segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

EUA não estavam cientes de negociação por refém sul-africano no Iêmen

Professor de 56 anos seria libertado no mesmo dia em que ocorreu intervenção militar

O governo dos Estados Unidos não estava ciente das negociações para libertar o refém sul-africano que morreu durante uma operação frustrada de suas forças especiais no Iêmen, afirmou nesta segunda-feira o embaixador americano na África do Sul. Pierre Korkie, um professor de 56 anos, havia sido capturado por militantes da Al-Qaeda no Iêmen há mais de um ano e morreu no sábado, aparentemente horas antes de sua libertação.
O grupo não governamental sul-africano "Gift of the Givers" disse que havia negociado a libertação de Korkie e comunicado a sua esposa Yolande que em breve ele voltaria para casa. Mas o embaixador Patrick Gaspard indicou à emissora de rádio 702 que os Estados Unidos não estavam cientes de sua libertação iminente. "O governo dos Estados Unidos desconhecia completamente que havia negociações entre a Gift of the Givers e esses captores brutais da Al-Qaeda", disse Gaspard. Indicou que Washington também não sabia que Korkie estava detido no mesmo lugar que Luke Somers, um fotojornalista americano que também morreu na operação frustrada das forças especiais dos Estados Unidos na província de Shabwa, no Iêmen. "O presidente soube através do Conselho Nacional de Segurança que o refém Luke Somers enfrentava uma ameaça iminente", disse Gaspard."Foi publicado um vídeo" que dizia que "seria executado em 72 horas. Com esta informação (...) o presidente Obama autorizou a missão de resgate para tentar libertar Somers e evitar que tivesse o mesmo destino que outros tiveram recentemente", acrescentou.

 

 

AFP e Correio do Povo

 

Médico americano dá primeira entrevista após sobreviver ao ebola

Ian Crozier espera voltar à África Ocidental

Um médico americano que contraiu ebola em Serra Leoa e sobreviveu depois de semanas de tratamento intensivo em Atlanta (sudeste) concedeu sua primeira entrevista no domingo. Ian Crozier, que durante o tratamento pediu para permanecer no anonimato, disse que não se lembrava das primeiras três semanas em que passou isolado no hospital Emory, onde esteve à beira da morte devido ao vírus hemorrágico.
No entanto, o médico, que estava em Serra Leoa para ajudar a combater o avanço da epidemia que matou até agora mais de 6 mil pessoas na África ocidental, leu seu histórico clínico. "Este histórico clínico parece muito ruim", disse ao jornal The New York Times. Crozier e seus familiares afirmaram ter concedido entrevistas para alertar sobre a epidemia, que segue causando mortes, e para agradecer à equipe médica que salvou sua vida. E apesar da gravidade da doença e do medo de ficar com dano cerebral permanente - Crozier afirma sentir que seu cérebro está mais lento do que antes - o médico nascido no Zimbábue afirma que espera voltar à África ocidental para continuar tratando os pacientes com ebola nos próximos meses.
"Ainda há muito a ser feito", afirmou, destacando que sua recuperação também significava que poderia ter ficado imune ao vírus. Crozier viajou a Serra Leoa em agosto pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Ficou doente em setembro e passou 40 dias em um hospital americano, sendo o paciente mais afetado já tratado por este centro médico, segundo Jay Varkey, especialista em doenças contagiosas.
Os médicos que o atenderam recorreram a um tratamento intensivo que incluiu diálise e ventilação para ajudá-lo a se manter com vida enquanto o vírus fazia estragos em seu corpo e paralisava seus rins. "Uma das coisas que Ian nos ensinou foi: 'Adivinhem? É possível ficar tão doente a ponto de precisar deste tipo de tratamento e ainda assim sair caminhando do hospital'", disse o coordenador da equipe médica que o atendeu, Bruce Ribner.
Crozier também recebeu sangue de uma enfermeira britânica que havia sobrevivido ao ebola, em um tratamento experimental que pode permitir a transferência de anticorpos que ajudem a combater a doença. O homem de 44 anos agora está de volta com sua família a Phoenix, recuperando forças depois de ter perdido cerca de 14 quilos.

 

 

AFP e Correio do Povo

 

Tufão Hagupit provoca destruição e mortes nas Filipinas

 

Publicado em 7 de dez de 2014

Tufão mata pelo menos duas pessoas nas Filipinas.
O tufão Hagupit atingiu neste fim de semana as Filipinas. O fenômeno provocou destruição e mortes.
Crédito: AFP

 

 

Trinta mortos em ataques aéreos contra talibãs no Paquistão

Quase 1,6 mil rebeldes islamitas morreram desde junho

Ataque ocorreu na fronteira com o Paquistão | Foto: Rouf Bhat / AFP / CP

Ataque ocorreu na fronteira com o Paquistão | Foto: Rouf Bhat / AFP / CP

Pelo menos 30 pessoas, incluindo comandantes talibãs, morreram em ataques da aviação paquistanesa nas zonas tribais do noroeste do Paquistão, na fronteira com o Afeganistão, afirmaram fontes das forças de segurança locais. O alvo do ataque era Hafiz Gul Bahadur, comandante dos talibãs do Waziristão do Norte, segundo as fontes.
Os ataques aéreos aconteceram no domingo à noite na área de Datta Khel, que o exército ainda não controla, seis meses depois do início de uma ofensiva contra os grupos talibãs vinculados a Al-Qaeda no Waziristão do Norte. A aviação atacou um grupo de combatentes de Hafiz Gul Bahadur e seu aliado Sadiq Noor, segundo uma fonte talibã.
"Sete comandantes de Gul Bahadur e Sadir Noor morreram no ataque", afirmou outra fonte da rebelião islamita, que não revelou detalhes sobre o destino dos dois líderes. Hafiz Gul Bahadur é um aliado do grupo talibã afegão Haqqani e tem uma relação ruim com os talibãs paquistaneses do grupo TTP, que luta contra o governo do Paquistão.
Quase 1,6 mil rebeldes islamitas morreram desde junho, quando o exército paquistanês iniciou uma ofensiva contra Gul Bahadur, segundo um balanço com base em informações das Forças Armadas.

 

AFP e Correio do Povo

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