quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Caso Andressa gera alerta para aplicações de hidrogel

Especialista diz que procedimentos estéticos são extremamente perigosos

Andressa está internada no Hospital Conceição em Porto Alegre | Foto: Instagram / Divulgação / CP

Andressa está internada no Hospital Conceição em Porto Alegre | Foto: Instagram / Divulgação / CP

Os procedimentos estéticos foram vulgarizados. Todo mundo acha que é fácil aplicar produtos no corpo e que isso pode ser feito de qualquer maneira. Porém, são processos extremamente perigosos.” O alerta foi feito ontem pela presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Denise Steiner. Acompanhando os desdobramentos do caso da modelo e apresentadora Andressa Urach, ela mostrou preocupação com o aumento de casos envolvendo aplicações com hidrogel. “O receio é grande porque as complicações aumentaram e, infelizmente, vislumbramos um crescimento ainda maior”, lamentou a médica.
Ela explicou que muitas pessoas aceitam se submeter a esses procedimentos em busca de um resultado rápido e estético (como o aumento na região das coxas e do bumbum), mas não levam em consideração os riscos. Destacou que, diferentemente da colocação de uma prótese de silicone, o hidrogel (o material usado para preenchimento da pele) é aplicado diretamente no corpo, sem nenhuma camada de proteção, como o silicone. Além de complicações na aplicação, há situações em que os problemas podem surgir com o tempo. Um exemplo é a alergia ao material e o desenvolvimento do biofilme (película de bactérias), sendo que esse último pode desencadear infecções mais agressivas.
O Hospital Conceição de Porto Alegre, onde Andressa está internada, desmentiu algumas informações que foram divulgadas nas redes sociais e veículos de comunicação, que diziam que a modelo teria tido uma parada cardiorrespiratória durante a sua internação ou teria sido submetida à amputação de membro inferior. O boletim é assinado pelos médicos Henrique Saltz Netto e Willian Victor Lissa Dalprá, que são os coordenadores da UTI, onde ela está internada. Pelas redes sociais, a mãe de Andressa, Marisete de Faveri, pediu que os fãs rezem pela recuperação da filha. Andressa é apresentadora e também participou do programa “A Fazenda”, da TV Record, em 2013.

Registro irregular na Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou ontem que investigará o caso da modelo Andressa Urach. Irá iniciar a análise assim que for notificada pela Vigilância Sanitária local. Atualmente já existe uma investigação semelhante do caso de Maria José Brandão, que morreu em outubro, em Goiânia, depois de fazer uma aplicação de hidrogel.
Sobre a substância, a Anvisa diz que quem regulamenta os procedimentos são o Conselho Federal de Medicina e as sociedades nas suas especialidades. No entanto, numa análise do produto com nome comercial “gel hidrofílico Aqualift”, a Anvisa informa que esse “se encontra com registro irregular na Anvisa desde 31 de março de 2014”. A agência também explica que, em 30 de maio de 2014, foi publicado em Diário Oficial da União o indeferimento do pedido de revalidação desse registro, pois, ao solicitar sua revalidação, a empresa não apresentou documentação necessária. Até que esteja sem regularização, o produto não pode ser comercializado, segundo a Anvisa.
No entanto, as substâncias já comercializadas, que estão no estoque de clínicas, poderão ser utilizadas pelos profissionais, até que não haja a determinação de recolhimento do produto no mercado. “A empresa, se tiver estoque remanescente, pode requerer a autorização da Anvisa. Mas ela está proibida de comercializar sem essa autorização”, informa a agência.

 

 

Correio do Povo

 

E POR FALAR EM META DE SUPERÁVIT PRIMÁRIO - GRANDE POLÊMICA ATUAL!


1. LDO de 2000 para orçamento de 2001 mudou.  Em 2009/2010 mudou de 2,85% do PIB para 1,6% do PIB. Em 2010/2011 mudou de 2,35% do PIB para 2,15% do PIB. Em 2011/2012 mudou de R$ 89,4 bilhões para R$ 81,8 bilhões. 2012/2013 mudou de R$ 155,8 bilhões para R$ 108,09 bilhões.
2. Seria importante uma pesquisa nas LDOs dos grandes Estados para ver se a LDO foi alterada no ano seguinte.
3. Conheça o quadro apresentado pelo site da Câmara de Deputados na madrugada de hoje.

 

Ex-Blog do Cesar Maia

 

Lava Jato tinha normas de campeonato, diz delator

Revelação foi feita pelo executivo Augusto Ribeiro de Mendonça, da Toyo Setal, em depoimento à Polícia Federal

Para ratear as obras da Petrobras, o cartel de empreiteiras investigado na Operação Lava Jato elaborou um regulamento semelhante às normas de um "campeonato de futebol". A revelação foi feita pelo executivo Augusto Ribeiro de Mendonça, da Toyo Setal, em depoimento à Polícia Federal. Segundo ele, as normas do "clube" de empreiteiras chegaram a ser escritas e eram de conhecimento das empresas participantes. Porém, os registros foram destruídos após a Operação Lava Jato ser deflagrada, em março, devido ao risco de ser apreendidos e usados como prova pelos investigadores.
"Em algum momento, alguém escreveu essas regras, como se fossem (de) um campeonato de futebol, para evitar discussões entre as empresas do clube", afirmou, acrescentando que os autores do regulamento eram, possivelmente, os dois "coordenadores" do cartel: Ricardo Pessoa e Antônio Carlos, da UTC. O executivo - que aceitou fazer delação premiada, em troca de redução de pena - descreveu as regras. Aos investigadores, disse que as empreiteiras se reuniam regularmente para escolher com qual obra da Petrobras cada uma ficaria. As empresas davam notas para os projetos, de 1 a 3, conforme suas prioridades. A partir daí, discutiam os preços a ser apresentados nas licitações. As vencedoras eram previamente definidas. As demais participantes das concorrências entravam como figurantes.
O regulamento do cartel previa formas para solucionar conflitos, em caso de disputa acirrada por uma mesma obra. As empreiteiras, segundo Mendonça, eram chamadas de "equipes", como nos jogos de futebol, e participavam de "rodadas" para definir as executoras dos projetos da estatal.

 

 

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

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