Papéis da Petrobras chegaram a cair cerca de 6% e, depois, a disparar 7%.
Na véspera, Ibovespa caiu 2,05% e ações da Petrobras perderam 9%.
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- Dólar opera em alta pelo 5º dia e alcança R$ 2,75
- Mercado paga um terço do que a Petrobras vale, diz Economatica
- Petrobras perde peso na 2ª prévia da composição do índice Ibovespa
- Acompanhe mais cotações do mercado financeiro
O dia é de volatilidade na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), numa sessão marcada por fortes oscilações das ações da Petrobras e pelo quadro de aversão a risco no exterior.
Às 16h19, o Ibovespa, principal índice da bolsa, caía 0,44%, a 46.814 pontos. Veja cotação.
Perto do mesmo horário, a ação preferencial da Petrobras subia 3,38%, cotada a R$ 9,49. Já as ações ordinárias avançavam 3,17%, a R$ 8,79.
Os papéis da petroleira chegaram a cair cerca de 6% no início dos negócios e, mais cedo, disparavam mais de 7%. Mas as ações seguiam sendo negociadas sem tendência definida. Veja cotação das ações
No exterior, a apreensão com a contínua queda dos preços do petróleo acentuou-se com a alta taxa básica de juros na Rússia de 10,5% para 17% para enfrentar o colapso do rublo, enquanto dados da China mostraram contração da atividade industrial.
Queda de 9% na véspera
Na segunda-feira (15), a Bovespa fechou em queda de 2,05%, aos 47.018 pontos, menor patamar de fechamento desde 19 de março, quando a Bolsa fechou aos 46.567 pontos.
As ações preferenciais da Petrobras perderam 9,2%, a R$ 9,18, menor cotação de fechamento desde maio de 2005. Os papéis ordinários cederam 9,94%, a R$ 8,52, mínima desde julho de 2004. Trata-se da maior queda desde o final de outubro.
As ações da Petrobras terminaram no vermelho pelo sexto pregão consecutivo, acumulando no período um declínio de 25%. No ano, a desvalorização dos papéis da Petrobras já superam os 40%.
Petrobras divulga novo comunicado
A Petrobras afirmou nesta terça-feira que a ex-gerente Venina Velosa da Fonseca só enviou em novembro deste ano, à presidente da estatal, Maria das Graças Foster, e-mail alertando sobre irregularidades na refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, e nas áreas de Comunicação do Abastecimento e à área de comercialização de combustível de navio (bunker).
Reportagem do jornal "Valor Econômico" da última sexta afirmou que a diretoria da Petrobras já havia sido alertada diversas vezes por Venina sobre a ocorrência de irregularidades em contratos da estatal. O jornal relata que, apesar das advertências, a direção da empresa não agiu para conter os desvios bilionários e ainda destituiu de seus cargos os executivos que tentaram barrar o esquema de corrupção.
Em nota enviada nesta terça, a Petrobras afirma que os e-mails encaminhados a Graça pela ex-gerente em abril de 2009, agosto e outubro de 2011 e fevereiro de 2012, "não explicitaram irregularidades" nessas áreas.
Após a reportagem, a oposição passou a cobrar a demissão de Graça Foster.
Em reunião com a presidente Dilma Rousseff na última quarta-feira (10), a própria Graça Foster propôs a substituição dela e dos demais diretores da empresa em razão do desgaste com a crise na estatal, segundo apurou a GloboNews.
Dólar em alta
No exterior, a apreensão com a contínua queda dos preços do petróleo acentuou-se com a alta taxa básica de juros na Rússia de 10,5% para 17% para enfrentar o colapso do rublo, enquanto dados da China mostraram contração da atividade industrial.
Nesta terça-feira, o dólar operava em alta pelo 5 dia seguido, chegando ao patamar de R$ 2,74, o que favorecia as ações de empresas exportadoras.
Destaques do Ibovespa
A alta do dólar fazia as ações da Gol registrarem a maior queda do Ibovespa, de mais de 10%, apesar da nova queda nos preços do petróleo.
Na outra ponta, os papéis da mineradora Vale subiam mais de 4%.
O setor siderúrgico era destaque positivo, com Usiminas e Gerdau também em alta. Dados do Instituto Aço Brasil (IABr) mostraram mais cedo que a produção brasileira de aço bruto em novembro somou 2,772 milhões de toneladas, crescimento de 2,4% sobre o resultado de um ano antes. Ao mesmo tempo, distribuidores de aço plano do Brasil esperam alta de 2% nas vendas em 2015.
Nova carteira Ibovespa
A segunda prévia para a carteira do Ibovespa que irá vigorar de janeiro a abril de 2015 mostra um leve encolhimento na composição do principal índice da bolsa paulista frente ao portfólio do último pregão, com o total de papéis listados passando de 70 para 68 ativos.
A versão divulgada nesta segunda-feira pela BM&FBovespa com base no fechamento do dia 15 de dezembro exclui os papéis da construtora e incorporadora Rossi Residencial, da empresa de logística Cosan Log e das preferenciais da distribuidora paulista de energia Eletropaulo. Ao mesmo tempo, inclui os papéis da administradora de shopping centers Multiplan.
A nova prévia mostra crescimento na fatia dos bancos no índice, com Itaú passando para 11,237% e Bradesco subindo a 8,521%. Na carteira válida de setembro a dezembro, tais percentuais são 9,98% e 7,64%, respectivamente.
A participação das preferenciais Petrobras caiu quase pela metade, de 8,7% para 4,704%, enquanto os papéis ordinários da estatal deixam de aparecer entre os cinco maiores pesos na carteira.
Ambev e Vale também aparecem entre as cinco maiores fatias na segunda prévia para a nova composição do índice, com 7,085% e 3,815.
Policial é considerado culpado por morte de brasileiro na Austrália
Um tribunal australiano considerou hoje (16) culpado um dos policiais envolvidos na morte do estudante brasileiro Roberto Laudisio Curti, que foi atingido por disparos de taser durante uma perseguição em Sydney, em março de 2012.
A juíza Claire McFarlane condenou o policial Damian John Ralph, mas optou por deixá-lo em liberdade condicional após pagamento de fiança. Ralph não poderá cometer crimes durante os próximos dois anos. Os demais envolvidos no caso – Eric Lim, Scott Edmondson e Daniel Barling – foram absolvidos.
Roberto, de 21 anos, morreu após ter sido perseguido por mais de dez policiais, que o atingiram 14 vezes com choques elétricos. Segundo a polícia, ele tinha roubado dois pacotes de bolachas em uma loja no centro de Sydney. Antes do incidente, o estudante brasileiro tinha sofrido um surto psicótico e corrido pelo centro da cidade após ter tomado drogas.
Segundo a perícia médica, os agentes agiram de forma brutal, imprudente e perigosa, ao deter o jovem usando taser e gás de pimenta.
As pistolas elétricas – taser – provocam descargas de 400 volts e são usadas pelas forças de segurança em países como a Austrália, o Reino Unido e os Estados Unidos para dominar suspeitos em situações que não justificam o uso de armas de fogo.No entanto, organizações como a Anistia Internacional denunciam que esse tipo de arma já causou dezenas de mortes e pode ser usado para torturar os detidos.
Agência Brasil e Jornal do Brasil
Elevação de taxa de juros pelo BC russo: queda no rublo e nos EUA
Os principais índices futuros do mercado de ações dos EUA abriram em queda, com os investidores acompanhando novamente o movimento de baixa no preço do petróleo e repercutindo a derrocada no rublo, após o Banco Central da Rússia ter elevado a taxa básica de juros.
Por volta das 12h20, no mercado futuro, o Dow Jones caía 0,26%, a 17.081 pontos, o S&P 500 tinha perda de 0,38%, a 1.975,75 pontos, e o Nasdaq retraía 0,55%, a 4.137,25 pontos.
Na noite de ontem, o banco da Rússia aumentou a taxa básica de juros do país de 10,5% para 17% ao ano, depois de o rublo registrar sua maior desvalorização em 16 anos. “A decisão visa a limitar o aumento substancial do risco de depreciação do rublo e os riscos de inflação”, disse a autoridade monetária em comunicado.
No entanto, a ação do Banco Central foi ineficaz e o rublo continuou a despencar hoje. Nesse momento, o dólar está cotado a 72,92 rublos, mas a moeda chegou a operar por volta de 75 rublos no meio da manhã. Mais cedo, às 9h, a cotação girava em torno de 66,53 rublos e, na quinta-feira passada, o dólar comprava cerca de 55 rublos.
“Acredito que o Banco Central terá dificuldades para estabilizar a moeda enquanto a forte queda nos preços do petróleo continuar”, diz Vladimir Miklashevsky, economista do Danske Bank. “No final, essa agressiva elevação dos juros pode não ser suficiente para conter o rublo”.
Outro mercado em franca queda é o de contratos futuros de petróleo, o que continua impactando as ações. O contrato do petróleo Brent, com vencimento em fevereiro, opera abaixo de US$ 60 pela primeira vez desde maio de 2009, depois de dados mostrarem contração na atividade industrial na China.
O índice dos gerentes de compras (PMI,na sigla em inglês) sobre a atividade industrial da China caiu para 49,5 pontos em dezembro, de 50 pontos em novembro, segundo dados preliminares do instituto Markit Economics. O número, abaixo de 50 pontos, indica contração da atividade.
A atenção do mercado também está focada na reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano), que tem início hoje e termina amanhã.
Entre os dados da economia norte-americana, as construções de moradias caíram 1,6% em novembro na comparação mensal, para 1,028 milhão unidades, pela taxa anualizada, ante 1,045 milhão em outubro, segundo o Departamento de Comércio. Economistas previam que as construções de imóveis subissem para a 1,035 milhão de unidades em novembro, depois do 1,009 milhão inicialmente reportado para outubro.
O mercado também aguardava a divulgação da leitura preliminar do índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade do setor industrial referente a dezembro, às 12h45.
PM acompanha reintegrações de posse na Grande São Paulo
A Polícia Militar (PM) acompanha duas reintegrações de posse na manhã de hoje (16), uma na cidade de Guarulhos e outra na zona norte da capital paulista. Em Guarulhos, a Tropa de Choque foi chamada, pois as famílias protestam, ateando fogo em pneus e interditando vias, de acordo com a PM.
Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), o espaço tem 100 casas de alvenaria e 30 barracos de madeira. Moram no local cerca de 500 pessoas.
O terreno, de propriedade particular, está localizado na Rua Cristian Alice. A desocupação foi determinada pelos juízes Beatriz de Souza Cabezas, da 4ª Vara Cível do Foro de Guarulhos, e Mauro Civolani Forlin, da 6ª Vara Cível do mesmo Foro.
A área da zona norte da capital foi ocupada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), de acordo com a SSP. Cerca de mil pessoas vivem no terreno, em casas de alvenaria e de madeira. A polícia informou apenas que a reintegração ocorre de maneira crítica.
O local foi ocupado em agosto do ano passado e pertence à Elo Empreendimentos Construções, que solicitou a remoção das famílias. O terreno está localizado na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, número 13.370, região de Pirituba.
A ordem judicial foi expedida pela juíza Teresa Cristina Castrucci Tambasco Antunes, da 3ª Vara Cível do Foro Regional XII, Nossa Senhora do Ó.
Agência Brasil e Jornal do Brasil
Barracos são demolidos após reintegração de posse em comunidade de São Paulo
A demolição dos barracos da comunidade Morro do Cipó, no Alto de Taipas, zona norte da capital paulista, está praticamente concluída, segundo a Polícia Militar (PM). O terreno onde ficava parte da comunidade foi reintegrado no início da manhã de hoje (16).
Segundo o major PM Laerte Araquém Fidélis Dias, aproximadamente 200 pessoas estavam no local no momento da chegada da polícia. “Num primeiro levantamento, achamos que teriam mil pessoas, mas não observamos esse número agora. O movimento está bem reduzido”, declarou.
De acordo com o major, metade das casas estava vazias hoje pela manhã. Para a ação, que começou às 6h, a PM enviou 100 homens, além de um pelotão da Tropa de Choque e um da Cavalaria. Não houve confronto com os moradores. No início da tarde, retroescavadeiras removiam os entulhos. Segundo o major, a previsão é que a demolição termine às 15h.
A área, ocupada em agosto do ano passado, é propriedade da Elo Empreendimentos Construções. O terreno fica na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, região de difícilacesso, repleta de morros e vegetação nativa, próximo à construção do Rodoanel Norte.
Para a moradora Suzana Silva, 36 anos, a área ocupada é extensa, chegando a 400 mil metros quadrados. Porém, apenas uma parte foi reintegrada hoje. Segundo ela, 100 famílias da comunidade perderam suas casas e mais 900 famílias que permanecem no espaço, na parte baixa do morro, podem ser removidas no futuro. “Dia 5 de janeiro, tirarão a parte de baixo”, comentou.
Suzana mudou-se para o Morro do Cipó há 2 anos. Ela explica que não existe um movimento social liderando a ocupação. “Como as invasões são antigas na parte de baixo e havia uma área vazia em volta, cada um que chagava fazia um barraco.”
A ordem judicial de reintegração foi expedida pela juíza Teresa Cristina Castrucci Tambasco Antunes, da 3ª Vara Cível.
Agência Brasil e Jornal do Brasil
Produção brasileira de aço bruto sobe em novembro, mas segue em queda no ano
SÃO PAULO (Reuters) - A indústria siderúrgica do Brasil seguiu apurando performance fraca em novembro, com um baixo crescimento de produção sobre um ano antes guiado por aumento de exportações de produtos semi-acabados, de valor agregado menor que produtos laminados.
Segundo dados do Instituto Aço Brasil (IABr), a produção brasileira de aço bruto cresceu 2,4 por cento em novembro sobre um ano antes e caiu 9 por cento na comparação com outubro, a 2,772 milhões de toneladas.
Com o desempenho do mês, o setor acumulou produção desde janeiro de 31,38 milhões de toneladas este ano, queda de 0,4 por cento sobre o mesmo período de 2013. No final de novembro, a entidade havia previsto que a produção de aço do Brasil em 2014 teria queda de 0,1 por cento, a 34,2 milhões de toneladas.
Os dados do IABr foram divulgados no mesmo dia em que um dos principais clientes das siderúrgicas nacionais, os distribuidores de aços planos, divulgou queda de cerca de 10 por cento nas vendas em volume em novembro sobre outubro e expectativa de recuo de 20 por cento nas vendas de dezembro.
Além da queda nas vendas, segundo o Sindisider/Inda, que representa os distribuidores, o setor deve terminar 2014 com estoque suficiente para 3,9 meses de vendas, maior nível dos últimos quatro anos.
Segundo os dados do IABr, apenas a produção de produtos semi-acabados teve crescimento em novembro sobre um ano antes, de 40 por cento, para 627 mil toneladas. O movimento ocorreu ainda como consequência do religamento em meados do ano de alto-forno da ArcelorMittal no Espírito Santo, em projeto do maior grupo siderúrgico do mundo para abastecer usinas de laminação nos Estados Unidos.
Os produtos laminados sofreram queda de 8,5 por cento, com recuos em planos, 6,4 por cento, e longos, 11,2 por cento.
"A produção de caminhões, por exemplo, caiu muito no ano e nada leva a crer que em dezembro não vai ser de produção baixa, com isso o número de consumo de aço em dezembro pode piorar", afirmou o presidente do Sindisider/Inda, Carlos Loureiro, a jornalistas, se referindo à fraqueza da atividade industrial brasileira.
O consumo aparente de aço em novembro, segundo o IABr, foi de 1,9 milhão de toneladas, uma queda de 11,2 por cento sobre o mesmo período do ano passado. No acumulado, o consumo aparente, que representa vendas internas de aço mais importações, tem queda de 6,6 por cento.
Apesar do resultado, as ações de siderúrgicas eram as principais altas do Ibovespa às 14h47 (horário de Brasília), com Usiminas, CSN e Gerdau avançando mais de 7 por cento cada. O dólar subia para acima do patamar de 2,7 reais o que melhora as perspectivas sobre escoamento da produção nacional para o exterior.
Porém, de acordo com Loureiro, mesmo que o dólar atinja o patamar dos 3 reais, "não tem espaço para aumento dos preços" de aço no mercado interno diante do estoque elevado de material e da queda dos preços internacionais da liga.
No início do mês, o presidente da associação de montadoras de veículos, Anfavea, Luiz Moan, afirmou que fornecedores de autopeças estavam recebendo comunicações de siderúrgicas sobre reajustes de preços de aço. Porém, Loureiro atribuiu o movimento a possíveis negociações regulares anuais de preços entre alguns grandes fabricantes de autopeças e siderúrgicas.
A expectativa do Sindisider/Inda para as vendas do setor de distribuição de aço, responsável por cerca de 30 por cento das vendas das siderúrgicas nacionais, é de crescimento de 2 por cento em 2015, para 4,360 milhões de toneladas. Porém, o desempenho previsto não vai superar a queda de 6 por cento esperada para 2014.
(Por Alberto Alerigi Jr.)
DCI e Reuters
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