Trabalhador deve fazer um diagnóstico da situação e do comportamento dos gasto
Os trabalhadores brasileiros esperam ansiosamente pelo pagamento do 13º salário no fim do ano, época de comemorações e férias. Entre os planos estão quitar débitos, antecipar impostos, viajar, comprar presentes ou investir. O salário extra seria uma bonificação pelo ano trabalhado, mas acaba sendo a salvação de grande parcela da população.
“O ideal é que as pessoas utilizem esse recurso para pagar contas ou as taxas de início de ano e aproveitar descontos para compras à vista”, diz o economista e professor da Unisinos, André Azevedo. Ele esclarece que não há regras, o momento apenas exige bom senso por ser uma época de muitos gastos.
Dessa forma, o educador Claudio Henrique Tenroler, da DSOP Educação Financeira, aconselha que o trabalhador faça um diagnóstico da situação e do comportamento dos gastos por 30 dias. Assim, será possível perceber se o padrão de vida está acima do apropriado para a renda e fazer um planejamento para a remuneração extra.
Para o economista e professor da PUCRS Alfredo Meneghetti, o principal objetivo do 13º salário é buscar a independência financeira. Então sempre que houver débitos em instituições financeiras, cheque especial ou cartão de crédito, esse deve ser o primeiro encaminhamento. “Nesses casos, os juros são muito elevados, podendo chegar aos 150% ao ano. Por isso, a prioridade deve ser zerar isso”, aconselha Azevedo.
O importante é planejar para que o gasto não ultrapasse o valor recebido. Para isso, Tenroler recomenda que uma lista de presentes seja feita com valores previamente definidos. Além disso, os economistas incentivam o pagamento à vista das compras para conseguir descontos e não comprometer as finanças no ano seguinte, quando precisam ser pagos IPTU, IPVA, matrícula escolar, materiais escolares, etc.
Se for necessário parcelar com cartão de crédito, o profissional deve avaliar se as parcelas caberão no orçamento, levando em conta as outras despesas. “O índice de endividamento das pessoas deve ser de, no máximo, 30%”, destaca Tenroler. Nesse contexto, dialogar com os familiares para saber o que desejam ganhar de Natal também pode render alguma economia. “Às vezes, compramos um presente mais caro para agradar, quando a necessidade do indivíduo era de algo bem mais em conta”, diz Meneghetti.
Para aqueles que estão com as finanças equilibradas, os especialistas dizem que é a hora de fazer uma reserva, por meio de investimentos ou poupança. Além disso, uma outra dica é antecipar a compra de alguns presentes ainda em novembro para não sofrer com a elevação sazonal dos preços das mercadorias oferecidas no comércio.
Férias planejadas podem gerar economia de 50%
As tão esperadas férias podem resultar em um déficit no orçamento durante o restante do ano. Por esse motivo, é importante planejar as viagens com antecedência para conseguir bons preços.
“Com tempo, é possível fazer uma economia de até 50% só com os valores de passagens, hotéis e pacotes. Quanto mais próximo da data for a compra, mais caro fica”, ressalta Cláudio Henrique Tenroler. Para ele, outra opção seria optar por períodos com menor demanda, evitando épocas como o Natal e o Ano- Novo, por exemplo.
Alfredo Meneghetti sugere que, em caso de viagens internacionais, a compra de dólares deve ser feita próxima do embarque. “Passado o período de indefinição quanto ao governo, acredito que novembro e dezembro possam encaminhar uma estabilidade na moeda”, diz o professor universitário.
Opções de investimento
Há diversas opções de investimento para aqueles que estão em condições favoráveis e têm esse perfil, ressaltam os economistas. Alfredo Meneghetti incentiva um equilíbrio nas aplicações, sendo 30% em caderneta de poupança, 30% em certificado de depósito bancário e 40% na Bolsa de Valores.
André Azevedo aconselha fazer investimentos no Tesouro Nacional ou em títulos de renda fixa, por considerá-los mais vantajosos. Porém, para aqueles trabalhadores que estão com as finanças equilibradas e querem fazer uma reserva para o futuro, Claudio Henrique Tenroler diz que uma boa escolha é a aplicação em Previdência Privada.
Confira
• Organize seu orçamento antes de receber o décimo terceiro salário, estabelecendo um cenário realista sobre a situação financeira
• Estabeleça prioridades
• Espere receber as contas para calcular o que pode ser feito, buscando quitar aquelas com juros mais elevados
• Faça lista de presentes com valores estipulados e pague à vista
• Faça gastos dentro do seu padrão de vida
• Guarde uma reserva para os gastos de início de ano como impostos, por exemplo.
Correio do Povo
Os trabalhadores brasileiros esperam ansiosamente pelo pagamento do 13º salário no fim do ano, época de comemorações e férias. Entre os planos estão quitar débitos, antecipar impostos, viajar, comprar presentes ou investir. O salário extra seria uma bonificação pelo ano trabalhado, mas acaba sendo a salvação de grande parcela da população.
“O ideal é que as pessoas utilizem esse recurso para pagar contas ou as taxas de início de ano e aproveitar descontos para compras à vista”, diz o economista e professor da Unisinos, André Azevedo. Ele esclarece que não há regras, o momento apenas exige bom senso por ser uma época de muitos gastos.
Dessa forma, o educador Claudio Henrique Tenroler, da DSOP Educação Financeira, aconselha que o trabalhador faça um diagnóstico da situação e do comportamento dos gastos por 30 dias. Assim, será possível perceber se o padrão de vida está acima do apropriado para a renda e fazer um planejamento para a remuneração extra.
Para o economista e professor da PUCRS Alfredo Meneghetti, o principal objetivo do 13º salário é buscar a independência financeira. Então sempre que houver débitos em instituições financeiras, cheque especial ou cartão de crédito, esse deve ser o primeiro encaminhamento. “Nesses casos, os juros são muito elevados, podendo chegar aos 150% ao ano. Por isso, a prioridade deve ser zerar isso”, aconselha Azevedo.
O importante é planejar para que o gasto não ultrapasse o valor recebido. Para isso, Tenroler recomenda que uma lista de presentes seja feita com valores previamente definidos. Além disso, os economistas incentivam o pagamento à vista das compras para conseguir descontos e não comprometer as finanças no ano seguinte, quando precisam ser pagos IPTU, IPVA, matrícula escolar, materiais escolares, etc.
Se for necessário parcelar com cartão de crédito, o profissional deve avaliar se as parcelas caberão no orçamento, levando em conta as outras despesas. “O índice de endividamento das pessoas deve ser de, no máximo, 30%”, destaca Tenroler. Nesse contexto, dialogar com os familiares para saber o que desejam ganhar de Natal também pode render alguma economia. “Às vezes, compramos um presente mais caro para agradar, quando a necessidade do indivíduo era de algo bem mais em conta”, diz Meneghetti.
Para aqueles que estão com as finanças equilibradas, os especialistas dizem que é a hora de fazer uma reserva, por meio de investimentos ou poupança. Além disso, uma outra dica é antecipar a compra de alguns presentes ainda em novembro para não sofrer com a elevação sazonal dos preços das mercadorias oferecidas no comércio.
Férias planejadas podem gerar economia de 50%
As tão esperadas férias podem resultar em um déficit no orçamento durante o restante do ano. Por esse motivo, é importante planejar as viagens com antecedência para conseguir bons preços.
“Com tempo, é possível fazer uma economia de até 50% só com os valores de passagens, hotéis e pacotes. Quanto mais próximo da data for a compra, mais caro fica”, ressalta Cláudio Henrique Tenroler. Para ele, outra opção seria optar por períodos com menor demanda, evitando épocas como o Natal e o Ano- Novo, por exemplo.
Alfredo Meneghetti sugere que, em caso de viagens internacionais, a compra de dólares deve ser feita próxima do embarque. “Passado o período de indefinição quanto ao governo, acredito que novembro e dezembro possam encaminhar uma estabilidade na moeda”, diz o professor universitário.
Opções de investimento
Há diversas opções de investimento para aqueles que estão em condições favoráveis e têm esse perfil, ressaltam os economistas. Alfredo Meneghetti incentiva um equilíbrio nas aplicações, sendo 30% em caderneta de poupança, 30% em certificado de depósito bancário e 40% na Bolsa de Valores.
André Azevedo aconselha fazer investimentos no Tesouro Nacional ou em títulos de renda fixa, por considerá-los mais vantajosos. Porém, para aqueles trabalhadores que estão com as finanças equilibradas e querem fazer uma reserva para o futuro, Claudio Henrique Tenroler diz que uma boa escolha é a aplicação em Previdência Privada.
Confira
• Organize seu orçamento antes de receber o décimo terceiro salário, estabelecendo um cenário realista sobre a situação financeira
• Estabeleça prioridades
• Espere receber as contas para calcular o que pode ser feito, buscando quitar aquelas com juros mais elevados
• Faça lista de presentes com valores estipulados e pague à vista
• Faça gastos dentro do seu padrão de vida
• Guarde uma reserva para os gastos de início de ano como impostos, por exemplo.
Correio do Povo
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