A Petrobras informou que as informações referentes ao resultado da empresa no terceiro trimestre de 2014 serão divulgadas na próxima segunda-feira (17), mesmo sem a revisão dos seus auditores externos. Segundo a empresa, o objetivo é manter “o mercado minimamente informado, em respeito ao princípio da transparência”.
A Petrobras esclarece que, como é de conhecimento público, passa por um momento único em sua história, em face das denúncias e investigações decorrentes da Operação Lava Jato conduzida pela Polícia Federal, na qual o ex-diretor de Abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa, foi denunciado pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa e está sendo investigado pelos crimes de corrupção, peculato, dentre outros.
Em nota, a empresa destaca que, diante de tal cenário, e considerando o teor do depoimento do ex-diretor de Abastecimento da companhia Paulo Roberto Costa à Justiça Federal, em 8 de outubro de 2014, "quando fez declarações que, se verdadeiras, podem impactar potencialmente as demonstrações contábeis da companhia", vem adotando "diversas providências que visam ao aprofundamento das investigações".
A Petrobras celebrou contratos, em 24 e 25 de outubro de 2014, com dois escritórios de advocacia independentes especializados em investigação, um brasileiro, Trench, Rossi e Watanabe Advogados e, outro norte-americano, Gibson, Dunn & Crutcher LLP, tendo por objetivo apurar a natureza, a extensão e os impactos dos atos que tenham sido cometidos no contexto das alegações feitas pelo ex-diretor de Abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa, bem como apurar fatos e circunstâncias correlatos que tenham impacto relevante sobre os negócios da companhia. Tal contratação foi recomendada pelo Comitê de Auditoria em conformidade com as práticas internacionais e autorizada pela diretoria executiva da Petrobras.
Entretanto, em decorrência do tempo necessário para se obter maior aprofundamento nas investigações em curso pelos escritórios contratados, proceder aos possíveis ajustes nas demonstrações contábeis com base nas denúncias e investigações relacionadas à Operação Lava Jato; e avaliar a necessidade de melhorias nos controles internos, a companhia não está pronta para divulgar as demonstrações contábeis referentes ao terceiro trimestre de 2014 nesta data.
Ebola: OMS forma técnicos da Guiné-Bissau para prevenção da doença
Dois especialistas contratados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) estão na Guiné-Bissau para monitorar os mecanismos de resposta e dar formação a técnicos do país para a prevenção contra o vírus ebola.
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Segundo Cristóvão Manjbua, diretor dos Serviços de Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis do Ministério de Saúde, os dois especialistas vão percorrer as 11 regiões sanitárias do país para observar o nível de preparação da Guiné-Bissau para uma resposta em caso do surgimento da doença.
Nos últimos três dias, a equipe esteve no Leste da Guiné, nas regiões de Bafatá e Gabú – esta faz fronteira com a Guiné-Conacri - e, ontem (13), chegou à capital Bissau para se encontrar, nesta sexta-feira (14), com a ministra da Saúde, Valentina Mendes.
Além de analisar os mecanismos de resposta, os consultores da OMS estão dando formação aos técnicos de saúde guineenses sobre a prevenção do vírus ebola. A equipe é acompanhada por técnicos do Instituto Nacional de Saúde Pública da Guiné-Bissau.
Alexandre Macedo, outro especialista da OMS que está no país desde o fim de outubro, também monitora os esforços das autoridades guineenses na prevenção do vírus. Em suas primeiras impressões, ele considerou a Guiné-Bissau "um país de risco", devido à proximidade com a Guiné-Conacri onde a doença já matou várias pessoas.
Agência Brasil e Agência Lusa
Acidente mata um e deixa dois feridos em poço de petróleo nos EUA
Duto de água de alta pressão se rompeu na empresa Halliburton
Um funcionário da empresa Halliburton morreu em um acidente na quinta-feira em um poço de exploração de gás e petróleo por meio da técnica de fratura hidráulica (fracking) no estado do Colorado, Oeste dos Estados Unidos.
O acidente também deixou dois funcionários gravemente feridos. "No momento, sabemos que um duto de água de alta pressão se rompeu, o que provocou os feridos e um morto", afirmou a polícia do condado de Weld em um comunicado. A causa da ruptura está sendo investigada.
A Halliburton lamentou a morte de um funcionário em um comunicado e informou a suspensão das atividades na área. Também destacou que coopera com as autoridades. O poço em que ocorreu o acidente fica em Fort Lupton e é explorado pelo grupo Anadarko, para o qual a Halliburton trabalha como terceirizada.
A técnica de "fracking", ou fratura hidráulica, consiste em injetar água com alta pressão para fraturar rochas porosas localizadas a profundidades de entre 1,5 mil e 2,4 mil metros.
A utilização da técnica é muito criticada pelos ecologistas por obrigar o uso de gigantescas quantidades de água e pelos efeitos que pode provocar no meio ambiente. Os cientistas do Centro Geológico dos Estados Unidos apontam que sua aplicação aumentou o número de terremotos em áreas do Colorado e do Novo México.
Correio do Povo e AFP
Emissoras públicas defendem operador único para digitalização dos canais
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil* Edição: Juliana Andrade
O diretor-presidente da EBC, Nelson Breve, participa do Fórum Brasil de Comunicação PúblicaAntonio Cruz/Agência Brasil
A necessidade da criação do Operador Único da Rede Pública Digital, que deverá unificar a infraestrutura para a digitalização dos canais das emissoras públicas, foi um dos assuntos debatidos hoje (13) durante o Fórum Brasil de Comunicação Pública. O diretor-presidente daEmpresa Brasil de Comunicação (EBC), Nelson Breve, argumentou que a estrutura poderá reduzir os custos de digitalização dos canais comunitários, legislativos, judiciários e educativos, pois os gastos seriam compartilhados.
A EBC é a empresa que deverá gerenciar o operador único. Nelson Breve citou o exemplo do que foi feito em Brasília, onde as emissoras privadas e a EBC dividiram os custos para a compra de uma única antena de TV digital. “É possível, se tiver planejamento, vontade, desprendimento de todos, construir todo o processo público, privado e estatal muito mais barato no Brasil. Isso só não interessa para quem produz equipamentos de radiodifusão”, disse Nelson Breve.
A EBC defendia que a criação do operador único fosse incluída entre as obrigações previstas no edital do leilão da faixa de 700 mega-hertz, que foi destinada à tecnologia 4G, mas isso não ocorreu. As emissoras públicas têm pressa para definir a questão, porque a limpeza e a realocação dos canais que estão na faixa de 700 MHz vai começar no início do próximo ano. Para Nelson Breve, “está quase muito tarde” para viabilizar o operador. “Se não corrermos para fazer com que a Anatel faça uma revisão da recanalização, vai ser tarde demais”, ressaltou o presidente da EBC.
A jornalista Cláudia de Abreu, do Sindicato de Jornalistas do Rio de Janeiro, conclamou os representantes das entidades presentes ao fórum para fazer uma campanha em defesa do operador único. “Os canais comunitários só vão existir na rede, em sinal aberto, se existir um operador de rede público. Se não, serão canais comunitários vinculados ao poder econômico, e aí não são canais verdadeiramente comunitários Sem essa garantia do operador de rede para fazer o transporte de sinal, isso não vai acontecer”, disse.
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Para Mário Jéfferson Leite Melo, da Frente Nacional pela Valorização das TVs Comunitárias do Campo Público (Frenavatec), não há vontade política para viabilizar o operador único. Ele defendeu a utilização dos recursos arrecadados no leilão da faixa de 700 MHz para viabilizar o operador único. “Quando demos um cheque em branco para a criação da EBC, tivemos como moeda de troca a garantia de que estaríamos na faixa de 700 MHz, que foi vendida para o 4G”, justificou. Ele disse também que essa discussão deve ser incluída na pauta de todas as entidades. “Se não tivermos o operador de rede, as TVs comunitárias vão desaparecer. Precisamos estar bem atentos”, disse.
Mais cedo, trabalhadores da EBC e representantes sindicais aproveitaram a participação de Nelson Breve no fórum para manifestar insatisfação com a forma como a empresa vem conduzindo questões acordadas durante a greve ocorrida em 2013 – ligadas, principalmente, ao plano de carreiras – e denunciaram o que classificam de prática antissindical adotada pela diretoria. Em nota, a EBC refutou tal prática e informou que todas as acusações apresentadas serão esclarecidas até o dia 17 de novembro.
O coordenador-geral do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, Jonas Valente, informou que foi feito um dossiê para relatar casos de desrespeito a direitos trabalhistas na EBC. Segundo ele, o documento foi entregue à diretoria da empresa e também ao Ministério Público do Trabalho e a autoridades do governo federal. “A empresa tem desrespeitado diversos direitos trabalhistas [como hora extra e desvio de função], bem como acordos coletivos firmados em decorrência da greve de 2013”, disse.
O protesto foi feito de forma silenciosa, durante a primeira fala de Nelson Breve no fórum. Os trabalhadores estenderam faixas com frases em defesa da comunicação pública e críticas à falta de definição quanto ao plano de cargos e salários.
O diretor vice-presidente de Gestão e Relacionamento da EBC, Sylvio Andrade, negou qualquer prática antissindical e acrescentou que o plano de carreiras é prioridade na empresa. “Mas isso não pode ser discutido superficialmente”, disse ele. “Até o final de novembro, vamos concluir o descritivo completo de cargos e atividades em cada nível e o quantitativo de níveis mais adequado para a progressão, além dos critérios a serem adotados para promoção e progressão de carreira”, acrescentou. Segundo Andrade, em relação aos pisos salariais, "o campo de convencimento não é a EBC, e sim o Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais [Dest]”.
O Fórum Brasil de Comunicação Pública é promovido pela Secretaria de Comunicação da Câmara dos Deputados e pela Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular (FrenteCom). Ao final do evento, as organizações participantes entregarão a plataforma consolidada de demandas para a comunicação pública à presidenta Dilma Rousseff.
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