A presidenta Dilma Rousseff durante café da manhã com jornalistas do Palácio do Planalto.(Roberto Stuckert Filho/PR.)Roberto Stuckert Filho/PR.
A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (22) que vai anunciar os novos ministros de seu governo até o próximo dia 29 e antecipou que fará consultas ao Ministério Público (MP) antes de decidir. “Eu consultarei o MP mais uma vez. Para qualquer pessoa que for indicar, eu consultarei”, afirmou
A sinalização esperada pelo governo é sobre nomes citados nas delações premiadas de presos pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga irregularidades em negócios da Petrobras. Durante café da manhã com jornalistas, Dilma lembrou que tem pedido informações ao órgão, mas completou: “Eu só quero que me diga sim ou não. Não quero saber o que eles não podem me dizer”.
Ainda em relação às denúncias envolvendo a estatal, ela informou que vai anunciar, depois dos ministros empossados, o segundo escalão do governo que envolve diretorias de bancos e instâncias consultivas, como o Conselho de Administração da Petrobras.
“Até por consideração com o novo ministro. Sem ter nomeado o ministro de Minas e Energia, como eu indico um conselho que é subordinado a ele?”, explicou. Dilma voltou a afirmar que não pretende trocar a presidenta da Petrobras, Graça Foster, e manifestou confiança na atual dirigente da estatal. “Tem que ter prova apresentada sobre qualquer conduta da presidente. Eu conheço a Graça Foster, sei da sua seriedade e lisura. É importante saber qual é a prova. Não vejo nenhum indício de irregularidade na diretoria da Petrobras”, acrescentou.
A presidenta defendeu que as investigações continuem, mas classificou como “simplistas” as suspeitas de que Graça Foster sabia das irregularidades por ocupar o maior cargo da empresa. A mesma expressão foi usada para as críticas às indicações políticas de alguns cargos. “Eu não vou demonizar indicações políticas. É de um simplismo grotesco. O problema do Brasil não é se são políticos ou técnicos. Ninguém está acima do bem e do mal”, avaliou.
Dilma disse que foram “absurdos os volumes de dinheiro de alguns funcionários. Acho que as pessoas que participam de irregularidades têm que ser punidas”, disse.
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STF autoriza João Paulo Cunha a passar Natal ou Ano-Novo com a família
Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso autorizou o ex-deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão, a passar uma semana com a família, em São Paulo, para as comemorações de fim de ano. Condenado por lavagem de dinheiro, após ter recebido R$ 50 mil do publicitário Marcos Valério, João Paulo Cunha terá sete dias, período autorizado pelo STF, para se deslocar até São Paulo, onde poderá passar o Natal ou o Ano-Novo com a familia.
Na decisão, Barroso defere "parcialmente" o pedido feito pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados “a se deslocar, pelo prazo máximo de sete dias, no período natalino ou de final de ano”, para a residência de seus familiares, “em endereço que deverá ser previamente informado à Vara de Execuções Penais do Distrito Federal”.
Segundo o Ministério Público Federal, ficou comprovado que Cunha dissimulou a origem do dinheiro recebido pelo publicitário Marcos Valério ao enviar a mulher para sacar a quantia. Isso, segundo o órgão, configura crime de lavagem de dinheiro, pois o esquema de pagamento consolidado pelo núcleo financeiro, comandado pelo publicitário Marcos Valério, impedia a atuação de órgãos de fiscalização, como o Banco Central.
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