Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos I. S. Azambuja
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O
trabalho de infiltração nas Forças Armadas objetiva dividi-las, uma vez
que os comunistas supõem que em seu interior,em alguns países, em
determinadas ocasiões, ganham terreno tendências “patrióticas e democráticas”
A infiltração política e ideológica do comunismo nas Forças Armadas objetiva, basicamente, ganhar adeptos e aliados, uma vez que a posição classista e internacionalista dos partidos comunistas só poderá obter verdadeira importância e exercer o papel dirigente que, segundo a doutrina científica, lhes corresponde na revolução, se for ampliada a sua influência entre os setores não proletários da sociedade, entre os quais os componentes das Forças Armadas.
Os
comunistas recorrem à infiltração com o objetivo de tirar as Forças
Armadas do controle institucional democrático e colocá-las a serviço da
luta revolucionária. Afirmam expressamente que partindo da experiência
histórica da luta de classes, os marxistas delineiam como uma de suas
tarefas primordiais a de arrebatar os exércitos do controle da
burguesia.
A experiência histórica dos comunistas remonta à atividade bolchevique para ganhar os militares, a qual contém fórmulas utilizadas até os nossos dias. O professor soviético V. Fomin reafirmou em 1971 que “conserva seu valor e atualidade a atividade de Lenin e do Partido Bolchevique, que realizaram
um trabalho inflexível e sistemático no Exército para ganhar as tropas,
romper o Exército burguês e criar posteriormente as Forças Armadas da
revolução socialista” (Revista Internacional, fevereiro de 1971).
De conformidade com os textos marxistas-leninistas são válidas até os dias de hoje as seguintes experiências de infiltração:
-
agitação e propaganda no seio das Forças Armadas, fundamentalmente por
intermédio da imprensa, que sempre foi considerada pelos comunistas um
poderoso instrumento de influência ideológica;
-
criação de uma aliança revolucionária entre o partido e os militares,
condição considerada indispensável para o avanço da revolução;
- criação de células do partido dentro das Forças Armadas.
O
trabalho de infiltração nas Forças Armadas também objetiva dividi-las,
uma vez que os comunistas supõem que em seu interior, em alguns países,
ganham terreno tendências “patrióticas e democráticas”. Qualquer
que seja o caminho revolucionário que se tome – armado ou não armado –,
há necessidade de um trabalho político no interior das Forças Armadas
com a finalidade de inclinar parte delas, quando estejam presentes as
condições objetivas e subjetivas, para o lado da revolução.
O
princípio geral de dividir o adversário e explorar suas contradições
para debilitá-lo e, inclusive, utilizar parte de suas forças, sempre foi
utilizado pelos comunistas de todo o mundo embora, segundo a doutrina,
um aliado desse tipo, seja temporário, vacilante, pouco seguro e
condicional.
Outro
método comunista de imobilizar as Forças Armadas consiste em sua
neutralização. Em inibir seu interesse pelas grandes decisões políticas,
seguindo a máxima de que quem não pode ser cooptado, deve ser
neutralizado, buscando impedir que prestem ajuda efetiva à “burguesia em sua luta com o proletariado”,
no caso de um eventual golpe de Estado ao estilo do ocorrido na
Checoslováquia em 1948. Ora, o povo, desarmado e sem proteção armada
institucional, render-se-á fatalmente à investida comunista. Desarmado o
povo brasileiro já está...
Outro
objetivo da neutralização é o de impedir qualquer ação das Forças
Armadas contra a implantação ou manutenção de um regime socialista,
lançando palavras-de-ordem “contra o golpe de Estado” e “contra a guerra civil”. A suposta “defesa dos direitos humanos”
e a liberação dos arquivos dos Serviços de Inteligência, sob a alegação
de que isso levaria à suposta localização de mortos e desaparecidos
durante a luta armada dos anos 60 e 70, como ocorre hoje no Brasil, são
ações que também objetivam neutralizar as Forças Armadas e mantê-las em
uma posição defensiva, como se culpadas fossem de, constitucionalmente,
defenderem a Lei e a Ordem, impedindo que a Pátria fosse transformada em
uma republiqueta popular democrática.
Em
outra etapa, na medida em que a socialização avança, os comunistas
buscam tranqüilizar as Forças Armadas apoiando e elogiando
hipocritamente o seu profissionalismo e a sua neutralidade política. Por
outro lado, e finalmente, em um clima de aguda crise econômica,
política, moral e social, é imprescindível para os comunistas recorrerem
a métodos estritamente políticos para conter e neutralizar qualquer
intento intervencionista das Forças Armadas em defender os “interesses das oligarquias”.
Qualquer semelhança é pura coincidência...
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terça-feira, 9 de dezembro de 2014
Infiltração e neutralização das Forças Armadas
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