Publicado em 29/10/2014
No seu discurso da vitória a presidente eleita Dilma Rousseff pregou a reconciliação dos brasileiros. Este vídeos é minha resposta direta: não haverá qualquer conciliação! A oposição será forte e sistemática. O momento é de enfrentamento e luta.
Hospital de São Paulo faz mutirão para diagnóstico de catarata
Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso
Idosos a partir de 60 anos participaram hoje (1º) de um mutirão para diagnóstico de catarata no Hospital Geral de Taipas, na zona Norte da capital paulista. Foram distribuídas 400 senhas para o atendimento, que não precisava de agendamento. Durante a triagem, especialistas faziam os exames necessários para encaminhamento do paciente ao pré-operatório. Os que tiveram diagnóstico de catarata farão cirurgia no próprio hospital, enquanto outras doenças oculares serão encaminhados para as Unidades Básicas de Saúde (UBS) municipais.
Coordenadora do ambulatório de oftalmologia do Hospital Geral de Taipas, Maria Cristina Martins explicou que a catarata é uma das doenças oculares reversíveis que mais causa cegueira no país. “Existe uma demanda reprimida de pacientes. Eles não conseguem acesso ao tratamento por diversos motivos. Nosso objetivo é tentar conscientizar os pacientes e aproveitar o mutirão para triar aqueles que precisam de cirurgia”. Mensalmente, o hospital faz, em média, 50 operações de catarata.
Os principais sintomas da doença são baixa visão, principalmente para longe, perda do contraste de cores, embaçamento da vista e intolerância à luz. A diminuição é progressiva e pode ser detectada a partir dos 50 anos. O grau de evolução pode levar à cegueira. Mesmo assim, é possível reverter. “É uma evolução natural das pessoas. A partir dos 60 anos, todos teremos opacidade do cristalino, que é a lente do olho, mas depende de uma pessoa para outra. Alguns fatores específicos, incluindo os familiares, podem acelerar a evolução, como o diabetes”, salientou Maria Cristina.
Segundo ela, a operação é relativamente simples, com anestesia local e pequeno corte no cristalino. "Retiramos a parte afetada e colocamos uma lente artificial adequada às necessidades do paciente. Em algumas situações é feita pequena sutura com um microponto. Depois, é preciso apenas alguns breves cuidados, como evitar peso e não movimentar muito a cabeça para baixo. É possível levar uma vida normal, sem necessidade de ficar de cama. Até a alta defintiva, é necessário voltar ao oftalmologista nos dois meses seguintes à cirurgia”, acrescentou.
O aposentado Arnaldo Antonio dos Santos, 79 anos, revelou que há dois anos sente a visão embaçada. "Por isso, resolvi passar pelo mutirão. Estou usando óculos, mas não enxergo nada com o olho esquerdo. Espero que fique bem após a operação, porque quero viajar e continuar a dirigir para resolver minhas coisas”.
A pensionista Rita Maria da Silva, de 72 anos está com problemas de visão há dez anos. "Espero que a cirurgia seja rápida. É ruim para descer escada, andar. Piso em falso. Então, espero que dê tudo certo e que eu volte a enxergar com nitidez logo após a operação”.
Competição de foguetes estimula espírito científico em alunos do ensino médio
Vinícius Lisboa - repórter da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso
O aluno Fábio Victor Souza apresenta o seu foguete na 8ª Mostra Brasileira de Foguetes em Barra do Piraí, no Rio (Tomaz Silva/Agência Brasil)Tomaz Silva/Agência Brasil
A pista de pouso do Hotel Fazenda Ribeirão, na cidade fluminense de Barra do Piraí, transformou-se, esta semana, em plataformas de lançamento de foguetes. Em substituição a metais, combustíveis fósseis e muita fumaça, os protótipos produzidos por alunos de ensino médio de todo o Brasil eram de garrafas PET. Eles subiam movidos pelo gás produzido com a reação química entre vinagre e bicarbonato de sódio. Com um rastro de espuma, os foguetes decolavam para chegar o mais longe que pudessem. A competição vale 35 bolsas de iniciação científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
"Tivemos um que atingiu 248 metros de distância. Em anos anteriores, chegamos a registrar 275 metros", revelou o professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, João Canalle, que coordena a 8ª Mostra Brasileira de Foguetes, a organizadora da VI Jornada de Foguetes. Aproximadamente 600 alunos de 25 estados e do Distrito Federal participaram do evento. Eles representam mais de 60 mil estudantes que disputaram competições internas ao longo do ano e, dentro das regras do jogo, ousaram nas inovações: "Tivemos foguetes lançados com controle remoto e bases de lançamento automatizadas", destacou Pâmela Marjorie, coordenadora da jornada.
Conforme Canalle, até alcançar voo, o caminho é de muitos testes. "Tem de experimentar para aperfeiçoar. É bom que eles desenvolvem a criatividade e aprendem a conectar os caninhos, cortar, colar e perfurar. A maioria está acostumada a produzir trabalhos escolares no computador. Na escola, eles estudam o lançamento de uma pedra sem atrito. Na realidade, o problema fica muito mais complexo. Então, eles ficam mais perto das verdadeira ciência", salientou.
Professor de física da unidade Timóteo do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), Weber Feu trouxe quatro alunos dos mais de 20 que participam do grupo de astronomia. "A gente deixa eles livres para procurar soluções. Assim, aprendem a ser independentes e despertam para solucionar problemas além da sala de aula".
Até lançar um foguete, com apoio de um colega de turma, o cearense Fábio Souza, da Escola Estadual Theolina Muryllo Zaca, tentou, pelo menos, 20 lançamentos. O trabalho começou em fevereiro, na própria escola e fora do horário de aula. "Foram várias tentativas para atingir uma melhor proporção do material. Trabalhamos no contraturno para fazer os cálculos do vinagre e do bicarbonato. Estudamos bastante". São Paulo e Ceará foram os estados com maior número de representantes. Cada um participou com 25 escolas públicas e duas particulares.
Para João Canalle, além de despertar o interesse científico, a iniciativa garante a autoestima dos alunos. "O livro didático e a aula do professor menos preparado revelam que a ciência é feita por gênios que nasceram gênios, que as pessoas nasceram cientistas. Não é nada disso. Quando estudamos a vida das pessoas, percebemos que são pessoas comuns que se dedicaram a algum problema particular e encontraram soluções que se tornaram leis da natureza", assinalou o professor.
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