terça-feira, 25 de novembro de 2014

Saúde lança campanha contra racismo no SUS

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, fala na cerimônia de lançamento da campanha de enfrentamento ao racismo no Sistema Único de Saúde (SUS).(Antônio Cruz/Agência Brasil)

O ministro da Saúde, Arthur Chioro,  avaliou que o grande desafio da pasta é produzir igualdade em meio à diversidade Antônio Cruz/Agência Brasil

A condição de mulher negra com doença falciforme constantemente esbarra no desrespeito e no descaso quando Maria Zenó Soares procura atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). “Os profissionais de saúde não acreditam na dor que a gente sente. Acham que é exagero”, conta, ao avaliar que a população negra, em sua maioria, sofre racismo institucional na rede pública sem sequer saber que é vítima. “O que queremos é ser respeitados enquanto seres humanos que somos”.

Diante de casos como o de Maria Zenó, o governo federal lançou hoje (25) a primeira campanha publicitária que busca envolver usuários do SUS e profissionais de saúde no enfrentamento ao racismo institucional. Com o slogan"Racismo faz mal à saúde. Denuncie!", a iniciativa visa a conscientizar a população de que a discriminação racial também se manifesta na saúde.

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A campanha prevê ainda que, por meio do Disque Saúde 136, as pessoas possam denunciar qualquer situação de racismo que tenham presenciado, além de se informar sobre doenças mais comuns entre a população negra e que exigem maior acompanhamento, como a doença falciforme e o diabetes tipo 2.

Dados do Ministério da Saúde indicam que uma mulher negra recebe menos tempo de atendimento médico do que uma mulher branca. Os números mostram que, enquanto 46,2% das mulheres brancas tiveram acompanhante no parto, apenas 27% das negras utilizaram esse direito. Outro levantamento revela que 77,7% das mulheres brancas foram orientadas sobre a importância do aleitamento materno, enquanto 62,5% das mulheres negras receberam essa informação.

Segundo a pasta, as taxas de mortalidade materna infantil entre a população negra são superiores às registradas entre mulheres e crianças brancas. Os números mostram que 60% das mortes maternas ocorrem entre mulheres negras e 34% entre mulheres brancas. Já na primeira semana de vida, a maioria das mortes é registrada entre crianças negras (47%) entre as brancas, o índice é 36%.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, avaliou que o grande desafio da pasta é produzir igualdade em meio à diversidade. “Dados importantes mostram como a desigualdade e o preconceito produzem mais doença, mais morte, mais sofrimento”, disse. “O que mais pode justificar essa diferença [no atendimento a brancos e negros no SUS] que não seja o preconceito e o racismo institucional”, questionou.

Segundo Chioro, é preciso conscientizar os profissionais de saúde da rede pública sobre a existência do racismo institucional e a necessidade de combatê-lo, além de enfrentar mitos como o de que o negro é mais resistente à dor e, por isso, não precisa de medicação para aliviar o sofrimento. “Não podemos tolerar o preconceito ou nenhuma forma de racismo na saúde”, concluiu.

A campanha vai ser veiculada de 25 a 30 de novembro. Ao todo, 260 mil cartazes e 260 milfolders vão ser distribuídos nas unidades de saúde aos profissionais e à população em geral.

Agência Brasil

 

Decisão judicial sobre caso de racismo nos EUA provoca onda de indignação

 

Bombeiros trabalham para controlar fogo, após decisão de não indiciar acusado de atirar em Ferguson

Bombeiros trabalham para controlar fogo em FergusonLarry W. Smith/EPA/Agê

A decisão de um júri de não imputar acusações ao policial que matou um jovem negro, no início de agosto, em Ferguson, desencadeou uma onda de indignação nos Estados Unidos e levou o presidente Barack Obama a apelar à população para ter calma.

Pouco depois de o procurador do condado de St. Louis, Robert McCulloch, ter anunciado o veredito do júri registaram-se os primeiros distúrbios na Avenida West Florissant, em Ferguson, epicentro da onda de distúrbios raciais desencadeada pela morte, em 9 de agosto, de Michael Brown, de 18 anos, baleado pelo agente Darren Wilson.

Horas depois do veredito ter sido divulgado, doze edifícios estavam em chamas na pequena cidade de Ferguson, no estado do Missouri, que decidiu não imputar qualquer acusação, devido à falta de fundamentos suficientes, ao agente que baleou o jovem desarmado.

“Nos próximos dias – os agentes – terão de trabalhar com a comunidade, não contra ela, e distinguir o reduzido núcleo de pessoas que poderão usar a decisão do grande júri como desculpa para a violência”, afirmou Obama, em breve anúncio, apelando à calma e à contenção, em linha com a mensagem dos familiares do adolescente negro morto a tiro em agosto.

Em Washington, a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes que atiraram pedras e garrafas. As autoridades também relatam a ocorrência de confrontos, pilhagens e atos de vandalismo, incluindo vidros partidos e viaturas incendiadas.

A zona de Ferguson encontra-se sob alerta máximo, com o FBI e a Guarda Nacional preparados para intervir face à possibilidade de os protestos, convocados para esta noite, se tornarem tão violentos, como os que se verificaram após a morte de Brown.

O governador do estado do Missouri, Jay Nixon, decretou estado de emergência.

De Seattle a Nova Iorque, passando por Chicago e Los Angeles, milhares de norte-americanos saíram para as ruas na noite de segunda-feira e a onda de indignação se espalhou por todo o país.

O painel formado por 12 jurados, incluindo três afroamericanos, fez uma instrução “completa e profunda”, ouvindo mais de 60 testemunhas ao longo de 70 horas, examinando centenas de fotografias e outros elementos incriminatórios e escutou três médicos legistas.

“Não há dúvida de que o agente Wilson causou a morte” de Michael Brown, declarou o procurador, falando em “morte trágica”.

 

Agência Brasil e Agência Lusa

 

Cena Histórica do Cinema - Tango do Filme Perfume de Mulher

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Pelé volta a ser internado em São Paulo

 

Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar

O ex-jogador de futebol, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, de 74 anos, voltou a ser internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Segundo sua assessoria de imprensa, o ex-atleta foi ao hospital ontem (24) para fazer uma revisão e foi detectada infecção urinária. Ele está sendo medicado com antibióticos e passa bem.

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De acordo com o último boletim médico da instituição, divulgado na tarde de ontem, ele foi internado para avaliação médica e segue estável.

No dia 13, o ex-atleta passou por cirurgia para a retirada de cálculos renais. Ele recebeu alta dois dias após a intervenção cirúrgica.

Em 2012, Pelé foi submetido no mesmo hospital a uma cirurgia no quadril. No procedimento, foi retirada parte do osso e colocada próteses de titânio e cerâmica. O ex-jogador sentia dores constantes no quadril quando jogava tênis e caminhava.

 

Agência Brasil

 

 

Atlas mostra progresso na redução das desigualdades, diz representante do Pnud

 

Ana Cristina Campos - Repórter da Agência Brasil Edição: Nádia Franco

A melhora dos indicadores socioeconômicos das regiões metropolitanas brasileiras e a redução das disparidades entre o Norte e o Sul do país mostram progresso importante do país na redução das desigualdades, disse hoje (25) o representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) no Brasil, Jorge Chediek.

De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras, entre 2000 e 2010, as disparidades entre as 16 regiões metropolitanas analisadas diminuíram e todas se encontram na faixa de alto desenvolvimento humano. A análise leva em conta o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM).

O atlas, divulgado hoje (25), é fruto de parceria entre o Pnud, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro.

Além das regiões metropolitanas, foram pesquisadas 9.825 unidades de Desenvolvimento Humano (UDHs), conceito próximo ao de bairros.

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Chediek ressaltou que o Brasil é exemplo de país que tem reduzido a pobreza e a desigualdade com excelentes resultados. “O Brasil era um dos países mais desiguais do mundo.  Ainda é um país muito desigual, mas os indicadores têm melhorado muito e há tendência de redução das desigualdades. Recomendamos a continuidade das políticas e um esforço de focalização naquelas áreas e populações que ainda precisam de apoio das políticas públicas e do emprego.”

O atlas considera o país um exemplo bem-sucedido na redução das vulnerabilidades. “Foram adotadas políticas anticíclicas eficientes, políticas públicas ativas de diminuição da desigualdade, de transferência de renda condicionada e de superação da pobreza e da pobreza extrema”, aponta a publicação.

Para o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri, o atlas mostra que ainda existem grandes disparidades no Brasil, mas que vêm caindo ao longo do tempo. “O grande salto foi em educação, que nos permite antecipar melhoras futuras”.  Em 2000, a diferença entre os números do IDHM das regiões metropolitanas, com os melhores e piores desempenhos para a educação, era 43%. Em  2010, o índice caiu para 15,9%.

De acordo com o coordenador de Pesquisa da Fundação João Pinheiro, Olinto Nogueira, as maiores desigualdades estão dentro dos municípios e não entre os municípios. “Quando calculamos o IDHM dos municípios, vimos que vários dos nossos indicadores indicavam que estávamos captando só 30% das desigualdades brasileiras. As grandes desigualdades estavam dentro dos municípios.”

Durante a apresentação do atlas, o técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea Marco Aurélio Costa destacou que as capitais ainda apresentam IDHM melhor que os municípios do entorno, mas a diferença entre elas e os demais municípios diminuiu. O entorno avançou mais do que o centro das regiões metropolitanas. “Os piores estão se aproximando dos melhores porque estão melhorando nos indicadores de educação. É mais fácil melhorar quando se está em um patamar muito baixo do que quando se atinge um determinado patamar. A disparidade está diminuindo”, explicou Nogueira.

O IDHM é um número que varia entre 0 e 1: quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano de um estado, município, de uma região metropolitana ou UDH. Para calcular o índice geral, três fatores são analisados: a expectativa de vida, a renda per capitae a educação.

 

Agência Brasil

 

Campanha incentiva a doação de sangue no Rio de Janeiro

 

Da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso

O Instituto de Hematologia do Estado do Rio de Janeiro (Hemorio) iniciou hoje (25) uma série de atividades especiais para conscientizar a população sobre a importância da doação de sangue. Parte da Semana Nacional do Doador de Sangue, a campanha conta com um pólo de coleta na Cinelândia, centro da capital fluminense, e apoio de empresas privadas e voluntários da Polícia Militar, além de artistas de rua, que mobilizam as pessoas que passam pelo local. Os interessados podem fazer doações até amanhã (26), das 9h às 17h.

Na sede do instituto, ocorrerão palestras e eventos voltados para o público jovem. Conforme o chefe da assessoria do Hemorio, Marcos Araújo, o objetivo é criar uma nova geração de doadores. Segundo ele, de novembro até o fim do carnaval o período é crítico. "A mobilização é menor. Necessitamos das doações para garantir os estoques para as festas de fim de ano”, salientou.

Marcos Araújo ressaltou que população precisa se solidarizar com as ações. “As pessoas não têm o hábito de doar sangue regularmente. Infelizmente, a participação é inferior a 2% da população. Montar essa estrutura em local de grande circulação é importante para tentar sensibilizar as pessoas. O objetivo é que elas façam disso um hábito”, concluiu.

De acordo com o Hemorio, há casos em que o interessado deve conversar previamente com o médico responsável. Precisam desse contato prévio quem usa medicamentos regularmente, fez cirurgia ou tomou vacina há menos de um ano, foi ao dentista há menos de um mês, é hipertenso ou diabético, tem piercing, tatuagem ou maquiagem definitiva, está gripado, com febre, dor ou mal estar. As dúvidas podem ser tiradas no Disque-Sangue 0800-282-0708.

 

Agência Brasil

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