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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Obesidade já custa US$ 2 trilhões ao mundo, aponta consultoria

A gordura virou questão econômica. Com quase um terço da população mundial sofrendo de sobrepeso ou de obesidade, o custo imposto pelos quilos extras já rivaliza com o de conflitos armados e o do fumo, indica pesquisa da consultoria McKinsey.
O desgaste que isso traz aos orçamentos de saúde deve crescer porque, a menos que as tendências atuais sejam revertidas, metade da população adulta mundial sofrerá de excesso de peso em 2015.
Em um relatório de 150 páginas publicado neste mês, a consultoria estima o custo mundial da obesidade em US$ 2 trilhões -ou 2,8% de tudo que a economia global produz.
A estimativa se baseia em perda de produtividade econômica, custos para os sistemas de saúde e investimentos necessários para mitigar o impacto da obesidade. O custo que conflitos armados, guerras e terrorismo impõem à economia mundial é de US$ 2,1 trilhões, e fica próximo do provocado pelo fumo.
Richard Dobbs, o principal autor do relatório, disse que "a obesidade é agora uma questão mundial crucial, requerendo uma estratégia abrangente de intervenção implementada em larga escala. Qualquer ação isolada provavelmente teria impacto pequeno".
Nos últimos dez anos, o problema da obesidade se espalhou das economias avançadas para países menos prósperos. Cerca de 2,1 bilhões de pessoas são obesas ou têm excesso de peso hoje -número 250% mais alto do que o de subnutridos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) descreveu a obesidade como epidemia conectada a diversas doenças não transmissíveis, entre as quais diabetes tipo 2, câncer e doenças cardíacas.
Ela atribui 2,8 milhões de mortes anuais ao peso excessivo do corpo e, alguns meses atrás, reduziu sua recomendação quanto à proporção de açúcar na dieta dos adultos de 10% das calorias diárias para uma proporção de 5%.
COMBATE
O relatório da McKinsey estudou 74 medidas que estão sendo tomadas para combater a obesidade, das quais extraiu recomendações para o Reino Unido, onde 37% da população registra excesso de peso e 25%, obesidade.
A Public Health England, parte do departamento de saúde britânico, estimou que, se a obesidade fosse reduzida ao patamar de 1993, o Serviço Nacional de Saúde economizaria 1,2 bilhão de libras ao ano, a partir de 2034.
As recomendações da McKinsey incluem porções menores de fast food; reformulação dos alimentos processados; mudanças nas promoções de comida e bebida; investimento na educação de pais; adoção de refeições saudáveis nas escolas e locais de trabalho; e inclusão de mais exercícios no calendário de atividades das escolas.
Alison Tedstone, nutricionista chefe da Public Health England, disse que "o relatório é uma contribuição útil para o debate sobre a obesidade. A PHE vem declarando constantemente que mensagens educativas simplesmente não bastam para resolver o problema da obesidade".
"O excesso de peso e a obesidade são um problema complexo que requer ação em níveis individual e social, envolvendo indústria, governos locais e nacionais e a sociedade civil. Não há uma solução única e simples", disse.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
Fonte: Folha Online - 27/11/2014 e Endividado

 

′Inflação do aluguel′ acelera e acumula alta de 3,6% em 12 meses

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 0,98% em novembro, após avançar 0,28% em outubro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta quinta-feira (27).
Com o resultado, o índice acumula alta de 3,05% no ano e de 3,66% em 12 meses.
A expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 0,94%, de acordo com a mediana de 22 projeções, que variaram de avanço de 0,71% a 1,10%.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis.
PREÇOS NO ATACADO
Segundo a FGV, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) –que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral– acelerou a alta a 1,26% neste mês, após 0,23% em outubro.
Os preços dos produtos agropecuários, que compõem o IPA, avançaram 2,98%, após alta de 0,90% no mês anterior. Os preços que mais pesaram foram o de soja em grão –com alta de 6,05%, frente à queda de 3,21%– e de bovinos, que subiram 5,86%, sobre 2,03%.
Entre as quedas se destacaram o minério de ferro, o leite in natura, tomate, café em grão e banana.
Diante de sinais de mais pressão sobre a inflação, o Banco Central surpreendeu no final de outubro eelevou a Selic para 11,25%, já dando indicando que mais elevações estão por vir na taxa básica de juros.
PREÇOS AO CONSUMIDOR
Segundo a FGV, o Índice de Preços ao Consumidor, com peso de 30% no IGP-M, avançou 0,53%, frente à alta de 0,46% em outubro.
Quatro das oito classes de despesa do IPC subiram, com destaque para transportes (0,18% para 0,52%), em que tarifa de ônibus urbano se sobressaiu ao passar de queda de 0,36% para alta de 0,36%. Educação, leitura e recreação (0,06% para 0,75%), habitação (0,47% para 0,62%) e despesas diversas (0,16% para 0,29%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, subiu 0,30% em novembro, contra 0,20% no mês anterior.
Fonte: Folha Online - 27/11/2014 e Endividado

 

Economia brasileira cresce 0,1% no terceiro trimestre

 

Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil Edição: José Romildo

O Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 0,1% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o período anterior. A soma do PIB no trimestre correspondeu a R$ 1,29 trilhão. No segundo trimestre, a economia brasileira caiu 0,6%. Os dados foram divulgados hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, a economia brasileira recuou 0,2%. No ano, o PIB acumula alta de 0,2%. Já no período de 12 meses, a taxa acumulada de crescimento é de 0,7%.

Na comparação do terceiro com o segundo trimestre deste ano, entre os setores produtivos da economia, a principal alta foi observada na indústria:  1,7%. Os serviços também tiveram crescimento (0,5%). Por outro lado, a agropecuária recuou 1,9%.

Pelo lado da demanda, o crescimento de 0,1% foi puxado pela formação bruta de capital fixo, ou seja, os investimentos, e pela despesa de consumo do governo, ambos com alta de 1,3%. O consumo das famílias caiu 0,3%.

No setor externo, as exportações tiveram um crescimento menor (1%) do que as importações (2,4%).

 

Agência Brasil

 

Santander vai injetar US$ 10 bi para financiar infraestrutura no Brasil

A presidente do Banco Santander, Ana Botín, ofereceu US$ 10 bilhões em financiamento de projetos de infraestrutura no Brasil, à presidente Dilma Roussef em audiência nesta quinta-feira (27) em Brasília.
"O Brasil é estratégico para o Grupo Santander. Somente este ano já investimos mais de US$ 4 bilhões e continuaremos investindo, pois temos plena confiança no desenvolvimento do país", declarou Ana Botín.
Além de reafirmar o compromisso do grupo espanhol com o país, Botín indicou que o banco colocará outros US$ 10 bilhões à disposição para projetos de infraestrutura, que se somam aos recursos anunciados em setembro de 2013 por seu pai, Emilio Botín, em outro encontro com Dilma.
Em sua primeira visita ao Brasil desde que assumiu a presidência do grupo, em setembro deste ano, Ana Botín afirmou que esses US$ 20 bilhões permitirão financiar parte do Programa de Desenvolvimento de Infraestrutura antecipado por Dilma.
O apoio as pequenas e médias empresas, com linhas de crédito e assessoria para a administração dos negócios, foi outro dos pontos abordados na reunião com a presidente, segundo o comunicado do Santander Brasil.
"As pequenas e médias empresas são fundamentais para o desenvolvimento social e econômico do país, devido ao seu papel de grandes geradores de emprego e renda. Por isso queremos estar cada vez mais próximos delas", destacou.
Fonte: Folha Online - 27/11/2014 e Endividado

 

 

Geração Y é a que mais gasta em cheques

por Bárbara Libório

Gastos altos com viagens, cursos de aprimoramento e automóveis tornam o uso de cheque comum entre os que nasceram nos anos 1980

Consumidores da geração Y (nascidos entre o início dos anos 1980 até meados dos anos 1990), são os que mais gastam em cheques. A conclusão é um estudo da TeleCheque, serviço da MultiCrédito.
Segundo o levantamento, a geração Y é a que detém gastos mais altos com cheque: o tíquete médio no terceiro trimestre de 2014 foi de R$ 1.076, valor 95% superior ao apresentado pelas pessoas com idade superior a 60 anos – que apresentam o menor tíquete médio em cheque (R$ 550).
Walter Alfieri, diretor de Crédito, Risco e Business Intelligence da MultiCrédito, explica que o tícket médio está relacionado com a fase de vida de cada geração. "Enquanto a geração Y está na fase de conclusão de estudos (faculdades e pós-graduação) e aquisição de veículos e imóveis, a geração X gasta mais com Turismo, Saúde, até mesmo com aquisição de jóias."
Por estar em uma fase ascendente da carreira e adquirindo bens de maior valor agregado como veículos e imóveis, a geração Y busca formas variadas de crédito. "Devido ao elevado tíquete médio desses segmentos, compromete rapidamente o limite de cartão, fazendo com que busquem outras formas de financiamento, como cheque, carnês ou boletos."
A pesquisa também indica que a geração Y detém participação de 39% no mercado de cheques – 14 pontos porcentuais superior à participação da geração X, que compreende pessoas de idade entre 41 anos e 50 anos, e 3 pontos porcentuais maior que a dos chamados baby boomers, que engloba pessoas com idade entre 51 e 68 anos.
“Os jovens buscam novidades tecnológicas, são ambiciosos e buscam, por meio dos bens, se destacar. Isso os leva a consumir produtos e serviços de maior valor agregado, como automóveis, motos, viagens e cursos, segmentos nos quais o cheque é um dos meios de pagamento mais comumente utilizados”, diz Alfieri.
O levantamento mostra que o índice de inadimplência em cheque da geração Y no período foi de 5,69%, valor 2,69 pontos porcentuais superior ao índice de inadimplência geral.
Para evitar esse problema, Alfieri dá algumas dicas de regras a serem seguidas: "Não gaste mais do que ganha. Faça um orçamento pessoal com suas despesas e receitas. Evite as compras por impulso. Por fim, mantenha uma reserva financeira para emergências".
Fonte: IG Economia - 27/11/2014 e Endividado

 

CIDH pede fim das leis da anistia na América Latina

Comissão faz pressão para esclarecer violações de direitos humanos durante as guerras civis e ditaduras na região

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pediu nesta quinta-feira aos países da América Latina que derroguem suas leis de anistia e que abram seus arquivos, fazendo pressão para que se esclareçam as violações de direitos humanos durante as guerras civis e ditaduras nos países da região."O direito à verdade não pode ser cerceado, entre outras formas, por medidas legislativas como as leis de anistia", afirmou a CIDH em um relatório.
Brasil, Chile e Uruguai, ditaduras até meados ou final da década de oitenta, assim como Guatemala e El Salvador, cenários de violentas guerras civis durante essa década, mantêm vigentes esse tipo de lei, implementadas com o objetivo de impedir que fossem julgadas as violações aos direitos humanos perpetradas por esses regimes autoritários.  "Essas leis de anistia são de grande preocupação para a Comissão na medida em que foram aplicadas para encerrar as investigações", disse à AFP Erick Acuña, especialista em direitos humanos do órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA).
O relatório de centenas de páginas, intitulado "Direito à Verdade nas Américas", analisa as medidas tomadas e as obrigações dos países da região a fim de encerrar esse período violento da história.  Com a assinatura de acordos de paz e com a redemocratização, foram formadas comissões da verdade em 16 países para esclarecer os casos de violações de direitos humanos. A primeira dessas comissões foi criada na Argentina com o retorno à democracia, em 1983, e a última é a brasileira, criada em 2012.
"Foi positivo", disse Acuña, ressaltando que a maioria das comissões conseguiu a abertura de arquivos oficiais, incluindo os militares, confidenciais. "Não só as vítimas e seus familiares têm o direito à verdade, mas também a sociedade como um todo", disse a presidente da CIDH, Tracy Robinson, em comunicado.
Desafios pendentes 

As informações reveladas permitiram novas investigações em casos de torturas, execuções extrajudiciais e desaparecimentos forçados, e servem de matéria-prima para os trabalhos do CIDH e da Corte Interamericana de Direitos Humanos. "No entanto, ainda é preciso caminhar decididamente no sentido de resolver essas situações", concluiu a Comissão em seu relatório.
Além de abolir as leis de anistia, a CIDH pediu que os países eliminem a jurisdição penal militar nos casos de violação aos direitos humanos, em que com frequência os militares vão para o banco dos réus.  "Dificulta-se a imparcialidade", avalia o relatório, afirmando que as investigações em mãos militares "costumam servir para encobrir os fatos em vez de esclarecê-los".
Segundo a Comissão, os países também devem aprofundar a liberação dos documentos. "A informação reunida nesses arquivos possui um valor inestimável e indispensável não só para impulsionar as investigações mas para se evitar que esses crimes se repitam". A CIDH sugere ainda a criação de novos museus ou espaços de memória sobre os crimes cometidos há mais de vinte e cinco anos.
Décadas após as redemocratizações, a América Latina continua sendo palco de inúmeras violações aos direitos humanos, como o recente desaparecimento de 43 estudantes mexicanos depois de mortos por policiais e narcotraficantes no país.  "O relatório não é apenas sobre o passado, mas uma contribuição ao presente e a um futuro livre desse tipo de abuso", disse o secretário-executivo da CIDH, Emilio Álvarez Icaza.

 

AFP e Correio do Povo

 

Governo está sem planejamento, diz Aécio sobre nova equipe econômica

Derrotado por Dilma Rousseff (PT) nas eleições, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que a escolha da nova equipe evidencia que Dilma "sabia estar mentindo ao país durante toda a campanha eleitoral". Segundo o tucano, a petista mostra que o governo está sem planejamento.
"Afinal, qual é o verdadeiro rosto do novo governo Dilma Rousseff? Refém de tantas contradições, o governo corre o risco de não ter nenhum", provocou o senador.
"Como devem estar se sentindo os eleitores que acreditaram na candidata e no seu discurso recheado de bondades, vendo que ela hoje está fazendo tudo o que, durante a campanha eleitoral, disse que não faria?, questionou.
AJUSTE "DOSADO"
Para o vice-presidente do PT, deputado José Guimarães (CE), no entanto, a nova equipe indicou que fará um ajuste "dosado" preservando investimentos públicos e os programas sociais.
"É uma equipe que vai garantir, sem dúvida, grande estabilidade econômica ao país, preservando os investimentos e garantindo o crescimento da nossa economia".
EQUIPE ECONÔMICA
O Palácio do Planalto confirmou nesta quinta-feira (27) os nomes dos novos titulares da área econômica do governo.
O engenheiro naval Joaquim Levy vai comandar o Ministério da Fazenda e Nelson Barbosa assumirá a pasta do Planejamento, como antecipou Vera Magalhães, editora do ′Painel′. Eles ocuparão os cargos de Guido Mantega e Miriam Belchior, respectivamente.
Levy e Barbosa, no entanto, não tomarão posse de imediato : eles irão compor equipe de transição e vão despachar no Palácio do Planalto, próximos à presidente Dilma.
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, vai permanecer no cargo.
META DE SUPERAVIT
Aécio voltou a criticar a flexibilização da meta de superavit que a presidente recorreu para tentar fechar as contas.
"A presidente escolheu novos nomes para área econômica do governo tentando acalmar o mercado e recuperar a credibilidade perdida. Mas, ao mesmo tempo, protagoniza no Congresso mais um violento ataque à credibilidade do país ao afrontar a Lei de Responsabilidade Fiscal, alterando as metas de superavit, e usando como moeda de troca os cargos públicos de sempre".
Fonte: Folha Online - 27/11/2014 e Endividado

 

Ex-funcionários do BC são investigados por desviar cédulas que seriam destruídas

 

Vinicius Lisboa - Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar

A Polícia Federal (PF) investiga uma ex-servidora do Banco Central e um ex-funcionário de uma empresa terceirizada por desvio de cédulas que seriam destruídas em outubro de 2013. Ontem (27), a PF cumpriu mandado de busca e apreensão na casa da ex-servidora. Computador e documentos foram apreendidos.

O possível desvio foi constatado pelo próprio BC em seus trabalhos de conferência no Departamento do Meio Circulante no Rio de Janeiro. A ação foi flagrada por câmeras de segurança instaladas no departamento, e as informações foram enviadas pelo órgão ao Ministério Público Federal.

Comunicada, a Polícia Federal entrou no caso e confirmou que houve desvios em pelo menos seis momentos distintos. As cédulas eram nos valores de R$ 10 e R$ 50. O montante total não foi divulgado.

Os envolvidos foram indiciados pelo Artigo 290 do Código Penal, por suprimir notas recolhidas para colocá-las de volta em circulação. A pena para o crime varia de dois a oito anos, além de multa. Como os dois eram funcionários da repartição que recolhe o dinheiro, a punição máxima aumenta para 12 anos.

Os suspeitos serão ouvidos nos próximos dias para o encerramento do inquérito. Ambos devem responder o processo em liberdade, quando a denúncia for encaminhada para a Justiça Federal.

 

Agência Brasil

 

Novo ministro da Fazenda fala em corte de despesas, mas sem pacotes

por Alexandro Martello, Filipe Matoso e Fernanda Calgaro

Fixou meta fiscal de 1,2% do PIB para 2015 e de ao menos 2% em 2016.
Joaquim Levy disse ter autonomia para implementar medidas necessárias.

O ministro da Fazenda nomeado, Joaquim Levy, informou nesta quinta-feira (27) que a meta de superávit primário, a economia feita para pagar juros da dívida pública e tentar manter sua trajetória de queda, será de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) para todo o setor público consolidado (governo, estados e municípios) em 2015. Este ano, a meta fixada inicialmente era de 1,9% do PIB, mas o governo já informou que este objetivo foi abandonado.
Joaquim Levy foi confirmado como próximo ministro da Fazenda nesta quinta pelo Palácio do Planalto, em substituição a Guido Mantega. Também foram confirmados os nomes de Nelson Barbosa como próximo ministro do Planejamento, e a permanência de Alexandre Tombini no comando do Banco Central.
Em 2016 e 2017, segundo Levy, o esforço fiscal não será inferior a 2% do PIB – próximo do patamar registrado em 2013. "Alcançar essa meta será fundamental para o aumento da confiança na economia brasileira", declarou Levy a jornalistas no Palácio do Planalto. Para atingir essas metas, ele informou que algumas medidas que vêm sendo discutidas são de diminuição de despesas. Entretanto, acrescentou que as medidas serão, "não digo graduais, mas sem pacotes, sem nenhuma surpresa".
Questionado por jornalistas, o próximo ministro declarou ter ter autonomia para implementar as medidas. "A autonomia está dada. O objetivo é claro. Os meios a gente conhece. Acho que há o suficiente grau de entendimento dentro da própria equipe e maturidade. Então, acho que essa questão vai se responder de uma maneira muito tranquila. Dizer uma coisa ou outra não tem muito sentido agora. A gente vai ver no dia a dia como as coisas ocorrem. Quando uma equipe é escolhida, há confiança", afirmou.
Contas públicas neste ano
Nos nove primeiros meses deste ano, as contas do setor público registraram um déficit primário – receitas ficaram abaixo das despesas, mesmo sem contar juros da dívida – de R$ 15,28 bilhões, ainda segundo números divulgados pelo BC. Foi a primeira vez desde o início da série histórica do BC, em 2002 para anos fechados, que as contas do setor público registraram um déficit nos nove primeiros meses de um ano.
Considerado ortodoxo, com uma atuação mais tradicional na economia, Levy, de 53 anos, executou um ajuste fiscal na primeira gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que levou o superávit primário a um patamar médio de 3,5% do PIB (série histórica revisada do BC, sem as estatais) - patamar considerado elevado. Ele ficou conhecido como "mãos de tesoura" na ocasião por conta do controle de gastos implementado nas contas públicas. Levy travalhava, até então, na diretoria da administradora de investimentos Bradesco Asset Management.
Redução da dívida pública
"Primeiramente, cabe notar que vir a suceder o mais longevo ministro da Fazenda em período democrático [Guido Mantega] é mais do que uma honra, um privilégio. O objetivo imediato do governo e do Ministério da Fazenda é estabelecer uma meta de superávit primário para os três proximos anos que contemple a estabilização e declínio da dívida pública", declarou o ministro da Fazenda nomeado.
Joaquim Levy também avaliou que é fundamental para o aumento da confiança da economia brasileira, a consolidação dos avanços sociais e ecomicos e reafirmou o compromisso com transparência e com a divulgação de dados abrangentes.
"As medidas necessárias para o equilíbrio das contas públicas serão tomadas. Como a gente falou, serão tomadas com análise e segurança. Eu acho que o Brasil tem mecanismos capazes disso. É um trabalho que envolve não só o governo federal, mas acho que toda a federação, não só o Poder Executivo, mas todos os poderes. É um trabalho importante pois é o que garante condições de crescimento", declarou Levy.
Tesouro Nacional?
Levy, ao ser interpelado por jornalistas sobre quem será o novo secretário do Tesouro Nacional, não disse que não falaria sobre isso neste momento. "Vamos manter os ritos. A gente têm desafios, coisas importantes a fazer. A gente não está em nenhuma agonia. Vamos ficar tranquilos. Essa é a maneira boa de lidar com os desafios de um novo governo que começa em primeiro de janeiro", afirmou.
Rumores dão conta de que o próximo secretário do Tesouro Nacional pode ser Carlos Hamilton Araújo, atualmente na diretoria de Política Econômica do Banco Central.
Fonte: G1 notícias - 27/11/2014 e Endividado

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