já a receita nominal teve altas de 7,9% na comparação de outubro deste ano com o mesmo período do ano passado, 8,9% no acumulado do ano e 9,4% no período de 12 meses.
Na passagem de setembro para outubro, sete dos oito segmentos do comércio varejista tiveram alta no volume de vendas. Apenas o setor de livros, jornais, revistas e papelaria teve uma queda, de 0,9%.
Equipamentos de informática lideram vendas junto com equipamentos e materias de escritório e comunicação Tânia Rêgo/Agência Brasil
Entre os sete setores com alta, o principal desempenho foi observado no de equipamentos e materiais de escritório, informática e comunicação (3,5%). Os demais setores tiveram as seguintes taxas de crescimento: tecidos, vestuário e calçados (2%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,4%); supermercados, produtos alimentícios e bebidas (1,3%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,8%); combustíveis e lubrificantes (0,5%) e móveis e eletrodomésticos (0,3%).
O comércio varejista ampliado – que inclui o varejo, os materiais de construção e os veículos e peças – teve crescimento no volume de vendas de 1,7%, em outubro, na comparação com setembro, devido às altas de 4,3% nos veículos e peças e de 1,4% no material de construção.
PÂNICO NA GRÉCIA COM EXPECTATIVA DE VITÓRIA DA ULTRA-ESQUERDA!
(Yahoo News, 09) 1. Na última terça feira o preço das ações sofreu sua pior queda em décadas em meio a preocupações de que a Grécia está se dirigindo para uma crise política que pode colocar em risco o seu vital programa de ajuda econômica. O índice de referência de Atenas perdeu 11,3% em média nas operações de terça-feira, na pior queda em um único dia desde 1987, depois que o governo liderado pelos conservadores divulgou a data para as eleições presidenciais. Se a votação no Parlamento não for conclusiva, serão convocadas eleições gerais.
2. A queda da bolsa reflete os temores de que o principal partido de oposição de esquerda, SYRIZA, que lidera as pesquisas de opinião, possa vir a ganhar as eleições gerais. O Syriza disse que vai pedir uma redução substancial no valor devido pela Grécia em empréstimos para seu resgate. O partido não disse se fará uma ação unilateral, medida que aliviaria o fardo da dívida, mas que pode ter outros efeitos negativos como dissuadir os investidores internacionais de emprestar dinheiro para o país durante anos, prejudicando a sua capacidade de se recuperar financeiramente depois que houver uma melhora na economia.
3. O presidente grego tem muito pouco poder político. Mas a eleição requer maioria absoluta, incluindo o apoio de alguns parlamentares da oposição, o que parece fora do alcance da frágil coalizão de governo. Se três votações sucessivas entre os dias 17 e 29 de dezembro forem infrutíferas, devem ser convocadas eleições gerais no início de fevereiro, quase um ano e meio antes do previsto.
Ex-Blog do Cesar Maia
Brasil vai integrar comitê de assistência a refugiados palestinos
Paulo Victor Chagas* – Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar
A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) decidiu aceitar o Brasil como membro permanente do comitê que discute e delibera sobre os apoios aos refugiados palestinos. O país já participava, nas últimas reuniões, do colegiado, denominado formalmente Comitê Consultivo da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA, na sigla em inglês).
Além do Brasil, o comitê admitiu os Emirados Árabes Unidos. O colegiado é o órgão de mais alto nível da agência que toma decisões sobre as metas e estratégias no país. O Brasil será o primeiro país latino-americano a integrar o comitê, composto por 27 membros.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o governo brasileiro ficou satisfeito com a inclusão no comitê consultivo, e vai contribuir com as forças internacionais de assistência aos refugiados palestinos. Essas ações fazem parte, segundo o Itamaraty, dos esforços brasileiros para a promoção da paz no Oriente Médio.
Além dos dois novos países, o colegiado é composto pela: Alemanha; Arábia Saudita; Austrália; Bélgica; Canadá, e Dinamarca; pelo Egito; pela Espanha; pelos Estados Unidos; pela Finlândia; rança; Irlanda e Itália; pelo Japão; pela Jordânia; pelo Kuwait e pelo Líbano; por Luxemburgo; pela Noruega; pelos Países Baixos; pelo Reino Unido; pela Suécia; Suíça; Síria e Turquia. Como observadores, participam a União Europeia, a Liga Árabe e a própria Palestina.
*Com informações da Rádio ONU
Escritórios buscam investidores para ação contra Petrobras nos EUA
Ao menos quatro empresas mandaram mensagens a investidores.
Estatal é acusada de divulgar dados falsos ao mercado norte-americano.
Escritórios norte-americanos de direito estão em busca de novos investidores interessados em participar de ação coletiva contra a Petrobras em Nova York, informou nesta quarta-feira (11) a agência Reuters. A estatal brasileira é alvo de uma ação coletiva aberta pelo escritório de advocacia norte-americano Wolf Popper LLP em nome dos investidores que compraram ações da petroleira nos Estados Unidos. A acusação é de ter divulgado informações falsas ao mercado e e superfaturado o valor de suas propriedades, em razão do suposto esquema de corrupção investigado pela operação Lava Jato.
Segundo a Reuters, após o Wolf Popper dar entrada na ação, com prazo até 6 de fevereiro para investidores se tornarem autores da ação, começou uma corrida de outros escritórios em busca de novos clientes. O Glancy Binkow & Goldberg LLP enviou e-mail a investidores nesta quarta-feira dizendo que está investigando pedidos em nome de acionistas da Petrobras sobre supostas violações das leis federais de valores mobiliários dos Estados Unidos.
A investigação, segundo o escritório que fica em Los Angeles, na Califórnia, está focada em declarações emitidas pela petroleira entre 20 de maio de 2010 e 21 de novembro de 2014, sobre operações e desempenho financeiro. Na carta enviada a investidores, o escritório alerta que há acusações de que a estatal teria deturpado ou omitido lavagem de dinheiro e suborno em um esquema multibilionário desde 2006.
Para o Glancy Binkow & Goldberg LLP, as denúncias recentes de corrupção envolvendo a Petrobrascausaram uma queda de 46% no valor das ações da empresa entre 5 de setembro último e 24 novembro.
"Se você comprou ADS da Petrobras, se você tiver informações ou gostaria de saber mais sobre estas alegações, ou tem alguma dúvida sobre este anúncio ou de seus direitos ou interesses em relação a esses assuntos, entre em contato", diz comunicado do Glancy Binkow & Goldberg LLP.
Também nesta quarta-feira, os escritórios Brower Piven, da cidade de Stevenson, Maryland, e Kahn Swick & Foti, LLC, da cidade de New Orleans, Louisiana, enviaram mensagens a investidores lembrando o prazo de 6 de fevereiro para interessados em participar da ação coletiva. Ambos disseram que estão à disposição de investidores que se sintam prejudicados.
Petrobras já recebeu citação
A Petrobras informou que recebeu nesta terça-feira (9) citação relativa à ação coletiva movida por um escritório de advocacia dos Estados Unidos contra a petroleira. A companhia afirma que "realizará sua defesa através de escritório de advocacia americano especializado".
Segundo a Petrobras, o autor da ação afirma ser titular de ações da Petrobras nos Estados Unidos e pede para representar outros investidores que compraram os papéis da empresa brasileira entre maio de 2010 e novembro de 2014, "alegadamente prejudicadas uma vez que o preço das ADSs [ações] da Petrobras teria sofrido desvalorização a partir das recentes denúncias de casos de corrupção". Segundo a empresa, o autor da ação requer "a condenação da Petrobras ao pagamento de indenização pelas perdas supostamente sofridas".
A acusação é de violação das normas da Securities and Exchange Commission (SEC) - o órgão que regula o mercado de capitais nos Estados Unidos e que, no Brasil, seria correspondente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Segundo a acusação, a Petrobras divulgou aos investidores informações enganosas, "desvirtuando fatos e não informando a cultura de corrupção na companhia que consistiu em um esquema multibilionário de suborno e lavagem de dinheiro" que acontece na empresa desde 2006.
A Petrobras também é acusada de ter superfaturado o valor de suas propriedades e equipamentos em seu balanço oficial. Ainda de acordo com a acusação, "quantias superfaturadas pagas em contratos foram contabilizadas como ativos no balanço. Essas quantias foram superfaturados porque a Petrobras inflou o valor de seus contratos de construção".
A Wolf Popper LLP aponta que, em meio às denúncias envolvendo a petroleira e ao reconhecimento de que pode haver reajuste no histórico de demonstrações financeiras da companhia por conta dos contratos superfaturados, as ações ADS da companhia caíram 46% entre setembro e novembro, passando de US$ 19,38 para US$ 10,50.
Em nota, a Petrobras reiterou "que está colaborando com as investigações conduzidas pelas autoridades públicas".
Documentos solicitados por regulador dos EUA
Em novembro, a SEC já havia solicitado à Petrobras documentos relativos a uma investigação que o próprio órgão dos EUA está fazendo sobre a empresa brasileira.
Em comunicado divulgado na ocasião, a petroleira informou que os documentos seriam enviados "após um trabalho conjunto com o escritório nacional Trench, Rossi e Watanabe Advogados e com o norte-americano Gibson, Dunn & Crutcher, já contratados pela Petrobras para fazer uma investigação interna independente".
"A Petrobras reitera o seu compromisso de atender as autoridades públicas americanas com o mesmo empenho que vem atendendo as autoridades públicas brasileiras", disse a empresa, sem informar quais documentos a SEC pediu.
No dia 10 de novembro, o jornal britânico "Financial Times" informou que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu uma investigação criminal contra a Petrobras por conta das denúncias de corrupção na companhia.
Denúncias
A Petrobras está no centro das investigações da operação Lava-Jato, da Polícia Federal. O esquema, segundo a PF, foi usado para lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, segundo as autoridades policiais, e movimentou cerca de R$ 10 bilhões. De acordo com a PF, as investigações identificaram um grupo brasileiro especializado no mercado clandestino de câmbio.
Os principais contratos sob suspeita são a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, que teria servido para abastecer caixa de partidos e pagar propina, e o da construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, da qual teriam sido desviados até R$ 400 milhões.
Fonte: G1 notícias - 10/12/2014 e Endividado
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