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Crescimento dos EUA dará apoio à recuperação, diz Moody's
Arquivo/Getty Images
Fábrica em Chicago: Moody's disse ainda que a expansão do PIB mundial deve continuar em ritmo constante em 2015
Flávia Bohone, da REUTERS
O crescimento da economia dos Estados Unidos em 2015 dará apoio à recuperação gradual da economia mundial, avaliou a empresa de classificação de risco Moody's, nesta terça-feira, em relatório sobre as perspectivas para o crédito soberano.
A agência ressaltou, contudo, a necessidade de países promoverem reformas estruturais para garantir o crescimento de médio prazo, e citou especificamente a situação fiscal brasileira.
Em seu relatório "2015 Outlook: Global Sovereigns", a Moody's projetou crescimento do Produto Interno Bruto dos EUA em cerca de 3 por cento em 2015.
"Embora a perspectiva de crédito para dívida soberana em todo o mundo é estável para 2015, é vulnerável a um conjunto de riscos compartilhados, embora em graus diferentes em diferentes regiões", disse Alastair Wilson, chefe do Global Sovereign Group Risk da Moody's.
Entre os principais riscos a Moody's citou a possibilidade de choques de confiança a partir do aumento esperado das taxas de juros dos EUA, especialmente no caso de uma reação desordenada do mercado, e o impacto de um crescimento menor na China e na zona do euro.
Em relação à América Latina, a Moody's acredita que os países da região estejam "razoavelmente bem posicionados para enfrentar qualquer volatilidade" decorrente da alta das taxas de juros nos Estados Unidos, esperada para meados do próximo ano.
A Moody's também avalia que os países da América Latina têm vulnerabilidade limitada a uma potencial desaceleração maior que a esperada do crescimento da China, uma vez que as exportações dos países latino-americanos para o gigante asiático são limitadas a apenas 2 por cento do PIB da região, de acordo com dados de 2013.
No entanto, alguns países da América Latina são mais expostos a uma desaceleração do crescimento chinês, devido às exportações de commodities. Entre eles, estão o Chile, onde as vendas para a China respondem por 6,9 por cento do PIB, Venezuela, onde o peso é de 3,8 por cento, Peru , com 3,5 por cento, e Brasil, onde as vendas para o país asiático representam 2,1 por cento do PIB.
A Moody's disse ainda que a expansão do PIB mundial deve continuar em ritmo constante em 2015, mas em níveis menores do que antes da crise.
O relatório cita ainda a necessidade de reformas estruturais em países para garantir o crescimento de médio prazo e trazer confiança aos mercados. Como exemplo, a agência de classificação de risco diz que a posição fiscal do Brasil só vai melhorar significativamente se o governo implementar reformas fundamentais.
"Enquanto países da América Latina, como o México implementaram reformas de grande alcance, a posição fiscal do Brasil só irá melhorar significativamente se o governo implementa reformas fundamentais" disse a agência de rating.
Renan vai anunciar resultado de votação sobre vetos às 11h, diz Congresso
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), vai anunciar às 11h desta quarta-feira o resultado da votação dos vetos presidenciais que estavam trancando a pauta, informou a Mesa do Congresso.
Os 38 vetos foram votados por deputados e senadores na noite de terça-feira em bloco e em cédulas de papel, numa medida adotada por Renan para acelerar o processo.
A decisão desagradou a oposição, que queria apreciar veto a veto, e o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), prometeu ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedir o cancelamento da sessão.
Com a desobstrução da pauta de votação do Congresso, o governo tentará colocar em votação nesta quarta o projeto que muda o cálculo da meta de superávit primário, em sessão do Congresso convocada para as 12h.
Entre os vetos da presidente Dilma Rousseff apreciados pelo Congresso, o governo trabalha com a possibilidade de que pelo menos um deles, de um projeto que regulamenta a criação e fusão de municípios, seja derrubado pelos parlamentares.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
Cade aprova venda de fatia em projetos de energia do Santander a fundos canadenses
Reuters
SÃO PAULO (Reuters) - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a venda de fatia em projetos de energia detidos pelo banco espanhol Santander em diversos países, inclusive no Brasil, para os fundos de pensão canadenses Public Sector Pension Investment Board (PSP) e Ontario Teachers' Pension Plan Board (OTPP).
O aval foi publicado em despacho da autarquia no Diário Oficial desta quarta-feira.
Em documento apresentado ao Cade, as companhias informaram que a operação envolverá a constituição de um veículo de aquisição detido em iguais partes pelas três empresas.
Esse veículo investirá em projetos já existentes de propriedade do Santander, parcialmente ou em sua totalidade, nos segmentos de geração de energia a partir de fontes renováveis e infraestrutura hídrica.
No Brasil, a operação contempla o investimento em nove empresas de energia eólica, incluindo BW Guirapa I, MS Geração de Energia e Participações, REB Empreendimentos e Administradora de Bens, Santos Energia Participações e cinco sociedades da Gestamp Eólica.
Segundo o documento, a empresa que funcionará como o veículo de aquisição também poderá investir em novos projetos na mesma área de atuação mediante aprovação dos acionistas.
(Por Marcela Ayres)
Cientistas se inspiram em lagartixa e criam luvas de ‘Homem-Aranha’
Em testes, homem de 70kg conseguiu escalar parede de vidro usando invento que reproduz mesmas forças físicas que interagem no caso animal.
Da BBC
Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, desenvolveram almofadas de silicone do tamanho da mão, com as quais um homem de 70 kg escalou diversas vezes uma parede de vidro de 3,6 metros de altura (Foto: Biomimetics & Dexterous Manipulation Laboratory/ Universidade de Stanford)
Cientistas americanos desenvolveram luvas que possibilitam que uma pessoa escale uma parede como se fosse o Homem-Aranha, inspirada na física que permite às lagartixas subir pelas paredes.
Os pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, desenvolveram almofadas de silicone do tamanho da mão, com as quais um homem de 70 kg escalou diversas vezes uma parede de vidro de 3,6 metros de altura.
O invento pode ser o mais perto que a Ciência já chegou de reproduzir a aderência das patas da lagartixa a superfícies. Apesar de inúmeras pesquisas neste ramo, o desenvolvimento de um mecanismo que funcione em escala humana tem se provado até aqui um desafio.
As luvas empregam as mesmas forças de atração e repulsão entre moléculas - conhecidas como Forças de van der Walls - que interagem no caso das lagartixas.
Apesar de estas forças não serem de grande intensidade, seu efeito é multiplicado pelos minúsculos pêlos que cobrem os dedos dos animais, permitindo que eles se fixem firmemente nas superfícies.
Mais eficiente
O estudo foi detalhado na publicação científica Journal of the Royal Society Interface.
A equipe de Stanford criou pequenos pontos que fazem uso destas forças. Eles foram capazes de produzir uma adesão mais eficiente inclusive que a das lagartixas.
No início do ano, a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada em Defesa (Darpa, na sigla em inglês) dos Estados Unidos fez uma demonstração de outro aparelho que permite a uma pessoa escalar uma parede de vidro. Os detalhes do método foram mantidos em segredo.
O esforço mais recente de Stanford teve a colaboração da Darpa.
O programa da agência, chamado de "Z-man", busca desenvolver formas de escalada inspiradas na biologia com o objetivo de dispensar aos soldados o uso de cordas e escadas.
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