Foto: Acrisio Siqueira/Divulgação/Câmara dos Vereadores de Aracaju
Ainda repercute nas redes sociais o protesto inusitado da vereadora de Aracaju Lucimara Passos (PCdoB), em Alagoas, que, ao fazer um discurso criticando o colega e vereador Agamenon Sobral (PP), tirou uma calcinha branca do bolso e mostrou aos colegas de plenário. A comunista chamou o vereador de “criminoso” e o desafiou a lhe dar “uma surra”. A sessão polêmica aconteceu nesta terça-feira (25).
A reação de Lucimara aconteceu em virtude de um discurso de Agamenon, que, na semana passada, teria chamado de vagabunda uma mulher que quis se casar sem calcinha e teria dito que ela merecia “uma surra”.
“Hoje vim com um vestido mais curto. Também trouxe a minha calcinha no bolso. Alguém pode me chamar de vagabunda? Alguém pode dizer que tenho de ser surrada?", questionou. No momento, nenhum vereador questionou a postura da colega.
“Os senhores não podem me julgar, nem julgar uma mulher pela roupa que ela veste, em função da calcinha que usa ou se não usa. Isso não define o meu caráter. Será que vão me dar uma surra quando eu descer daqui?”.
A vereadora pediu punição ao colega de legislativo. O discurso de Lucimara fez alusão ao dia 25 de novembro, quando é celebrado o Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher.
“Infelizmente, ainda nos deparamos com certo tipo de comportamento desprezível, abominável, que ainda enxerga a mulher como propriedade do homem. Esse é um dos maiores fatores da violência. Enquanto o homem não se libertar desse sentimento, as mulheres serão vítimas”, disse.
O vereador Agamenon Sobral se mostrou tranquilo após a denúncia de Lucimara. Ele negou que seria preconceituoso e disse que a vereadora estava querendo aparecer. “É direito do vereador contestar. Sobre a Comissão de Ética, quero que seja efetivada porque já cansei de provar várias vezes sobre tudo o que trato aqui. Não tenho medo. A vereadora pode vir para tribuna de calcinha ou sem, como quiser, o problema é dela”.
Testemunhas fazem novas acusações contra madrasta de Bernardo
Das 11 pessoas que seriam ouvidas, oito foram dispensadas
Das onze testemunhas que seriam ouvidas hoje, oito foram dispensadas | Foto: André Ávila
As onze testemunhas de defesa do julgamento do caso Bernardo reforçaram nesta quinta-feira os relatos sobre a relação fria entre Bernardo e o pai, Leandro Boldrini, e trouxeram mais acusações à madrasta. A diretora administrativa do Hospital de Caridade de Três Passos, por exemplo, admitiu que a irmã de Graciele Ugulini, que trabalhava no local na época do crime, tinha acesso a medicamentos controlados. Já a conduta de Leandro com pacientes e colegas não foi alvo de críticas. Das onze testemunhas que seriam ouvidas hoje, oito foram dispensadas.
Hoje, um funcionário da balsa que liga o Brasil à Argentina, no município de Tiradentes do Sul, disse ter visto cartazes com a foto de Bernardo no local, depois do desaparecimento, mas não sabe se Leandro ou Graciele foram até a região procurá-lo. Um advogado de Frederico Westphalen, também ouvido hoje, foi a única testemunha que pediu para depor a portas fechadas.
Três testemunhas indicadas pela defesa de Graciele depõem amanhã, em Santo Augusto. Outras audiências serão realizadas em municípios da região até o final de dezembro. Bernardo Uglione Boldrini foi encontrado morto próximo a um rio de Frederico Westphalen, em abril deste ano. A causa da morte foi uma dosagem elevada do medicamento Midazolan. Os quatro réus do caso — Leandro Boldrini, Graciele Ugulini, Edelvânia Wirganovicz e o irmão dela, Evandro — permanecem em prisão preventiva.
O depoimento mais contundente partiu de uma funcionária do consultório de Leandro, que disse ter ouvido de uma colega que Graciele manifestou intenção de contratar matadores de aluguel para se livrar de Bernardo. Uma antiga empregada da família ainda reafirmou que viu a mulher tentar asfixiar o enteado. Um ex-colega de faculdade de Leandro relatou que o comportamento dele começou a mudar depois de ter conhecido Graciele. Ele teria visitado o casal no dia seguinte ao desaparecimento do menino e percebeu que a madrasta estava “sorridente”.
Já uma psicóloga que atendeu Bernardo confirmou que o pai parecia ausente na educação do menino e que ele era mantido em más condições de higiene.
Rádio Guaíba e Correio do Povo
Haitianos vindos do Acre chegam a Porto Alegre
Grupo desembarcou confuso na rodoviária, pois acreditava que estava indo para Santa Catarina
Grupo que desembarcou na rodoviária veio cheio de esperança em conseguir trabalho | Foto: Ricardo Giusti
Por volta das 4h da madrugada desta quinta-feira cerca de 30 haitianos desembarcaram, em meio ao desencontro de informações, na rodoviária de Porto Alegre. A confusão ocorreu porque a maioria acreditava ir para Santa Catarina, onde muitos já têm contatos ou familiares. Porém, após quatro dias de viagem, que começou em Rio Branco, capital do Acre, eles chegaram ao “Porto da Alegria”, como carinhosamente chamaram a capital gaúcha.
Apesar da ausência de amparo, das dificuldades de comunicação, já que, além da língua oficial, o crioulo haitiano, eles se comunicam em francês, o grupo não mostrava tristeza, mas esperança com a perspectiva de um futuro, que praticamente deixou de existir no seu país de origem, que ainda está em reconstrução, após o devastador terremoto de 2010. “Quero ajuda. Mas quero trabalhar. Quero um futuro”, contou Alcius Protege, de 24 anos. Ao ser perguntado no que gostaria de trabalhar, a resposta foi direta: “Qualquer coisa”.
O grupo de haitianos estava no segundo ônibus que chegou nesta semana ao Estado, vindo do Acre, que é a principal porta de acesso deles ao País. O primeiro chegou na terça-feira e os estrangeiros seguiram para o Interior do Estado. A previsão é de que cheguem ainda mais, no mínimo, quatro ônibus até a próxima semana.
O número de estrangeiros aumentou nos últimos três anos, após o terremoto. Segundo dados do Ministério do Trabalho, o número de haitianos trabalhando no Brasil passou de 814 em 2011, para 14.579 mil em 2013.
Com o crescente número de estrangeiros no Acre, teve início a uma ação para que eles fossem para outras regiões do país, onde pudessem ter condições de ficar e trabalhar. Muitos se dirigem à capital paulista na busca de oportunidades. A região Sul começou a ser o destino preferido nos últimos meses. Mas ficar no RS ainda não está nos planos da maioria, que tem como expectativa ir para Santa Catarina. Inclusive, muitos nem queriam descer do ônibus quando se deram conta que não estavam no local previsto. Em papeis, eles traziam os nomes das cidades que queriam ir, como Itajaí, Blumenau e Brusque.
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D’Ale lembra “histórico de decisões fora do campo” a favor do Corinthians
Argentino comentou decisão do STJD no caso Petros
D´Ale vê Corinthians beneficiado com decisões do STJD | Foto: Alexandre Lops / Divulgação / Inter / CP
A decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) que manteve os pontos do Corinthians em relação ao caso Petros reascendeu a rivalidade com o Inter. Após o resultado, o clube do Parque São Jorgeprovocou a dupla Gre-Nal, que estava como parte interessada no julgamento. Em entrevista coletiva após o treino desta quinta, D’Alessandro falou sobre o assunto e lembrou o histórico de decisões do Tribunal a favor do Timão.
“Primeira eu quero destacar que a gente não dependia e não depende da situação do Corinthians para entrar na Libertadores. A gente depende do que fizer em campo. Falar do Corinthians eu não vou falar. A história do Inter é negativo com respeito ao Corinthians em termos de decisões fora do campo”, afirmou o argentino.
D’Alessandro ainda foi questionado sobre a provocação do Corinthians. O capitão do Inter disse não concordar com esse tipo de coisa partindo do clube e voltou a falar sobre favorecimento ao time paulista. D’Ale lembrou a final da Copa do Brasil de 2009 – quando brigou com o zagueiro William – e disse acredita que não teria ido tantas vezes ao STJD se o adversário fosse outro.
“Não concordo ,mas são eles que fizeram isso. Desde que estou aqui, aconteceram muitos fatos fora do campo que sempre o Corinthians saiu favorecido. Muitas vezes não adianta ir ao Tribunal que já sabe o que vai acontecer. Em 2009 (Copa do Brasil), acho que teria ido só uma vez se fosse outro time. Eu tive de ir cinco vezes, suando e passando vergonha lá. Acho que foi assim só porque era contra o Corinthians. Fica de positivo agora a união de Inter e Grêmio fora de campo. Quando ocorrer com outro time, temos que lembrar bem qual foi a decisão de hoje”, encerrou.
Rádio Guaíba e Correio do Povo
Pleno do STJD absolve Corinthians no caso Petros
Clube escapou de perder quatro pontos no Campeonato Brasileiro
O Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu a pela absolvição do Corinthians no caso Petros. O clube paulista corria risco de perder quatro pontos pela utilização irregular do atleta em jogos do Campeonato Brasileiro. Grêmio e Inter participaram do julgamento como partes interessadas, mas os auditores, pelo placar de 3 a 1. Somente Décio Neuhaus entendeu como irregular o aproveitamento do meia.
Durante o julgamento, os advogados de Grêmio e Inter, Gabriel Vieira e Rogério Pastl, respectivamente, sustentaram a punição ao Corinthians alegando que outros dois jogadores do Corinthians, além de Petros, estariam com contratos irregulares.
O representante do Corinthians, João Zanforlin, comentou durante o julgamento que todos os presentes estavam presenciando um milagre: a união de Grêmio e Inter. O advogado ainda chegou a citar Luiz Felipe Scolari ao pedir que os auditores atendessem o pedido do treinador gremista, que disse após a derrota para o Timão que o julgamento não daria em nada.
Imbróglio
O imbróglio envolvendo o Corinthians ocorreu depois que foi constatada uma divergência nas datas no contrato de Petros. Apesar de o vínculo novo do jogador, assinado em meio ao Brasileirão, se iniciar no dia 2 de agosto, o registro dele no Boletim Informativo Diário (BID) foi efetuado um dia antes do início da vigência (sexta-feira). Dessa forma, Petros supostamente não poderia ter atuado contra o Coritiba, dia 3 (domingo), já que seu vínculo com o Corinthians só valeria no primeiro dia útil após o registro. Ou seja, dia 4 de agosto.
Lancepress e Correio do Povo
Inflação do aluguel tem alta de 0,98% em novembro, aponta FGV
IGP-M acumulou aumentos de 3,05% no ano
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) - utilizado para corrigir contratos de aluguel - subiu 0,98% em novembro, contra 0,28% de outubro, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.
A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o índice. O IPA-M, que representa os preços no atacado, subiu 1,26% em novembro, em comparação à alta de 0,23% em outubro. Por sua vez, o IPC-10, que corresponde à inflação no varejo, apresentou alta de 0,53% na leitura anunciada hoje, após subir 0,46% no mês passado. Já o INCC-10, que mensura o custo da construção, teve elevação de 0,30%, após registrar aumento de 0,20%, na mesma base de comparação.
Até novembro, o IGP-M acumula aumentos de 3,05% no ano e de 3,66% em 12 meses. O período de coleta de preços para cálculo do índice foi de 21 de outubro a 20 de novembro. A segunda prévia do IGP-M, com preços captados até o dia 10 deste mês, havia apontado avanço de 0,72%.
Agropecuário
A inflação do setor agropecuário acelerou no atacado. Os preços subiram 2,98% no âmbito do IGP-M referente a novembro, ante alta de 0,90% em outubro. A inflação industrial atacadista também ganhou força, registrando alta de 0,62% na leitura divulgada hoje, ante redução de 0,01% no mês passado.
Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais subiram 0,69% neste mês, em comparação ao avanço de 0,52% no índice de outubro.
Os preços dos bens intermediários tiveram alta de 1,21%, após subirem 0,04% em igual tipo de comparação. Já os preços das matérias-primas brutas avançaram 2,01% em novembro, contra aumento de 0,12% um mês antes.
Estadão e Correio do Povo
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