sábado, 22 de novembro de 2014

Barroso suspende decisão judicial que permitia viagem de José Dirceu a negócios

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Roberto Barroso suspendeu a autorização dada pelo juiz da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal Nelson Ferreira Junior, ao pedido de viagem do ex-ministro da Casa Civil e condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão, José Dirceu.

Ele solicitou autorização para viajar entre os dias 21 de dezembro e 4 de janeiro para passar o período natalino na cidade de Passa Quatro, em Minas Gerais, com a família, bem como ir, entre 7 e 21 de dezembro, para a cidade de São Paulo e Vinhedo, em São Paulo, a fim de tratar de assuntos relativos à sua empresa.

Publicada neste sábado (22), a decisão do ministro do STF aponta que não houve qualquer comunicação oficial sobre a liberação ao Supremo, que tomou conhecimento dos fatos por meio da página do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). Relator da Ação Penal 470, Barroso pede ao Juízo da Vara de Execuções Penais e Medidas Alternativas, “com a máxima urgência, informações acerca do pedido, da manifestação do Ministério Público e dos fundamentos da decisão”.

A solicitação de Dirceu havia recebido parecer contrário do Ministério Público, que considerou que viagem a passeio não condiz com o cumprimento da pena privativa de liberdade. Já o juiz Nelson Ferreira Junior acatou parcialmente o pedido, permitindo a movimentação de Dirceu, por tratar-se de viagem a trabalho. Estabeleceu, contudo, que ele deveria se apresentar à autoridade policial tanto ao chegar quanto ao sair das cidades.

Já a análise do pedido de saída no Natal foi adiada, "seja pela distância da data referida pela Defesa, seja pela necessidade de se aferir a responsabilidade e o senso de autodisciplina do Condenado, mediante a sua experimentação com a viagem a São Paulo-SP", conforme a decisão. 

Condenado como mentor do esquema de compra de parlamentares que ficou conhecido como mensalão, Dirceu começou a cumprir pena em prisão domiciliar no início deste mês. Ele obteve o direito à progressão do regime semiaberto para o aberto no dia 20 de outubro, ao completar 11 meses e 14 dias de prisão, um sexto da pena, requisito exigido pela Lei de Execução Penal. Ele foi condenado a sete anos e 11 meses por corrupção ativa no processo do mensalão. 

 

Agência Brasil

 

Diretor da Camargo Corrêa preso passa mal e é internado em Curitiba

 

Aline Leal - Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger

O diretor-vice-presidente da empreiteira Camargo Corrêa Eduardo Hermelino Leite, um dos presos da Operação Lava Jato, passou mal e foi internado às 19h30 dessa sexta-feira (21). Segundo a assessoria do Hospital Santa Cruz, ele chegou de ambulância, escoltado pela Polícia Federal, está sob custódia e não tem parentes ou advogados acompanhando.

Hermelino Leite estava preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba quando passou mal. Segundo boletim médico, o executivo teve um quadro de hipertensão, mas agora passa bem. Ele está com a pressão adequada, controlada por remédios e continua internado para exames complementares a serem feitos ainda hoje. Não há previsão de alta.

Na quarta-feira (19), o executivo – acusado de pagar propina para conseguir contratos com a Petrobras, manteve silêncio durante depoimento prestado na Superintendência da PF.

 

Agência Brasil

 

Escolha o menos Feio: Rio tem encontro de mascotes olímpicos

 

Publicado em 22 de nov de 2014

Os mascotes de edições anteriores dos Jogos Olímpicos se reuniram nesta sexta-feira no Rio de Janeiro.
Crédito: AFP

 

Empresários buscam espaço para moda brasileira na China

 

Mariana Branco - Repórter da Agência Brasil Edição: Fernando Fraga

Com US$ 46 bilhões importados em produtos brasileiros em 2013, a China lidera o ranking de parceiros comerciais do Brasil. Dessas vendas, somente US$ 122,4 milhões, ou 0,26%, são da cadeia da moda. O potencial do mercado é subaproveitado, já que a estimativa é que o país asiático concentra 25% dos consumidores mundiais do segmento. De olho em ampliar a participação nesse canal de exportações, governo e iniciativa privada levaram, entre segunda-feira (17) e quinta-feira (20) da última semana, 20 empresas do setor a Xangai, para conhecerem o mercado de moda chinês.

“[O número das exportações para o mercado de moda] é um número bastante incipiente, que a gente quer trabalhar. O olhar da China [no caso do segmento de moda] está principalmente nos produtos europeus e norte-americanos. Aí é que têm que entrar os nossos produtos, a oportunidade de mostrar nosso estilo de vida, coisas diferentes. Somos reconhecidos por produtos de qualidade, nossa imagem é bastante positiva [na China]”, avalia Ricardo Santana, diretor de negócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).

Além da agência de fomento às exportações, participaram da articulação da viagem a Xangai a Associação Brasileira de Estilistas (Abest), a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção (Abit) e a Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados). A ação na China envolveu atividades como apresentação do mercado aos empresários brasileiros por especialistas, visitas guiadas às principais lojas multimarcas e rodada de negócios.

A estilista mineira Cecília Prado, dona da marca que leva o mesmo nome, já exporta para os chineses. Da sua produção de roupas femininas de tricô e biquínis, cerca de 80% são para a venda no exterior. A China responde por somente 10% desse volume. Cecília quer mais espaço no mercado chinês e acredita que a viagem a Xangai a ajudará a traçar melhor sua estratégia de expansão. “Pude ver como é o mercado, o que as lojas querem. Visitamos várias multimarcas, falamos com as donas. É mais fácil sentir o que vende mais, o preço médio, onde minha peça se encaixa”, enumera.

Ela explica que, como ocorre em todo mercado, na China são necessárias algumas adaptações nas peças para agradar às compradoras. “O meu produto é colorido por natureza. A gente faz um trabalho manual, isso agrada muito. A brasileira gosta de roupas mais justas, as chinesas nem tanto. Esse nosso biotipo brasileiro, se usar roupa ampla, [a mulher] vai ficar mais cheinha. Elas, como são mais magrinhas, podem abusar”, comenta a estilista, que já havia visitado o país outras vezes.

Também mineira, a estilista Patrícia Bonaldi, da marca GIG, exporta peças femininas em tricô para vários países, mas ainda não vende para a China. Ela esteve no país asiático pela primeira vez, e acredita que existe espaço no mercado para um produto de alta qualidade. “É uma população enorme, consumidora de grandes marcas mundiais. O problema da China não é a falta de consumidor, é a falta de um produto de alta qualidade. Tem que ser um produto muito bem feito, com acabamento impecável, design diferenciado. Existe essa impressão de que a China produz tudo, muita roupa, muita coisa de qualidade menor, mas eles buscam um diferencial”, acredita.

 

Agência Brasil

 

 

Em Madri, 60 mil vão às ruas em marcha contra o aborto

 

Da Agência Lusa Edição: Luiz Fernando Fraga

Protesto em Madri em defesa da vida e contra a legislação de aborto espanhola

Protesto em Madri em defesa da vida e contra a legislação de aborto espanholaSergio Barrenechea

Cerca de 60 mil pessoas convocadas por diversas associações pró-vida exigiram hoje (22), em Madri, do presidente Mariano Rajoy, que cumpra a promessa eleitoral e "erradique" o aborto da legislação espanhola.

Sob o lema "Cada vida conta", a marcha partiu ao meio-dia (9h no Brasil) da Praça Ruiz Giménez até a Praça Colón, em Madri, num ambiente festivo que só foi interrompido quando a marcha chegou à sede do Partido Popular – partido no poder, na Rua Gênova, onde se ouviram apitos e vaias.

No final do percurso, o presidente do Fórum da Família, Benigno Blanco, pediu ao executivo que "erradique" o aborto das leis que o incentivam e recordou que os manifestantes não são "cativos" de ninguém e que o seu voto apenas "é prisioneiro" dos seus ideais. Assim, exigiu do governo que revogue a atual lei do aborto.

"A sociedade saberá recompensá-lo com o voto", disse, advertindo que se não o fizer, haverá mais manifestações. Neste sentido, Blanco apelou aos manifestantes – cerca de 60 mil, segundo a polícia nacional, e 1,4 milhões, segundo os organizadores – para que compareçam na marcha do próximo dia 14 de março contra o aborto e a favor da vida.

 

Agência Lusa e Agência Brasil

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